AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Livro2:Jacob:Capitulo17:Eu Tenho Cara De Quê? Mágico de Oz?Você Precisa de um Cérebro?Precisa de um Coração?Pode Vir.Pegue o Meu.Leve Tudo o que Tenho

Eu meio que tinha um plano enquanto eu corria para a garagem dos Cullens.
A segunda parte disso era a adição do carro do sugador de sangue no meu
caminho de volta.
Então eu estava em ruínas quando eu esmaguei o botão do controle remoto, e
não foi o volvo que bipou e jogou suas luzes em mim. Foi outro carro - um
carro proeminente, mesmo junto daqueles carros que eram todos praticamente
“de se babar” em seu próprio modo.
Ele realmente quis me dar as chaves de um Aston Martin Vanquish ou isso foi
um acidente?
Eu não parei para pensar sobre isso, ou se isso mudaria a segunda parte do
meu plano. Eu simplesmente me joguei dentro do banco de couro macio e
liguei o motor enquanto meus joelhos ainda estavam amassados embaixo do
volante.O rugido do motor talvez me fizesse lamentar em algum outro dia,
mas agora tudo o que eu podia fazer era me concentrar o suficiente para poder
dirigir.
Eu achei o lugar do cinto e encostei no banco enquanto meu pé forçava o
pedal para baixo. Pareceu que o carro voou enquanto avançava. Levou só
alguns segundos para passar pela curva fechada. O carro respondia à mim
como se meus pensamentos estivesse dirigindo e não minhas mãos. Quando eu
passei do túnel verde para a rodovia, eu peguei um reflexo curto do rosto cinza
de Leah, espiando pelas samambaias.
Por meio segundo, eu e perguntei o que ela tinha pensando, e então eu percebi
que não me importava.
Virei para o sul, porque hoje não tinha paciência para cruzamentos, transito ou
qualquer outra coisa que me fizesse tirar o pé do acelerador. De um jeito
doentio, esse era meu dia de sorte. Isso se por sorte você entende dirigir em
uma rodovia a 200 km/h mais ou menos e não ver nenhum policial, mesmo no
limite de 50 km/h que seguravam os carros dessa cidade. Que decepção. Uma
perseguiçãozinha teria sido legal, nem falar que a informação da placa iria
multar o parasita. Claro, ele subornaria o policial para se livrar da situação,
mas podia ter sido um pouco inconveniente para ele.
O único sinal de vigilância pelo qual passei foi só um lampejo de pêlos
marrons passando pelas árvores, correndo paralelamente a mim por alguns
quilômetros no lado sul de Forks. Quil, me pareceu. Ele deve ter me visto
também, porque desapareceu depois e um minuto sem dar o aviso.
Novamente, eu estava me indagando qual história dele poderia ser antes de me
lembrar que eu não me importava.
Eu corri em uma rodovia em forma de U, indo para a maior cidade que eu
poderia achar. Essa era a primeira parte do meu plano.
Pareceu que ia durar para sempre, provavelmente porque eu ainda estava me
apoiando nos escudos da razão, mas na realidade não levou mais que duas
horas até que eu estivesse dirigindo para o norte, rumo à expansão indefinida
que era parte Tacoma e parte Seattle. Eu diminuí a velocidade então, porque
eu realmente não estava tentando matar algum pedestre inocente.
Este era um plano estúpido. Não iria funcionar. Mas, assim que eu vasculhei
minha mente atrás de qualquer maneira de fugir da dor, o que Leah disse hoje
ressurgiu.
Deveria ir embora, você sabe, se você teve a impressão. Você não deveria ter
que machucá-la nunca mais.
Pareceu-me que, talvez, alguém pegando suas escolhas e jogando-as longe de
você não era a pior coisa no mundo. Talvez esse sentimento deste jeito fosse a
pior coisa no mundo.
Mas, eu vi todas as garotas de La Push e até mesmo Makah e de Forks. Eu
precisava de um maior raio de caça.
Então, como você procura sua aleatória alma-gêmea no meio da multidão?
Bem, primeiro, eu precisava de uma multidão. Então no meio de uma,
procurando por um provável espaço. Eu passei por uns shoppings, os quais
seriam ótimos para encontrar garotas da minha idade, mas eu não consegui me
fazer parar. Eu queria ter a impressão com alguma garota que fica o dia inteiro
em um shopping?
Eu continuei indo para o norte, e foi ficando cada vez mais cheio.
Eventualmente, achei um grande parque lotado de crianças e família e skates e
bicicletas e pipas e piqueniques e mais de tudo um pouco. Eu não havia
percebido até agora - era um dia lindo. Sol e tudo mais. Pessoas ao ar livre
celebrando o céu azul.
Eu estacionei do outro lado de duas vagas para deficientes - apenas
implorando por um bilhete - e me juntei à multidão.
Andei em círculos pelo que pareceram horas. Tanto que o sol havia mudado
de lado no céu. Comecei a lembrar o rosto de cada menina que havia passado
em qualquer lugar próximo a mim, forçando a mim mesmo a olhar realmente,
reparando em quem era bonita e que tinha os olhos azuis, e que ficava bem de
suspensórios, e quem se maquiou de mais. Tentei achar alguma coisa
interessante em cada rosto, e então eu poderia ter certeza de que realmente
tentei. Coisas como: esta aqui tem realmente um nariz reto; aquela deveria
tirar os cabelos da frente dos olhos; esta aqui deveria fazer anúncios de batom
e se o resto da face fosse perfeito como os lábios…
Ás vezes, algumas retribuíram meu olhar. Ás vezes pareciam assustadas -
como se estivessem pensando, Quem é este maluco grande que fica me
encarando? Algumas vezes pensei que elas olhavam com algum interesse, mas
talvez fosse apenas meu ego correndo selvagem.
De qualquer maneira, nada. Mesmo quando eu encontrei os olhos da garota
que era -sem concorrência - a garota mais gostosa no parque e provavelmente
na cidade, e ela encarou-me de volta com ares de quem parecia interessada,
não senti nada. Apenas o mesmo desespero em dirigir e achar uma rota para
fugir da dor.
Conforme o tempo foi passando, eu percebi todas as coisas erradas. Coisas da
Bella. Esta tinha o cabelo da mesma cor. Os olhos moldados do mesmo jeito.
Os ossos da bochecha atrás da face exatamente do mesmo jeito. A mesma ruga
entre os olhos - que me fazia imaginar sobre o que ela estava preocupada… E
isso foi quando resolvi desistir. Porque era além da estupidez pensar que eu
estava exatamente no lugar e na hora certa e eu iria apenas caminhar ao
encontro da minha alma-gêmea apenas porque eu estava desesperado para
fazê-lo.
Não teria sentido achar ela aqui, de qualquer maneira. Se Sam tivesse razão, o
melhor lugar para achar meu par genético seria em La Push. E, claramente,
ninguém lá serve. Se Billy tivesse razão, então quem sabe? O que foi feito
para um lobo mais forte?
Eu vaguei para parte de trás do carro e então caí contra o capuz e brinquei com
as chaves.
Talvez eu fosse o que Leah pensou que ela era. Alguma espécie de beco sem
saída em que minha vida era uma grande, cruel piada, e não havia como
escapar disso.
“Ei, você está bem? Oi? Você ai com o carro roubado.”
Levou-me um segundo perceber que a voz estava falando comigo, e então
outro segundo para decidir levantar minha cabeça.
Uma menina parecendo familiar estava me encarando, com a expressão meio
ansiosa. Eu soube por que eu reconheci a face dela - eu já tinha catalogado
esta aqui.
Cabelo vermelho-ouro claro, pele clara, alguns sardas bom-coloridas
espalhadas pelas bochechas e nariz, e olhos cor de canela.
“Se você está sentindo remorso por roubar o carro,” ela disse, sorrindo de
forma que uma covinha aparecia no queixo dela, “você sempre poderá se
entregar.”
“É emprestado, não roubado,” eu repreendi.
Minha voz soou horrível - como se eu estivesse chorando ou algo.
Embaraçoso.
“Certo, isso te salvara no tribunal.”
Eu fiz uma carranca. “Você precisa de algo?”
“Não realmente. Eu estava brincando sobre o carro, você sabe.” É apenas
que… Você realmente parece aborrecido com algo. Oh, ei, eu sou Lizzie”. Ela
ofereceu a mão dela.
Eu olhei para a mão estendida até que ela a deixou cair.
“De qualquer maneira…” ela disse sem jeito, “eu apenas desejava saber… se
eu podia ajudar. Pareceu que você estava procurando por alguém antes.” - Ela
gesticulou em direção ao parque e encolheu os ombros.
“Sim.”
Ela esperou.
Eu suspirei. “Eu não preciso de ajuda. Ela não está aqui.”
“Oh. Sinto muito.”
“Eu também.” - eu murmurei.
Eu olhei para a garota novamente. Lizzie. Ela era bonita. Bastante gentil para
tentar ajudar um estranho resmungão que deve parecer doido. Por que ela não
poderia ser a escolhida? Por que tudo tinha que ser tão estranhamente
complicado? Uma garota agradável, bonita e meio engraçada. Por que não?
“Esse é um carro bonito,” - ela disse. - “É realmente uma pena que não façam
mais dele. Eu quero dizer, a modelagem da estrutura de Vantage é linda
também, mas tem alguma coisa sobre o Vanquish…”.
Garota legal que conhece carros. Wow. Eu a encarei mais duramente,
desejando que eu soubesse como fazer isso funcionar. Vamos, Jake! -
impressão agora.
“Como é dirigir?” - ela perguntou.
“Como você não imaginaria.” - eu disse a ela.
Ela deu aquele seu sorriso, claramente satisfeita de ter arrancado uma meia
resposta gentil de mim, e eu dei a ela um relutante sorriso de volta. Mas o
sorriso dela não ajudou quanto à dor, lâminas cortantes que raspavam meu
corpo para cima e para baixo. Não importava quanto eu queria minha vida não
iria se arrumar assim.
Eu não estava naquele lugar saudável em que Leah se conduzia. Eu não estava
sendo capaz de me apaixonar como uma pessoa normal. Não enquanto eu
estava sangrando por outra pessoa. Talvez - se isso era dez anos no futuro e o
coração de Bella estava morto e eu tinha passado por todo o processo de me
afligir e sair inteiro de novo - então, talvez, eu pudesse oferecer para a Lizzie,
uma carona em um carro rápido e fazer planos, e conhecê-la um pouco e ver
se eu a tinha matado como pessoa. Mas isso não ia acontecer agora.
Magia não ia me salvar. Eu teria que agüentar a tortura como um homem.
Engolir isso.
Lizzie esperou, talvez esperando que eu oferecesse aquela carona. Ou talvez
não.
“Acho melhor eu devolver esse carro de quem eu peguei emprestado”, eu
murmurei.
Ela sorriu de novo. “É bom saber que você está indo no caminho certo.”
“Sim, você me convenceu.”
Ela me olhou entrar no carro, ainda meio que preocupada. Eu provavelmente
parecia com alguém que estava prestes a se jogar de um precipício. Algo que
eu provavelmente faria, se esse tipo de coisa funcionasse com um lobisomem.
Ela acenou uma vez, seguindo o carro com os olhos.
No inicio, eu dirigi um pouco mais são no caminho de volta. Não estava com
pressa. Eu não queria ir onde estava indo. De volta para aquela casa, de volta
para aquela floresta. De volta à dor da qual eu tinha fugido. De volta a estar
totalmente sozinho com aquilo.
Certo, isso era melodramático. Eu não estaria totalmente sozinho, mas isso era
ruim. Seth e Leah teriam que sofrer comigo. Eu estava feliz que Seth não teria
que sofrer por muito tempo. A criança não merecia ter a paz de sua mente
arruinada. A Leah também não tinha, mas pelo menos isso era algo que ela
entendia. Nenhuma dor nova para a Leah.
Eu suspirei profundamente quando pensei no que a Leah queria de mim,
porque agora eu sabia que ela ia conseguir. Eu ainda estava bravo com ela,
mas não podia ignorar o fato que eu podia fazer sua vida mais fácil. E - agora
que eu a conhecia melhor - eu achei que ela provavelmente faria isso por mim,
se as posições estivessem trocadas.
Isso seria interessante, no mínimo, e estranho também, ter Leah como
companhia - como amiga. Nós com certeza nos sentiríamos um no lugar do
outro com muita freqüência. Ela não seria alguém que me deixaria socar, mas
pensei que isso era uma coisa boa. Acho que na verdade, ela era realmente a
única amiga com quaisquer chances de entender pelo que eu estava passando.
Pensei sobre a caçada dessa manha, e como nossas mentes estavam próximas
naquele único momento no tempo. Não foi algo ruim. Diferente. Um pouco
estranho um pouco assustador. Mas também bom, de um jeito esquisito.
Eu não tinha que estar completamente sozinho.
E eu sabia que a Leah era forte o suficiente para encarar comigo os meses que
viriam. Meses e anos. Fiquei cansado só de pensar sobre isso. Senti-me como
se estivesse parado em um oceano que eu teria que nadar de cais a cais antes
de poder descansar novamente.
Tanto tempo por vir, e então, tão pouco tempo antes que isso começasse.
Antes que eu fosse arremessado naquele oceano. Três dias e meio a mais, e
aqui estava eu, desperdiçando esse restinho de tempo que eu tinha.
Eu comecei a dirigir rápido demais de novo. Eu vi Sam e Jared, um de cada
lado da estrada como sentinelas, enquanto eu acelerava na estrada em direção
a Forks. Eles estavam bem escondidos na vegetação cerrada, mas eu os estava
esperando.
E eu sabia o que procurar. Eu acenei conforme os passei, sem me incomodar
em perguntar no que eles tinham tornado o meu passeio diurno.
Eu acenei para Leah e Seth, também, quando cruzei a estrada dos Cullens.
Começava a escurecer e as nuvens estavam densas, mas eu vi os olhos deles
reluzirem ao brilho dos faróis. Eu explicaria para eles depois. Haveria muito
tempo para isso.
Foi uma surpresa encontrar Edward me esperando na garagem. Eu não o tinha
visto longe da Bella por dias. Podia dizer pela face dele que nada de mal
acontecera a ela. Na verdade, ele parecia mais pacifico que antes. Meu
estomago se apertou quando eu lembrei de onde essa paz veio. Era uma pena
que - depois de tanto considerar - eu tinha me esquecido de destruir o carro.
Oh, bem. Eu provavelmente não conseguiria quebrar esse carro, de qualquer
modo. Talvez ele tenha percebido isso, e por isso o emprestou pra mim, em
primeiro lugar.
“Algumas coisas, Jacob”, ele disse, assim que eu desliguei o motor.
Eu respirei profundamente e segurei o fôlego por um minuto. Então,
lentamente, eu sai do carro e joguei a chaves pra ele.
“Obriga pelo empréstimo”, eu disse azedo. Aparentemente, aquilo teria que
ser consertado. “O que você quer agora?”.
“Primeiro… eu sei o quão averso você é a usar sua autoridade com seu bando,
mas…”.
Eu pisquei, surpreso que ele iria sequer sonhar em começar por esse ponto. “O
que?”.
“Se você não pode, ou não vai controlar a Leah, eu…”.
“Leah?” eu interrompi, falando entre dentes. “O que houve?”.
A face de Edward estava difícil. “Ela apareceu para ver porque você saiu tão
abruptamente. Eu tentei explicar. Suponho que não saiu certo.”
“O que ela fez?”
“Ela mudou para sua forma humana e…”
“Realmente?”, interrompi de novo, chocado dessa vez, eu não conseguia
processar isso. Leah baixando a guarda bem na boca da toca dos inimigos?
“Ela queria… falar com a Bella”.
“Com a Bella?”.
Então Edward ficou cheio dos silvos. “Eu não deixarei Bella se chatear desse
jeito de novo. Eu não me importo o quão Leah acha que está justificada! Eu
não a machuquei - claro que não - mas eu vou arremessá-la para fora da casa
se acontecer de novo. Eu vou lançá-la direto no rio…”
“Espera aí. O que ela disse?“. Nada disso fazia sentido.
Edward respirou fundo, se recompondo. “Leah foi desnecessariamente áspera.
Eu não vou fingir que entendo porque a Bella não pode largar de você, mas eu
sei que ela não age desse jeito para te machucar. Ela sofre bastante por causa
da dor que está infligindo a você, e a mim, pedindo que você fique. Ninguém
perguntou para a Leah. A Bella está chorando -”
“Espera - Leah estava gritando com a Bella por minha causa?”.
Ele acenou com a cabeça. “Você foi veementemente defendido”.
Nossa. “Eu não pedi para ela fazer isso.”
“Eu sei.”
Eu revirei meus olhos. Claro que ele sabia. Ele sabia tudo. Mas isso realmente
era algo sobre a Leah. Quem teria acreditado? Leah andando até a casa dos
sugadores de sangue, humana, para reclamar sobre como eu estava sendo
tratado.

“Eu não posso prometer controlar a Leah”, eu disse para ele. “Eu não farei
isso. Mas falarei com ela, certo? E não acho que vai se repetir. Leah não é de
ficar guardando as coisas, então acho que ela botou tudo para fora hoje”.
“Eu diria que sim”.
“De qualquer modo, vou falar com a Bella também. Ela não precisa se sentir
culpada. Dessa vez, foi culpa minha.”
“Eu já disse isso para ela.”
“Claro que disse. Ela está bem?”
“Ela está dormindo agora. Rose está com ela.”
Então a psicopata era “Rose”, agora. Ele tinha se mudado de vez para o lado
negro.
Ele ignorou esse pensamento e continuou com uma resposta mais completa
para a minha pergunta. “Ela está… melhor de algum jeito. Excluindo-se a
tirada da Leah e a culpa resultante.”
Melhor. Porque agora Edward podia ouvir o monstro e tudo era “pombinhos
apaixonados”. Fantástico.
“É um pouco mais que isso.”, ele murmurou. “Agora que eu posso ouvir os
pensamentos da criança, é aparente que ele ou ela está desenvolvendo
faculdades mentais consideravelmente. Ele pode nos entender, até certo
ponto.”
Meu queixo caiu. “É sério?”.
“Sim. Ele parece ter um senso vago do que a machuca agora. Ele está tentando
evitar isso, tanto quando possível. Ele… já a ama.”
Eu encarei Edward, sentindo meio que como meus olhos podiam saltar fora
das órbitas. Debaixo dessa descrença, eu podia ver que esse era o fato critico.
Era isso que tinha mudado Edward - que o monstro o tinha convencido desse
amor. Ele não podia odiar o que amava Bella. Provavelmente era por isso que
ele também não podia me odiar. Havia uma grande diferença, porem. Eu não a
estava matando.
Edward saiu, agindo como se não tivesse escutado de modo algum.
“O progresso, eu acho, é mais do que tínhamos presumido. Quando Carslile
voltar…”.
“Eles não voltaram?”, eu cortei afiado. Pensei em Sam e Jared, vigiando a
estrada. Eles ficariam curiosos sobre o que estava rolando?
“Alice e Jasper voltaram. Carlisle mandou todo o sangue que pode adquirir,
mas não era tanto quanto ele esperava - Bella vai gastar essa provisão em um
dia, do jeito que seu apetite cresceu. Carlisle ficou para tentar outra fonte. Não
acho que seja necessário agora, mas ele quer estar preparado para qualquer
eventualidade.”
“Porque não é necessário? E se ela precisar de mais?”
Eu pude ver que ele estava assistindo e ouvindo minha reação enquanto
explicava. “Estou tentando convencer Carlisle a induzir o parto assim que ele
chegar.”
“O que?”
“A criança parece estar evitando movimentos bruscos, mas é difícil. Ele ficou
muito grande. É crueldade esperar quando ele claramente se desenvolveu além
do que Carlisle esperava. Bella está muito frágil para esperar.”
Eu continuava perdendo o chão.
Primeiro, contando com o ódio de Edward pela coisa. Agora, eu tinha
percebido que eu pensava naqueles quatro dias como algo certo. Eu confiei
neles. O oceano sem fim de aflição que esperou estirado a minha frente. Eu
tentei segurar meu fôlego.
Edward esperou. Eu o encarei enquanto eu me recompunha, reconhecendo
outra mudança em seu rosto.
“Você acha que ela conseguirá,” eu sussurrei.
“Sim, essa era a outra coisa que eu gostaria de falar com você.”
Eu não consegui dizer nada. Depois de um minuto, ele voltou a falar.
“Sim,” ele repetiu. “Esperar, como nós estamos fazendo, a criança estar pronta
é insanamente perigoso. A qualquer momento pode ser tarde demais. Mas se
nós formos pró-ativos sobre isso, se agirmos rapidamente, eu não vejo razão
para que tudo corra bem. Conhecer a mente da criança é inacreditavelmente
útil. Felizmente, Bella e Rose concordam comigo. Agora que eu as convenci
de que é seguro para a criança se nós agirmos, não há nada que impeça tudo
de sair bem.”
“Quando Carlisle voltará?” eu perguntei, ainda sussurrando. Eu ainda não
tinha voltado a respirar.
“Amanhã no começo da tarde.”
Meus joelhos cederam. Eu tive que me apoiar no carro para não cair. Edward
estendeu as mãos como que para oferecer suporte, mas depois ele pensou
melhor sobre isso e abaixou suas mãos.
“Desculpe-me,” ele sussurrou. “Eu sinceramente sinto muito pela dor que isso
causa a você, Jacob. Embora você me odeie, eu devo admitir que não sinto o
mesmo por você. Eu penso em você como um… um… irmão de várias
maneiras. Um companheiro de luta, pelo menos. Eu lamento seu sofrimento
mais do que você pensa. Mas a Bella vai sobreviver” - quando ele disse isso
seu tom de voz era feroz, até mesmo violento - “E eu sei que isso é o que
realmente importa para você.”
Ele provavelmente estava certo. Era difícil dizer. Minha cabeça estava
rodando.
“Então, eu odeio fazer isso agora, enquanto você está pensando tanto sobre
isso, claramente ainda temos algum tempo. Eu preciso pedir uma coisa a você
- implorar, se for preciso.”
“Eu não tenho mais nada,” eu respondi chocado.
Ele levantou de novo sua mão, como se fosse colocá-la sobre meu ombro, mas
depois a abaixou como antes e suspirou.
“Eu sei o quanto você tem se esforçado,” ele falou tranqüilamente. “Mas isso
é algo que você tem. E só você tem. Eu estou pedindo isso para o verdadeiro
Alfa, Jacob. Eu estou pedindo isso para o herdeiro de Ephraim.”
Eu não consegui responder.
“Eu quero sua permissão para desviar do acordo que fizemos com Ephraim.
Eu quero que você nos dê uma exceção. Eu quero sua permissão para salvar a
vida dela. Você sabe que eu farei isso de qualquer forma, mas eu não quero
quebrar o acordo com você se tiver um meio de evitar isso. Nós nunca
pretendemos voltar ao nosso mundo e nós não queremos fazer isso
ilegalmente agora. Eu quero que você entenda Jacob, porque você sabe
exatamente o porquê fazemos isso. Eu quero que o acordo entre nossas
famílias sobreviva quando tudo isso acabar.”
Eu tentei engolir. Sam, eu pensei. É o Sam que você quer.
“Não. A autoridade de Sam foi revogada. Ela pertence a você. Você nunca a
tirará dele, mas ninguém pode concordar com o que estou pedindo a não ser
você.”
Essa decisão não é minha.
“É sim, Jacob, e você sabe disso. Sua palavra sobre isso nos condenará ou nos
absolverá. Só você pode me dar permissão.”
Eu não consigo pensar. Eu não sei.
“Nós não temos muito tempo.” Ele espiou a casa.
Não. Não havia mais tempo. Meus poucos dias tinham se tornado poucas
horas. Eu não sei. Deixe-me pensar. Dê-me apenas um minuto aqui, tudo
bem?
“Claro.”
Eu comecei a andar em direção a casa e ele me seguiu. Louco como isso
parecia ser, andar pelo escuro com um vampiro bem atrás de mim. Eu
realmente não me senti em perigo, ou mesmo desconfortável. Era como se eu
estivesse caminhando perto de ninguém. Bem, ninguém que cheirasse mal.
Houve um movimento no arbusto na margem do grande gramado, e depois um
alto lamurio. Seth deu de ombros pela samambaia veio rapidamente em nossa
direção.
“Oi, criança,” eu murmurei. Ele acenou com a cabeça e eu dei um tapinha em
seu ombro.
“Está tudo bem,” eu menti. “Depois conto tudo a você. Desculpe por te
assustar desse jeito.”
Ele forçou um sorriso para mim.
“Ei, diga a sua irmã para se afastar, ok? Já chega.”
Seth acenou com a cabeça uma vez.
Eu o empurrei pelos ombros dessa vez. “Volte ao trabalho. Meu turno é logo
depois do seu.”
Seth se inclinou sobre mim, me empurrando de volta e então ele correu em
direção às árvores.
“Ele tem uma das mais puras, sinceras e gentis mentes que eu já ouvi,”
Edward murmurou quando ele estava fora de vista. “Você tem sorte de ter os
pensamentos dele para compartilhar.”
“Eu sei disso,” eu rosnei.
Nós fomos em direção à casa e nossas cabeças se viraram quando ouvimos o
som de alguém sugando o ar.
Edward estava com pressa então. Ele voltou para as escadas e desapareceu.
“Bella, amor, pensei que estivesse dormindo”. O ouvi dizendo “Me desculpe,
eu não deveria ter ido”.
“Não se preocupe. Eu apenas estou com tanta sede - que me acordou. É uma
coisa boa que Carlisle esteja trazendo mais. Esta criança irá precisar quando
não estiver mais dentro de mim.”
“Verdade. Este é um ponto positivo”
“Eu imagino se ele irá querer outra coisa.” Ela questionou.
“Eu suponho que teremos que descobrir”
Eu passei pela porta.
Alice disse “Finalmente” e os olhos da Bella piscaram para mim. Aquele
sorriso exasperante, sorriso irresistível passou por seu rosto por um segundo.
Então, morreu e sua face caiu. Seus lábios enrugaram-se como se estivesse
tentando não chorar.
Eu queria calar Leah e sua estúpida boca.
“Oi, Bells,” eu disse “Como está?”
“Estou bem” ela disse
“Grande dia hoje, huh? Muitas coisas novas.”
“Você não precisa fazer isso, Jacob”
“Não sei sobre o que está falando” Eu disse indo sentar no braço do sofá onde
estava a cabeça dela. Edward já tinha o chão.
Ela me deu um olhar reprovador “Estou tão…- ” ela começou a dizer.
Belisquei seus lábios juntos entre meu polegar e indicador.
“Jake” ela sussurrou tentando por minha mão longe. Sua tentativa foi tão fraca
que foi difícil acreditar que ela realmente estava tentando.
Eu balancei a cabeça.
- Você pode falar quando não está sendo estúpida.
- Ótimo, não vou falar. - pareceu que ela resmungou.
Coloquei minha mão para longe.
- Desculpe! - ela terminou rapidamente, então sorriu.
Revirei os olhos e sorri para ela também.
Quando eu encarei os olhos dela, vi tudo que estive procurando no parque.
Amanhã, ela seria outra pessoa. Com esperança, viva, e isso era o que contava,
certo? Ela me olharia com os mesmo olhos, mas ou menos. Iria sorrir com os
mesmos lábios, quase. Ela ainda me conheceria melhor que qualquer um que
não tivesse acesso completo à minha mente.
Leah talvez fosse uma companhia interessante, talvez até amiga verdadeira -
alguém que se levantaria e me defenderia. Mas ela não era minha melhor
amiga do jeito que a Bella era. À parte do amor impossível que eu sentia por
Bella, havia também essa outra ligação, que ia até os ossos.
Amanhã, ela seria minha inimiga. Ou ela seria minha aliada. E,
aparentemente, essa distinção estava de pé para mim. Eu suspirei.
Ótimo! Eu pensei, desistindo da ultima coisa que eu tinha para desistir. Fezme
sentir superficial. Vá em frente. Salve-a. Como herdeiro de Ephraim, você
tem minha permissão, minha palavra, que isso não violará o trato. E os outros
só vão ter que me culpar. Você estava certo - eles não podem negar que é meu
direito concordar com isso.
- Obrigado. - O sussurro de Edward era tão baixo que Bella não escutou nada.
Mas as palavras eram tão intensas que, pelo canto de meus olhos, eu vi os
outros vampiros se virando para ver.
“Então”, perguntou Bella, trabalhando seu sentido para ser casual. “Como foi
o seu dia?”
“Ótimo. Dei um passeio. Tentei me enforcar no parque.”
“Parece legal.”
“Claro, claro.”
De repente ela mudou a expressão. “Rose?” perguntou ela.
Ouvi a loira rir. “De novo?”
“Acho que eu bebi dois galões na última hora”, Bella explicou.
Edward e eu saímos do caminho, enquanto Rosalie se levantou do sofá, para
levar Bella até o banheiro.
“Posso andar?” Bella perguntou. “Minhas pernas estão adormecidas.”
“Você está bem?” Edward perguntou.
“Rose saberá se eu andar com meus próprios pés. O que poderia acontecer
com facilidade, mas eu não posso vê-los.”
Rosalie ajudou Bella cuidadosamente com seus pés, mantendo a mão direita
abaixo de seu ombro. Bella estava com seus braços esticados para frente,
recuando um pouco.
“Eu me sinto bem…” ela suspirou. “Ugh, mas eu estou enorme.”
Ela realmente estava mesmo. O seu estômago era o próprio continente. Eu não
poderia ajudar em nada, e a dor só aumentou subtamente, apunhalando-me,
mas eu tentei manter isso fora do meu rosto. Eu podia me esconder por mais
um dia, né?
“Tudo bem, então. Ooops - Oh, não!”
A taça que Bella havia deixado cair sobre o sofá, tinha um conteúdo vermelho,
sangue, que caiu sobre o pálido tecido.
Automaticamente, apesar de três outras mãos tocarem sua barriga, Bella parou
outra vez, chegando a capturar algo.
Era esquisito, um som abafado que chegava a partir do centro de sua barriga.
- Ah! - ela engasgou.
Então ela ficou completamente mole, escorregando para o chão. Rosalie a
pegou no mesmo instante, antes que ela pudesse cair. Edward estava ali
também, com as mãos para o alto, a sujeira no sofá esquecida.
- Bella? - ele perguntou. Então seus olhos ficaram sem foco, e pânico atingiu
suas feições.
Meio segundo depois, Bella gritou.
Não era só um grito, era um berro de agonia de congelar o sangue. O som
terrível parou com uma golfada de ar, e seus olhos se reviraram. O corpo dela
virou seguro nos braços de Rosalie, e então Bella vomitou uma fonte de
sangue.

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