Ladrão Que Rouba Ladrão...: Capítulo 1

- Museu do Cairo, Museu do Louvre, Museu da Cultura Grega, Tiffany’s, Stuart Hughes e Villa Daslu! Bom... Parece que estamos para abrir nosso próprio museu! – a loira comentou ao listar os locais assaltados por ela e suas primas.

- Você tem que admitir que boa parte do que roubamos cai muito bem na nossa decoração! E só o fato de podermos admirar as jóias que conseguimos obter já é motivo suficiente para sorrirmos! – Bella lhe advertiu.

- Você tem razão! – Rose suspirou – Sabe... Eu estava pensando... Ninguém nos contrata há três meses! Estou começando a ficar inquieta!

- Somos duas inquietas então! – Bella concordou soltando uma baixa risada.

- Adoro toda a adrenalina que nosso trabalho trás! – os olhos de Rosalie brilharam e os de Bella também.

- É! – a bela morena suspirou.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHH – uma pequena mulher entrou na sala de estar – onde Rose e Bella se encontravam – gritando e saltitando euforicamente segurando um papel nas mãos. Bella sabia que Alice tinha boas noticias.

- O que foi?! – Rose lhe perguntou sem conseguir esconder o tom excitação.

- A prefeitura de Nova York ira promover uma exposição em dois dias sobre a China! – Alice dizia euforicamente sem tirar os olhos do papel e sentando-se na poltrona que encabeçava a mesa de centro da sala de estar que separava os sofás onde Bella e Rosalie se sentavam.

- E...?! – Bella lhe incentivou a continuar.

- E... Que a peça mais importante da antiga China imperial estará nesta exposição! E eu preciso dela! – sua voz saiu como suplica por todo o cômodo.

- Que tipo de relíquia estamos falando?! – Rosalie perguntou indo até Alice tomando o panfleto de suas mãos e indo sentar-se ao lado de Bella.

- Um vaso imperial! – Alice comunicou – É completamente banhado a ouro, tendo algumas palavras em mandarim gravado nas bordas! É lindo! Uma peça rara! No sitio arqueológico em que foi encontrado, não havia nenhuma igual, o resto eram peças de soldados, algumas lanças... Esse tipo de coisa! Esse vaso um marco na história chinesa, creio que se pudesse falar revelaria vários segredos da antiga China Imperial, visto que foi encontrado em algum tipo de acampamento para a guerra! – Alice explicou enquanto seus olhos brilhavam por ter achado tão valioso tesouro, algo realmente de valor inestimável.

- E você quer roubar esse “marco na história chinesa”?! – Bella perguntou para ter certeza do que seus ouvidos estavam captando.

- Sim! – Alice disse mais em forma de suplica do que de confirmação.

- Bom... Sendo assim... – Rose não conseguiu terminar sua conclusão sobre o assunto.

- Obrigada, obrigada, obrigada! – Alice prontamente se pôs a agradecer jogando-se em cima de suas primas, ou... Suas comparsas, como preferia chamar. As três ladras se abraçaram sorrindo, compartilhando do mesmo desejo: obter adrenalina através de mais um furto.

Isabella (20 anos), Alice (19 anos) e Rosalie Swan (22 anos) contem mais 2 bilhões em sua conta bancaria, cada uma, apesar de serem bilionários o roubo fazia parte de suas vidas. A arte de roubar surgiu em suas vidas não pelo fato de serem egocêntricas, mas pelo simples motivo de estar no sangue. Seu avô Billy Swan edificou nos EUA uma linha hoteleira de luxo há 45 anos, e com o passar dos anos os negócios se expandiram. Billy Swan conseguiu adquirir seu primeiro hotel luxuoso após roubar 43 milhões no Banco Nacional Egípcio. É claro que ninguém desconfiaria do roubo, afinal o Egito não tinha boas relações com os EUA o que os faria direcionar as queixas para seu próprio país. Billy teve somente três filhos: Charlie, Sam, Victor; e estes seguiram os passos do pai. Suas esposas não eram a favor do roubo, mas também não eram contra, tudo o que elas desejavam era poder criar suas filhas com o bom e o melhor que o dinheiro pudesse proporcionar. Toda a herança de Billy foi destinada as netas, os pais das mesmas são administradores dos hotéis localizados na Europa, Ásia e Oceania. O poderoso Billy Swan morreu há 7 anos, mas não sem antes ensinar as netas a arte do roubo.

- Alice agora nos diga os detalhes, por favor! – Bella pediu, após a sessão de abraços acabarem, e Alice estar de volta a sua poltrona.

- Não tem muita coisa diferente das outras! A exposição será em três dias, mas o vaso chegara aos EUA em dois dias e será encaminhado diretamente para o Museu Nacional de Nova York, no salão de bailes! A segurança será triplicada, fazendo com o que o furto dentro do museu seja quase impossível! O transporte será feito por uma empresa de seguro, haverá dois carros um carro forte e um Sedan que irá segui-lo só pra garantir maior segurança, esse é mais fácil! O que me dizem?! – Alice explicou os pós e contras de roubar a relíquia dentro ou fora do museu.

- Sendo assim... – Rose estava pensativa – Acho que o roubo será dentro do museu!

- É ISSO AI! – Alice gritou e pulou em seu lugar – Eu sabia que vocês não iam me deixar na mão, sabia, sabia, sabia! Agora como vamos nos dividir dessa vez?! Eu quero dirigir o carro de fuga! – ela disse ao se imitar dirigindo um carro.

- Ok! Então eu fico com a parte técnica e Bella põe a mão na massa, ou melhor, no vaso! – a loira terminou de repartir as tarefas.

- Beleza! Alice muito obrigada, graças ao seu desejo por obter um vaso, conseguimos um pouco mais de adrenalina! – Bella disse sorrindo e olhando para Rosalie relembrando-se da conversa que tiveram há pouco tempo atrás.

- Bella tem razão Alice! Só você com esse seu desejo por coisas velhas pra nos trazer um pouco de diversão! – Rose assentiu e se dirigiu a Bella – E eu estava certa Bella! Vamos acabar criando nosso próprio museu! – Rose disse sarcasticamente.

- Que seja! – Bella desdenhou e se levantou já saindo da sala – Vamos aprontar tudo! – disse e saiu da sala indo para seu quarto.

- O que ela tem?! – Alice perguntou a Rose – Ela nunca dispensa nada eletrizante!

- Ela não dispensou esse “roubo eletrizante”! Mas tanto ela quanto eu queremos mais algumas mortes em nosso currículo! – Rosalie lhe explicou.

Assassinas. Além de ladras as primas Swan eram assassinas. Mas não matavam por matar, era preciso haver um motivo. Elas conseguiram as mais de duzentas mortes em seu currículo, através de pessoas que almejavam vingança. Aqueles que pediam seus serviços entravam em contato através de um telefone privado, elas executavam o trabalho, e o dinheiro caia direto em uma conta falsa. Seus pais sabiam dos furtos, mas não dos assassinatos. Elas se especializaram em artes marciais, manejavam como ninguém uma espada – apesar de não poderem usar, era um bom modo de treinamento. Elas entendiam tudo sobre carros, armas de fogo, tinham os melhores programas para entrar em sistemas do governo. Não usavam seus “poderes” para burlar o governo americano, usavam seus dotes por diversão. Foi assim que elas cresceram, em meio a roubos e gostavam do que faziam. Suas vidas iam além de supervisionar a linha hoteleira Swan Luxors, por trás da fama que lhes foi proporcionada por serem as jovens mais ricas do mundo eram assassinas e ladras. E se orgulhavam disso.

No dia seguinte cada uma se pôs a trabalhar em sua área. Alice havia ido há uma excursão no museu para obter imagens da segurança, o posicionamento das câmeras e detalhes do museu que ajudariam na hora da invasão. Todas as fotos que ela tirava eram encaminhadas ao notebook de Rosalie que lhe esperava no carro.

Ao girar a câmera fotográfica pelo salão em busca de mais alguma coisa que pudesse ajudá-la, Alice fica surpresa com o que vê através da lente e a abaixa imediatamente para constatar a visão com seus próprios olhos. Não sabia que um museu guardava tantas surpresas!, pensou logo após perceber que seus olhos não se enganaram. Sua boca estava entreaberta, seus olhos denunciavam a surpresa.

A surpresa? Edward Cullen. O advogado mais bem sucedido e requisitado de Nova York. Herdou de seu pai Carlisle Cullen a Advocacia Cullens. Possui uma fortuna de mais de 6 milhões de dólares e almeja mais. Ele estava no lado oposto ao dela com um sobretudo preto por cima do terno também preto, suas mãos estavam dentro dos bolsos do casaco, sua postura era séria e rígida, como se ainda estivesse no tribunal sendo o mesmo advogado ambicioso e duro de sempre.

Alice sabia tudo sobre a vida dos famosos, todos que tinha um espaço no rol da fama também mereciam um pouco de sua atenção. Mas o que a intrigava naquele exato momento era o fato de Edward Cullen manter seu olhar sobre ela. Os olhos verdes do advogado prendiam os olhos castanhos claros da pequena ladra. Alice tinha a oportunidade de conhecer mais uma “celebridade”, só não o conheceu antes por que ela se recusava a entrar em um tribunal, aquilo não era lugar para uma pessoa como ela, pensou certa vez. Mais a sorte lhe sorria agora, seria uma grande chance para seu ego se inflar mais um pouco. Quando estava decidida a dar o primeiro passo em direção ao homem de olhos verdes algo lhe impediu. Os olhos. Eles brilhavam, mas... Escondiam algo. Como se... Como se soubesse o que ela pretendia fazer. Impossível, pensou. Seus olhos piscaram uma vez e quando voltaram ao foco, Edward Cullen já estava se direcionando a saída. Alice não se conteve foi atrás. As poucas pessoas que havia no museu eram um grande problema para Alice, pois a qualquer momento a fariam perder Edward Cullen de vista.

O poderoso advogado chegou a saída do museu sem nunca abandonar sua postura. Alice por sorte não o perdeu dentro do museu, mas Nova York não era uma cidade e sim uma selva. Alice viu a silhueta de Edward passando pela saída do museu e foi atrás do homem de olhos verdes. Edward ao sair do museu dobrou a esquerda. Ao chegar ao lado de fora Alice virou seu olhar para onde Edward havia seguido, mas não o encontrou. Como bem sabia:

- Nova York não é uma cidade e sim uma selva! – disse para si mesma em voz alta.

- Falando sozinha Alice?! – Rose perguntou por trás fazendo Alice pular de susto.

- Ta louca! Um dia você ainda me mata! – Alice reclamou.

- Vou receber por te matar?! – Rose perguntou sorrindo.

- Engraçadinha! – Alice retribuiu com um sorrisinho falso e foi se encaminhando ao carro e logo Rosalie a seguiu.

- Você viu Edward Cullen?! – Rose perguntou logo após estarem no carro.

- Sim! – respondeu Alice simplesmente olhando para a máquina em suas mãos.

- E... ?! – a loira a incentivou a continuar.

- E perdi a oportunidade! – disse por fim.

- Como conseguiu essa façanha?! – Rosalie lhe perguntou assustada. Afinal Alice sempre consegue o que quer.

- Não sei! Rose deixa isso pra lá! – Alice disse bruscamente fazendo sua prima loira se calar.

O fato de seu olhar ter se encontrado com o de Edward a preocupava. Ele escondia algo, disso ela tinha certeza. Seu sexto sentido lhe apontava que ele seria um grande problema no futuro. Mas como?!

Ela esconderia isso de suas primas, afinal não é nada confirmado, somente uma intuição. Só uma intuição, era o que ela esperava.

Enquanto Alice colocava Edward Cullen na balança, Bella se preparava mental e fisicamente para roubar mais um museu.

Era o que ela esperava há meses, mas uma “diversão”. Ela era mais fascinada por essa vida de roubos e assassinatos que suas primas, ou não. Mas o que ela sabia era que nunca abriria mão disso em sua vida.

- Deseja algo Bella?! – Suzy a governanta de 59 anos perguntou.

- Não, obrigada! – disse Bella concentrada em suas armas.

- Mas um assalto?! – a governanta perguntou chagando mais próximo de Bella. A sala de armas e lutas ficava no subterrâneo da mansão, e Suzy sabia do trabalho das Swans, mas as tinha como filhas e não se importava com o trabalho delas, contanto que estivessem seguras.

- Sim! Um vaso chinês imperial! – Bella disse sorrindo lembrando-se de sua mais recente fonte de adrenalina.

- Vocês estão pra criar um museu aqui! – Suzy disse rindo.

- É o que Rose diz! Você passa tempo demais com ela! – Bella brincou.

- Não tenha ciúmes eu amo a todas de modo igual! – Suzy disse e beijou os cabelos de Bella – Tomem cuidado! – aconselhou e saiu deixando Bella terminar de arrumar o equipamento necessário para entrar no museu.

- Adoro minha vida! – Bella disse alto sorrindo para si mesma.



*O dia do assalto.



- PRONTAS MINHAS COMPARSAS PREFERIDAS?! – Alice perguntou gritando logo após entrar no carro onde Rose e Bella já se encontravam.

- Somo suas únicas comparsas Alice! – Bella ironizou.

- Engraçadinha! – a pequena motorista disse com um sorrisinho fraco.

- Vamos logo! – Rose apressou Alice.

- Ok! Que horas são?! – a pequena perguntou fazendo as suas comparsas a olharem desacreditadas.

- Como assim que horas são Alice?! – Bella perguntou exasperada – São duas da manhã!

- Desculpa é que nessas ocasiões eu perco a noção do tempo vocês sabem disso! – reclamou Alice.

-Já chega vamos logo! – Rosalie disse por fim e Alice tomou a direção da van indo para o museu. Todas estavam de macacão preto colocado ao corpo, comunicadores no ouvido, Bella era a mais preparada: duas armas, lanterna e cordas no cinto do macacão, era só o que ela precisava. Alice ficaria na van para esperar as comparsas.

Rose foi a primeira a entrar no museu, conseguiu passar despercebida pela segurança e foi direto para a sala de controle.

- To dentro! – anunciou pelo comunicador.

- Ótimo! – Bella assentiu.

- Bella vou abrir a porta dos fundos lá não tem segurança! – Rose avisou enquanto Bella se encaminhava para o local marcado. Como Rose disse não havia seguranças na porta dos fundos. Bella entrou no museu sem problemas. Rose lhe indicava por onde deveria ir, era os olhos e ouvidos de Bella. A morena foi direcionada até o centro do salão de bailes do museu, seu sangue corria ferozmente em suas veias e seu coração estava acelerado, era o que ela queria. A peça que Alice almejava estava no centro do museu, protegida por uma grade de raios lasers.

- Tinha que ser a principal exposição Alice?! – perguntou á Alice pelo comunicador. Ela esperou uma resposta, mas não veio.

- Ela deve estar ouvindo música Bella! – Rose informou – Desliguei! – Rose avisou e a grade protetora foi removida.

As mãos de Bella coçavam para ter mais uma relíquia em suas mãos. Ela estendeu suas mãos e pegou o vaso mais um furto bem-sucedido.

- Mais uma peça pra nossa coleção! – Bella disse pelo comunicador enquanto sorria ao ver a peça. Era possível ouvir o riso de Rose pelo comunicador.

- Eu acho que não! – a voz vindo de trás de Bella a fez paralisar. Quem ousava imterromper um roubo das Swans?!