AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de um Anjo: Capítulo 6: Luta Contra o Tempo

POV BELLA

- Você não pode fazer isso! – protestei, indignada. Victoria sorriu malignamente e me encarou com olhos zombeteiros.
- Posso sim e já estou fazendo. – sua voz era de deboche.
- Mas e as normas do hos... – comecei e ela me calou com um aceno brusco das mãos.
- Eu mando por aqui, querida. E estou dizendo que você vai descer para o primeiro andar. A partir de hoje não trabalha mais na UTI. – ela sentenciou e virou-me as costas, sorrindo maldosamente.
Suspirei derrotada. Não podia fazer nada, ela era minha chefe, tinha anos e anos de serviços prestados ao hospital. E eu? Faziam apenas dois anos que eu havia me formado, um ano e meio que trabalhava aqui.
Desci para o primeiro andar e tomei o lugar da enfermeira que subiu para a UTI.
Edward... me doía muito deixa-lo. Acompanhei de perto suas melhoras, a evolução de seu quadro. Tinha tantas esperanças de que ele voltasse a vida, de que saísse do coma. Me fazia esquecer de meus tantos problemas quando eu o via sorrir. Sim, já havia percebido que ele sorria quando ouvia minha voz e isso mexeu muito comigo. Ia além do amor a profissão, o dono daqueles lindos cabelos acobreados me fascinava de uma maneira que me desconcertava.
Estava absorta em minhas tarefas quando vejo o doutor Marcus correndo em direção ao elevador da UTI. Meu coração disparou.
- O que foi doutor? – perguntei enquanto ele passava pelo corredor.
- Edward Cullen teve uma parada cardiorrespiratória. – ele disse sumindo de vista.
De repente, não sentia mais o chão sob meus pés. Edward estava... morrendo! Não, isso não podia estar acontecendo! Ele estivera cada dia melhor enquanto eu...
Uma luz brilhou em minha mente. E se...
- Jane, você pode me cobrir por um instante? – perguntei para a enfermeira que passava por mim com uma bandeja de medicamentos.
- Sim, Bella, mas... – não ouvi o resto que ela tinha a dizer. Edward precisava de mim.
Subi as escadarias de emergência correndo feito louca, quase caindo, parecia levar uma verdadeira eternidade até que vi a porta de acesso a UTI. Empurrei-a e entrei correndo pelo corredor. Deparei-me com Victoria que me olhou entre surpresa e indignada.
- Que diabo ... – não esperei que completasse, passei por ela como um vento chegando a porta do quarto de Edward. Entrei ofegante e vi o médico ocupado em uma massagem cardíaca enquanto Ângela administrava o oxigênio.
- Bella. – Ângela chamou assustada. Eu não via nada, não sentia nada. A única coisa que me importava agora era salvar a vida daquele rapaz. Ele iluminara muitas de minhas manhãs com seu lindo sorriso, não podia permitir que se fosse assim.
Ajoelhei-me ao lado de sua cama, não me importava que eu estava quebrando todas as normas, todas as regras, poderia ser demitida. A única coisa que realmente importava era que Edward vivesse.
- Edward. – chamei e assustei-me ao constatar que eu chorava, os soluços sacudiam meu corpo. – Edward, volta. Você não pode morrer agora, sua irmã logo vai chegar.
Estava ciente de que todos me olhavam, que Victoria estava parada na porta, bufando de raiva. Mas a única coisa que me importava era que ele voltasse a respirar.
- Não adianta, Bella. Ele não vai mais voltar. – Marcus disse, sua voz cansada. O aparelho insistia em fazer aquele som característico, insistia em me dizer que o coração de Edward não mais batia.
- Não, Edward. Você não pode ir! – protestei encostando minha cabeça em seu braço.
Um bipe. Outro bipe. Em um arquejo sua respiração voltou. Marcus fixou um tempo estático diante de algo tão incomum, mas logo se recuperou e tomou os devidos cuidados com Edward. Me afastei da cama para poder dar espaço para que ele trabalhasse em Edward. Senti alguém me puxar pelo braço arrastando-me corredor afora.
- O que você pensa que está fazendo? – Victoria vociferou, sua respiração rápida e arfante.
- Salvando meu paciente. – eu disse calmamente.
- Ele não é mais seu paciente. – ela disse descontrolada. – Você não trabalha mais nessa UTI. E se depender de mim, será demitida desse hospital.
- Quem disse? – ouvi uma voz conhecida que encheu meu coração de alegria. Nos viramos e vimos a pequena Alice que nos encarava, uma ruga em sua testa franzida.
- Eu estou dizendo. – Victoria disse, muito rude. – Sou a enfermeira chefe dessa UTI.
- É, infelizmente nem todo funcionário desse Hospital participa das mesmas qualidades. – Alice disse, irônica. – Recebi uma ligação hoje me informando de que haviam trocado uma das enfermeiras de meu irmão. Isso está correto, enfermeira?
- Sim. Mandei Isabella para o primeiro andar. Precisavam de ajuda por lá. – Victoria disse na defensiva.
- E tirou a enfermeira de um paciente crítico como meu irmão, não? – Alice estava cada vez mais nervosa. – Terei uma longa conversa com o diretor desse hospital. Agora, Bella querida, poderia me acompanhar até o quarto de meu irmão?
- Sim, é claro. – eu disse, abobada por tudo que acabara de acontecer.
Saímos pelo corredor deixando uma Victoria louca de raiva.
- Quem te contou? – perguntei, curiosa.
- Uma fonte de dentro do hospital. – ela sorriu enigmática. – Meu namorado trabalha aqui.
- Sério? – me espantei.
- Sim. Ele é o Jasper Hale. – ela sorriu e pulou como uma bola de borracha movida a pilha. – Começamos a namorar a dois dias.
- Que maravilha! – eu disse, admirada. Jasper Hale nada mais era do que o médico presidente do hospital.
- Também acho. Nos esbarramos pelos corredores desse hospital algumas vezes e há alguns dias ele me convidou pra sair. – ela revirou os olhos, feliz. – Aí rolou a química e ele me pediu em namoro, aceitei prontamente. To tão feliz!
Ela estava radiante. Mal sabia que seu irmão quase morrera há algum tempo. Antes que chegássemos ao quarto, contei-lhe tudo que acontecera e vi o terror passar pelo seu rosto. Abraçou-me quando terminei de contar tudo.
- Obrigada, amiga. Salvou a vida do meu irmão. Agora vamos vê-lo, quero saber como está sua saúde agora.
Entramos no quarto de Edward e o médico fazia algumas anotações enquanto Ângela prestava alguns cuidados a Edward.
- Ele está debilitado, mas estável. Não sei ainda o motivo de sua piora, estava progredindo tão bem. – Marcus disse a Alice, muito pensativo. – A temperatura, pulso e respiração estão meio baixos mas ele está bem, na medida do possível.
Aproximei-me da cama e peguei em sua mão. Estava tão fria.
- Fale com ele, Bella. – Alice sussurrou, lágrimas escorrendo por seu rosto.
Olhei pra o rosto pálido de Edward e meu coração se encheu de ternura. Embora eu quisesse negar, ele se tornara muito importante pra mim, fazia parte de minha vida, agora. Segurei as lágrimas que teimavam em fazer meus olhos arderem.
- Edward. Estamos todos ansiosos por sua melhora. Estamos todos aqui torcendo pra que você volte. – eu disse e sorri levemente. – Ontem eu estava saindo do hospital e vi o por do sol, o crepúsculo da tarde. Era tão lindo, Edward! Lembrei-me de você, o céu estava de uma cor muito parecida com seus cabelos. O bom tempo ainda está durando, queremos que você melhore a tempo de aproveita-lo, rapaz. Chega de dar sustos na gente que nosso coração é fraco.
- Olhe só. – Ângela disse, sua voz carregada de admiração. Olhei para os aparelhos e vi que os sinais vitais de Edward iam se normalizando. Encarei seu rosto, uma onda de felicidade invadindo-me. Deliciei-me ao ver um enorme sorriso em seu rosto. Ele estava voltando, isso era ótimo!
- Parece que o paciente criou uma espécie de vinculo com você, Isabella. Volte para essa unidade e volte a cuidar dele, se não corremos o risco dele ter uma nova recaída. – Marcus disse saindo do quarto. – Vou acertar os detalhes da transferência com Victoria.
- Obrigada, Bella. – Alice sussurrou e me sorriu, dando um beijo em meu rosto.
- Faço isso tudo por meu trabalho, Alice. E por ele também. – olhei para seu lindo rosto que ainda me sorria. – Sinto um carinho imenso por seu irmão, Alice.
Foi aí que senti algo que me surpreendeu mais do que tudo. A mão de Edward que estava na minha apertava levemente meus dedos, fazendo uma leve pressão. Olhei para Alice que viu meu espanto.
- Que foi? Algo errado? – ela disse alarmada.
- Não. Ele... apertou meus dedos. – disse quase sem voz.
- Oh, Deus! Ele está voltando! – Alice disse feliz, aos pulinhos. Olhei para o rosto de Edward e lhe fiz um carinho. Ele... gostava de minha companhia. Gostava de me ter por perto. E eu... estava apaixonada por ele. Não podia mais negar.
- Isabella... pode vir um minuto aqui, por favor? – ouvi a voz de Marcus me chamar do corredor.
Deixei Edward com Alice e acompanhei o doutor. Sua expressão não estava nada boa.
- O que há doutor? – perguntei confusa.
Ele hesitou e me olhou com pesar.
- Sinto muito, Isabella. Fizemos tudo o possível, mas não pudemos salva-la. Sua mãe acaba de ir a óbito.
De repente tudo ficou escuro e era quase impossível respirar. “Mãe...”, sussurrei antes de desmaiar.

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