Emmett
Em
pouco tempo, chegamos em casa. Sabe, para vampiros, era fácil chegar em
casa, ainda mais quando a sua casa era uma das casas mais bonitas da
cidade.
Abrimos a porta e entramos. Não pude deixar de esboçar um
sorriso, mesmo que pequeno, quando vi a face de Charlotte. Creio que
ela não esperava que vampiros tivessem casas bonitas!
Mas quando entramos em casa, aí sim eu comecei a gargalhar. A cara dos dois estava hilária!
-
Emmett!!! – Alice chamou minha atenção, mas nem dei muita bola. –
Emmett, pare! – ela tentou novamente, agora com um tapa em meu ombro. –
Ok, chega! Por que você está rindo tanto? O que houve?!
- Ah, é que eu achei muito engraçada a cara dos dois quando entraram em casa!
Alice
Se Peter e Charlotte fossem humanos, já estariam roxos de vergonha!
Resolvi
tomar alguma atitude. Opa, uma visão. Charlotte e eu conversávamos
sobre o México, enquanto Peter e Emmett apenas ouviam silenciosamente.
Sim, o clima estava tenso. Que assunto será esse?!
- O que você viu?! – era Emmett se preocupando comigo.
- Ah, nada de importante. E então, querem conhecer a casa?! – convidei os nossos recém chegados na cidade.
- Sim, claro!!! – Charlotte se entusiasmou. Sim, ela tinha gostado mesmo da casa!
Então,
dessa forma, Emmett e eu levamos os dois para conhecer toda a casa.
Sabe que eu não achava ruim ter visitas? Eles poderiam passar a semana
conosco, afinal de contas, estávamos acostumados com alguém por perto.
Charlotte amou tudo, simplesmente tudo!
- Eu adorei sua casa, Alice! É linda! – ela estava embasbacada. Sim, minha casa é linda mesmo! É perfeita!
- Obrigada.
- Quem fez a decoração?!
Opa, assuntos delicados...
-
Bem, isso tem a ver com nossa história, para falar a verdade. Foi uma
moça, também vampira, chamada Esme. Ela é o amor em pessoa!
- Ah. E, está tudo bem com essa pessoa?!
- Ah, creio que sim! – Espero que sim!!!
- O que Charlotte quis dizer, Alice, é se essa vampira continua viva? – Peter interveio.
- Ah... – olhei para Emmett. – Eu acho que sim. A última vez que procurei por seu futuro, eles estavam bem!
- Hmm... Ok, então.
- Me desculpe, Alice, é só que da forma que você falou antes, parecia que essa moça, a Esme, já não estava mais entre nós!
Nem me fale nisso, nem pense nisso! Não quero pensar em Esme sofrendo ou... Você sabe... Morta.
- Bem, ela não está mais entre nós mesmo. Ela e sua família saíram da cidade, foram para outro lugar.
- Ah... Quer conversar sobre isso, querida?! Isso está te sobrecarregando, não?!
Charlotte era um amor de pessoa, quase uma Esme. Quase...
- Sim, eu gostaria sim, obrigada. Mas eu gostaria de saber a história de vocês dois também depois, se não se incomodem!
- Claro!
Emmett
Na
minha opinião, falar sobre Esme tão cedo para estranhos não foi boa
ideia. Não pelo fato de falar “sobre” eles, mas sim falar “deles”.
Estava
tudo tão fresco ainda na memória, e Alice sentia muita falta de Esme. E
falar nela, justamente agora, que já tinha ido embora, parecia ser algo
meio triste.
E continuaria a ser triste, já que iríamos contar a nossa história antes das deles!
Fomos
até a sala e nos sentamos. As meninas ficaram lado a lado, enquanto
Peter e eu ficamos nas poltronas, um de frente para o outro.
Alice respirou fundo e depois começou.
-
Um belo dia, eu estava caminhando pelas florestas e senti cheiro de
sangue. E ouvi um barulho bem ao fundo. Resolvi caçar. Conforme fui
chegando perto, o cheiro de sangue foi aumentando, e a minha vontade de
caçar logo foi aumentando. Chegando no local, eu vi Emmett estirado no
chão coberto de sangue e um urso horrendo quase o matando...
- Eu estava quase ganhando! – resolvi tirar a limpo a história.
- Não estava, não! Você estava morrendo!!!
-
Na verdade, eu estava ganhando, só que daí eu ouvi alguma coisa, me
distraí e o urso me atacou! Foi apenas um golpe de sorte! Antes disso,
eu estava ganhando!
- Golpe de sorte! Sei... Golpe de pata, isso sim!
- Não exagera!
-
O urso feriu muito você, Emmett. Se não fosse pela transformação, você
estaria morto há tempos!!! Você foi muito tonto em querer enfrentar o
urso sem nenhum armamento!
- Na verdade, eu tinha armamento, mas caiu da minha mão!
- Mesmo assim, você foi muito tolo em enfrentar o urso sozinho. Se não fosse por mim, você estaria morto! Mortinho!!!
Ai, agora o jeito que ela disse doeu!
- Nossa, desculpa, então...
- Ai, não Emmett, desculpa! Eu não...
- Tudo bem, querida! – Sabe, eu estava gostando de chamar Alice de minha querida!
Acabamos rindo um para o outro, mas Charlotte quebrou o encanto do nosso sorriso. Sem querer, é claro.
- Nossa, você transformou ele?!
- É, mais ou menos.
- Ah... – Por que ela ficou tão chocada com isso?
- Por que?!
- É que a maioria dos vampiros não conseguem transformar alguém, eles simplesmente sugam todo o sangue e acabam matando.
Ah... Está explicado.
-
Bem, eu só consegui com ajuda de amigos, os Cullens. Eles moravam aqui
antes e nos deram apoio. Essa casa de que você gostou tanto, Charlotte,
foram eles que compraram para nós morarmos. Eles moravam na casa ao
lado.
E lá voltou a tristeza para a Alice.
- Mas... Eu...
Ah... – Charlotte não sabia o que dizer. Sabia que ela estava triste,
mas não sabia o que fazer para animá-la. Sabe, nem eu estou sabendo
direito como animá-la muito...
- Está tudo bem. Sabe, eles foram embora hoje pela manhã, e mal pude me despedir corretamente deles.
- Sol?!
- Não, não... Problemas mesmo.
- Ah. E vocês se casaram quando?!
Opa. Olhei para Alice, e ela me olhou. E agora? Quando?!
Alice
-
Nós nos apaixonamos logo que nos vimos pela primeira vez. Eu já era
transformada em vampira, e Emmett como humano. O transformei em vampiro
sem saber disso. Eu vivia sozinha por aí, mal sabia que eu era uma
vampira, não me lembro de meu passado, então nunca tive ninguém para me
ensinar sobre essas coisas... Aí vieram os Cullens, que me ajudaram e
ajudaram a Emmett, e quando ele acordou, nos casamos!
- Que legal, estão juntos há muito tempo então?!
- Há dois meses!
-
Isso, mais ou menos! – Emmett confirmou. – Só que a diferença é que
ela, mesmo sendo vampira, lembra do dia certinho, enquanto eu ainda
tenho dificuldades! – ele começou a rir, o que fez Peter rir também.
Charlotte olhou para mim com cara de ofendida depois de olhar para Peter.
- Eu acho que isso é coisa de homem! Peter faz a mesma coisa! Sempre! Todo santo ano, ele esquece o nosso dia!
Acabamos rindo todos juntos. Quando paramos, olhei para Charlotte.
- Vai, sua vez de nos contar as suas histórias!
Ela olhou para Peter e me encarou em seguida. Ela ficou séria, e então começou a falar.
- A nossa história não é um conto de fadas igual o seu, Alice. O nosso é bem mais cruel!
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