Incerteza
Emmy
Acordei ainda sem acreditar que eu estava noiva, olhei para a minha aliança e sorri ao pensar em como tudo pode ser tão perfeito.
- Bom dia meu noivo. – Falei dando um selinho em Seth, ele abriu os olhos e sorriu ao me olhar.
- Eu posso me acostumar com isso. – Falou antes de me puxar pro seu colo e me beijar.
***
Pouco antes do almoço toda nossa família chegou. Ninguém nem lembrava mais da corrida, a única coisa que queriam saber era sobre Tihundh.
- Vamos até lá. – Edd falou antes de entrar direito no salão do hotel, onde Seth e eu os esperávamos.
- Ei calma, nós ligamos pra ele e ele nos esperará após o almoço.
- O Seth tem razão e temos que ir ver os carros. – Papai falou. Ele, Jason, Seth e Dany foram pra pista onde será a corrida e os demais subimos para o quarto, meu avô havia pegado vários quartos pra disfarçar, mas fomos todos para o meu. Duda, que já parecia um bebê de cinco meses estava no colo da vó Bells e sorria brincando com o cabelo da minha vó. O tempo parecia se arrastar enquanto esperávamos a hora de irmos falar com Tihundh. Pouco antes do almoço, papai e os demais voltaram e resolvemos ir de uma vez para o nosso encontro.
Edd
A partir do momento que Emmy ligou para o papai grandes emoções me invadiram: esperança de finalmente acharmos uma solução e tudo finalmente ficar bem, medo de que nesse processo algo desse errado e ansiedade pra que o tempo passasse rápido.
Chegamos ao Texas e por mim nós iríamos direto do aeroporto para a casa de Tihundh, mas seria melhor não me precipitar, muito penosamente eu esperei até a hora do almoço e então saímos pra falar com o índio. Emmy e Seth nos conduziram até uma loja mística, com vários livros e coisas indígenas.
Assim que entramos na loja pude ver um homem velho, com cabelo branco, a pele morena e um olhar sábio, ele nos viu e logo veio até nós. Sem dizer uma palavra ele nos indicou uma porta na lateral da loja. Entramos e pude ver que estávamos em uma casa simples. O senhor nos olhou com extrema curiosidade, o que era de se esperar já que nossa família era grande e todos bem diferente.
- Olá, eu sou Carlisle Cullen muito prazer. – Biso se apresentou e apertou a mão do senhor, que não recuou o que já era um bom sinal.
- O prazer é meu, sua família é bem interessante. – O senhor falou olhando para cada um de nós novamente. – Eu sou Tihundh, creio que vocês querem ouvir a minha história.
- Se o senhor não se importar. – Emmy falou gentilmente.
- Não me importo. – Ele a respondeu e olhou para Dany. – Você o ama filha? – Dany o olhou assustada por um minuto e então respondeu.
- Mais do que tudo. – Tihundh ficou pensativo como se isso o lembrasse algo, e após um tempo falou.
- Então vamos à história.
Eu nasci e cresci em uma aldeia indígena no sul dos EUA, os anciões faziam reuniões com todos os homens da aldeia para contar nossas lendas, e nunca deixavam que morresse dentro de nós as nossas tradições. Eu sempre ouvi e acreditei em tudo que os anciões falavam, mas nós nunca presenciamos nenhum frio, até eu completar vinte e um anos. Foi quando alguns nômades passaram por nossa região e resolveram criar problemas, em questão de dias vários jovens sofreram a transformação e, entre eles eu.
Eu amei a metamorfose, amava correr pela floresta em forma de lobo e quando apareciam vampiros nós os destruíamos, e eu me sentia o tal. Já havia passado cinco anos que eu tinha começado a me transformar e eu a encontrei. Ela era a garota mais linda que eu já havia visto e quando eu a conheci tudo fez sentido, como se meu mundo tivesse ganhado vida somente depois que eu a vi. Eu já havia ouvido os anciões falarem sobre o imprinting e eu soube imediatamente que ela era minha alma gêmea.
Eu a conquistei com gentileza e carinho, nos casamos, tivemos dois filhos e vivíamos felizes até descobrirmos que ela tinha uma doença incurável, ela foi a todos os médicos possíveis, o xamã fez simpatias e por fim já não sabíamos o que fazer.
Tihundh, que olhava pro vazio, voltou seu olhar para mim.
Eu a amava mais que tudo e daria a minha vida por ela. Ela só tinha 33 anos e eu não aceitava que ela morresse. No meio do meu desespero eu tive um sonho. No sonho eu estava em uma campina com folhas secas no chão e eu vi alguém vindo até mim, mas não era uma pessoa, pois ele estava transparente e eu soube que era o espírito dos meus ancestrais. Ele veio até mim e trouxe a solução. Quando acordei eu sabia o que tinha que fazer, chamei Iolanda e contei sobre o meu sonho e como sempre ela confiou em mim, até mais que eu mesmo. Como ela estava muito fraca resolvi não adiar mais e então naquela noite eu a mordi.
- Então eu terei que morder a Dany? – Perguntei em desespero, Dany apertou a minha mão me tranquilizando. Mas eu sabia que não poderia fazer isso, eu não conseguia nem imaginar provar o sangue da Dany.
- Não é assim. – Meu avô falou olhando para mim. – Você não ira beber o sangue da Dany. – Então ele pediu pra que Tihundh explicasse como ele transformou sua esposa.
- Primeiro você tem que amá-la acima de tudo, então você a morde. Você irá introduzir o máximo de saliva que você conseguir. A saliva com seu genes de lobo irá transformá-la. Mas somente se ela for seu imprinting, nenhum lobo pode transformar outra pessoa que não seja sua alma gêmea.
- Onde está sua esposa? – Emmy perguntou de repente. Um olhar triste cruzou os olhos de Tihundh, mas ele respondeu.
- Ela morreu há dez anos. – Ele falou olhando pro nada.
- É melhor irmos embora. – Vô Edward falou, mas agora eu estava curioso, a transformação dela deu certo? Como ela morreu? O que eu tenho que fazer? Meu avô me olhou e se dirigiu ao Tihundh. – Obrigado por tudo que o senhor nos contou. - E mesmo ainda tendo um milhão de perguntas para ele sai junto com minha família.
Dany
Eu sabia que o Edd estava incerto sobre o que deveria fazer, mas algo me dizia que tudo daria certo. Toquei a mão do Edd enquanto íamos pra corrida.
- Vai dar tudo certo. – Ele me olhou, seus olhos detinham tanto medo.
- E se não der? E se eu te... – Ele não terminou a frase, mas eu sabia qual era o seu medo.
- Não fica assim filho. – Nessie falou acariciando o rosto de Edd. Porém ele estava incerto sobre o que fazer.
Encerramos o assunto quando chegamos à pista onde seria a corrida, Texas era a cidade com uma das pistas mais bonitas da Nascar e o povo, como sempre, estava lá em peso. Quando entrei no carro senti a adrenalina do momento e esqueci todos os problemas. Nas últimas voltas estávamos Jason, eu e nosso piloto do Brasil e por pouquíssima diferença ele ganhou de nós.
***
Decidimos voltar para Forks logo após a corrida e a pressão do que viria a seguir me atingiu, mas eu tinha certeza que tudo daria certo.
Fanfic escrita por Sandry.
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