AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Criaturas Bizarras de Outro Planeta-por Ariane Zacchi

Ele estava ali, indefeso, fraco e fácil. O engraçado é que não tive vontade de mordê-lo, destroçá-lo. Dessa vez foi diferente. Cheguei perto dele e tirei uma mecha de seus cabelos escuros que caíam por sobre a testa. Seus olhos estavam fechados e seu rosto redondo contorcido em uma careta. Suas roupas: rasgadas. Completamente rasgadas. Exceto as calças - infelizmente. Vários cortes estavam espalhados por ele, mas mesmo assim, era visível sua beleza. Nada de muito especial: Cabelos curtos e negros, lábios grossos, ombros largos e fortes. Perfeito, em minha opinião. Mas já deveria estar morto, não se mexia, nem falava. Se estivesse vivo, em breve morreria. Isso apertou meu coração, simbolicamente, claro!


"ROOOOOC!" Conhecia bem aquele rugido. Era ele, aquele urso infeliz.


Dei meia volta e fui à direção do mamífero. Tinha quase certeza que fora aquele bicho que fizera aquilo com o meu humano - sim, meu humano.


O animal olhava para mim, eu olhava para ele. Como iria pegar aquele urso ? Porque agora tinha certeza que foi ele quem fez aquilo com o tal garoto humano - o "assassino" estava com um pedaço da camisa do coitado na boca. Pensei um pouco. Usar o cérebro ou os músculos ? Os músculos. O caminho do cérebro é sempre mais longo e eu não tinha tempo, tinha que levar o meu indefeso para Carlisle.


Agachei-me um pouco, de forma defensiva, olhei o bicho e saltei em sua direção. O animal se levantou para mim e rugiu alto. Ri, melhor gargalhei. O puxei por uma pata e o atirei longe. O urso foi inteligente e saiu correndo em direção a La Push. Lembrei-me do garoto e voltei correndo para a clareira onde estava.


Sorri. Ele estava respirando. Ajoelhei-me ao seu lado e sussurrei em seu ouvido: "Vai ficar tudo bem, não tenha medo." Passei um braço dele por cima de meu ombro, o segurei pela cintura e o levei para casa. Impressão minha ou ele abriu um sorriso? Impressão, com certeza.


#


"Ele vai ficar bem?" Já fazia algumas horas que meu humano tinha acordado. Carlislie cuidava dele em meu quarto. Espero que fique seu cheiro lá.


"Vai sim, Rose." Me respondeu. "Ele levou um belo tombo e teve alguns cortes profundos, mas irá ficar bem."


"Que bom. Posso falar com ele, Carlislie?" Tinha que ver com os meus próprios olhos se isso era verdade.


"Claro, mas não demore muito, ele deve estar cansado."


"Não se preocupe!" Avancei alguns passos e bati à porta. Um gemido. Vou considerar como sim. Abri-a vagarosamente e entrei. Ele estava dormindo. Aproximei-me da cama e sentei- me. Ele tinha um cheiro espetacularmente bom. Mel. Algo parecido com mel - agora entendi a perseguição do urso! Cochilava tranquilamente e as vezes, roncava levemente. Estava com uma cara bem melhor, agora.


"Hey, garotão. Qual é o seu nome?" Perguntei enquanto afagava seus fios de cabelo.


"Emmett." Ok, por essa eu não esperava. "E o seu?" Perguntou-me com a voz infantil e rouca. Uma loucura ;)


"Isso não importa agora." Ele sorriu com suas covinhas. "Você está melhor?" Ele se virou para mim. Se pudesse corar, o faria. Seus olhos eram azuis escuros e profundos. Perdi-me no meio deles.


"Oras, eu morri?" Eu ri.


"Não, porque acha isso?" Ele levantou uma sobrancelha e me respondeu.


"Porque eu estou vendo um anjo!" Ok, aquela foi muito velha. Mas se encaixou no quadro com perfeição. Pelo visto, meu Emmett era um Don Juan. Sorri.


Levantei-me e fui em direção à porta. Ele me olhou confuso, tentou se levanta, quase caiu. Desistiu. Disse-me: "Ainda quero saber seu nome." Respondi: "Rosalie Hale. Boa-noite". Saí do quarto. Acho que vou "dormir" no sofá hoje.


#


"Rose? Tenho uma notícia para você." A voz de um homem me tirou do transe em que estava. O dia já estava ficando claro. "O garoto não está bem. Pelo visto, aquele urso transmitiu algo para ele e o infectou. Ele não vai sobreviver." Foi um choque. Subi correndo as escadas para meu quarto.


Ele estava deitado, muito pálido e com olheiras profundas. Um balde com vomito, eu acho, estava no pé da cama e uma toalha molhada em sua testa. Estava dormindo. Também estava suado, talvez estivesse tendo algum pesadelo. O olhei, ele não ia sobreviver por muito tempo.


Uma idéia veio na minha cabeça. Desci as escadas, mais uma vez correndo - um dia eu caio! - e fui falar com Carlislie.


"Bom, já que ele não vai sobreviver muito, porque não o transformamos em um dos nossos?" Carlislie me olhou. "Eu sei, pode ser estranho, mas acho que eu amo-o. Ele mexeu comigo!"


"Rose, não é tão fácil..." Ele tinha razão. Abaixei a cabeça e dei meia volta. "Mas eu posso tentar." HÁ, é por isso que eu amo esse vampiro. Corri para seus braços e o abracei.


"Obrigada."


#


Três dias se passaram e até agora, nada. Sei que é muito dolorida a transformação, mas eu estou ficando sem paciência. A porta do quarto se abriu e por ela surgiu um homem de ombros largos e fortes, pele alva e olhos dourados. Finalmente. Fui até ele e toquei seu rosto. Estava gelado. Isso era um bom sinal.


"Como se sente?" Perguntei-o.


"Forte e gelado." Ele sorriu para mim. Ah, como eu gosto daquelas covinhas :B "Bom, eu morri, e estou realmente vendo um anjo." Olhei para o chão, como se tivesse algo de interessante nele. "Hey, Rose, posso te chamar assim?" Assenti.


"Hum, Edward, que tal se nós saíssemos daqui e deixássemos os pombinhos conversarem?"


"Boa idéia, Esme!" E saíram pela porta a nossa frente - obvio, porque pela janela não daria.


Ele me olhou, eu o olhei. Agora éramos iguais. Meu coração acelerou com a aproximada que ele deu. Segurou-me pela cintura e perguntou:


"Casada, solteira, ficando, namorando...?" Sorri.


"Solteira, por enquanto." Ele sorriu. Eu sei que ele entendeu a indireta.


"Vampiros são criaturas bizarras de outro planeta, não?"


"Com certeza, Emm. Com certeza!"


Puxou-me mais ainda pela cintura, se aproximou e tocou suavemente meus lábios com os seus. Era muito boa essa sensação de sentir algo novo por alguém. Ele me apertou contra seu peito forte e nos aproximou mais. Eu estava feliz. Sua língua explorava os cantos da minha boca e minhas mãos deslizavam por dentro de sua camisa. Soltou meus lábios e desceu para meu pescoço, sorriu. Eu me sentia bem, e algo me dizia que a noite ia ser longa ;)

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