Aro não respondeu à sua ansiosa guarda que esperava ao lado norte da clareira; na
verdade, ele acenou para eles.
Edward começou a recuar imediatamente, puxando meu braço e o de Emmett. Ele correu
para trás, mantendo os olhos no perigo que avançava. Jacob recuou vagarosamente, a pele em
seus ombros ficou de pé enquanto mostrava seus caninos para Aro. Renesmee se agarrou com
força em seu rabo enquanto recuávamos; ela o segurou como uma correia, o forçando a ficar
conosco. Nós alcançamos nossa família ao mesmo tempo em que as capas escuras cercaram Aro
novamente.
Agora tinham somente 12 metros entre nós – uma distância que qualquer um de nós podia
saltar em fração de um segundo.
Caius começou a argumentar com Aro ao mesmo tempo.
- Como você pode continuar com esta vergonha? Por que estamos parados aqui
impotentemente diante de um crime exorbitante, cobertos por uma ridícula decepção? - Ele
segurou os braços rigidamente em seus lados, as mãos enroladas em suas unhas. Me perguntei
porque ele simplesmente não tocou Aro para compartilhar sua opinião. Já estávamos vendo uma
divisão em seus níveis? Nós podíamos ser sortudos assim?
- Porque é tudo verdade - Aro disse a ele calmamente. - Cada palavra dita. Veja quantas
testemunhas prontas para dar uma evidência de que eles têm visto esta milagrosa criança crescer
e amadurecer no pouco tempo em que a conhecem. Que eles tem sentido o calor do sangue que
pulsa em suas veias. - O gesto de Aro se arrastou de Amun até Siobhan do outro lado.
Caius reagiu estranhamente às palavras de Aro, começando tão levemente pela menção de
testemunhas. A raiva drenou de suas feições, substituída por uma fria avaliação. Ele olhou de
relance às testemunhas dos Volturis com uma expressão de quem parecia vagamente... nervoso.
Eu observei a multidão furiosa também, e vi imediatamente que a descrição não se aplicava
nem de longe. O frenesi por ação tinha se transformado em confusão.
Conversas sussurradas fervilhavam-se pela platéia enquanto eles tentavam buscar o sentido
no que havia acontecido.
Caius franziu a testa, entregue aos pensamentos. Sua expressão especulativa alegrou as
chamas da raiva que me queimava, ao mesmo tempo em que me preocupou. E se a guarda agisse
novamente com algum sinal invisível enquanto eles marchavam? Ansiosamente eu inspecionei meu
escudo; ele parecia tão impenetrável quanto antes. Eu o flexionei agora para baixo, uma cúpula
domada que arqueava sobre nosso corpo.
Pude sentir penas afiadas da luz onde minha família e amigos estavam parados – cada um
dos aromas que pensei que seria capaz de reconhecer com prática. Eu já conhecia o de Edward –
o dele era o mais brilhante de todos. Um espaço extra vazio em volta do ponto onde o brilho
estava me incomodou; não tinham uma barreira física para o escudo, e se qualquer um dos
talentosos Volturi fossem para baixo dele, então não protegeria mais ninguém, exceto eu. Carlisle
era o mais distante; Eu absorvi de volta o escudo passo a passo, tentando embalá-lo o mais
exatamente que pude em seu corpo.
Meu escudo pareceu querer cooperar. Ele adorou sua forma; quando Carlisle se mexeu para
o lado para ficar mais perto de Tanya, o elástico esticou com ele, atraído por seus estímulos.
Fascinada, eu puxei mais um pouco para envolver cada figura fraca que fosse um amigo ou
um aliado. O escudo se pegou a eles com vontade, se movendo conforme eles se moviam.
Somente um segundo tinha se passado; Caius ainda estava discutindo.
- Os lobisomens - ele murmurou por último.
Com repentino pânico, percebi que a maioria dos lobisomens estava desprotegida. Eu estava
prestes a alcançá-los quando notei que, estranhamente, podia sentir seus estímulos. Curiosa,
tracei o escudo para eles, até Amun e Kebi – nossa beira mais distante do grupo – estavam do
lado de fora com os lobos. Uma vez que eles estavam do lado de fora, suas luzes desapareciam.
Eles não existiam mais para aquele novo sentido. Mas os lobos ainda tinham chamas brilhantes –
ou melhor, metade deles tinha. Hmm.. eu avancei para fora de novo, e assim que Sam ficou
coberto, todos os lobos estavam brilhantes novamente.
Suas mentes devem ser mais interconectadas do que eu imaginava. Se o Alfa estivesse
dentro do meu escudo, o resto de suas mentes estava tão protegido quando ele.
- Ah, irmão... - Aro respondeu à opinião de Caius com um olhar penoso.
- Você defende aquela aliança também, Aro? - Caius perguntou. - As Crianças da Lua têm
sido nossos amargos inimigos desde o começo dos tempos. Nós temos caçado-os quase à extinção
da Europa e Ásia. Ainda que Carlisle encoraje sua relação familiar com esta enorme infestação –
sem dúvidas para tentar nos destruir. O melhor para proteger seu deturpado estilo de vida.
Edward coçou alto a garganta, e Caius olhou furiosamente para ele. Aro pôs uma fina e
delicada mão sobre seu próprio rosto, como se ele estivesse embaraçado pelo outro ancião.
- Caius, é o meio do dia - Edward indicou, gesticulando para Jacob. - Estas não são Crianças
da Lua, claramente. Eles mal se relacionam com seus inimigos do outro lado do mundo.
- Você criou mutantes aqui - Caius cuspiu de volta a ele.
Edward apertou a mandíbula e abriu o punho, e respondeu de maneira justa, - Eles nem
mesmo são lobisomens. Aro pode te contar sobre isso, se você não acredita em mim.
Não são lobisomens? Eu disparei um olhar mistificado para Jacob. Ele ergueu seus grandes
ombros e os deixou cair – dando de ombros. Ele não sabia do que Edward estava falando também.
- Querido Caius, eu teria te alertado para não pressionar neste ponto, se você tivesse me
dito seus pensamentos - Aro murmurou. - Apesar das criaturas pensarem em si mesmas como
lobisomens, elas não são. O nome mais exato para eles seria transmorfos. A escolha pela forma de
um lobo foi puramente casual. Poderia ter sido um urso ou um abutre ou uma pantera quando a
primeira transformação foi feita. Estas criaturas realmente não têm nada a ver com as Crianças da
Lua. Eles meramente herdaram as habilidades de seus pais. É genético – eles não continuam com
sua espécie por infectar outros, do modo que verdadeiros lobisomens fazem.
Caius olhou furioso para Aro, com irritação e algo a mais – uma acusação de traição, talvez.
- Eles sabem nosso segredo - ele disse diretamente.
Edward parecia estar prestes a responder esta acusação, mas Aro foi mais rápido. - Eles são
criaturas de nosso mundo super-natural, irmão. Talvez ainda mais dependentes de discrição do
que nós; eles dificilmente podem nos expor. Cuidado, Caius. Alegações ilusórias não nos leva a
lugar algum.
Caius respirou fundo e acenou. Eles trocaram um longo e significante olhar.
Pensei que entenderia a instrução por trás da expressão cuidadosa de Aro. Acusações falsas
não ajudavam a convencer as testemunhas que observavam do outro lado; Aro estava alertando
Caius a se mover na próxima estratégia. Eu me perguntei a razão por trás da aparente tensão
entre os dois anciãos – Caius de má vontade para dividir seus pensamentos com toque – era
porque Caius não se importava em mostrar tanto quanto Aro. Se o massacre que viria era muito
mais essencial para Caius do que uma reputação limpa.
- Eu quero falar com o informante - Caius anunciou abruptamente, e desviou seu olhar para
Irina.
Irina não estava prestando atenção na conversa de Caius e Aro; seu rosto estava deformado
em agonia, seus olhos fechados em suas irmãs, alinhadas para morrer. Estava claro em seu rosto
que ela sabia que sua acusação tinha sido totalmente falsa.
- Irina - Caius gritou, infeliz por ter que se dirigir a ela.
Ela ergueu os olhos, assustada e instantaneamente com medo.
Caius estalou seus dedos.
Hesitante, ela se mexeu da extremidade da formação dos Volturi, para ficar em frente à
Caius novamente.
- Então você parece ter cometido um grande erro em suas alegações - Caius começou.
Tanya e Kate se inclinaram ansiosamente.
- Me desculpe - Irina sussurrou. - Eu devia ter tido certeza do que estava vendo. Mas eu não
tinha idéia... - ela gesticulou sem defesa em nossa direção.
- Querido Caius, você pode esperar que ela tivesse adivinhado num instante uma coisa tão
estranha e impossível? - Aro perguntou. - Qualquer um de nós teria feito a mesma suposição.
Caius deu um tapa em Aro para silenciá-lo.
- Todos nós sabemos que você cometeu um erro - ele disse bruscamente. - Eu quis dizer
falar de suas motivações.
Irina esperou nervosamente que ele continuasse, e então repetiu, - Minhas motivações?
- Sim, por vim espioná-los, em primeiro lugar.
Irina hesitou com a palavra espionar.
- Você estava infeliz com os Cullens, não é?
Ela virou seus olhos miseráveis para o rosto de Carlisle. – Estava - ela admitiu.
- Por que...? - Caius estimulou.
- Porque os lobisomens mataram meu amigo - ela sussurrou. - E os Cullens não se
mantiveram longe do caminho para me deixar vingá-lo.
- Os transmorfos - Aro corrigiu calmamente.
- Então os Cullens ficaram ao lado dos transmorfos e contra nossa própria espécie – contra a
amiga de um amigo, ainda mais - Caius sumarizou.
Eu ouvi Edward um som repugnante sob sua respiração. Caius estava sinalizando lista,
procurando por uma acusação que funcionaria.
Os ombros de Irina se endureceram. - É assim que eu via.
Caius esperou novamente, e estimulou. - Se você gostaria de fazer uma reclamação formal
contra os transmorfos – e contra os Cullens por apoiar suas ações – agora seria a hora. - Ele sorriu
um pequeno e cruel sorriso, esperando que Irina o desse a próxima desculpa.
Talvez Caius não entendesse famílias verdadeiras – relações baseadas em amor do que amor
por poder. Talvez ele superestimasse a potência da vingança.
Irina sacudiu a mandíbula, seus ombros se ajustaram.
- Não, eu não tenho reclamação contra os lobos ou os Cullens. Você veio aqui hoje para
destruir uma criança imortal. Não existem crianças imortais. Este foi meu erro, e eu assumo toda a
responsabilidade por ele. Mas os Cullens são inocentes, e você não tem motivo para continuar
aqui. Eu sinto muito - ela nos disse, e então virou seu rosto para as testemunhas dos Volturi. -
Não houve nenhum crime. Não existe nenhuma razão válida para vocês continuarem aqui.
Caius levantou suas mãos enquanto ela falava, e tinha um objeto estranho de metal,
gravado e ornado.
Era um sinal. A resposta foi tão rápida que todos nós encaramos em chocante descrença
enquanto acontecia. Antes tinha tempo para reagir, agora acabou.
Três dos soldados dos vampiros saltaram adiante, e Irina estava completamente obscurecida
por suas capas cinza. No mesmo instante, um horrível grito metálico rasgou pela clareira. Caius
deslizou para o centro da cinza confusão, e o chocante grito pareceu explodir em um banho de
fagulhas assustadoras, e línguas de chama.
Os soldados pularam de volta do repentino inferno, imediatamente retomando seus lugares
na perfeita linha reta da guarda.
Caius ficou sozinho ao lado dos resquícios flamejantes de Irina, o objeto de metal em sua
mão ainda lançando um grosso jato de chama.
Com um pequeno barulho de um click, o jato de fogo da mão de Caius desapareceu. Uma
arfada atravessou a massa de testemunhas por trás dos Volturi.
Nós também estávamos horrorizados por fazer qualquer barulho. Era a única coisa para
saber que a morte estava chegando com uma velocidade feroz, impossível de ser parada; era
outra coisa para assistir acontecer.
Caius sorriu friamente. - Agora ela assumiu toda a responsabilidade por seus atos.
Seus olhos dispararam até nossa linha frontal, tocando ligeiramente as formas congeladas de
Tanya e Kate.
Naquele segundo eu entendi que Caius nunca tinha subestimado os laços de uma família de
verdade. Essa era a tática. Ele não queria que Irina reclamasse; ele queria desafiá-la. Sua
desculpa para destruí-la, para a incendiar a violência que encheu o ar como uma grossa nuvem de
combustível. Ele tinha feito uma partida.
A tensa paz deste pico já balançou de forma mais precária do que um elefante ou uma corda
fina. Uma vez que a luta começou, não haveria jeito de pará-la. Ela só iria se expandir até que um
dos lados fosse totalmente extinto. Nosso lado. Caius sabia disso.
E Edward também.
- Parem eles! - Edward gritou, pulando para agarrar o braço de Tanya enquanto ela recuava
de um sorridente Caius com um grito enlouquecido de pura raiva. Ela não pôde se livrar de
Edward antes que Carlisle tivesse trancado seus braços ao redor de sua cintura.
- É tarde demais para ajudá-la - ele justificou urgentemente enquanto ela lutava. - Não o dê
o que ele quer!
Kate foi difícil de refrear. Gritando sem pronunciar palavras como Tanya, ela quebrou no
primeiro passo do ataque que terminaria com alguém morto. Rosalie estava mais perto dela, mas
antes que Rose pudesse agarrá-la pelo pescoço, Kate se chocou tão violentamente que Rose se
dobrou para o chão. Emmett pegou o braço de Kate e a atirou para baixo, então se balanceou
para trás, seus joelhos se rendendo. Kate rolou aos seus pés, e parecia que ninguém podia parála.
Garrett se lançou para ela, a pressionando no chão novamente. Ele prendeu seus braços em
volta dos dela, fechando as mãos contra sua própria cintura. Eu vi seu corpo se contrair conforme
ela se chocava. Seus olhos rolaram, mas ele não a soltou.
- Zafrina - Edward berrou.
Os olhos de Kate ficaram vazios e seus gritos se transformaram em lamúrias. Tanya parou
de se esforçar.
- Me dê uma visão - Tanya assobiou.
Desesperadamente, mas com toda a delicadeza que eu pude, arrastei meu escudo ainda
mais estreito contra as fagulhas de meus amigos, o descascando cuidadosamente de Kate
enquanto tentava mantê-lo ao redor de Garrett, fazendo uma pele fina entre eles.
E então Garrett estava no comando de si mesmo novamente, segurando Kate.
- Se eu te soltar, você me baterá de novo, Katie? - ele sussurrou.
Ela rangeu os dentes em resposta, ainda batendo cegamente.
- Me escutem, Tanya, Kate - Carlisle disse em um sussurro baixo, mas intenso. - Vingança
não vai ajudá-la agora. Irina não queria que vocês perdessem suas vidas desta forma. Pensem no
que estão fazendo. Se vocês os atacá-los, todos nós morreremos.
Os ombros de Tanya arquearam com pesar, e ela se inclinou em Carlisle como apoio. Kate
estava finalmente parada. Carlisle e Garrett continuaram a consolar as irmãs com palavras
urgentes demais para soar confortante.
E minha atenção voltou para o peso dos olhares que se comprimiram em nosso momento de
caos. Do canto dos meus olhos eu podia ver que Edward e todo mundo, exceto Carlisle e Garrett,
estavam em suas guardas novamente também.
O brilho mais pesado veio de Caius, encarando com irritada descrença para Kate e Garrett
no meio da neve. Aro também estava observando os dois, incredulidade era a emoção mais forte
em seu rosto. Ele sabia o que Kate podia fazer. Ele tinha sentido a potência dela pelas memórias
de Edward.
Ele entendeu o que estava acontecendo agora – ele viu que meu escudo tinha crescido com
tanta força e sutileza, mais do que o que Edward pensou que eu fosse capaz? Ou ele pensou que
Garrett tinha aprendido sua própria forma de imunidade?
A guarda dos Volturi esteve na mais disciplinada atenção — eles estavam agachados para
frente, esperando para saltar e contratacar no momento que atacarmos.
Atrás deles, quarenta e três testemunhas olharam com expressões muito diferentes aquelas
que eles tinham usado na entrada da clareira. A confusão tinha virado suspeita. A destruição muito
rápida de Irina tinha assustado todos. Qual tinha sido o seu crime?
Sem o ataque imediato em que Caius tinha contado distrair com seu ato apresado, as
testemunhas dos Volturi interrogando exatamente o que continuava aqui. O Aro tirou seus olhos
prontamente quando o olhei, a sua cara o traindo com um relâmpago de vergonha. A sua
necessidade de um público tinha saído errado.
Ouvi o murmúrio de Vladimir e Stefan de alegria e tranqüilidade com o desconforto de Aro.
Aro estava obviamente preocupado com o cuidado do seu chapéu branco, como os romenos
tiveram admitido. Mas não acreditava que o Volturi nos abandonasse em paz apenas para salvar a
sua reputação. Depois que eles terminaram conosco, seguramente eles matariam suas
testemunhas. Senti uma súbita compaixão estranha, da massa dos estrangeiros que o Volturi tinha
trazido para me olhar morrer. Demetri os caçaria até que eles fossem extintos também.
Por Jacob e Renesmee, por Alice e Jasper, por Alistair, e para esses estrangeiros que não
sabiam o que hoje lhes custaria, Demetri tinha de morrer.
Aro tocou o ombro de Caius ligeiramente. - Irina foi punida pelo falso testemunho contra
esta criança. - Isso deveria ser deveria ser a sua desculpa. Ele seguiu. - Talvez devêssemos voltar
ao assunto que temos em mãos?
Caius se arrumou, e a sua expressão endurecida em sua ilegibilidade. Ele olhou para frente,
não vendo nada. A sua cara me lembrou, esquisitamente, de uma pessoa que acabava de saber
que tinha sido rebaixada.
O Aro foi a frente, Renata, Felix, e Demetri automaticamente se moveram com ele.
- Apenas para ser completo - ele disse, - gostaria de falar com algumas das suas
testemunhas. Procedimento, você sabe. - Ele tremulou uma mão com desprezo.
Duas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Os olhos de Caius se concentraram em Aro, e o
sorriso cruel muito pequeno voltou. E Edward assobiou, as suas mãos se fecharam em punhos tão
apertados que pareceu que os ossos dos nós dos seus dedos iriam se partir pela sua pele dura de
diamante.
Estava desesperada para lhe perguntar o que estava acontecendo, mas Aro estava bastante
perto para ouvir até a quieta respiração. Eu vi Carlisle olhar ansiosamente para o rosto de Edward,
e depois seu próprio rosto endureceu.
Enquanto Caius tinha tentado com acusações inúteis e tentativas sem juízo de provocar uma
luta, Aro devia estado tentando uma estratégia mais eficaz.
Aro moveu-se como um fantasma através da neve para o fim da nossa linha, parando
aproximadamente dez metros de Amun e Kebi. Os lobos próximos estiveram furiosamente
eriçados, mas mantiveram as suas posições.
- Ai, Amun, meu vizinho do Sul! - Aro disse calorosamente. - Faz tanto tempo que você me
visitou.
O Amun ficou imóvel com ansiedade, Kebi era uma estátua ao seu lado. - O tempo significa
pouco; nunca noto sua passagem - disse Amun por lábios que não se moviam.
- É verdadeiro - concordou Aro. - Mas talvez você tivesse outra razão para ficar afastado?
Amun não disse nada.
- Pode ser terrivelmente que exigente organizar recém-chegados em um grupo de clãs. Sei
isto muito bem! Sou grato que existam outros para tratar desse tédio. Estou contente as suas
novas adições têm se ajustado tão bem. Eu gostaria de ter sido apresentado. Estou certo de que
você estava pensando em vir me ver logo.
- Naturalmente - Amun disse, o seu tom foi tão sem emoções que foi impossível ver se havia
medo ou sarcasmo no seu consentimento.
- Oh bem, estamos todos juntos agora! Não é encantador?
Amun acenou com cabeça, seu rosto era um espaço em branco.
- Mas a razão da sua presença aqui não é tão agradável, infelizmente. O Carlisle convidou-o
a testemunhar?
- Sim.
- E o que você testemunhou por ele?
Amun falou com a mesma falta fria da emoção. - Observei a criança em questão. Ficou
evidente quase imediatamente que ela não era uma criança imortal—
- Possivelmente devemos definir a nossa terminologia - interrompeu Aro, - agora que
parecem haver novas classificações. Uma criança imortal, você naturalmente acredita ser uma
criança humana que foi mordida e assim transformada em um vampiro.
- Sim, isto é o que penso.
- O que você observou sobre a criança?
- As mesmas coisas que você seguramente viu na mente de Edward. Que a criança é sua
biologicamente. Que ela cresce. Que ela aprende.
- Sim, sim - disse Aro, uma pitada de impaciência no seu outro tom amável. - Mas
especificamente em suas poucas semanas aqui, o que você viu?
A testa de Amun enrugou. - Que ela cresce... rapidamente.
Aro sorriu. - E você acredita que deve se permitir que ela viva?
Um assobio passou por meus lábios, e não foi o único. A metade dos vampiros na nossa
linha ecoou o meu protesto. O som foi um chiado baixo da fúria que suspendeu no ar. Do outro
lado da clareira, algumas das testemunhas dos Volturi fizeram o mesmo barulho. Edward
retrocedeu e enrolou sua mão em meu pulso.
Aro não se virou ao barulho, mas Amun olhou em volta inquietamente.
- Não vim para fazer julgamento - ele usou expressões ambíguas.
O Aro riu ligeiramente. - Somente sua opinião.
Amun levantou o queixo. - Não vejo nenhum perigo na criança. Ela aprende mais rápido do
que ela cresce.
O Aro acenou com cabeça, considerando. Depois de um momento, ele virou para sair.
- Aro? - Amun chamou.
O Aro girou atrás. - Sim, amigo?
- Dei o meu testemunho. Não tenho nenhum negócio aqui. Minha companheira e eu
gostaríamos de poder ir agora.
Aro sorriu calorosamente. - Naturalmente. Estou tão contente por que fomos capazes de
conversar para um pouco. E estou certo de que nos veremos em breve.
Os lábios de Amun estavam uma linha apertada quando ele inclinou a sua cabeça uma vez,
reconhecendo a ameaça oculta. Ele tocou o braço de Kebi, e logo eles correram rapidamente para
a orla do Sul e desapareceram entre as árvores. Eu sabia que eles não deixariam de correr para
um longo tempo.
Aro deslizava ao longo da nossa linha ao Leste, os seus guardas que pairam tensamente. Ele
parou quando estava em frente a forma maciça de Siobhan.
- Olá, querido Siobhan. Você está tão encantador como sempre.
Siobhan inclinou sua cabeça, esperando.
- E você? - Ele perguntou. - Você responderia minhas perguntas do mesmo jeito que Amun
fez?
- Eu responderia - Siobhan disse. - Mas eu talvez acrescentasse um pouco mais. Renesmee
entende as limitações. Ela não é perigosa pros humanos - ela se mistura melhor do que nós. Ela
não constitui um risco de exposição.
- Você não consegue pensar em nenhum? - Aro perguntou sobriamente.
Edward rosnou, um som baixo saindo de sua garganta.
Olhos nebulosos olhos cor de carmin de Caius brilharam.
Renata se esticou de modo protetor na direção de seu mestre.
E Garrett liberou Kate a dar um passo à frente, ignorando a mão de Kate enquanto ela
tentava alertá-lo dessa vez.
Siobhan respondeu devagar, - Eu não acho que sigo você.
Aro virou-se ligeiramente, casualmente, mas em direção ao resto de sua guarda. Renata,
Felix e Demetri estavam mais próximos que sua sombra.
- Nenhuma lei foi quebrada - Aro disse numa voz aplacada, mas todos nós podíamos ouvir
que uma qualificação estava por vir. Eu lutei contra a raiva que tentou arranhar pela minha
garganta e rosnei em desafio. Eu transferi minha fúria pro meu escudo, engrossando-o, tendo a
certeza de que estavam todos protegidos. - Sem leis quebradas - Aro repetiu. - Contudo, mas isso
significa que não haja perigo? Não. - Ele balançou a cabeça gentilmente. - Isso é outra coisa.
A única resposta foi que os nervos, já tensos, se contraíram ainda mais, e Maggie, no fim da
nossa linha de combatentes, balançando sua cabeça com raiva.
Aro caminhou pensativo, parecendo que ele flutuava ao invés tocar o chão com seus pés. Eu
percebi que cada passo o levava pra mais próximo de sua guarda.
- Ela é única... completa e impossivelmente única. Que desperdício seria, destruir algo tão
adorável. Especialmente quando poderíamos aprender tanto... - Ele suspirou, como se não
estivesse disposto a continuar. - Mas há perigo, perigo esse que não pode ser simplesmente
ignorado.
Ninguém respondeu à sua afirmação. Era um silêncio enquanto ele prosseguia em seu
monólogo que mais parecia como se ele estivesse falando pra si mesmo.
- Que irônico é que enquanto os avanços humanos, enquanto eles acreditam em seus
avanços científicos e controlam seu mundo, mais longe nós estamos de ser descobertos. Ainda,
enquanto nos tornamos mais desinibidos por conta de sua descrença no sobrenatural, eles ficam
fortes o suficiente com sua tecnologia que, se eles quisessem, eles poderiam nos expor e até
mesmo destruir alguns de nós. Por milhares e milhares de anos, nosso segredo foi mais uma
questão de conveniência, de tranqüilidade, do que realmente segurança. Essa última duro,
nervoso século deu à luz armas de tal poder que poderiam ser perigosos até para imortais. Agora
o nosso status de meramente mitos nos protege dessas criaturas fracas que caçamos. Essa incrível
criança - ele levantou a palma de sua mão como se fosse colocá-la em Renesmee, embora ele
estivesse a quase quarenta metros de distância dela, quase junto à formação dos Volturi de novo -
se nós poderíamos conhecer seu potencial - saber com absoluta certeza que ela pode permanecer
coberta juntamente com a obscuridade que nos protege. Mas nós não sabemos nada do que ela
pode se tornar! Seus próprios pais têm medo quanto a seu futuro. Nós não podemos saber o que
ela vai saber quando crescer. - Ele fez uma pausa, olhando primeiramente pras nossas
testemunhas, e então, significativamente, pras dele. Sua voz deu uma boa impressão de estar
sendo rasgadas pelas próprias palavras.
Ainda olhando pras nossas testemunhas, ele falou de novo. - Apenas o conhecido é seguro.
Apenas o conhecido é tolerável. O desconhecido é... vulnerabilidade.
O sorriso de Caius se abriu.
- Você está conseguindo, Aro - Carlisle disse em uma voz desolada.
- Paz, amigo - Aro sorriu, seu rosto gentil, sua voz doce, como sempre. - Não sejamos
apressados. Vamos ver os dois lados.
- Poderia oferecer um lado a ser considerado? - Garrett pediu num tom elevado, dando um
passo a frente.
- Nômade - Aro disse, dando permissão.
O queixo de Garrett elevou-se. Seus olhos focados na grande massa no fundo da clareira, e
ele falou diretamente às testemunhas dos Volturi.
- Eu vim aqui a pedido de Carlisle, como as outras testemunhas - ele disse. - Isso
certamente não é mais necessário, quanto à criança. Nós todos vemos o que ela é. Eu fiquei pra
testemunhar algo mais. Vocês. - Ele apontou seu dedo aos cuidadosos vampiros. - Dois de vocês
eu conheço - Makenna, Charles - e eu posso ver que muitos de vocês são viajantes, vagabundos
como eu mesmo. Respondendo por ninguém. Pensem cuidadosamente no que eu lhes digo. Os
antigos não vieram aqui por justiça, como eles disseram. Nós suspeitamos, e agora está provado.
Eles vieram, enganados, mas com uma desculpa pra ação deles. Testemunhem agora que eles
procuram por uma outra desculpa pra continuar a verdadeira missão deles. Testemunhem eles
lutarem pra achar uma justificativa pro verdadeiro propósito deles - destruir essa família aqui. - Ele
apontou pra Carlisle e Tanya. - Eu testemunhei os laços entre essa família - eu digo família e não
clã. Esses seres de olhos dourados negam sua própria natureza. Mas em compensação, eles
acharam algo que valesse mais a pena, talvez, que satisfação do desejo? Eu fiz um pequeno
estudo sobre eles no meu tempo aqui, e me parece que intrínseco laço familiar - que os faz
possíveis - é o caráter pacificador dessa vida de sacrifício. Não há agressão aqui como nós todos
vemos nos grandes clãs do sul, que cresceram e desapareceram tão rápido em suas contendas
selvagens. Não há pensamento sobre dominação. E Aro sabe disso melhor que eu.
Eu observei o rosto de Aro diante das palavras de condenação de Garrett, aguardando
tensamente por alguma resposta. Mas o rosto de Aro estava educadamente divertido, como se
esperasse um furor infantil pra perceber que ninguém estava prestando atenção em suas
teatralidades.
- Carlisle nos assegurou, quando ele nos disse o que estava por vir, que ele não nos chamou
pra lutar. Essas testemunhas - Garrett apontou pra Siobhan e Liam - concordaram em dar
evidências, para conter o avanço dos Volturi com sua presença de modo que Carlisle tivesse a
chance de apresentar a situação. Mas alguns de nós imaginaram - os olhos dele foram em direção
a Eleazar - se a verdade de Carlisle seria o suficiente para os chamados justiceiros. Os Volturi
estão protegendo o nosso segredo, ou estão protegendo seu próprio poder? Eles vieram destruir
uma criação ilegal, ou um modo de vida? Eles poderiam ficar satisfeitos quando o perigo se
mostrasse como apenas um mal-entendido? Ou eles prosseguiriam sem a desculpa de justiça? Nós
temos a resposta pra todas essas perguntas. Nós ouvimos nas palavras mentirosas de Aro - nós
temos um dom de saber algumas coisas com certeza - e nós vemos isso agora no sorriso malicioso
de Caius. A guarda deles é apenas uma arma, uma ferramenta de dominação de seus mestres.
Então agora há mais perguntas, perguntas essas que vocês devem responder. Quem comanda
vocês, nômades? Vocês respondem pela vontade de alguém a não ser a de vocês mesmo? Vocês
são livres pra escolher seu caminho, ou os Volturi vão decidir como vocês vão viver? Eu vim pra
testemunhar. Fico pra lutar. Os Volturi não se importam com a morte da criança. Eles procuram
pela morte da nossa liberdade de escolha. - Ele voltou seu rosto, então, pros antigos. - Então
venham, eu digo! Não nos faça ouvir mais mentiras. Sejam honestos em suas intenções e nós
seremos honestos nas nossas. Nós vamos defender nossa liberdade. Vocês vão ou não atacá-la?
Escolham agora, e deixem essas testemunhas verem o que realmente está sendo discutido aqui. -
Mais uma vez ele olhou pras testemunhas dos Volturi, seus olhos provando cada face. O poder das
palavras dele era evidente em suas expressões. - Vocês deviam considerar se juntar a nós. Se
vocês acham que os Volturi vão deixar vocês viverem pra contar essa história, vocês estão
enganados. Nós todos devemos ser destruídos - ele se encolheu - mas de novo, talvez não. Talvez
nós estamos mais apoiados do que eles sabem. Talvez os Volturi finalmente encontraram seu
desafio. Eu prometo a vocês isso, embora - se nós cairmos, vocês também cairão.
Ele encerrou seu caloroso discurso voltando ao lado de Kate e então, se agachando um
pouco, preparado pro ataque violento.
Aro sorriu. - Um belo discurso, meu amigo revolucionário.
Garrett permaneceu em sua posição de ataque. - Revolucionário? - Ele rosnou. - Eu estou
me revoltando contra quem, devo perguntar? Você é o meu rei? Você espera que eu te chame de
mestre também, como sua obediente guarda?
- Paz, Garrett - Aro disse, tolerante. - Eu quis apenas fazer referência ao tempo em que você
nasceu. Ainda um patriota, eu vejo.
Garrett olhou de volta furiosamente.
- Vamos perguntar à nossas testemunhas - Aro sugeriu. - Vamos ouvir o que eles pensam
antes de tomarmos a nossa decisão. Digam-nos, amigos - e ele se voltou casualmente pra gente,
movendo alguns metros em direção à sua massa de observadores parados ainda mais perto dos
limites da floresta - o que vocês acham disso tudo? Eu posso lhes assegurar que a criança não é o
que temíamos. Deveríamos correr o risco de deixá-la viver? Deveríamos pôr nosso mundo em
perigo pra manter a família deles intacta? Ou Garrett realmente está certo quanto a isso? Vocês se
juntarão a eles numa luta contra a nossa repentina vontade de dominação?
As testemunhas olharam pra ele com semblantes cuidadosos. Uma, uma mulher de cabelos
negros, olhou rapidamente pro homem loiro a seu lado.
- São apenas essas as nossas opções? - Ela perguntou de repente, olhar em direção à Aro. -
Concordar com você, ou lutar contra vocês?
- Claro que não, charmosa Makenna - Aro disse, parecendo horrorizado que alguém pudesse
chegar àquela conclusão. - Vocês podem ir em paz, claro, assim como Amun fez, mesmo se
discordarem da decisão do conselho.
Makenna olhou pra cara de seu parceiro de novo, e ele concordou no mesmo instante.
- Nós não viemos pra lutar. - Ela fez uma pausa, respirou, então disse, - Nós viemos pra
testemunhar. E nosso testemunho é que a família é inocente, Tudo que Garrett disse é verdade.
- Ah - Aro disse, tristemente. - Eu sinto muito que você nos veja dessa maneira. Mas é a
natureza do nosso trabalho.
- Não é o que eu vejo, mas o que sinto - o parceiro de Makenna disse numa voz alta e
nervosa. Ele olhou pra Garrett. - Garrett disse que eles têm meios de saber a verdade. Eu também
sei quando eu estou escutando a verdade, e quando eu não estou. - Com olhos assustados ele se
moveu pra mais perto de sua parceira, esperando pela reação de Aro.
- Não nos tema, amigo Charles. Sem dúvidas o patriota acredita no que ele diz - Aro riu
suavemente, e os olhos de Charlie se comprimiram.
- Este é o nosso testemunho - Makenna disse. - Estamos indo embora agora.
Ela e Charles se foram lentamente, não se virando antes de serem perdidos de vista nas
árvores. Um outro estranho começou a retirada do mesmo jeito, então mais três dispararam atrás
dele.
Eu avaliei os trinta e sete vampiros que ficaram. Alguns deles pareciam muitos confusos pra
se decidir. Mas a maioria parecia mais consciente ao confronto que se seguiria. Eu achei que eles
estivessem inclinados por saber exatamente quem estaria correndo atrás deles.
Eu tinha certeza que Aro viu a mesma coisa que eu. Ele se virou, indo em direção à sua
guarda com um grande passo. Ele parou em frente deles, e se dirigiu a eles com uma voz clara.
- Nós estamos em maior número, queridos - ele disse. - Não podemos esperar ajuda de fora.
Deveríamos deixar essa questão a decidir pra salvar vocês mesmo?
- Não, mestre - eles sussurraram unissonamente.
- A proteção do nosso mundo vale a perda de alguns do nosso número?
- Sim - eles respiraram. - Nós não estamos com medo.
Aro sorriu e virou-se pro seus companheiros de preto.
- Irmãos - Aro disse sombriamente, - há muito a se considerar aqui.
- Vamos aos conselhos - Caius disse malicioso.
- Vamos aos conselhos - Marcus repetiu num tom desinteressado.
Aro se virou de costas pra nós de novo, olhando pros outros antigos. Eles juntaram as mãos
pra formar um triângulo coberto de preto.
Assim que a atenção de Aro se voltou ao silencioso conselho, mas duas de suas testemunhas
desapareceram silenciosamente na floresta. Eu esperava, pelo seu próprio bem, que eles fossem
rápidos.
Foi isso. Cuidadosamente, eu fui tirando os braços de Renesmee do meu pescoço.
- Você se lembra do que eu te disse?
Lágrimas invadiram seus olhos, mas ela concordou. - Eu amo você - ela sussurrou.
Edward estava nos observando agora, seus olhos cor de topázio arregalados.
Jacob nos olhava pelos cantos de seus olhos negros.
- Eu te amo também - eu disse e então eu toquei seu medalhão. - Mais que a minha própria
vida. - Eu beijei sua testa.
Jacob lamentou inquietamente.
Eu me estiquei na ponta dos pés e sussurrei em seu ouvido. - Espere até que eles estejam
totalmente distraídos, então, corra com ela. Vá o mais longe que você conseguir. Quando vocês
estiverem o mais longe que puderem a pé, ela tem o que vocês precisam pra fugir pelo ar.
As caras de Edward e Jacob eram quase máscaras de terror, apesar de que um deles era um
animal.
Renesmee se estivou pra Edward, e ele a pegou em seus braços. Eles se abraçaram
fortemente.
- Era isso que você escondeu de mim? - Ele sussurrou acima da cabeça dela.
- De Aro - eu respirei.
- Alice?
Eu concordei.
O rosto dele se contorceu de dor e entendimento. Foi aquela a expressão no meu rosto
quando eu percebi as idéias de Alice?
Jacob estava rosnando calmamente, num som baixo que era contínuo como um ronronado.
Seu focinho estava tenso e seus dentes pra fora.
Edward beijou a testa de Renesmee e suas bochechas, e então a levantou até os ombros de
Jacob. Ela subiu com agilmente para as suas costas, colocando-se no lugar e agarrando-se a seu
pêlo e se posicionou facilmente no espaço entre os ossos de seu ombro.
Jacob se virou pra mim, seus olhos expressivos cheios de agonia, o Ruidoso rosnado ainda
sonoro em seu peito.
- Você é o único a quem eu a confiaria - eu murmurei pra ele. - Se você não a amasse tanto,
eu nunca faria isso. Eu sei que você pode protegê-la, Jacob.
Ele lamentou de novo, e abaixou sua cabeça no ombro.
- Eu sei - eu sussurrei. - Eu te amo também, Jake. Você vai sempre ser meu melhor amigo.
Uma lágrima do tamanho de uma bola de baseball rolou no pêlo embaixo de seus olhos.
Edward conduziu sua cabeça pro mesmo ombro em que ele tinha colocado Renesmee. -
Adeus, Jacob, meu irmão... meu filho.
Os outros não estavam conscientes da cena de despedida. Os olhos deles estavam presos ao
triângulo preto, mas eu diria que eles estava, ouvindo.
- Não há esperança, então? - Carlisle sussurrou. Não havia medo em sua voz. Apenas
determinação e aceitação.
- Claro que há esperança - eu murmurei de volta. Poderia ser verdade, eu disse a mim
mesma. - Eu sei apenas do meu destino.
Edward pegou minha mão. Ele sabia que ele estava incluído. Quando eu disse meu destino,
não havia dúvida que eu falava por nós dois. Nós éramos metades de um inteiro.
A respiração de Esme estava irregular atrás de mim. Ela se moveu pra gente, tocando
nossos rostos enquanto passava, pra ficar ao lado de Carlisle e segura sua mão.
De repente, nós estávamos rodeados por murmúrios de adeus e - eu te amo.
- Se nós sobrevivermos a isso - Garrett sussurrou pra Kate, - eu vou seguir você pra
qualquer lugar, mulher.
- Agora que ele me fala - ela meditou.
Rosalie e Emmett se beijaram rápida, mas apaixonadamente.
Tia acariciou o rosto de Benjamin. Ele sorriu de volta alegremente, pegando sua mão e
segurando-a contra sua bochecha.
Eu não vi todas as expressões de dor e amor. Eu estava distraída pela repentina pressão
contra o meu escudo. Eu não poderia dizer de onde ela vinha, mas ela parecia direcionada às
pontas do grupo, Siobhan e Liam particularmente. A pressão não causou danos, e então tinha se
dissipado.
Não havia mudado o silêncio, o conselho ainda se reunia. Mas talvez houvesse algum sinal
que eu perdi.
- Se preparem - eu sussurrei pros outros. - Está começando.
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