AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de um Anjo: Bónus 5: A Traição de James

POV BELLA

- Ficou sabendo que Aro foi morto na prisão? – James tagarelou se sentando em minha mesa no refeitório. Tal como Ângela, ele também fora mudado de turno.

- Não, não estava sabendo. O que houve? – eu franzi a testa olhando para Ângela que também trazia uma expressão um tanto quanto confusa.

- Ah, Bella, isso já era de se prever. Apesar de criminosos, os presos não toleram crimes covardes, e o crime do Aro foi o cúmulo da covardia, não? – ele encheu a boca de pão e prosseguiu. – Eles o mataram asfixiado na sua própria cela.

- Isso é horrível, James. – eu disse fazendo uma careta. Ninguém merece uma morte dessas.

- Ah, deixa pra lá. Esse já tem entrada garantida no inferno, com direito a camarote VIP. – Ângela disse se levantando. – Vamos, Bella, quero ir ao banheiro antes do horário de almoço acabar.

- Bye, garotas. – James disse com a boca ainda cheia de pão.

- Tchau, James. – respondemos sorrindo. Apesar de conhecê-lo pouco, James era um cara legal, eu gostava dele, nunca me deu motivos pra que eu sentisse o contrario. Sempre foi um excelente profissional, de convivência fácil e até mesmo divertida. Mas nunca o conheci profundamente, nada sabia de sua vida pessoal.

Ultimamente ele vinha conversando muito comigo e Ângela, talvez estivesse interessado nela. Até que eles faziam um belo casal, pensei rindo enquanto seguia Ângela pelos corredores do Hospital.

- Amor, tenho uma péssima notícia. – a voz de Edward disse pelo celular.

- Que foi? – perguntei olhando ao redor esperando ver seu carro prateado em algum canto, me esperando.

- Um engraçadinho furou os quatro pneus do meu carro, não vou poder buscá-la. – a voz dele era triste e meu coração se apertou.

- Não tem problema, bem! Vou pegar uma circular, prometo que vou viver até meu carro sair do conserto. – eu ri – Bela hora de o motor pifar.

- Mas o mecânico disse que não sabia realmente qual o problema do carro.

- Eu sei qual o problema dele. – eu disse enigmática.

- Qual? – ele perguntou surpreso.

- Velhice. – eu disse e gargalhei acompanhada pela risada gostosa de Edward.

- Sua boba! Você anda com aquela relíquia por que quer, eu bem que quis te dar um carro...

- Ah, não, Ed! Essa conversa de novo não! – eu disse suspirando.

- Ta bom, ta bom, sua teimosa. – ele disse rindo.

- Então eu vou desligar, amor. Vai lá em casa mais a tarde. – pedi com voz carinhosa.

- Vou sim, meu bem. To morrendo de saudade de você. – sua voz era sensual e rouca pelo telefone.

- Então vai lá que eu mato essa sua “saudade”. – eu disse significativamente e ele gargalhou. Hoje eu tinha uma surpresinha pra ele, tomara que ele não se assustasse! Estava ansiosa por vê-lo logo. – Tenho que te mostrar uma coisinha hoje, ta? Beijo, meu anjo.

- Ansioso pra ver o que você quer me mostrar. Beijo, vida, até mais tarde. – som de beijinho no telefone e eu desliguei sorrindo feito uma palhaça enquanto esperava o ônibus.

- Bella? O que faz aí? – a voz de James perguntou logo atrás de mim

- Ah, é que meu carro pifou e o Edward não pode vir me buscar. – eu expliquei.

- Ah, mas eu te dou uma carona! Eu moro pra’queles lados do seu apartamento. – ele disse e balançou as chaves, sorrindo amigavelmente. Parei por um instante, pensativa: Por que não?

- Vou aceitar, sim. – eu sorri acompanhando-o até seu carro. Ele abriu a porta pra que eu entrasse e eu acomodei-me no banco do passageiro. Logo saímos pela rua pouco iluminada pelo sol do amanhecer.

Um silêncio desconfortável se instaurou no carro enquanto James dirigia muito concentrado. Fiquei em silencio observando sua expressão tensa, me arrependendo de ter aceitado a carona, ele estava muito diferente do James sorridente e brincalhão que eu conhecia.

Mas entrei em pânico quando ele dobrou uma esquina indo no sentindo contrário ao de meu apartamento.

- James, o que está fazendo? Meu apartamento fica pra lá! – eu disse agitada sentindo meu coração galopar.

- Não vamos para seu apartamento. – ele disse secamente.

- James, o que está havendo?

- Só estou fazendo um favor a um amigo. Agora calada, Bella, que não sairá machucada. – ele rosnou e acelerou ainda mais.

- Amigo? Que amigo? – perguntei desesperada.

- Logo você vai saber. Não tente nenhuma gracinha. Seja boazinha que tudo vai ficar bem. – ele disse me olhando friamente.

Encostei-me no banco e comecei a chorar silenciosamente. Se fosse há uma semana atrás, eu reagiria e tentaria fugir, mas agora...

Edward... ele precisava saber... e agora o que seria da gente?

O que seria de mim e do bebê que eu estava esperando?

Entramos em uma propriedade rural, muito afastada da cidade. Durante todo o caminho eu mantive meus braços cruzados contra o meu corpo que tremia violentamente. Quem estaria fazendo isso? Por que me seqüestrar dessa maneira?

- Chegamos, Bella. Vamos sair do carro. E lembre-se: nada de gracinhas. Você sabe que ele não é muito paciente. – ele disse saindo do carro. Eu sabia? Então eu conhecia a pessoa que mandara me seqüestrar?

Saí do carro olhando ao redor com olhos assustados. Uma casa bonita e bem cuidada se erguia solitária no meio de todas aquelas arvores e foi pra lá que caminhamos, James agarrou firmemente meu braço pra que eu não ficasse tentada a fugir. Enquanto nos aproximamos, a porta principal foi se abrindo e a pessoa que eu mais abominava no mundo saiu, sem camisa e descalço, usando apenas calças jeans, um imenso sorriso no rosto.

- Você? – perguntei horrorizada, puxando meu braço do aperto de James.

- Já vou indo, Jake. Taí, como prometido. – James disse e voltou pro carro, arrancando e levantando poeira enquanto ele voltava pra cidade.

Maldito! Por que fez isso? Foi aí que me lembrei.

Burra, burra, burra! Mil vezes burra! Como não me lembrei disso antes? James era amigo de Jacob, se conheceram durante nossa crise que resultou no fim do namoro.

- Oi Bells. – Jacob disse se aproximando. Afastei-me dois passos dele, olhando horrorizada pra seu rosto.

- O que acha que está fazendo? – gritei exaltada.

- Tomando o que é meu por direito. – ele disse estreitando os olhos.

- Você está louco? Não sou sua, você me deixou! Que lugar é esse?

- Sua nova casa onde viverá comigo. – ele disse andando em minha direção. Dei-lhe as costas e corri, mas ele era muito mais rápido, muito mais forte, e me alcançou, me agarrando pela cintura com seus braços musculosos.

- Me solta, Jake! Você está louco, não te amo mais, me deixa ir. – gritei me debatendo em seus braços desesperadamente o choro sacudindo meu corpo frágil diante da parede de músculos que era Jacob Black.

- Estou louco sim, louco desde que te vi tão feliz ao lado dele. É comigo que você tem que ficar, demorei pra descobrir que não posso viver sem você mas agora não vou permitir que ninguém mais te toque a não ser eu. – ele disse me carregando para a casa de campo enquanto eu ainda me debatia desesperada.

Não, aquilo não podia estar acontecendo. Jacob estava totalmente desiquilibrado e não me deixaria ir. O que ele pretendia fazer comigo? Arrepiei só de imaginar.

Edward... nosso filho... como eu poderia avisa-lo de onde eu estava?

Ele não poderia me salvar dessa vez.

- Por que, Jake? – murmurei entre soluços, apertando minhas mãos que ele amarrara na cabeceira da cama de casal, para impedir que eu fugisse. Ele estava em pé ao lado da cama e ergueu sua enorme mão para arrumar uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.

- Eu te amo, Bella. Sei que mudei de uns tempos pra cá, comecei a andar com umas pessoas diferentes e acabei mudando meu comportamento contigo, me tornando um cretino. Depois que te deixei, vi a burrada que eu tinha feito e tempos depois pensei em te procurar. Foi aí que te vi com ele. – sua mão se apertou em punho e seus lábios se estreitaram. – Você estava tão feliz... vi que não tinha chance se lutasse de igual para igual. Juro que pensei em mata-lo, mas não sou assassino. O único jeito era afastar você dele pra que você enxergasse que o amor de sua vida sou eu.

- Jake, por favor, as coisas não precisam ser assim... – tentei desesperada. Ele sentou-se do meu lado na cama e acariciou meu rosto com suas enormes mãos.

- Tem, infelizmente tem. Não precisa ficar com medo, não vou te machucar nem fazer nada que não queira. É uam questão de tempo até perceber que me ama assim como eu te amo. Fui seu primeiro homem, você me pertence.

- Eu não te pertenço! – eu greitei desesperada. – Eu amo o Edward e a gente vai se casar daqui a três semanas!

O rosto dele se endureceu e ele apertou o maxilar até estralar.

- Não me provoque! Nunca mais diga isso e tire essa besteira de casamento da cabeça. Você vai se casar só se for comigo. – ele disse se aproximando mais de meu corpo e pegando meus cabelos da nuca, puxando meu rosto pra mais perto do dele até que eu sentisse seu hálito quente em meu rosto.

- Te quero tanto... – ele sussurrou atacando meus lábios com voracidade. Gemi irritada e me debati até que ele me largou, levantando-se da cama.

- Esse beijo roubado foi por sua rebeldia. Se for boazinha, não farei nada que não queira. Agora se for má comigo... – um sorriso diabólico invadiu seu rosto, o rosto que eu aprendera a odiar com a mesma intensidade que um dia eu amei. – Vou te desamarrar, não tente nenhuma gracinha. Estamos longe de qualquer tipo de vida humana, não tente fugir, será perda de tempo. E lembre-se. – ele disse desamarrando e acariciando meus pulsos sua expressão maliciosa enquanto seus olhos devoravam cada detalhe de meu corpo. – Seja boazinha comigo.

Um arrepio de asco me sacudiu o corpo e tive medo. Por mim... e por meu filho. Meu filho e de Edward.

Edward... será que nunca mais o veria?

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