AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de Um Anjo: Bónus 4: Julgamento

POV BELLA

- É verdade que cuidou de Edward Cullen como seu paciente?
- Sim.
- E também é verdade que agora ele é seu noivo?
- Sim.
- Então seria verdade se eu afirmasse que a acusação feita por meu cliente sobre você ter tido um caso com seu paciente é verdadeira? E onde estaria sua ética que diz prezar tanto num momento como esse?
Olhei para o advogado de defesa de Aro e Victória e balancei a cabeça, minha expressão perplexa.
- Ele estava em coma, Senhor. Como eu poderia ter um romance com uma pessoa em coma? – um burburinho divertido passou pela platéia. Sim, platéia, porque pra mim aquilo tudo era um circo. E nós éramos os palhaços.
- Seria justo então afirmar que a Srta. tinha um romance com o Sr. Cullen antes dele entrar em coma e que não simpatizava com meus clientes então inventou toda essa mentira de assassinato e tentativa de assassinato. – seus olhos estavam presos em mim.
Olhei pasma para sua cara de fuinha e depois encarei o rosto odioso de Aro que me encarava desafiador do banco dos réus que dividia com Victória.
- Você não podia ter arranjado um advogado de defesa melhorzinho não? – perguntei e uma gargalhada passou pelas pessoas que assistiam ao espetáculo.
- Silêncio! – o juiz sentenciou e todos se aquietaram. – Responda a pergunta feita, Srta. Swan.
- Sim, excelência. Bom, Edward estava em coma, eu era sua enfermeira e de maneira nenhuma eu o conhecia antes de cuida-lo no hospital. Que Aro tentou mata-lo, isso foi fato, que ele matou minha mãe, ele mesmo confessou! Não há o que discutir aqui! – eu disse com as sobrancelhas arqueadas.
- E como a Srta. soube que Aro pretendia matar o Sr. Cullen e correu para lá em plena madrugada? – o advogado questionou, bancando o sabichão.
Meus olhos encontraram um par de olhos dourados na multidão e me prendi a eles, um sorriso bobo se prendendo a meus lábios quando vi o amor em seus olhos. Acariciei meu anel de noivado.
- Acredita no amor? – questionei o advogado e continuei antes que ele respondesse. – Eu estava dormindo quando ele me chamou. Nossas almas estão ligadas desde o momento que o vi naquela UTI. Ele me ouviu e soube que podia contar comigo e quando Aro entrou em seu quarto pronto pra mata-lo, ele simplesmente me chamou.
Uma exclamação de comoção passou pela multidão e o juiz mais uma vez pediu silencio mas percebi seus olhos úmidos.
- Espera que eu acredite nessa baboseira? – o advogado não se conteve.
- Não é de acreditar, é de sentir. Acredite ou não nisso, aquele senhor ali sentado a quem você tão fervorosamente defende matou minha mãe e tentou tirar de mim o amor de minha vida antes mesmo de eu ter o prazer de ver seus lindos olhos. – as lágrimas inundaram meus olhos e percebi diversas pessoas enxugarem seus olhos úmidos.
- Não tenho mais perguntas. – o advogado sussurrou dando-me as costas.

Edward era uma das testemunhas. Sentado no banco que pouco antes eu ocupara, seus olhos percorreram o salão até encontrarem os meus. Ele deu um risinho torto e moveu os lábios em um “Amo você!” e deu uma piscadela, tirando meus fôlego. O amor de minha vida, o homem dos meus sonhos, a razão de eu estar viva. Edward era tudo pra mim.
- Então o Sr. alega ter ouvido o meu cliente dizer que iria mata-lo e que pensou chamar a Srta. Swan? – o cara de fuinha perguntou.
- Sim. – ele respondeu simplesmente, sua expressão séria.
- Tem idéia do tamanho da loucura que é isso tudo? – o advogado perguntou, incrédulo.
- Loucura é esse julgamento e você tentar inocentar um monstro como esses dois. Não é loucura dizer que ouvi cada palavra que minha enfermeira me disse mesmo sabendo que eu não ouvia, que estava em coma. Mas eu ouvi, tudo, cada palavra de conforto, senti cada carinho, cada cuidado. Isso foi tudo pra mim, ela foi a única companhia que tive durante todo o tempo que estive desacordado. Ela era meu anjo, meu raio de sol que me tirou da busca pela morte, me trouxe de volta a alegria de viver. – seus olhos se encontraram com os meus e percebi que eu chorava novamente. Havia um intenso amor e adoração em seus lindos olhos, ao meu redor várias pessoas choravam, comovidas. – Eu não a conhecia antes de ser internado naquela UTI, se eu a conhecesse nunca teria tentado me matar. – Voltou seus olhos para o advogado e semicerrou seus olhos. – Não tente defender quem não tem direito a defesa, doutor. Jasper entregou ao juiz provas concretas sobre os crimes desses dois. Parece que eles se esqueceram da existência de câmeras de segurança no hospital.
Provas concretas? Oh, Deus, tomara que sim!

- Levantem-se, por favor! – o juiz pediu enquanto remexia em alguns papéis em sua mesa. – Pelo poder me concedido pela suprema corte, declaro Aro Mendez Volturi culpado por tentativa de assassinato, assassinato em primeiro grau com vítima incapaz de defesa e condenado a prisão perpétua sem direito a recorrer a sentença e a redução de pena. Também declaro Victoria Pietra Jones culpada por cúmplice de tentativa e assassinato em primeiro grau e negligencia em suas responsabilidades como profissional, condenada também a prisão perpétua. É o que me cumpre declarar. – e desceu o martelinho, o ruído seco chegando a meus ouvidos como música.
Passei pela agitada multidão correndo ao encontro de Edward quando meus olhos cruzaram com olhos castanhos ardentes e muito conhecidos.
Era ele. Seus olhos intensos e castanhos me encarando do meio da multidão no tribunal, seu rosto impassível, sua expressão acusadora. Ele sabia de Edward. Seus olhos desceram de meu rosto para minha mão direita onde reluzia o anel de noivado voltando para meu rosto, seus olhos semicerrados. Um arrepio de medo percorreu-me e senti uma estranha premonição.
- Conseguimos, Bella! – Edwrad berrou me agarrando e me rodando em seus fortes braços. Olhei para onde ele estava mas ele havia sumido, desaparecido feito fumaça.
- Algum problema, amor? – Edward preocupou-se olhando na mesma direção que eu com a testa franzida.
- Não, nada. – saí de meus devaneios e abracei-o forte enquanto saíamos do salão. – Nem acredito, amor! Condenados!
- Agora podemos viver nossas vidas em paz. – ele sorriu beijando-me de leve. – Sem preocupações agora, só o casamento.
Sorri tentando acreditar naquilo. Mas por que é que meu estomago se embrulhava ao lembrar dos olhos que me prenderam a pouco tempo?
Claro, por que eu conhecia o dono daquele olhar. Até demais, afinal, eu e Jake namoramos por muito tempo, desde a adolescência. E algo me dizia que ele não estava feliz, nem um pouco feliz.

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