AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Very Supernatural Halloween-por Clarissa Roldi & Thaís Cerqueira

Classificação: +18; Personagens: Sam Winchester; Dean Winchester; Ruby; Castiel; Bella Swan; Edward Cullen; Angela Weber; Jessica Stanley; Mike Newton; Tyler Crowley; Eric Yorkie; Ela corria e gritava desesperadamente. Mas ali, no escuro, na floresta densa e coberta por árvores, ela sabia que ninguém a escutaria. Ela ouvia os passos atrás dela, e sabia que estavam ficando cada vez mais próximos. Ela ofegava. Havia corrido por tanto tempo que seus pulmões começavam a reclamar pela falta de ar e o corpo começava a falhar devido ao cansaço. Ela era forte, e não havia desistido de correr um só minuto. Apesar da fraqueza, continuou correndo para dentro da floresta. Mal sabia que ali era o habitat do monstro que a perseguia. Ela havia caído na armadilha dele. E não havia mais volta. Estava encuralada. "Não, por favor, não!" Ela gritou quando fitou os olhos do monstro. Eram as únicas coisas visíveis na escuridão da floresta. E então, ela foi erguida do ar, e a próxima coisa que sentiu foram os dentes afiados do monstro em seu pescoço. "Ei, Jess! Feliz Halloween!" A morena acenava para a menina loira enquanto atravessava a rua. "Ei, Bella! Feliz Halloween!" A loira a cumprimentou. Em frente ao prédio da Forks High School, um grupo de amigos se reunia, conversando animadamente. "Então, vão pedir doces esse ano?" A morena perguntou, sarcasticamente ao grupo. "Sabemos que você acha isso coisa de criança, Bella." Um garoto loiro de olhos azuis respondeu. "Então eu e Tyler pensamos em algo diferente para esse ano." "Mais uma ideia brilhante, MIke?" A loira perguntou. "Na verdade, Jess," Um outro menino, moreno, respondeu. "A ideia foi minha." "Ei, nem vem! Foi minha!" Mike discordou. Os dois entraram em uma discussão, até que uma outra menina, de cabelos longos e lisos se juntou ao grupo. "Ei, parem com isso! Isso é tão ridículo." "Angela está certa." Jess concordou. "Anda, diga qual foi a ideia de vocês." "Bem," Tyler prosseguiu. "Nós pensamos que, já que é um sábado, nós podíamos acampar." Jessica ergueu uma sobrancelha. "Acampar? E o que isso tem a ver com Halloween?" Mike e Tyler trocaram um olhar cúmplice, então Mike falou: "Queríamos acampar na antiga mansão assombrada." As três meninas arregalaram os olhos. "O que? Estão com medo?" "Mas é claro que não!" A morena disse. "Então, Bella, por que essa cara?" Mike a desafiou. "Não é nada. É só que me surpreendi que uma ideia boa saísse da cabeça de vocês." Bella rebateu. Jessica e Angela a olharam, ainda de olhos arregalados, questionando a sanidade da amiga. "Bella, você ficou louca? Essa mansão é mal assombrada!" Jessica falou, visivelmente aterrorizada. "Ah, Jess, qual é. Isso é ridículo. É só uma casa velha e abandonada. Ninguém vai morrer. E depois, tenho certeza de que vocês vão estar tão chapados que vão ficar alheios a tudo." Bella deu de ombros. "É, ela está certa, sabe. Já me encarreguei disso. Então, eu desafio vocês a irem." Tyler disse. "O que você conseguiu, Tyler?" Jessica perguntou, mais interessada. "De tudo um pouco, baby. Negociei com Eric hoje, ele me arruou bastante coisa." "Vamos fazer o seguinte," Bella interferiu. "Hoje a noite nos encontramos em frente à casa, as oito da noite. Isso nos dará tempo para arrumar as coisas." "Mas, Bella..." Angela tentou argumentar. De todos ali presentes, Angela era a única que não exagerava nas doses de bebidas alcóolocas e drogas. Ela não ficaria tão alheia. "Ang, fala sério! Não pode estar com medo disso! Nós vamos!" "Tem certeza?" "Absoluta. Agora, é melhor irmos, ou chegaremos atrasados." Assim, os cinco entraram na escola. Mike e Tyler possuíam um sorriso um tanto presunçoso no rosto, enquanto Angela e Jessica temiam a noite. O rosto de Bella era impassível. Mas ela não tinha motivos para temer. 8:00PM. Fora da cidade, atrás de uma densa vegetação, lá estava ela. Em frente a mansão imensa e abandonada, os cinco jovens estavam parados. Mike e Tyler carregavam uma bolsa cada um, contendo comida, água, cobertores, sacos de dormir e tudo mais necessários para um acampamento - com exceção de barracas; elas não seriam necessárias. Angela, Bella e Jessica carregavam apenas uma pequena mochila, com garrafas de vodka e seus "alucinógenos", uma câmera e um celular. Eles encaravam o portão de ferro, já gasto pelo tempo. "Então? Não vamos entrar?" Bella pergutou. Pela sua visão periférica, pôde ver Tyler, Mike, Angela e Jess tremerem. "Argh! Vamos logo com isso! Não vão amarelar agora, vão?" "Não..." Mike disse hesitante. "Vocês são todos uns covardes!" Bella disse bufando e andando até o portão. Ela o empurrou, fazendo um rangido alto. Os outros pularam com o susto. "O que? O portão só está enferrujado, pelo amor de Deus!" Bella reclamou. Assim que o portão estava aberto, eles adentraram o jardim. O vento rugia furioso, sacudindo as árvores mortas e derrubando as folhas secas no chão. A névoa era densa, quase não se enxergava nada através dela. Os cinco andavam em passos lentos, fazendo com que os galhos velhos se quebrassem em seus pés. Ao chegarem a porta, havia algo incomum, o que não passou despercebido pelos olhos de Mike. "Ei, olhem isso!" Ele disse pontando para a fechadura. "O que foi agora, Mike?" Bella perguntou impaciente. "Essa fechadura... não acham que ela está muito bem conservada para uma casa de mais de 100 anos?" "Aw, Mike, pelo amor de Deus!" Bella bufou e abriu a porta, que não estava trancada. Mas é claro que não. Desta vez, não foram apenas os olhos de Mike que viram coisas estranhas. Todos se deslumbraram com a beleza da casa. A primeia coisa que se via era uma luxuosa sala de estar, com móveis antigos, porém bem conservados. O candelabro de ouro pendurado no teto ainda brilhava, como se tivesse acabado de ter sido polido. Os quadros emoldurados com ouro também não eram diferentes, e o espelho imenso que se via à direita estava claro e limpo. Do lado esquerdo, havia dois degraus, e naquele espaço havia um belíssimo piano. O chão de madeira rústica parecia ter sido enceirado a pouco. Não havia lençóis cobrindo os móveis, como imaginaram. Não havia teias de aranha, ou bolos de poeira, como deveria. "Uau!" Jessica sussurrou. "Por que será que ninguém nunca veio roubar nada disso aqui? Tudo parece bem caro." Ela refletiu. "Jess, as pessoas não têm coragem nem de entrar aqui, que dirá roubar alguma coisa!" Angela disse. Nesse momento, um barulho alto fez com que todos pulassem de "Desculpe, gente." Mike disse constrangido. Ele acabara de fechar a porta com força, o que havia provocado o barulho. "Faz silêncio, Mike!" Bella o repreendeu. "Quer que descubram que estamos aqui?" "Quem iria descobrir que nós estamos aqui?" "Que tal a polícia, idiota? Esqueceu que podemos ser pegos por invasão de propriedade privada?" "Ah... desculpe." Eles caminharam, avaliando a beleza da sala, com receio de tocar em algo. "Então, aonde vamos dormir? Estou cansada." Jessica pediu. "Acho que devíamos dormir todos juntos." Disse Tyler, trocando olhares cúmplices com Mike. "Claro, Tyler, se você tem tanto medo assim." Angela caçoou do amigo. Subiram as escadas, e chegaram a um corredor aonde haviam vários quartos. "Então, nós dormimos aqui, e vocês dormem no quarto ao lado." Jessica disse abrindo a porta. O quarto possuía duas camas , um guarda-roupas, uma penteadeira e um sofá. "Vocês dormem aí. Eu durmo aqui do lado, não vou dormir no sofá." Bella disse. "Vai dormir sozinha, Bella?" Angela perguntou assustada." "Já disse que não tenho medo dessas coisas, Ang. Mas não estou com sono agora." "Nós também não. Vamos deixar nossas coisas e descer para comer algo?" Tyler sugeriu. Todos concordaram e foram até a cozinha, colocando em cima da bancada algumas porcarias, como batatinhas e biscoitos. Tyler abriu uma das bolsas, retirando dali uma seringa. "Tyler, não vai começar a se drogar agora, vai?" Angela perguntou. "Não acha que ainda é muito cedo?" "Na verdade, acho que já é tarde." "Concordo." Mike disse abrindo uma das garrafas de vodka e tomando um gole. A garrafa foi passada dele para Angela, e depois para Jessica. Quando chegou às mãos de Bella, ela a devolveu para a mesa. "Acho que vou dar um tour pela casa." Bella disse se levantando. "Eu vou com você." MIke ofereceu. Ela sorriu para ele e o chamou com o braço. "Bella, tem certeza?" Jess perguntou, erguendo novamente a garrafa. "Eu já disse, não acredito nessas bobagens." "Não, não é isso. Me refiro ao fato de você ir sozinha com o Mike." Todos riram com a piada da amiga. "Acho que sei me defender." E com uma piscadela, os dois se dirigiram novamente à escada. "Mike, já ouviu falar no sótão desta casa? Dizem que os fantasmas moram lá." "Ahh... já..." "Tem medo?" Ela perguntou sensualmente."N-não..." O rapaz gagueijou. "Então topa subir comigo?" Disse ainda com um toque de sensualidade. Ele hesitou. "O que? Pensei que não tivesse medo." "Não é que... não parece mórbido demais?" Ela sorriu e o puxou pela mão "Vamos logo!" Ao chegarem na porta, ele hesitou, mas ela não. A abriu e entrou, com Mike em seu encalço. Não havia nada de tão assustador ali, era apenas mais um quarto. Possuía uma cama de solteiro toda enfeitada, com um mosquiteiro branco a cobrindo. Ao lado, uma mesinha de cabeceira com uma pequena lamparina, apagada. "Então, Bella, já que estamos aqui, o que quer fazer?" Ele perguntou sorrindo. Ela sorriu de volta e o empurrou, para que ele se sentasse na cama. Sentou-se de frente para ele, uma perna de cada lado de seu corpo e o beijou. O beijo começou rápido e selvagem. A garota se comportava de uma maneira que Mike nunca poderia imaginar. Bella acariciou Mike em sua parte mais sensível, fazendo o garoto soltar um baixo gemido. Ele rapidamente se livrou da blusa dela e a acariciou entre suas pernas, por cima do jeans. Ele parou de beijar sua boca e desceu para seu pescoço, uma de suas mãos já desabotoando o sutiã branco que ela usava. Ao se livrar da peça, ocupou a mão direita com o seio esquerdo e a boca com o direito. Ela puxava os fios loiros do cabelo do menino, reprimindo um gemido. Se ela falasse algo, não seria o nome de Mike que sairia de seus lábios. z88; "Vou dar uma volta por aí." Jessica disse, deixando de lado a garrafa. Ela saiu, deixando Angela e Tyler sozinhos na cozinha e voltando à sala de estar. Jessica empurrou uma das portas e entrou em um salão enorme, todo coberto de espelhos. Olhava admirada para o salão. Percebeu que, em um dos espelhos havia uma pequena falha, parecendo uma eachadura, que ia do teto até o chão. Se aproximou mais para ver, o maior erro que podia ter cometido. Um grito despertou Tyler e Angela, que estavam um pouco tontos; Tyler devido às drogas que havia ingerido, Angela devido à vodka com sorvete de chocolate. Segundos depois, Bella apareceu na cozinha, os olhos molhados e o rosto vermelho, trajando apenas sua calça jeans e seu sitiã. "Bella? O que aconteceu?" Angela perguntou largando tudo em cima da mesa e correndo para a amiga. "Eu não... e-eu... eu não... s-sei..." Ela gagueijou. "Me explique, Bella, por que você está assim?" Tyler se juntou a Angela ao lado de Bella, a testa enrugada de preocupação. "Eu e Mike... nós estávamos nos beijando... e de repende ele... ele..." "Fala, Bella, o que o Mike fez com você?" Tyler prguntou, agora irritado. Ele não deixaria ninguém machucar a amiga, mesmo que o agressor fosse também seu melhor amigo. "N-não... não foi ele... o Mike... MIke... ele desapareceu!" Ela conseguiu soltar em meio às lágrimas e soluços. "Como assim, desapareceu?" Angela perguntou. "Não sei, Não sei! Ele estava comigo, então se foi!" Bella colocou as mãos no rosto, e pela primeira vez Angela pôde ver que elas estavam sujas de sangue. "Bella, o que é isso?" Ela perguntou desesperada. "É de Mike..." "Ah, meu Deus!" Ninguém disse mais nada. Pois outro grito os assustou. "Onde está Jessica?" Tyler perguntou. "Não sei. Vamos!" Os três voltaram a sala e ouviram o grito agudo de Jessica vindo de um dos aposentos. Abriram a porta da sala de espelhos, mas já era tarde demais. A única pisa que tinham dela era um rastro de sangue que desparecia em frente a um dos espelhos. "Mas que merda está acontecendo aqui?" Tyler esbravejou. Na escuridão do cômodo, algo se moveu entre as sombras. "Tyler, eu estou com medo!" Angela disse. Tyler se aproximou para pegar na mão da amiga, mas ao invés da pele quente e da mão magra e pequena, ele tocou algo duro e gelado. Ao se virar, viu apenas um par de olhos vermelhos. Tentou gritar, mas foi impedido. Para ele, também era tarde demais. "Tyler? Cadê você, Tyler?" Angela chamava em meio ao choro. Se virou procurando por ele, mas não encontrou ninguém. "Ang, temos que sair, agora! Vamos!" Bella pegou o braço da amiga e saiu correndo porta a fora. "Bella, espere! Não! Tyler, Jess e Mike!" "Eles sumiram, Ang! E nós vamos também se não sairmos AGORA deste lugar!" De mãos dadas, as duas correram em direção a porta. Podiam ouvir os passos atrás delas. Podiam ouvir os sussuros de uma criatura desconhecida que vagava atrás delas. Bella se chocou com a porta, tentando abri-la, mas de nada adiantou. Ela estava trancada. Angela e Bella gritavam desesperadamente até que o grito de Angela cessou. Bella olhou para trás e viu o par de olhos vermelhos se aproximando dela no escuro. As lágrimas caíam, mas o grito ficou preso na garganta. Era seu fim. O barulho do celular o fez acordar desorientado. Tocava sem parar. Ele acordou e olhou para a cama ao lado, onde o irmão não se encontrava ali. Tateou a cômoda atrás de seu celular e olhou no visor antes de atender. Bufou. "O que é agora, Bob?" "Tenho mais um trabalho para vocês." "Acabamos de livras Seattle de um bando de zumbis ambulantes." "É, eu sei. Dessa vez é em Forks, uma cidade próxima a Seattle. Hora de trabalhar, preguiçoso!" "Bob, eu não tenho emprego." Ouviu-se alguém bufando do outro lado. "Você entendeu. Sam vai te explicar o resto." Bob desligou, e em seguida entrou um homem de cabelos escuros ondulados, arfando enquanto entregava o jornal um pouco úmido para Dean. "Dean, olha isso." Sam disse jogando o jornal para o irmão, que o pegou e leu. "Mulher espera o namorado dormir e acende um isqueiro em seu pênis." Dean leu a notícia. "Bem, se ela reclamava que falatava fogo no relacionamento, agora não falta mais. O namorado não foi você, foi?" Dean perguntou reprimindo o riso e fazendo Sam revirar os olhos. "Não essa notícia, idiota, esta!" Sam disse apontando para a notícia certa. " 'Jovens desaparecem enquanto acampavam em casa de fama mal assombrada.' Sam, você acha que..." "Ainda tem dúvidas?" Sam disse e Dean continuou a ler a notícia. " 'A única sobrevivente, Isabella Marie Swan, conhecida pelos amigos como Bella...' " Dean parou e riu. "O que?" "Isso não te traz lembranças?" Sam bufou e pegou o jornal das mãos de Sam. " 'A garota não pôde dar informações à polícia pelo fato de estar muito traumatizada. Nenhum corpo foi encontrado, porém há vestígios de sangue.' E olhe isso também..." Sam revirou as páginas do jornal até encontrar outra notícia. Havia a foto do corpo de uma mulher, de pele clara e cabelos loiros jogado no bosque. O corpo estava mutilado e coberto de sangue. " 'Marylin Carter, 19 anos, foi encontrada morta ontem. Não há rastros, e pelo que se sabe, a garota foi vítima de um ataque animal. Marylin não foi a primeira; há relatos de mais seis corpos encontrados mutilados pelos dentes de um animal.' " "Bem, parece que é a nossa deixa. Vamos matar alguns demônios." Dean disse se arrumando e pegando as bolsas. "Eu levo isso, te espero no carro." Sam disse. "Hey, Sammy! Cuidado com a Bella, você pode ser o próximo a pegar fogo!" Dean disse diveritindo-se. Sam jogou o controle remoto da TV que estava ao seu lado na cabeça de Dean, que soltou um gemido de dor. "Cinco minutos." Sam saiu do hotel e fechou a conta. Checou mais uma vez sua cintura. O Colt estava ali, seguro em sua cintura. Andou até o carro e abriu o porta malas, checando o arsenal. Tudo o que precisaria durante uma caçada estava ali. Ao fechar o porta malas, notou uma figura parada ao seu lado. A loira o encarava, com os braços cruzados e um sorriso no rosto. "O que faz aqui, Ruby?" Sam perguntou. "Soube que estava aqui, resolvi visitar." Ela disse dando de ombros. "Dean não vai gostar de te ver aqui, então..." "Ora, Sam! Eu ajudei vocês, não? Dean não tem motivos para ficar chateado comigo." "Você é um demônio, já é um ótimo motivo." A voz de Dean a surpreendeu. Ruby pareceu não se importar com ele. "Estão indo para Forks?" Ela perguntou. "É melhor que você não tenha nada a ver com isso." Dean grunhiu. "Relaxa! Eu só vim ajudar." "Nunca vi um demônio tão prestativo." "Calado, Dean." Sam pediu. "Fale." "Acredito que vocês estão lidando com vampiros." "Vampiros?" Sam perguntou. "As vítimas desapareceram, sem deixar rastros, a não ser um pouco de sangue. Essa Bella disse ter visto olhos vermelhos, e disse que não havia barulho no início, apenas quando pegaram a última amiga ela ouviu os passos. E a casa percentia à uma antiga família do século XVIII." "O que pode nos dizer sobre essa família?" "Não muito, na verdade. A família foi passar as férias na Inglaterra e nunca mais retornou. Os boatos dizem que eles morreram lá e que o espírito deles voltou para casa. Mas não acho que um fantasma faria isso." "Obrigada pela ajuda, Ruby. Vamos, Dean." "Me chame se precisar, Sam." A loira se despediu, e no segundo seguinte, desapareceu. "Bem, até que ela foi útil." Dean falou entrando no carro e sentando no banco do motorista. Os dois dirigiram pela estrada até a divisa com Forks, quando Sam notou algo no meio das árvores. "Hey, Dean, pare!" Dean empurrou o freio rapidamente, fazendo o carro frear bruscamente. "Pelo amor de São Miguel, Sam! Quer nos matar?" "Não sabia que era religioso, apesar de tudo. E não acho que um acidente de carro seria suficiente para nos matar." "Bom argumento. Mas o que foi?" "Olhe ali." Sam disse apontando para a grossa vegetação. Por trás das árvores, uma abertura se destacava, e algumas folhas se mexiam, informando que alguém andava por ali. Dean desligou o carro e os dois saíram, entrando dentro da floresta, armas a postos. Avançavam devagar, tomando cuidado para não fazerem nenhum barulho. Então, viram uma figura correndo em direção deles. Dean estava prestes a atirar, mas Sam o repreendeu. "Por que?" Dean perguntou. "Olhe, é a garota do jornal." Sam explicou. "Mas que diabos ela faz aqui? Ei, garota!" Dean gritou. A menina de pele pálida e cabelos castanhos paralisou ao ver dois estranhos armados a sua frente. "O que faz aqui?" Dean perguntou. A menina continuou parada, imóvel de olhos arregalados. "Responda, garota!" "Dean!" Sam o repreendeu. "Hey, você é Bella, certo?" A menina apenas balançou a cabeça em sinal positivo. "O que faz aqui? Não devia estar em casa?" "Estou com medo de ficar em casa." A menina respondeu. "Por que?" "Estão todos me procurando. E vão me achar. Preciso ficar escondida." Ela disse tremendo. "Ei, se acalme, está bem? Está tudo bem. Vamos, nós iremos te levar para casa." Sam estendeu a mão para a menina, que se encolheu. "Não vou para casa. Não posso ir para casa!" Ela disse soluçando. "Ei, ei! Tudo bem, mas não vamos te deixar aqui. Venha conosco, vamos te levar para um lugar seguro." Após momentos de hesitação Bella aceitou a mão de Sam. Ele a levou para o carro, a colocando no banco de trás e sentando de volta no banco do passageiro. "Então... Bella." Dean disse dando um sorriso para Sam, que fechou a cara para o irmão. "O que fazia ali?" "Eu... eu estava me esconcendo." "Se escondendo de quem?" "Deles. Eles vão me levar de volta se descobrirem o que eu fiz..." Ela disse escondendo o rosto nas mãos e soluçando novamente. "Bella, o que aconteceu? Pode confiar em nós." Sam disse se virando para encarar a menina. Ela nada disse, apenas continuou chorando. Sam virou para frente e trocou um olhar suspeito com Dean. Os três permanceram calados durante todo o tempo da pequena viajem. "Onde está seu pai?" Sam perguntou a Bella. "Eu moro com um amigo." Ela respondeu. "Com um amigo? Quantos anos você tem?" Dean perguntou surpreso. "Eu tenho dezoido." "Seus pais te deixaram morar sozinha com ele?" "Meus pais morreram." "Ah. Desculpe. Nós... nós entendemos disso." Sam disse, compreensivo. Ao chegarem na cidade, Bella deu a eles as instruções necessárias para que chegassem a uma casa. A casa era branca, com um pequeno quintal coberto de grama verde. Havia uma árvore ao lado que aparentava ser bem velha, porém resistente. Um garoto de pele pálida e cabelos negros estava na porta, e ao ver a menina desceu as escadas rapidamente. "Bella! Aonde você estava?" O menino perguntou. "Desculpe, Victor, eu fui caminhar." O menino olhou desconfiado para os dois rapazes que acompanhavam Bella. "Sam, Dean, este é meu amigo, Victor. Victor, esses são Sam e Dean." Os irmãos cumprimentaram o amigo da garota, mas trocaram um olhar, intrigados. Não se lembravam de ter se apresentado à garota. "Bella, estamos indo, ok?" Sam disse, inseguro. "Ok, podem ir." "E... não ande por ali sozinha, está bem? Pode ser perigoso." A menina assentiu, e entrou na casa junto ao amigo. Ao entrarem no carro, os irmãos Winchester permaneceram em silêncio por um minuto. "Não me lembro de ter me apresentao à menina." Dean falou. "Nem eu... Como ela saberia nossos nomes?" "Ow, Sammy, nós somos famosos!" Dean disse rindo. "Isso é sério, Dean. Se ela nos reconheceu de algum lugar, significa que não podemos passar muito tempo aqui." "Relaxa, Sammy. Ninguém vai nos achar aqui." "Claro, só temos quase todo o departamento policial dos Estados Unidos de olho em nós." Dean ficou calado por um momento, mas quebrou o silêncio novamente. "Vamos ficar naquele motel." Ele disse se dirigindo a um pequeno motel perto da estrada. Não havia nada envolta da cidade - ou mesmo dentro dela. Eram apenas milhares de árvores, amontoadas em todos os lugares. "Acho que o aquecimento global passa longe dessa cidade." Dean disse desligando o carro. Ao chegarem na recepção do Motel, Dean puxou sua carteira com duas identidades falsas e entregou uma à Sam. "Oliver Colt? Isso é alguma piada, Dean?" "Só se você achar engraçado." "E quem é você?" Dean o mostrou a carteira, sorrindo. "Thomas Colt, prazer." Sam revirou os olhos e os dois foram reservar um quarto. "Boa tarde, queríamos um quarto." Sam disse à recepcionista. "Preciso da identidade de vocês." A mulher pediu. Olhou ambas as identidades com cuidado e depois soltou um "o" de surpresa. "Gostariam de ficar em nossa suíte de Lua de Mel? Estamos com uma promoção para recém casados." A mulher disse sorrindo. Sam fechou a cara, mas Dean abriu um sorriso enorme de puro divertimento. "Nós adoraríamos, não é, querido?" "Ah.. ér, clao." Pegaram a chave e foram para o quarto. Só então, Sam percebeu que o Estado civil em ambas as identidades era "Casado", e que eles não teriam o mesmo sobrenome por serem irmãos. Preferiu não discutir com o irmão. Já teria muito no que pensar, como por exemplo, quem dormiria na cama e quem dormiria no sofá. "Acho que deveríamos ir à tal mansão hoje." Dean sugeriu. "Boa ideia. Deixe as bolsas e pegue as armas, vamos agora." Não demoraram muito para se prepararem, uma vez que não era necessária preparassão psicológica, e a praparação física havia sido aduquirida ao longo dos anos de "Caça Aos Montros." "Então, vamos, está na hora de pegar aquele crepúsculo." Dean caçoou enquanto arumava sua bolsa, carregando seu próprio arsenal. Os dois se equiparam com o necessário para uma 'caça ao vampiro' e entraram no carro. "Ow, Sammy! Troca essa música!" Sam praguejou. "Você conhece as regras, Dean. Quem dirige, escolhe a música." Dean disse aumentando o volume. "Aonde fica essa casa mal assombrada?" "É logo depois da trilha onde encontramos Bella. Mas temos que tomar cuidado, a polícia está cercando o local." "Certo. Alguma idéia?" "Ainda não. Mas pensamos em algo. Quer dizer, eu penso em algo." "Você pensa. Eu ajo!" "E age mesmo. Vi sua ótima reação na estrada quando encontramos a menina. Ela vai ficar traumatizada pelo resto da vida." "Ela é uma gracinha, né..." "Dean, não se atreva!" "O que? Não falei nada." "E não precisa. Só fique longe dela. Não quero problemas dessa vez." "Talvez você precise desse tipo de problema, cara. Está cada vez mais mal humorado. Quando foi a última vez que você pegou uma mulher, Sammy?" "Você só pensa nisso, Dean?" "Não, mas estou pensando agora." Sam bufou e ficou calado. Alguns metros adiante, Sam avistou a casa. "Ali, é essa a casa." "Uau! Casa maneira essa, hein!" "Pois é. Mais maneiro ainda é o que tem dentro dela." Ao olhar em volta, Sam percebeu as viaturas policiais entacionadas ao redor da casa. "E como vamos fazer com eles?" "Pensar não é a sua área?" "Ér... ainda não pensei muito." Dean suspirou e andou até os policiais. "Dean, espere! O que você está..." "Boa noite, oficiais." Dean cumprimentou os policiais. "Desculpe, garoto, mas esta área está interditada." Um policial baixinho com um bigode escuro disse. "Desculpe, oficial...?" "Charlie." "Oficial Charlie. Eu sou o Agente Sanders," Para comprovar sua afirmação, mostrou o falso distintivo. "Este é meu parceiro, agente Davis." Cutucou o braço do irmão, que automaticamente pegou seu distintivo falso e mostrou ao policial. "Somos agentes especiais do FBI, viemos investigar o local," Charlie olhou para os dois desconfiado. "Não são muito novos para trabalharem para o FBI?" Dean soltou uma risada "Obrigada. Mas não estamos aqui para ouvir elogios, Oficial Charlie. Se importa Se fizermos nosso trabalho?" Sam quade bateu no irmão pelo comentário infeliz. Charlie grunhiu e abriu caminho para os 'agentes'. Quando á estavam afastados das viaturas, Sam bufou. "Não sei como se livra dessas." "O papai aqui já é profissional, Sammy." Se aproximaram mais da porta e a empurraram. Ela abriu com um rangido. Ao entrarem, a reação deles foi a mesma dos garotos que iriam acampar ali, e que acabaram desaparecidos. "Uau! Olha para tudo isso! Não parece nem um pouco velha, se quer saber." Dean disse assoviando. "Vamos subir. O primeiro garoto desapareceu no sótão." Sam disse subindo as escadas. "Ela disse como ele morreu?" "Não, ela disse que não viu quase nada. E também não se lembra de muita coisa." "Seja como for, não tomou tanto cuidado assim. Olhe, tem sangue no chão." No chão, em frente à porta, havia manchas vermelhas escuras na forma de uma pegada. "Acha que o garoto tentou lutar?" "Bem, não há outra explicação." Dean abriu a porta, e ali havia um rastro que se estendia até a cama." "O garoto tenta fugir, a coisa o pega e o arrasta até a cama. Aqui o rastro acaba. Ou o garoto parou de sangrar ou algo o fez parar de sangrar." "O que está sugerindo, Dean?" "Se o garoto ainda tivesse sangue, teria uma poça ou coisa parecida. O sangue não estanca assim tão fácil. Acho que ele foi drenado." "Drenado?" "Sim. E só há duas coisas que poderiam ter feito isso. Ou foi o maior mosquito do mundo, ou foi um vampiro." "Sabe, eu não descartaria a opção do mosquito gigante. Lidamos com o sobrenatural, não?" "Calado, Sammy. Odeio admitir isso, mas Ruby estava certa. Aquela desgraçada...(N/A¹ Pra quem não sabe, esse foi o característico "Bitch" do Dean ;D) Foi um vampiro." "E dos maus." Uma voz soou próxima a eles. Os irmãos se viraram e encontraram uma figura conhecida de pé junto à porta. "Castiel?" Dean perguntou ao ver o moreno de terno cinza parado de frente para o espelho ao leste. "Olá, Dean!" "O que faz aqui?" Sam perguntou. "Vim limpar a bagunça que a sua mais nova amiguinha deixou." "O que quer dizer com isso." "Isabella. " "O que?""Eu a mandei à Terra para que cuidasse de um demônio. Mas as coisas acabaram indo muito, muito errado." "Não entendo, Castiel. O que Bella tem a ver com isso?" Sam perguntou confuso. "Tudo! Ela trouxe os humanos para cá. Ela deu de alimentar à criatura. E agora, sobrou para mim." "Podemos cuidar dele, Cas." Dean o garantiu. "Não. Vocês o podem matar. Mas não é isso que queremos." "O que querem, então?" "Antes dele se tornar o que é hoje, ele era humano. E ainda há resquícios de sua humanidade. Nós queremos resgatá-lo. Queremos salvá-lo." "Mas ainda não entendi. O que Isabella tem a ver com essa história toda? Por que ela trouxe humanos para cá? E com o que estamos lidando?" Dean perguntou. Castiel respirou fundo uma vez antes de contar. "Isabella Swan é um anjo, e como todo anjo, tem deveres a cumprir. A criatura que vive nesta casa tem sede de sangue, se alimenta de sangue humano. Mandamos Bella à Terra para que ela, de alguma forma, resgatasse o que restava de humano nele. Mas deu tudo errado. Entenda, quando um anjo se dispõe a salvar um demônio, este fica preso ao anjo, e é impossível se libertar. Mas este não, ele foi de boa vontade para os braços dela. Correu para ela. A princípio não percebemos nada, mas então os humanos começaram a desaparecer. Então eu soube. Ela não queria cumprir sua missão. Ela queria ficar. Ela o queria, ele a queria. Anjo e demônio, se apaixonaram. Isabella estava disposta a desistir de suas asas." "Por que não a dispensaram?" "Dean, acha mesmo que queremos uma criatura sedenta por sangue solta por aí? Por isso eu vim, e quase a peguei. Se vocês não tivessem chegado antes..." "Cas, vamos ajudá-lo a pegá-la, mas primeio temos que acabar com esse demônio." "Ele não está aqui." Castiel disse. "E onde ele está?" Sam perguntou. "Ele foi se encontrar com ela. Voltará à noite. Vocês não serão muito úteis aqui agora. Precisamos esperar ele voltar, e o pegaremos de surpresa." "Então vamos esperar. Pode se livrar dos policiais lá fora?" "Sam, esse é o seu forte." Sam bufou desceu, a fim de se livrar de Charlie e compania. Bella estava em casa, andando de um lado para o outro, sem conseguir ficar sentada. O som de passos se aproximando a fez levantar a cabeça. Não precisou perguntar para saber quem era. Se jogou nos braços ágeis, duros e frios do vampiro à sua frente. "Edward, eu estou com medo, Edward! Eles me encontraram! Eles sabem, Edward!" Ela estava desesperada enquanto beijava cada centímetro do corpo marmóreo do vampiro e segurava com força seus cabelos cor de bronze. "Shhh, calma, shh... eu não vou deixar eles te levarem para longe de mim, Bella, não se preocupe, shh, eu estou aqui." Ela assentiu e o olhou dentro dos olhos vermelhos. Depois, sua boca se colou na dela e ele a beijou profundamente. As mãos deles ´passeavam pelas costas dela, do jeito que ele sabia que ela apreciava. As mãos dela tinham cobiça. Ansiavam sentir o peido másculo e gelado do vampiro. Ela lhe tirou a blusa, assim como ele logo puxou a dela para cima. Devagar, como sempre, ambos se despiram. A respiração dela já estava rápida e pesada, assim como a dele. Ele a deitou gentilmente na cama, sem nunca deixar de olhar para os belos olhos chocolates da menina. "Minha, só minha. Ninguém pode te tirar de mim, minha Bella." Ele sussurrou em seu ouvido, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo feminino. Ele passeou pelas panturrilhas, chegando às coxas e passando pelas nádegas, explorando a parte interna da coxa enquanto ocupava a boca com seu seio esquerdo. Ela puxava fortemente os cabelos acobreados dele, e se ele fosse humano estaria gritando de dor. Mas ele não era. E estava achando aquilo muito excitante. Entre um toque e outro, sussurravam um 'Eu te amo' quando tinham fôlego suficiente para falar. E sem precisar de mais nada a não ser dos dedos ágeis dele tocando e massageando sua feminilidade, e das mãos quentes dela massageando seu sexo ambos chegaram ao ápice do prazer pela primeira vez naquela noite. Edward olhou para o anjo deitado embaixo dele e sorriu. Era tão bom poder lhe dar prazer! Bella abriu os olhos e encarou os olhos vermelhos novamente. Ela não sentia medo dele. Nunca sentira. Ele a beijou ferozmente, ignorando o ar que precisava naquele momento. "Edward, eu preciso de você. Edward..." Ela sussurou em seu ouvido enquanto ele beijava seu pescoço. Sem mais cerimônias, ele a penetrou delicada e vagarosamente. Ambos se moviam com maestria, já conhecendo bem os movimentos que os faziam suspirar. Entre beijos e sussurros de amor, ambos atingiram o ápice mais uma vez. Deitada no peito do vampiro, o anjo tentava normalizar sua respiração. Notou que o eito dele se movia de forma irregular, assim como o dela. "Não sabia que você precisava respirar." Ela disse sorrindo. "Tecnicamente, não preciso. Mas é o seu efeito sobre mim." Ele disse a puxando para mais perto e a abraçando. "Sabe, não foi fácil te ver com aquele humano." Ele disse franzindo a testa. Ela sorriu fraco. "Você sabe que eu nunca faria nada com ele, e nem ninguém que não seja você. Ele só precisava de uma distração." "Eu sei. Mas mesmo assim, podemos arranjar outras formas de distrair os outros, não?" Ela abriu seu sorriso característico, deixando os dentes brancos e perfeitos à mostra. "Adoro quando você está com ciúmes. É fofo." "Não, não é nada fofo. Eu falo sério." "Tudo bem. Arranjaremos outras distrações." Ambos riram novamente e seus lábios se encontraram mais uma vez. A doçura do hálito dela inebriou o vampiro, e os braços dele apertavam o corpo dela, querendo fundir seus corpos. Sua bolha foi quebrada ao som de um uivo. A noite se aproximava, o crepúsculo era refletido na janela de vidro. Sam, Dean e Castiel estavam atentos, esperando pela volta do monstro que havia matado e drenado o sangue dos adolescented de Forks. "Isso já está ficando chato. Cadê a ação?" Dean comentou. No segundo seguinte, um vulto passou à sua frente, o fazendo pular de susto. "Quem está aí?" Sam perguntou. Castiel lançava um olhar raivoso para o vulto. Uma imagem se fixou no escuro, e era possível identificar a silhueta de um homem. Sam carregou a arma e apontou para a silhueta. "Não estou pronto para que você me mate ainda, Samuel Winchester." A confusão passou pelo rosto dos três. "Você me conhece?" Sam perguntou. "Ah, mas é claro! Quem não conhece os famosos irmãos WInchester? Olá, Castiel. Como vão as coisas?" Eles continuaram se encarando por um tempo, até que o silêncio foi quebrado novamente pelo vampiro. "Eu ficaria mais confortável se vocês abaixassem as armas. Não é uma coisa muito educada de se fazer na casa alheia, ainda mais na presença do proprietário." O vocabulário do vampiro era impecável, o que não passou despercbido pelos irmãos. "Por favor?" O vampiro pediu novamente. "Ah, não se preocupem, não pretendo atacá-los. Estou aqui para pedir a ajuda de vocês. Se isso os deixa mais confortável, posso acender as luzes." Alguns segundos depois, a sala estava toda iluminada, e os três tiveram que abaixar as armas para proteer o rosto da luz repentina. "Obrigada." Visualizaram a figura à sua frente. Parecia apenas um humano pálido, se não fosse pelos olhos vermelhos. "Meu nome é Edward Cullen. Creio que não precisam se apresentar, uma vez que já os conheço." "Você disse que queria a nossa ajuda." Castiel disse. "O que quis dizer com isso?" "Ele a pegou." Edward disse simplesmente. "Quem?" "O verdadeiro monstro. Ele a pegou. Ele está com Bella." "Quem está com Bella?" "O monstro que vocês estão caçando." "Você é o monstro que estamos caçando." Dean disse. Edward riu baixo. "Não. O monstro que anda atacando os humanos na cidade não sou eu." "Mas você matou os adolescentes que estavam aqui." "Eu os matei por necessidade. E porque eles vieram até mim. Eu não caço, eu atraio minhas presas." "Então o que está caçando por aí?" "Um monstro peludo, enorme, com dentes como adagas. Vocês o chama de lobisomem." "Lobisomem?" Castiel parecia surpreso. "Surpreso, Castiel? Pensava que era eu, não? Não, não era eu. Preciso da ajuda de vocês. Eu a quero de volta." "Sabe que não pode. Assim que a recuperarmos, ela vai voltar." "NÃO! Vocês não podem fazer isso! Ela quer ficar!" "Ela só poderia ficar o tempo necessário para te salvar. Ela não é mais necessária aqui." O rosto do vampiro assumiu uma careta agonizada. Como se ele estivesse se contorcendo de dor. "Então," Ele disse, a voz tremendo. "Peguem ela de volta antes que ele a mate..." Ele hesitou por um momento. "E... e depois que ela for embora, me mate." Ele pediu finalmente. Isso surpreendeu os irmãos. "Podemos te matar agora, sabe. Não será um sacrifício tão grande." Dean disse. "Eu deixaria. Mas quero a chance de me despedir dela. É só. Depois eu irei para o inferno com prazer." Os três pensaram um pouco. Depois, Dean deu de ombros. "Tudo bem. Temos um trato. Sabe onde ele está?" "Em algum lugar para dentro da floresta." "Então vamos." Castiel deu a palavra final. Os quatro saíram da casa; Edward na frente, com Sam, Dean e Castiel em seu encalço. Apesar da trégua momentânea, ainda não confiavam plenamente no vampiro. "Mas estou extremamente curioso..." Dean refletiu. "Como isso aconteceu?" Edward sabia de que se tratava a pergunta de Dean, mesmo sem ele precisar ser tão explícito. "Começou há muitos anos atrás. Antes mesmo de vocês pensarem em nascer. Éramos ambos humanos... "Era uma noite de natal. Minha família, que tinha grande inlfuência, tanto política quanto econômica, promovia um baile todos os anos para a sociedade. Então, foi no natal de 1819 que eu a conheci. Era apenas mais um baile tedioso para mim. Meus pais querendo que eu fizesse parte do mesmo círculo social que eles, me obrigavam a dialogar com pessoas desagradáveis. Então, fui apresentado ao Sr. Swan, o proprietário de várias terras e dono do banco local. Neste ano, sua filha havia atingido idade suficiente para que pudesse ser apresentada à sociedade. E quando a encontrei, sabia que ela era a mulher da minha vida. "Ela trajava um belo vestido pérola, que marcava seus traços e curvas perfeitas. Os olhos dela eram de uma cor desconhecida, puxava para o castanho, mas eram doces demais... como chocolate. Os cabelos, de cor semelhante, caíam pelos seus ombros em cachos delicados. Os lábios eram pequenos e rosados, a pele clara, quase translúcida, com um leve rubor nas bochechas. Ela era linda. "No entanto, podia ver a expressão melancólica que tomava conta do seu olhar. Eu podia ver que os lábios perfeitos se curvavam em um sorriso forçado. Os olhos não brilhavam. "Após me apresentar ao seu pai, um homem, viúvo, um tanto rude, não pude mais desviar os olhos dela. O pai se afastou, provavelmente foi resolver algum de seus negócios milionários com meus pais ou com outros convidados. A menina ficou ali, sozinha, olhando as pessoas ao redor. Parecia desconfortável. Ela era alvo de olhares maliciosos dos homens ali presentes, e eu senti algo que beirava a raiva ao presenciar tal cena. Ela também percebeu os olhares voltados a ela, e a vi corar mais violentamente. Como ficava linda corada! E então, ela pegou uma taça de vinho, e bebeu um gole rapidamente. Vi os olhos arderem com o álcool, e não pude deixar de rir. " 'Não deveria beber assim'. Eu disse me aproximando. Ela se surpreendeu um pouco, mas sorriu. E desta vez, o sorriso era autêntico. 'Desculpe, não quis ser inconveniente.' Ela disse envergonhada. 'Meu nome é Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella. E você deve ser o Sr. Cullen, certo?' 'Me chame apenas de Edward, Bella.' Ela assentiu, e eu depositei um beijo em sua mão. Não passei a noite com mais ninguém além dela. E foi só isso que bastou: uma noite. Em uma noite, nos apaixonamos. Pude ver o brilho nos olhos ao falar comigo, o sorriso bobo em seus lábios, que era o mesmo que eu devia ter. Nos apaixonamos perdidamente. E foi algo tão forte, que nem mesmo a morte pôde separar." Os quatro entraram na floresta, andando cada vez mais longe da trilha. "É uma bela história." Dean disse, a voz carregada de sarcasmo. "Pena que teve um final trágico. Falando nisso, qual foi o final trágico mesmo?" "Por um ano mantivemos um caso que permaneceu em segredo. Eu transformei o sótão da casa de minha família em um quarto, e nos encontrávamos ali. Não era fácil fingir diante de tudo e de todos, em especial do pai dela. Apesar de minha boa condição financeira, o pai nunca permitiria que ela se encontrasse sozinha comigo. Então, em frente às famílias, eu a cortejava, como um bom cavalheiro. Eu lhe visitava frequentemente e mandava flores. Mas era só isso que sabiam. Quando a noite chegava, ela vinha para mim, ou eu ia até ela. Eu já havia pedido sua mão, e ela já aceitara. Porém, só fiz o pedido oficial ao seu pai alguns meses depois. Como todas as boas famílias, a minha deu um jantar para comemorar o noivado. Ela estava usando o mesmo vestido que usara no dia em que nos conhecemos, um pedido meu." O vampiro suspirou, e os outros sabiam o que vinha a seguir. "Naquela mesma noite" Edward continuou. "Algo inesperado aconteceu. Convidados indesejados entraram e acabaram com a noite de comemoração. Vários deles. Outros vampiros. Atacaram todos os convidados. Quando enendi o que havia acontecido, a maioria já se encontrava morta. Eu peguei Bella e a levei para o sótão, a fim de nos proteger. Mas eles nos encontraram. E eu tentei lutar com eles, um erro estúpido. Foi apenas quando ouvi o grito de Bella, percebi que tudo estava acabado. Eu não a encontrava em lugar algum do quarto, então percebi. Um dos demônios a segurava pelo pescoço, o corpo para fora da janela. Foi apenas uma questão de segundos para que ele a soltasse. Então ela caiu gritando. Quando o grito cessou, eu sabia que era tarde demais. Ela estava morta. Então não resisti mais. Que motivo teria? A razão da minha vida estava morta, não havia mais sentido nenhum em viver. Então, cedi. Mas algo aconteceu, que os impediu de drenar meu sangue. Eles foram embora e me deixaram ali, queimando. Quando acordei para minha nova vida, percebendo o que eu havia me tornado, tentei morrer. Mas não era fácil. E depois de tantos anos de solidão e desespero, ela voltou. Pensei que estava ficando louco, mas ali estava ela, trajando o mesmo vestido pérola do dia em que ela se foi... a visão da perfeição, bem diante dos meus olhos. Então ela disse que tinha uma missão, que viera resgatar meu lado humano, e que depois iria embora. Mas ela não foi. Nós agimos juntos para impedir que este dia chegasse." A agonia era perceptível em sua voz e em seu rosto. Castiel se sentiu sensibilizado, e desejou poder fazer algo por ele. Mas não podia. Ele era um demônio, apesar de tudo. Eles andaram em silêncio por algum tempo, até que o vampiro de repente parou. "O que?" Castiel perguntou. "Ele está em algum lugar por aqui." Edward respondeu. "Vamos!" O vampiro começou a correr, e foi quase impossível para os outros o alcançarem. Alguns metros mais adiante, havia uma pequena cabana. "Vamos!" Dean gritou. Ao chegarem em frente à cabana, Edward empurrou a porta com tal força que a fechadura se quebrou. A cabana era bem pequena, só um cômodo. Havia uma estante à esquerda, esculpida em uma madeira antiga. à direita havia uma cama baixa, igualmente antiga. Em frente, havia uma banheira braca, porém ele estava manchada. Manchada de terra e de sangue. Sangue velho, já escurecido e sangue fresco, vermelho vivo. Havia uma janela ao lado da cama, que se mantinha fechada. Não parecia que seria fácil de abri-la, mesmo de longe, parecia imperrada. Nos fundos havia um pequeno espelho enferrujado e com várias manchas escuras. Ao lado da banheira havia uma mesa velha de cor escura, e ao lado havia apenas uma cadeira de ferro, enferujada, assim como tudo o mais na cabana. Amarrada ali naquela cadeira, estava o anjo. As mãos amarradas nas costas e as pernas presas, uma em cada pé da cadeira. O vestido branco sujo de sangue, as mãos se apertando em punhos enquanto tentava gritar através da fita que mantinha sua boca calada. O rosto estava sujo, manchado com sangue seco. As lágrimas caíam, molhando o rosto agoniado. "Bella!" Edward gritou avançando para perto da garota. Ele a abraçou forte, e rapidamente arrancou as cordas que a prendiam na cadeira. No momento em que seus braços foram libertados, ela os passou ao redor do vampiro. Sam, Dean e Castiel se posicionaram atrás dele. "Edward! Vá embora, Edward!" Ela suplicava em meio ao choro. "Não! Eu não vou embora até acabar com a raça desse animal! Onde ele está, Bella?" Ela apenas chorava, hesitando. "Me diga, Bella, AONDE ELE ESTÁ?" Ela nada dizia. Então, os olhos dela focaram algo acima da cabeça do vampiro. Os quatro homens olharam para cima. Uma figura imensa os fitava. Os olhos escuros de uma criatura os olhava de cima. Era um monstro imenso, de cor negra. Devia ter mais de quatro metros de altura. O focinho era comprido, e os dentes afiados estavam espostos. O lobo gigantesco uivou quando escutou o grito de agonia que vinha da garganta do anjo. "Sam, abaixe!" Dean gritou. Tarde demais. O lobo arranhou o rosto de Sam com suas garras afiadas, deixando uma ferida aberta que sangrava como se uma adaga tivesse cortado seu rosto ao meio. "Victor, NÃO!" Bella pedia. Dean a olhou sugestivamente. "Victor?" Ele perguntou erguendo as sobracelhas. A menina apenas chorava. Mais uma vez o lobo atacou Sam, desta vez com as patas traseiras. Sam caiu junto ao armário, inconsciente. "Tire ela daqui! AGORA!" Castiel gritou para Edward. O lobo se debatia, e ao ouvir as palavras de Castiel, teve um acesso de raiva. Quebrava tudo o que via pela frente, e tentou alcançar a garota. "Volte, Victor! Não faça isso! VOLTE!" o anjo suplicava. "Bella, me escute! Este não é seu amigo!" Edward tentava consolá-la. "Edward, leve ela para fora!" Dean gritou enquanto lutava para manter o monstro imóvel. "Cas! Me ajude!" O vampiro carregou a garota, que lutava contra os braços dele, estendendo os próprios braços para o lobo. O lobo olhava fundo nos olhos da menina e uivava em tristeza. Dean cravou uma faca na perna traseira do lobo, que uivou de dor. "Bella, venha! Bella!" Edward gritava. Ela finalmente cedeu, e foi. Do lado de fora, a chuva caía forte e violoenta. A noite era escura, um véu negro cobrindo toda a paisagem. "Bella, me escute! Bella, se acalme!" Edward a embalava. "Me escute, meu amor, aquele não era seu amigo." Ela assentiu, com a cabeça enterrada em seu peito. "E-eu... eu t-entei fazê-lo vo-voltar... m-m-mas ele n-não cons-seguiu..." "Shh, eu sei, eu sei... se acalme." O vampiro a confortava enquanto ela tremia de frio. Um grito foi ouvido. "Cas! Castiel!" Dean chamava pelo amigo, que agora estava inconsciente no chão, assim como o irmão. "Ah, seu cachorro pulguento!" Dean praguejou, se lançando ao lobo mais um avez. Dean sangrava, o corpo estava quase mutilado devido às garras fortes e afiadas que lutavam contra sua pele fraca. O lobo jogou Dean contra a parede, e ele caiu, derrotado. O lobo o encarou de cima, pronto para mutilar seu corpo. Então, ao invés de avançar, o lobo grunhiu. Um som cortante e desesperado. Ele se contorcia de dor, e era perceptível que agora ele chorava. Dean olhou para frente, mas não conseguia ver nada além do lobo gigantesco a sua frente. Enfim, o lobo caiu. Atrás de sua carcaça, Dean pôde ver a silhueta que o salvara. O cabelo louro, o corpo magro e os olhos completamente negros. "Ruby!" Dean gritou. "Pode me agradecer mais tarde." Ela sorriu. Dean suspirou de alívio e olhou para o lado; o irmão e o amigo, caídos. "Posso dar um jeito nisso também." Ruby sorriu presunçosa mais uma vez. z88; "Eu te amo, Bella. Nada vai mudar isso." Edward disse abraçando o anjo. Mais uma vez, eles estavam na casa do vampiro. Castiel esperava pacientemente, junto à Sam e Dean. Sam possuía uma cicatriz que cortava seu rosto no meio; o corpo de Castiel estava coberto de ataduras. Dean possuía uma faixa enrolada no braço direito e cicatrizes que faziam um caminho pelas suas costas. "Eu te amo também." As lágrimas caíam do rosto dela em jatos. "Santo Deus, como é que essa garota ainda não desidratou?" Dean sussurrou para o irmão. "Está na hora, Isabella." Castiel disse à menina. "Não se preocupe. Desta vez teremos cuidado. Uma vez que você voltar, não vai se lembrar de nada que passou na Terra. Nem de sua vida humana." O anjo olhou mais uma vez no rosto do vampiro. Um último beijo. Era só o que lhes era permitido. Ela segurava com força em seus cabelos cor de bronze, e ele apertava a cintura dela. "Não quero te deixar..." Ela sussurrou nos lábios dele. "A morte não nos separou da primeira vez. Não irá nos separar de novo. Você estará sempre comigo, e eu estarei sempre com você. Não importa aonde." E mais uma vez selaram seus lábios, ignorando os pigarros que vinham de trás. "Sinto muito. O tempo se acabou. Temos que ir, Isabella." Castiel disse. E com um olhar dilacerado, o anjo se afastou do vampiro. Castiel segurou sua mão, e um jorro de luz branca invadiu a casa toda. Eles foram embora. A expressão do vampiro era igualmente dilacerada. "Agora. Por favor." O vampiro pediu aos irmãos. Eles se aproximaram, hesitando. Sam, segurando a estaca, avançou até ficar de frente para Edward. Ele ergueu a arma, e o vampiro apenas assentiu, fechando os olhos. Sem mais hesitação, Sam cravou a estaca no peito do vampiro. Não houve agonia. Ele foi embora sorrindo, recebendo a morte de braços abertos. Outro clarão de luz dominou o espaço, saindo de dentro do peito do vampiro. Sam afundou mais ainda a estaca, até que o corpo à sua frente se transformou em pó. "Queria que fosse fácil assim com todos." Dean disse. Os irmãos saíram da casa, e do lado de fora, pararam em frente à casa e a observaram. "Ah, Sammy, quase esqueci. Feliz Halloween!" Dean sorriu e Sam revirou os olhos. "Dean, Halloween foi há dois dias atrás." "Mesmo assim, ainda temos tempo de pedir doces. O que você acha? Vou pegar minha velha fantasia de vampiro!" Dean disse se divertindo. "Vamos lá, Sammy! Doce ou susto?" Dean deu um murro de leve no ombro do irmão. Sam nada disse, apenas continuou fitando a casa por mais um tempo. "Acha que eles ainda vão se encontrar?" Sam perguntou ao irmão. "Bem, Sammy... não sei dizer. O céu e o inferno são mesmo bem distantes. Mas entre eles, ainda existe a Terra." Os dois entraram novamente no carro, Sam no banco do motorista. "Deve estar de bincaderia, Sam!" Dean disse nervoso ao ouvir a música. Sam olhou para o irmão sorrindo e deu uma piscadela. “Você conhece as regras, Dean. Quem dirige, escolhe a música.”

2 comentários:

  1. Oun que triste :/
    Mas o amor deles foi tão lindo!
    dária um belo filme.
    parabéns as escritoras que souberam escrever a
    historia super bem.
    gostei mesmo!

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  2. O Seam e o Dean são uma graça!
    “Você conhece as regras, Dean. Quem dirige, escolhe a música.”
    adorei eles!

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