AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Amanhecer_Livro3: Bella: Capítulo 24: Surpresa

Capítulo 24 – Surpresa

“Não. De jeito nenhum!” Eu balancei furiosamente minha cabeça e então olhei de relance para o sorriso presunçoso estampado na face de dezessete anos de meu marido. “Não, isto não conta. Eu deixei de envelhecer três dias atrás. Eu terei dezoito anos para sempre.”

“Que seja” Alice disse, ignorando meu protesto com um rápido encolher de ombros. “De qualquer maneira nós estamos celebrando, então engula”.

Eu suspirei. Era raro ter razão para discutir com Alice.

O sorriso dela se pôs impossivelmente mais largo quando ela leu a aquiescência em meus olhos.

“Você está pronta para abrir seu presente?” Alice cantou.

“Presentes,” Edward corrigiu, e ele puxou outra chave - esta mais longa e prateada com um enfeite azul - do bolso dele.

Eu lutei para não de revirar os olhos. Eu soube imediatamente de onde era esta chave - o ” carro para depois “.

Eu pensei se eu deveria me sentir entusiasmada. Parecia que a transformação para vampiro não tinha me dado interesse súbito algum para carros esporte.

“O meu primeiro,” Alice disse, e então colocou a língua para fora, prevendo a resposta dele.

“O meu está mais perto.”

“Mas olha a como ela está vestida”. As palavras de Alice eram quase um gemido. “Isso tem me perturbando o dia inteiro. Essa é claramente a prioridade “.

Minhas sobrancelhas se uniram enquanto eu pensava em como uma chave poderia me fazer entrar em roupas novas. Ela tinha comprado para mim um guarda-roupa inteiro?

“Já sei - eu apostarei com você por isto” Alice sugeriu. “Pedra, papel, tesoura”.

Jasper riu e Edward suspirou.

“Por que você apenas não me fala quem ganha?” Edward disse ironicamente.

Alice ficou radiante. “Eu. Excelente”.

“É provavelmente melhor que eu espere pela manhã, de qualquer maneira”. Edward deu o sorriso torto para mim e então acenou com a cabeça para o Jacob e Seth que pareciam que estavam acabados por causa da noite; Eu pensei em quanto tempo eles tinham ficado acordados desta vez. “Eu penso que poderia ser mais divertido se o Jacob estivesse acordado para a grande revelação, você não concorda? De forma que alguém possa expressar o nível certo de entusiasmo?”

Eu dei uma risada. Ele me conhecia bem.

“Yay,” Alice cantou. “Bella dê Ness - Renesmee para Rosalie”.

“Onde ela normalmente dorme?”

Alice deu de ombros. “Nos braços de Rose. Ou nos de Jacob. Ou nos de Esme. Imagine a cena. Ela nunca foi deixada em sua vida inteira. Ela vai ser a meio-vampira mais mimada do mundo.”

Edward riu enquanto Rosalie pegava Renesmee habilmente em seus braços. “Ela também é a mais não-mimada meio-vampira do mundo,” Rosalie disse “É a beleza de ser a única de seu tipo.”

Rosalie riu para mim, e eu estava feliz que a nova camaradagem entre nós ainda estava lá, em seu sorriso. Eu não estava totalmente certa se isso ia durar depois que a vida de Renesmee não estivesse mais ligada a mim. Mas talvez nós tenhamos lutado do mesmo lado por tanto tempo que nós podíamos ser amigas agora. Eu finalmente fiz a mesma escolha que ela faria se estivesse no meu lugar. Parecia que isso tinha lavado qualquer ressentimento que ela tivesse pelas minhas outras escolhas.

Alice enfiou a chave enfeitada com fitas na minha mão e agarrou meu braço e me dirigiu em direção à porta de trás.”Vamos, vamos,” ela vibrou.

“Isso está lá fora?”

“Mais ou menos,” Alice disse, me empurrando em direção.

“Aproveite o seu presente,” Rosalie disse. “É de todos nós. Especialmente de Esme.”

“Você não vem, também?” Eu percebi que ninguém estava se movendo.

“Nós vamos te dar a chance de apreciar isso sozinha,” Rosalie disse. “Você pode nos contar sobre isso… depois.”

Emmet gargalhou. Alguma coisa em sua risada me fez sentir corar, embora eu não tivesse certeza do porquê.

Eu percebi que aquele monte de coisas sobre mim - como realmente odiar surpresas e não gostar de presentes no geral e muito mais - não tinha mudado nem um pouco. Eu estava aliviada quanto à revelação de descobrir que a essência do meu ser tinha vindo junto com esse meu novo corpo.

Eu não esperava ser eu mesma. Eu sorri largamente.

Alice puxou o meu ombro, e eu não pude parar de sorrir enquanto eu a seguia na noite púrpura. Somente Edward veio conosco.

“Aí está o entusiasmo que eu estava procurando,” Alice murmurou, aprovando. Então ela soltou o meu braço, deu dois pequenos saltos e pulou através do rio.

“Vem, Bella,” ela me chamou do outro lado.

Edward pulou no mesmo tempo que eu; isso era um pouco engraçado como tinha sido à tarde. Talvez um pouco mais porque à noite tudo tinha se transformado em algo novo, com cores ricas.

Alice disparou conosco em seus calcanhares se conduzindo para o norte. Era mais fácil seguir o som de seus pés contra o chão e o fresco odor de seu caminho do que manter meus olhos nela passando através da vegetação.

Sem sinal que eu pudesse ver, ela girou e voltou para onde eu tinha parado.

“Não me ataque,” ela me avisou e saltou em mim.

“O que você está fazendo?” eu exigi, me contorcendo enquanto ela subia nas minhas costas e colocava o as mãos em meus olhos. Senti o ímpeto de jogá-la longe, mas me controlei.

“Tendo certeza de que você não pode ver.”

“Eu posso cuidar disso sem o seu teatro,” Edward ofereceu.

“Você pode a deixar roubar. Pegue a mão dela e a guie adiante.”

- Alice, eu…

- Não se preocupe Bella. Vamos fazer isso do meu jeito.

Eu senti os dedos de Edward se entrelaçar pelos meus. - Só mais alguns segundos, Bella. Então ela vai irritar outra pessoa. - Ele me empurrou para frente. Eu prossegui facilmente. Não estava com medo de atingir uma árvore; a árvore seria a única machucada nesse caso.

- Você podia ser um pouco mais agradecido. - Alice o reprovou. - Isso é tanto para ela como para você.

- Verdade. Obrigado de novo, Alice.

- Sim, sim. Certo. - Alice de repente ficou animada. - Para ali. Vire-a só um pouco para a direita. Isso, assim. Muito bem. Você está pronta? - ela disse com uma voz fina.

- Estou pronta. - Havia novos cheiros aqui, chamando minha atenção. Cheiros que não pertenciam ao fundo da floresta. Madressilva. Fumaça. Rosas. Poeira? Alguma coisa metálica também. A riqueza da terra profunda, à tona e exposta. Eu me inclinei para o mistério.

Alice desceu das minhas costas, soltando o aperto de meus olhos.

Encarei a escuridão violeta. Ali, aninhada na pequena clareira na floresta, havia uma pequena cabana, cinza lavanda na luz das estrelas.

Combinava tanto com o lugar que parecia ter crescido das pedras, uma formação natural. Madressilvas cresciam por uma parede como uma rede, cobrindo todo o lado até em cima e parte das grossas telhas. Rosas do verão passado floresciam em um jardim do tamanho de um lenço embaixo de janelas. Havia um pequeno caminho de pedras lisas, ametistas na noite, que conduzia para uma curiosa porta de madeira.

Eu enrolei minha mão envolta da chave que segurava, chocada.

- O que você acha? - A voz de Alice estava gentil agora; combinou perfeitamente com a quietude da cena de livro.

Eu abri minha boca, mas não disse nada.

- Esme pensou que nós talvez gostássemos de nossa própria casa por um tempo, mas ela não queria que ficássemos muito longe. - Edward murmurou. - Ela adora qualquer desculpa para reformar. Esse lugarzinho tem estado desmoronando aqui por pelo menos cem anos.

Eu continuei encarando, boquiaberta como um peixe fora da água.

- Você não gostou? - O rosto de Alice desabou. - Quer dizer, tenho certeza que podemos conversar de outro jeito, se você quiser. Emmett queria acrescentar mais espaço, um segundo andar, colunas e uma torre, mas Esme achou que você gostaria mais se parecesse natural. - A voz dela começou a aumentar, ficar mais rápida. - Se ela estava errada, nós podemos voltar ao trabalho. Não vai demorar muito…

- Shh! - eu consegui falar.

Ela juntou os lábios e esperou. Levou alguns segundos para me recuperar.

- Vocês estão me dando uma casa de aniversário? - eu sussurrei.

- A nós - Edward corrigiu. - E não é mais que uma bacana. Acho que para usar a palavra casa precisaria ter mais espaço para esticar as pernas.

- Sem criticar minha casa. - eu sussurrei para ele.

Alice ficou radiante. - Você gostou.

Eu acenei com a cabeça.

- Amou?

Eu assenti.

- Mal posso esperar para contar a Esme!

“Por que ela não veio?”

O sorriso de Alice esmaeceu um pouco, tornou-se um arremedo do que fora, pois minha pergunta era de dificil resposta. “Oh, você sabe… eles todos se lembram de como você é quando o assunto é presentes. Eles não queriam colocar você sob muita pressão a ponto de gostar disto.”

“Mas é claro que eu adoro isto. Como poderia ser diferente?”

“Eles vão gostar disto.” Ela me deu uma tapinha no braço. “De qualquer forma, seu closet está lotado. Use-o com sabedoria. E… eu acho que isso é tudo.”

“Você não vai entrar?”

Ela deu alguns passos para trás, casualmente. “Edward conhece o caminho. Eu faço uma visita… mais tarde. Ligue-me se não conseguir combinar suas roupas direito.”

Ela me lançou um olhar duvidoso e então sorriu. “Jazz quer caçar. Vejo-te mais tarde.”

Ela se atirou por entre as árvores como o mais gracioso dos projeteis.

“Que estranho” eu disse quando o som de seu vôo havia desaparecido por completo. “Eu sou tão ruim assim? Eles não precisam ficar longe. Agora me sinto culpada, eu nem mesmo a agradeci. Nós devemos voltar, diga Esme-”.

“Bella, não seja boba. Ninguém acha que você seja tão pouco razoável.”

“Então o que-”

“Tempo a sós é o outro dom deles. Alice está tentando ser sutil sobre isto.”

“Oh”

Isso foi tudo o que levou para fazer a casa desaparecer. Nós poderíamos estar em qualquer lugar. Eu não via as arvores, as pedras ou as estrelas. Apenas Edward.

“Deixe-me mostrar o que eles fizeram,” ele disse, puxando-me pela mão. Estava ele cego ao fato de uma corrente elétrica estar pulsando através do meu corpo como sangue aditivado com adrenalina?

Mais uma vez eu me senti estranhamente desequilibrada, esperando por reações que meu corpo não mais era capaz. Meu coração deveria estar batendo como uma máquina a vapor prestes a nos atingir. Ensurdecedor. Minhas bochechas deveriam estar brilhando de vermelhas.

Nesse caso, eu deveria estar exausta. Este havia sido o dia mais longo de minha vida.

Eu gargalhei - na verdade apenas um riso nervoso - quando percebi que este dia jamais terminaria.

“Posso ouvir a piada?”

“Não é uma das boas.” Eu contei a ele, enquanto ele conduzia o caminho até a pequena porta arredondada. “Eu estava apenas pensando - hoje é o primeiro e último dia do para sempre. É meio difícil de colocar isto na minha cabeça. Mesmo com todo o espaço extra que tenho nela agora.”

Então gargalhei novamente.

Ele riu a bessa comigo. Ele apontou sua mão para a maçaneta, esperando que eu fizesse as honras. Eu enfiei a chave na fechadura e então a girei.

“Você reage tão naturalmente a tudo isso, Bella; eu esqueci o quão estranho isso tudo deve ser para você. Eu gostaria de ouvir isto.” Ele se abaixou e me suspendeu em seus braços tão rapidamente que eu sequer vi - e isso realmente significa algo.

“Hey!”

“Ombrais são parte da minha rotina de trabalho,” ele me lembrou. “Mas estou curioso. Diga-me o que você acha disso agora.”

Ele abriu a porta - ela fechou-se sozinha com um ruído estridente - e entrou na pequena sala de pedra.

“Tudo,” eu disse a ele. “Tudo ao mesmo tempo, você sabe.” Coisas boas e coisas para se preocupar e coisas novas. Como eu continuava usando tantos superlativos na minha cabeça. Agora mesmo, eu estou achando que Esme é um artista. “É tão perfeito!”

A sala da casa de campo era qualquer coisa saída de um conto de fadas. O chão era uma como colcha maluca de pedras lisas e finas. O teto baixo tinha arestas longas e expostas onde alguém alto como Jacob certamente bateria com a cabeça. As paredes eram em madeira quente em alguns lugares, mosaicos de pedra em outros. A lareira em forma de colméia, no canto, mantinha os restos de um fogo baixo e cintilante. Era madeira de praia queimando - as chamas baixas eram verdes e azuis devido ao sal.

Era mobiliada com peças variadas, nenhuma combinando com a outra, mas mesmo assim harmoniosas. Uma cadeira parecia vagamente medieval, enquanto um divã baixo, perto da lareira, era mais contemporâneo e a prateleira na parede do outro canto me fazia lembrar filmes feitos na Itália. De alguma forma uma peça se encaixava com as outras como um grande quebra-cabeças tridimensional. Havia uns poucos quadros nas paredes que eu reconheci - alguns dos meus favoritos da casa grande. Originais de preços incalculáveis, sem dúvida, mas eles pareciam pertencer a este lugar, assim como todo o resto.

Era um lugar onde qualquer pessoa poderia acreditar que a magia era real.

Um lugar onde você poderia esperar que a Branca de Neve pudesse entrar a qualquer momento com sua maçã nas mãos, ou que um unicórnio parasse e mordiscasse as roseiras.

Edward sempre pensara que ele pertencia a um mundo de histórias de terror. Claro que eu sabia que ele estava totalmente errado. Era óbvio que ele pertencia a este lugar. Em um conto de fadas.

E agora, eu estava no conto com ele.

Eu estava para conseguir uma vantagem sobre o fato de que ele não estava perto para fazer com que eu voltasse aos eixos e que ele estava a apenas dois centímetros de distância quando disse, “Nós demos sorte por Esme ter pensado em adicionar um quarto extra. Ninguém estava planejando por Ness-Renesmee.”

Eu o encarei, meus pensamentos seguindo para um nível menos agradável.

“Nem você, também,” eu me queixei.

“Desculpe amor. Eu ouvi isso nos pensamentos deles o tempo inteiro, você sabe. Isso estava me incomodando.”

Eu suspirei. Meu bebê, a serpente do mar. Talvez não houvesse ajuda. Bem, eu não estava desistindo.

“Eu tenho certeza de que você está morrendo para ver o closet. Ou, pelo menos, eu direi a Alice que você estava, para que ela se sinta bem.”

“Eu deveria estar com medo?”

“Apavorada.”

Ele me conduziu por um por um estreito corredor de pedras de teto abobadado, como se fosse nossa própria miniatura de castelo.

“Esse vai ser o quarto de Renesmee,” ele disse, apontando para um quarto vazio com o chão de claro madeira. “Eles não tiveram muito tempo com ele, quanto mais com lobisomens bravos…”

Eu ri silenciosamente, surpresa de como tudo se tornou rapidamente certo quando isso tudo parecia um pesadelo apenas uma semana atrás.

Maldito seja Jacob por fazer tudo perfeito desse jeito.

“Aqui está nosso quarto. Esme tentou trazer um pouco de sua ilha até aqui para nós. Ela achou que nós nos apegaríamos.”

A cama era branca e enorme, com cortinas em volta que iam do teto até o chão. O chão combinava com o do outro quarto, e agora eu via que era precisamente a cor de uma praia primitiva. As paredes daquele branco-quase-azul de um dia brilhante de sol, e a parede do fundo tinha grandes portas de vidro que davam para um pequeno jardim escondido. Rosas que pareciam escalar o lugar e um pequeno lago arredondado. Um oceano calmo e tranqüilo para nós.

“Oh” Era tudo que eu podia dizer.

“Eu sei,” ele murmurou.

Nós ficamos parados lá por um minuto, relembrando. Embora as memórias fossem humanas e nubladas, elas tomaram conta da minha mente.

Ele sorriu abertamente, um sorriso brilhante e então gargalhou.

“O closet é através dessas portas duplas. Eu deveria te alertar - é maior que esse quarto.”

Eu nem ao menos olhei para as portas, não havia nada no mundo além dele novamente - seus braços me envolveram, sua respiração suave no meu rosto, seu lábios a apenas centímetros do meu - e não havia nada que poderia me distrair agora, vampira recém nascida ou não.

“Nós vamos dizer a Alice que eu corri direto para as roupas,” eu murmurei, entrelaçando meus dedos pelo seu cabelo e puxando meu rosto para mais perto do dele. “Vamos dizer a ela que eu passei horas lá dentro brincando de me trocar. Nós vamos mentir.

Ele entendeu o que eu quis dizer num instante, ou talvez já tivesse entendido e só estivesse tentando fazer com que eu aproveitasse completamente meu presente de aniversário, como um cavalheiro. Ele puxou meu rosto para mais perto com uma ferocidade repentina, um gemido baixo em sua garganta. O som mandou uma corrente elétrica pelo meu corpo beirando a loucura, como se eu não pudesse estar rápido o suficiente perto dele.

Eu ouvi o som de panos sendo rasgados embaixo de nossas mãos e eu estava feliz que minhas roupas, pelo menos, já estivessem destruídas. Também já era tarde demais para ele. Era quase rude ignorar a linda cama branca, mas nós não faríamos isso durar muito.

Aquilo era tarde para ele. Isso parecia tão rude: ignorar a bonita cama branca, mas nós apenas não iríamos muito longe.

Esta segunda lua de mel não foi parecida com a nossa primeira.

O tempo que passamos na ilha foi o resto da minha vida como humana. A melhor parte. Eu estava pronta para esticar o meu tempo como humana, apenas para me agarrar ao que nós tínhamos por um pouco mais de tempo. Por causa da parte física não ia ser nunca mais a mesma.

Eu deveria ter achado, depois de um dia como hoje, que poderia ser melhor.

Eu poderia apreciá-lo agora - poderia ver bem a beleza no seu rosto perfeito, em seu longo, impecável corpo com meus novos olhos fortes, cada angulo e cada plano dele. Eu poderia provar-lo para ver se era puro, o vívido aroma em minha língua e sentir a inacreditável pele sedosa pele de mármore de baixo das pontas dos dedos sensíveis.

Meu corpo também estava sensível debaixo de suas mãos.

Ele agora era uma pessoa diferente, com nossos corpos emaranhados graciosamente no chão de areia branca. Sem perigo, sem restrição. Sem medo - especialmente esse. Nós podíamos fazer amor juntos - nós dois participando agora. Finalmente como iguais.

Já gostava de seus beijos antes, agora cada toque era mais do que eu estava acostumada. De tanto que ele se retinha. Necessariamente naquela hora, mas eu não podia acreditar no que eu tinha perdido.

Eu estava cansada de manter minha mente sã, eu estava tão forte quanto ele, mas era difícil manter o foco com qualquer coisa,mas com sensações tão intensas, puxando minha atenção a milhares de lugares diferentes no meu corpo a cada segundo; se eu o machucasse ele não iria reclamar.

Uma parte bem pequena na minha cabeça considerou o interesse em desvendar esse enigma nesse problema.

Eu nunca ia ficar cansada, e nem ele. Nós não precisávamos respirar ou descansar ou comer ou mesmo usar o banheiro; nós não tínhamos mais necessidades humanas mundanas. Nós tínhamos o mais lindo e perfeito corpo do mundo e eu o tinha inteiro para mim, e eu não conseguia sentir como se um dia eu fosse chegar ao ponto em que eu fosse pensar ‘agora eu tive o bastante por hoje’. Eu ia querer mais. E o dia nunca ia acabar. Então, nessa situação, como nós pararíamos?

E isso não me incomodada nem um pouco por eu não ter a resposta.

Eu meio que percebi quando o céu começou a clarear. A pequena parte de fora do oceano passou do preto para o cinza e um pássaro começou a cantar em algum lugar perto - talvez ela tivesse um ninho nas rosas.

“Você sente falta disso?” Eu perguntei quando o canto terminou.

Não era a primeira vez que falávamos, mas nós não estávamos exatamente mantendo uma conversa, também.

“Sinto falta do que?” ele murmurou.

“Tudo isso - o calor, a pele suave, o cheiro tentador… Eu não estou perdendo nada, e eu estava apenas imaginando se não era um pouco triste que você estivesse.”

Ele riu, baixo e gentilmente. “Seria difícil encontrar alguém ‘menos’ triste do que eu estou agora. Impossível. Eu me arrisquei. Não são muitas pessoas que conseguem tudo que elas querem, mais todas as coisas que eles não pensaram em pedir, no mesmo dia.”

“Você está evitando a pergunta?”

Ele pressionou sua mão contra meu rosto. “Você ESTÁ quente,” ele me disse.

Isso era verdade, em um sentido. Para mim, sua mão era quente. Não era a mesma coisa que tocar a pele-de-fogo do Jacob, mas era mais confortável. Mais natural.

Então ele passou seus dedos lentamente para baixo em meu rosto, levemente traçando do meu queixo para a minha garganta e então por todo o caminho até o meu peito. Meus olhos rolaram pela minha cabeça pouco.

“Você É suave.”

Seus dedos pareciam cetim, então eu pude entender o que ele quis dizer.

“E quanto ao cheiro, bem, eu não posso dizer que eu sinto falta daquilo. Você lembra do cheiro daqueles nômades te caçando?”

“Eu estou tentando não lembrar.”

“Imagine beijar aquilo.”

Minha garganta se rasgou em chamas como se tivesse puxando o ar de um balão de ar quente.

“Oh.”

“Precisamente. Então a resposta é não. Eu estou puramente cheio de alegria, porque eu não estou perdendo NADA. Ninguém tem mais do que eu agora.”

Eu ia informar a ele da exceção do seu status, mas meus lábios estavam subitamente ocupados.

“Quando tempo isso vai levar? Eu digo Carlisle e Esme, Em e Rose, Alice e Jasper - eles não gastam o dia inteiro trancado em seus quartos. Eles saem em público, completamente vestidos, todo o tempo. Esse… desejo vai diminui?” Eu me virei e me aproximei bem perto dele- totalmente realizada, de fato - para deixar bem claro sobre o que eu estava falando.

“Isso é difícil de dizer. Todo mundo é diferente e, bem, você é de longe a mais diferente de todos. O jovem vampiro é obsessivo pela sede para notar qualquer outra coisa. Isso não se aplica a você. Com o passar dos anos, entretanto, outras necessidades começam a aparecer”.

Como a média vampira, pensei, depois do primeiro ano, teriam outras necessidades. Também não tenho sece por nenhum outro desejo realmente sumindo. É simplesmente uma questão de aprendizado para equilibrar aquilo, aprender a priorizar e administrar…”

“Quanto tempo?”

Ele sorriu, enrugando um pouco o nariz “Rosalie e Emmet eram os piores. Eu levei uma boa década para conseguir ficar num raio de cinco milhas com eles. Até Carliste e Esme tiveram dificuldade com isso. Eles deixaram de ser um casal feliz eventualmente. Esme construiu a casa deles também. Era maior que essa, mas então, Esme sabe do que Rose gosta, e ela sabe do que você gosta.”

“Então, depois de dez anos?” Eu tinha certeza que Rosalie e Emmet não tinham nada a ver conosco, mas isso soaria como insegurança se eu levasse mais de uma década. “Todo mundo é normal de novo? Como nós somos agora?”

Edward sorriu denovo. “Bem, eu não tenho certeza sobre o que você acha que é normal. Você tem visto bastante minha família vivendo ao modo de viver humano, mas você tem dormido por noites” Ele piscou para mim. “Essa é uma tremenda quantia de tempo para passar, quando você não tem de dormir. Isso faz o seu equilíbrio… interesses ficam fáceis. Aqui está uma razão por que eu sou o melhor músico da minha familia, pois - tirando Carlisle - eu li muitos livros, estudei muitas ciências, fiquei fluente em várias línguas… Emmett queria que você acreditasse que eu sei tudo sobre tudo por causa do meu poder, mas a verdade é que eu tenho muito tempo livre.”

Nós rimos juntos, e o momento da nossa risada foi algo interresante para o modo como nossos corpos estavam conectados, efetivamente encerrando nossa conversa.

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