Darmouth: Capítulo 17: Nova Rotina

Edward

Bella tinha a total certeza de que aguentaria o cheiro daquele humano, mas eu nem tanta - em especial quando pensei nisso no caminho da faculdade. Eu conseguira somente 80 anos depois, e ainda assim quase perdi o controle.

Então ficava difícil confiar nela.

Além disso, quando eu perguntei - e foram três vezes - se ela aguentaria, a incerteza atingia sua face, mas logo dissolvia - se em total confiança.

Por que você não pode confiar nela?, uma parte de mim dizia.

Então jurei que confiaria.

Chegamos à Dartmouth e ela prendeu a respiração. Eu segurei sua mão e apertei delicadamente. Não que ela precisasse de todo esse cuidado, mas os velhos hábitos demoravam para morrer.

Ela sorriu para mim, e eu sai do carro para abrir sua porta. Mas, antes disso, respirei fundo.

Bella

A preocupação me inundava. Mas eu podia fazer isso. Não fizera com Charlie?

Saí do carro - então - e dei as mãos para Edward. Caminhamos num ritmo um pouco mais lento que o humano, e logo os outros nos alcançaram. Alice e Jasper me olharam com aquela cara de você-pode; Emmett com uma cara provocadora, e Rosalie com um sorriso solidário.

Caminhamos até a entrada e justamente ele passou por mim. Prendi a respiração, e Alice tocou de leve minhas costas, como quem diz: "Não vai acontecer nada".

Fui até a classe sem respirar, o que me deixava incomodada, mas era estritamente necessário.

Sentamos – eu e Edward – em nossas carteiras habituais e o professor começou a aula.

Uma hora deplorável, por assim dizer. Uma parte de mim queria sair correndo dali, para acabar com aquela hesitação. Uma outra queria enfrentar o problema, e uma terceira queria sentir aquele cheiro quente e provar aquele sangue, mas era a menor delas.

Mais outras quatro horas se passaram.

Hora da saída. A hora da prova, já que todos ficavam juntos no corredor até acharem espaços para saírem.

Não prendi a respiração daquela vez, porque tinha certeza de que os outros cheiros abafariam o desejo. Mas eu nunca tive muita sorte.

Por que eu nasci sobre estrela tão azarenta?

Essa bendita estrela fez o menino ficar ao meu lado. Fez ele mexer no material quase se encostando a minha pele. O fez coçar a cabeça justo quando eu estava mais fragilizada.

Edward percebeu isso e enrijeceu. Eu lutei para me acalmar sem respirar fundo – onde estava Jasper quando eu precisava dele?! – e prendi a respiração. Algo que eu já deveria ter feito muito antes.

Praticamente corri para o carro, e Alice saltitou para meu lado como se nada estivesse acontecendo. Pois é, para ela, nada mesmo estava acontecendo.

Eu a olhei quase queimando seus olhos e entrei no carro.

Fomos direto para casa. E, quando chegamos lá, eu finalmente

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