AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

E Se Alice Salvasse Emmett - Capítulo 3

Vou-te Proteger



Carlisle

Alice parecia estar um pouco mais calma. Mas ainda não tirava os olhos do rapaz.

- Você acha que ele está sofrendo? Tipo, eu não me lembro...

- Bem, a dor da transformação é muito forte... Você tem sorte por não se lembrar...

Ela colocou as mãos no rosto.

- Eu não poderia ter feito isso.

- Ele estava tão ferido que já estaria morto se não fosse por você – tentei ajudá-la.

- Mas e se ele preferisse já ter morrido?

- Bem... – o que eu diria? A Rosalie mesmo disse que preferia estar morta... Eu não sabia o que dizer a Alice.

- Você já se arrependeu de ser assim?

- Eu... – ok, eu seria sincero, – já me arrependi. Eu já fiz coisas ruins também. Mas agora eu encontrei o amor de minha vida. Eu não teria como estar junto dela se já tivesse morrido como um humano. Às vezes, as coisas ruins trazem coisas boas no final...



Alice

Eu estava gostando de falar com o doutor... Ele era simpático...

Ele estava tentando me fazer acreditar que ser um monstro não era tão ruim... Bem, não era ruim para ele que era médico e salvava as pessoas, mas e eu? Eu não era nada...

Ele disse que a gente ainda pode encontrar o amor da vida sendo assim... Eu me perguntava interiormente, quem poderia me amar se eu era uma pessoa que machucava os outros?

Talvez ele pudesse me ajudar a me tornar alguém um pouco melhor...



Edward

Eu corri assim que atingi a floresta. Na escuridão eu poderia correr sem ser notado, ninguém andava pela mata à noite. Os ursos eram um perigo há parte, mas havia também cobras e outros animais peçonhentos. Isso porque a população nem ao menos sabia que os vampiros existiam...

A cabana não ficava muito longe do ponto em que eu estava. Eu torcia para que meu pai estivesse bem...

Eu corri o máximo que pude.


Alice

Eu acariciei o rosto do rapaz.

- Eu gostaria de saber o nome dele...

- Você poderá perguntar a ele quando ele acordar...

- Sabe, ele estava tão indefeso... O urso era muito grande até para ele... Eu vim para cá para ver os ursos... Eu sempre gostei de bichinhos, sabe? Pena eles não gostarem de mim...

- Os animais tem medo de nós... Eles sabem o que somos.

- Sério?

- Sim, o sentido animal deles nos entrega...

- Ah... Sabe, se eu não estivesse aqui... – eu havia pensado nisso só agora, – esse moço... O que teria acontecido com ele?

- Provavelmente, já estaria morto e os ursos teriam o devorado.

- Não, não! Coitadinho!

- Isso acontece um pouco por aqui.

Eu fui mais perto do rapaz.

- Nenhum urso vai te machucar mais, tá? Eu prometo pra você.



Carlisle

De certa forma, o rapaz havia tirado a sorte grande por Alice ter chego até ele em tempo...

- Será que ele vai me perdoar? – ela me olhava incerta

- Alice, não faça suposições... É melhor não sofrer por antecipação.

- Obrigada de novo doutor, você está sendo tão legal comigo... E eu nem mereço tanto...



Edward

Cheguei à cabana. Nem parei para ouvi-los, entrei correndo.

- Pai!

Lá estava ela, a garota que havia assustado Rosalie, e o rapaz estava ferido sobre a cama.



Alice

Um mocinho chegou e entrou correndo na cabana. Me assustei com a sua entrada brusca...

Ele não ia fazer mal para o rapaz, não é? Bem, comigo ao seu lado, ele não iria mesmo!



Carlisle

- Edward, que bom que veio. Preciso de sua ajuda filho.

Edward encarava a pequena Alice que estava decidida na frente do rapaz ferido.

- Alice, este é meu filho...

- Filho?


Edward

- Alice, este é meu filho... – Alice? Ele havia ficado conversando com ela? Ela não parecia tão má como a Rosalie descreveu... Mas vejamos o que eu descubro...

- Filho? – ela estava perdida e pensou “vampiros tem filhos?”. – Mas, senhor, você tem um filho?

- Sim, Alice, não precisa ficar assustada. Ele é como um filho para mim, ele é como nós. – meu pai completava com seus pensamentos “ela não se lembra de quem a transformou, está perdida e deprimida. Ela está encenando ou está falando a verdade?”

Olhei para meu pai... Iria analisar os pensamentos de Alice.

Alice olhava para mim perdida. “O doutor é uma pessoa boa... Seu filho deve ser como ele... Bem, eu é quem não sou boa... pobre rapaz...”, ela se virou para o rapaz que estava na cama. “Eu queria tanto poder voltar atrás... Ele parece estar sofrendo tanto!”

Eu fui para o lado de meu pai.

“O que descobriu? Ela diz a verdade?”

Eu fiz que sim com a cabeça.

- Doutor... O senhor disse que encontrou quem o senhor amava... Ela deve ser tão boazinha como vocês... – e continuou em pensamentos. “Eu queria lembrar se tive pais... Será que eu tinha irmão?”

Olhei para Carlisle.

- Alice, você quer ir conosco?

- Eu não posso, eu não posso deixá-lo aqui...

- Pai, podemos conversar?

- Sim... Tudo bem por você se sairmos Alice?

- Sim... Vocês precisam fazer suas coisas... Eu não posso deixá-lo.

Nós saímos...

- O que há?

- Ela não lembra quem a transformou... Ela nem sabia o que era!

- Acha que ela tem quanto tempo?

- Eu não sei dizer...

- Ela parece gostar do rapaz... Quem é ele?

- Eu não sei. Ela disse que o achou na floresta. Um urso o atacou e ela foi protegê-lo, mas ele já estava ferido...

- Ai... – eu bati a mão na cabeça, – Rosalie disse algo sobre um urso... Acho então que ela viu a Alice lutando com o urso e entendeu tudo errado...

- Ela não deve ter visto o rapaz...

- É, certamente não... Ela é a Rosalie...

- Edward, sua irmã estava assustada...

- É, eu sei... – tentei mudar de assunto, – o que fará com eles? – apontei para a cabana.

- Eu não sei... É perigoso deixá-los sem nenhuma instrução...

- Certamente que sim... Mas o que faremos?

- Teremos que mantê-los por perto enquanto explicamos para ela o que fazer... É o mínimo... Eu sei como é estar perdido e não entender o que se passa...

- Bem, o que o senhor decidir...

- Mas é melhor mantermos Rosalie longe deles. Ela pode influenciá-los de forma negativa... Ela não esta muito feliz ultimamente. E grande parte disso é...

- Ok, eu sei, é minha culpa... Eu disse para Esme que conversaria com ela e eu vou...



Carlisle

Eu não queria repreender meu filho. O fato de Rosalie estar infeliz também era minha culpa.

- Eu pensei, talvez pudéssemos deixá-los na casa próxima a nossa. Ela está desocupada, não? Eu irei amanhã conversar com o proprietário...

- Acha seguro?

Eu olhei para a cabana de novo.

- Você tem alguma dúvida, filho?

- É, acho que não...

- Mas o que diremos?

- Nada. Sustente a mentira de Alice de que ele é irmão dela e tudo ficará bem.



Alice

Eles saíram para conversar... Eles eram uma família e eu não tinha ninguém... Eu torcia tanto para que esse moço me perdoasse e pudéssemos ser amigos...

- Eu vou cuidar de você até você acordar, está bem? E depois você poderá fazer o que quiser... Mas por favor, me perdoe...

Eles entraram... Nem sei dizer quanto tempo permaneceram lá fora, mas eu tive uma visão de que queriam que eu e o rapaz fossemos para uma casa na cidade.

- Alice, você... – era o doutor, mas o moço o parou...

- Como fez isso?

- Isso o quê?

- Como sabia o que decidimos?

- Eu não sei dizer...

- Está mentindo para nós?! – ele gritou comigo e correu até onde eu estava. Eu sabia que ele tentaria me enforcar, mas não tentei me defender.

- Edward solte-a!

- Eu quero saber, como faz isso!?

- Eu não sei! Eu disse para o doutor que eu apenas sei de algumas coisas...

- Ela consegue ver decisões!

O doutor olhou para mim. Eu decidi me defender depois que olhei para o rapaz ferido.

- Por favor, não faça isso comigo, não agora – eu me desvencilhei dele.

- Você não é confiável!

- Eu sei que não, eu sou horrível, eu devia morrer! – eu gritei também, mas o doutor entrou entre nós.

- Edward pare, Alice acalme-se. Ele não fez por mal... Edward ela disse que pode ver outros vampiros, eu acredito que ela tem um dom como você.

- Se quiser me matar eu não vou me opor, eu só quero ter a chance de me desculpar com o rapaz... – eu virei as costas para ele e voltei para junto da cama. – Eu quero saber se ele poderá me perdoar pelo que fiz...

- Alice, eu quero que vá conosco... Eu conversarei com o dono de uma propriedade perto da minha casa, lá você e o rapaz estarão seguros. Só peço que não saiam e não ataquem ninguém... Vamos lhe ensinar novas formas de se alimentar.

A ideia de novas formas de me alimentar soava estranha...

- Como assim? Como assim novas formas de me alimentar?

- Você atacou o urso, não?

- Sim...

- E o que achou...

- Bem... – eu não havia pensado nisso, – não foi... tão mau assim...

- Bem, é exatamente isso que eu queria dizer.

- Então eu posso viver sem matar ninguém? Ele também pode?

- Claro, nós fazemos isso há muito tempo.

A ideia, por fim, me trouxe um pouco de luz. Eu não era uma pessoa boa, mas não precisava continuar sendo alguém tão ruim! Isso era muito bom! Uma fagulha de felicidade nesse mar de tristeza.

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