AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Crisálida: Capítulo 01: Auto-Retrato

POV BELLA

Depois de anos fazendo exames e visitando neurologistas, minha mãe finalmente convenceu-se que eu não tinha nenhum distúrbio mental.

“Você precisa aceitar e respeitar a personalidade de sua filha. Ser introspectiva não é doença. Veja-a como uma crisálida que, quando você menos esperar, se romperá em uma linda borboleta”, a médica falou para minha mãe.

Depois daquele dia minha vida mudou. Passei a ser vista de outra forma.

Assim, como presente de 15 anos, ganhei o status de pessoa normal. Na verdade ganhei uma jóia caríssima, mas isso foi apenas um detalhe.

O que me interessava mesmo é que deixei de ser uma cobaia de médicos e passei a ser vista como uma simples adolescente que aguardava o amadurecimento de suas asas para poder voar.

Na verdade nada disso fazia a menor diferença para mim. Nunca me importei com o que pensavam de mim... Mas parar de ganhar livros de auto-ajuda nos meus aniversários era algo para se comemorar.

O que havia de errado em não gostar de gente? Por que não podia ter prazer na solidão? Por que o silêncio incomodava tanto as pessoas?

Passei anos me fazendo estas perguntas. Tudo o que eu queria era que me deixassem em paz. Eu era feliz, mas ninguém acreditava... Eu amava, mas ninguém sabia... Eu ria, mas ninguém ouvia.

Meu nome é Bella e agora tenho dezoito anos. Moro em Boston com minha mãe, Renée. Estudo música, toco violino e danço, só pra mim, mas danço muito bem.

Sou apaixonada pelo homem mais lindo do mundo, só que ele não sabe. Ele é casado com minha única amiga e fui madrinha do casamento deles.

No dia em que Ângela nos apresentou, soube que não só os psicopatas eram sádicos... O destino também era.

Assim que meus olhos se encontraram com os de Jacob, conheci os extremos da felicidade e da dor ao mesmo tempo.

Enfim eu não era mais só. Fui preenchida completamente por aquele amor platônico, ao qual sou completamente fiel.

– Bella, eu e Jacob estamos namorando.

– Que bom.

...

– Bella eu e Jacob fizemos amor.

– Foi bom?

...

– Bella, eu e Jacob vamos nos casar.

– Tá bom...

Gostava de Ângela porque precisávamos de poucas palavras para nos comunicarmos.

É incrível como a "dor de amor" tem tantas formas de se manifestar. Conheci todas.

Um sentimento que nunca senti foi remorso. Jamais traí minha amiga. Nunca deixei transparecer meus sentimentos a Jacob nem a ninguém. Eles eram meus, só meus.

Além de minha mãe, que era uma renomada arquiteta na cidade, convivia com Carmem, nossa fiel e carinhosa governanta, que cuidou de mim desde que nasci, e com Berta, melhor amiga da minha mãe, que não saía lá de casa, isso quando não estava viajando.

Berta era uma famosa paisagista. Tinha por volta dos sessenta anos. Para falar a verdade não sei sua idade. Ela guardava consigo a dor de ter perdido a única filha, Esme, que morrera durante o parto do primeiro filho.

Berta dedicou ao neto órfão todo o amor que tinha em seu coração. E era muito amor, muito mesmo!

O pai, Carlisle Cullen, inglês milionário, se mudou com o bebê para Londres logo depois da morte da esposa, mas o oceano não foi empecilho para aquela vó dedicada. Berta visitava o menino pelo menos quatro vezes no ano. Ele nunca mais voltou aos Estados Unidos, mesmo já tendo se passado vinte e cinco anos desde que fora embora nos braços do pai.

Sou Isabella Swan e esta é a história de como me tornei borboleta...

“E depois do caos, a crisálida.

Em seu envelope protetor, ela aguarda e guarda todo o medo, toda a dor.

O passado atroz, o algoz, um desiludido nós.

Ali no seu total mistério em transição, renuncia ao seu próprio coração. Esta gestando a si mesma. Fase de redescoberta.

Aberta ao seu cheiro, ao seu gosto, a sua beleza, ao seu novo rosto. Ela é autoconhecimento em progresso.

Precisa de cuidados, mas aprendeu a solidão. Precisa de promessas, mas teme a indecisão.

Dentro da crisálida, desespera. Um futuro imprevisível a espera.

Na potencialidade do ser, de um novo devir, pensa em fugir...

Subitamente, luz arrebenta sua pele ressequida... De asas abertas, admira atrevida o que já é - uma nova mulher...

E ela voa acima dos danos, dos desenganos, dos anos perdidos em que foi dedicação... E num encanto obsceno, a borboleta é a criatura de sua bela criação...”

(Karla Bardanza)

ValentinaLB

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