Capitulo 11: Paqueras

Bella

Quando eu estava dando meia volta, apareceu um cara com uma camiseta de futebol - um tanto quanto clichê e blasè - e com o cabelo preto desarrumado, e me olhou com um sorrisinho de "você é minha", e eu poderia ter vomitado.
- Oi, gatinha. - Sim. Essa foi a primeira coisa que ele me disse. QUE TIPO DE PESSOA COMEÇA UMA CONVERSA COM ALGUÉM QUE NUNCA VIU NA VIDA DESSE MODO?!!!
O cheiro dele estava me assaltando, de tão perto que ele estava, e tive que segurar a respiração. Não respondi nada - certa que, se respondesse, gritaria com ele. Ou o mataria.
Tentei seguir em frente, mas ele 'não deixou'. É claro que eu poderia empurrá - lo, mas quebraria seu braço e acabaria com meu disfarçe. Simplesmente optei por olhar para ele.

Edward

Quando eu vi aquele ser desprezível perto de Bella, a primeira coisa que fiz foi sair da cadeira e seguir até lá. Mas aquele dia não estava bom, e eu vi na mente de Alice que Bella não seria a única assediada.
Duas mesas à frente, uma garota com um decote quase até o umbigo e cabelo repartido estilo 'emo' aproximou - se e disse:
- E ai? Quer carona mais tarde? - Eu tive asco daquela garota. Só não acabei com ela porque meu objetivo era um só, e eu teria que impedir a ira minha e de Bella.
Passei pela menina, que ficou com cara de tacho, e cheguei em Bella.
- Já estamos entrando, você vem? - disse, empurrando aquele mauricinho.
- Claro. - Bella disse, com um olhar de gratidão.
- Hei, eu tô conversando com ela, cara! - exasperou - se o garoto, que estava pensando em várias maneiras de me agredir. Coitado...
- E eu sou o namorado dela. - revidei, com a maior aspereza.
- Pois é, né... - murmurou Bella, alto o bastante para o menino ouvir, e o menino em questão murmurou, mas ainda assim disse:
- Te encontro na saída, gata.
Bella fez um ruído de nojo e nós fomos até a mesa.
- Era por isso que você ficou com aquela cara? - disse Bella, assim que chegamos.
- Sim. - respondi.
- Bella, vai se acostumando. Vai ser sempre assim... - disse Rosalie.

Bella

Eu esperava que não fosse sempre assim. Eu morreria ou mataria alguém.
Quando faltavam dois minutos para bater a sineta, fomos para a sala.
Passaram o resto das aulas e estávamos indo em direção ao carro, quando...
- E ai, boneca? - aquele inconveniente da hora do almoço disse.
Fiquei quieta. Edward estava longe de mim naquela hora. Ô garoto oportunista aquele que ficava me paquerando.
- Eu só queria te dar isso.
E me beijou! AQUELE IDIOTA ME BEIJOU!! ELE NEM ME CONHECIA!!!
Eu segurei a minha vontade de socar ele, até porque Edward apareceu e tirou ele de cima de mim antes mesmo de dar três segundos de beijo. QUE NOJO!!!
- Eu. Disse. Que. Ela. Tem. Namorado. - Edward disse com a voz gelada como neve e afiada como uma faca.

Edward

E só não quebrei o pescoço daquele moleque porque eu tinha que continuar com a fisionomia humana. Mas apertei seu ombro até sentir a pulsação diminuir muito.
Ele saiu de cima de Bella e foi até seus amigos tão idiotas quanto ele.
- Que. Nojo. - ela disse.
- Pois é. E eu só não o matei porque você estava por perto.
- E eu sou um pedaço de carne?
Não disse nada. Antes mesmo de eu pensar nas palavras, a mesma menina do almoço apareceu e tentou empurrar Bella. Quando não conseguiu, rapidamente - pelo menos para um humano - deu - me um selinho! E eu nem tive tempo de ver isso! Como eles eram rápidos. A decisão daquele cara de beijar Bella fora repentina, tanto quanto a do selinho. Que dia era aquele?!
- Hei! Hei, amiga... Oi, tudo bem? - disse Bella. - Sai de perto do meu namorado, entendeu, amiga? - continuou, com a maior calma.
- Namorado? Duvido que um cara tão lindo namore alguém tão feia.
'Despeito.', pensei e li na mente dela.
- Ela é sim minha namorada, então fica longe, está bem? - A menina saiu com cara de boba e nós fomos para casa.
Bella me deixou ler sua mente:
'Se todos os dias forem assim, eu mato alguém e fujo da faculdade. Que pessoas são essas?!!!'