Andamos até a sala principal em silencio e Loren só não resmungou não sei por quê. Sempre que ela faz algo que não gosta ela reclama e no mínimo mata a pessoa de irritação. Entramos e Aro sorriu mais ainda, me pergunto como a boca dele não rasgou dos lados.
- Estão divinas! – Falou Aro, Caius estava com a cara de sempre e tinha o tal do Santiago e Renata na sala. A Renata era linda, cabelos sedosos e de um preto azulado lindo, estava sem o capuz e seu rosto tinha a expressão de curiosidade e tinha uma aparência de 19 a 22 anos. Já o Santiago era muito lindo e louro e desgrenhado, tinha uma aparência de mais de 28 anos, mas não deixava der ser encantador. – Mas falta uma coisa.
Ele fez um sinal pra Santiago e ele caminhou, como um humano, até uma mesa, seu andar era muito elegante, mas parecia estar em alerta e seu jeito de se mover era como um Felino. Ele andou até nos com três bolsas, lindas. Eram pretas e os detalhes eram em ouro branco, bem lindo. Ele deu cada um a uma de nós.
- Abram, vamos. – Falou Aro, com um sorriso que não cabia em seu rosto. Abrimos a bolsa e tinha um tecido preto, mais preto mesmo, e uma caixa de veludo com laço de seda. Eu estranhei. – Abram a caixa.
Tirei o tecido primeiro e era uma capa. Aff! Pensei que era um vestido. Peguei a caixa e abri o feixe. Apesar de o que estar ali me fazer a coisa que eu menos gosto no mundo, era lindo, Era um colar Volturi, um Brasão. Coloquei a capa e o colar. Depois vi que o preto de minha irmã não era tão escuro como o meu e o de Loren. Era chumbo.
- Perfeitas. – Caius olhou pra mim por uma fração de segundos e olhou pro nada novamente. Seu olhar tinha desdém e medo. Incrível, Aro deve ter contado dos nossos poderes. – Venham, vocês conhecerão os outros, Santiago chame os outros, sim.
Santiago saiu e ouvi passos, Aro nos chamou e posicionamos do lado dele e colocamos o capuz cobrindo nosso rosto por inteiro.
A porta se abriu e depois fechou, mas ainda tinha passos ao longe, então à porta abriu novamente. E param. Só um continuou, depois andaram mais dois vampiros.
- Que bom que vocês voltaram. Alec queira me contar? – Falou Aro, ouvi poucos passos e silencio não muito total. – Claro querido, eu respondo. Bom, essas são novas Volturi, mas não são recém-criadas. São muito poderosas, assim como Alec e Jane! - Ele hesitou e depois continuou. - Bom elas se apresentará a vocês de uma vez só. Meninas?
Meu corpo gelou nesse instante, como assim ele queria nos apresentássemos? Ele... Ah! Ele leu a mente de Alec assim vendo-me. Era... Nossa. Que dramaturgo.
- Muito Prazer. Chamo-me Mirella. – A voz de minha irmã ecoou pelo espaço, muito linda e calma, ela lembra muito a mamãe, mas ela puxou ao cabelo castanho escuro do papai, e com o veneno tornou-se preto. Como eu. Só meu irmão tinha o cabelo castanho médio, muito lindo. Ele sim era mais parecido com mamãe, mas o senso de justiça do papai.
- Qual é o seu poder? – Perguntou Alec, ele foi curto... E um pouco grosso. Mas como de se esperar minha irmã riu.
- Tenho o poder da persuasão, ou sedução se você preferir. Eu posso encantar alguém e assim essa pessoa faz o que eu quero. – Esse sim é um poder bom, sempre me perguntei se papai fazia tudo que ela queria por causa desse poder. Alec suspirou de alivio, queria poder saber o que ele esta pensando.
- Excelente dom. – Dessa vez que falou foi Jane.
- Obrigada. – Falou Mirella. Alec com certeza estava em choque ainda.
- Olá, chamo-me Lóren, muito prazer. Até que você é bonitinho pessoalmente. – Nossa, bonitinho, que lisonjeio. Mas não posso mentir, ele é... Lindo. Mas é idiota. E deve ser mesmo, ou Loren está fazendo hora da cara dele, ou ela esta impressionada com a beleza dele.
- Muito obrigado? – Ele falou igual quando eu o elogiei e estávamos no Canadá. Tive vontade de rir, mas segurei firme. Porém Felix estava, ou tentava segurar o riso.
- Claro. – Falou Loren, às vezes ela é legal, mas seu desdém e sua mania de ridicularizar os outros é terrível. Alec não falou nada e demorou um pouco, até.
- Lóren, qual é o seu dom? – Loren riu, era uma de nossas piadas internas. Uma vez ela assustou um humano, se transformando nele.
- Transformação, eu me transformo no que eu quero, quando quero. – Falou sorrindo. Ela é muito orgulhosa de seu dom. pelo menos não machuca ninguém. Não disseram nada, e quando eu ia tirar meu capuz...
- Você não vai se apresentar? – Perguntou Alec. Ô impaciência, viu, parece que nasceu de 7 meses. Quem sabe, brincar um pouco com isso...
- Olá Alec, você já me conhece para que irei me apresentar a você? – Falei, Não escutei nada, mas também não tirei o capuz. Já estava um bom tempo, será que ele me esqueceu?
- Makailla? – Perguntou a Jane. Pelo menos ela não. Vou tirar essa droga.
- Olá Jane, é bom te ver novamente. – Falei tirando o capuz. Alec estava muito assustado e Jane era sua replica perfeita. Alias os únicos que estavam assim era, Alec, Jane, Demetri, Felix, só. – Viu Alec, eu disse que nos veríamos em breve.
Ele sorriu, O pior de tudo é que eu tinha falado mesmo.
- Sentiu saudades de mim e então veio correndo não foi? – Perguntou Demetri num tom de brincadeira, eu não parei de olhar Alec e ele também não. Que atrevimento, é capaz de pensar que tínhamos alguma coisa.
- Foi Demetri, me apaixonei e agora não consigo te esquecer. – Falei em tom de deboche entrando na brincadeira dele, mas continuava Alec olhando-me nos olhos e eu também.
- Eu sei linda! Mais vamos conversar mais tarde, em particular! – Cafajeste! Ri mentalmente. Alec assumiu uma postura e expressão de superioridade, o engraçado é que ele fica tão fofo assim.
Eu ri e a Lóren também. Mas é claro, por motivos diferentes.
- Não obrigada, tenho mais o que fazer! – Falei e olhei pra Mi, ela tinha muita coisa pra me contar.
- Bem vinda, Makailla. – Disse Alec, olhei pra ele e sorri involuntariamente.
- obrigada, Alec. – Falei sorrindo.
- Bom, Alec, você, Jane e Demetri ira treinar as três. – falou Aro e Alec, Jane e Demetri assentiram. Que historia é essa? Já aprendi muito com minha mestra.
- Já disse que não precisamos aprender nada, Aro, meu antigo mestre me ensinou muita coisa, e creio que minha irmã e amiga também sabem muito. – Falei olhando o vazio. Não seria bom, eles saberem como nós lutamos.
- Creio que você pode não saber algumas coisas... Fazemos assim, vocês ensina a eles e eles ensinam vocês, certo?
- Por mim tudo bem, e você Mi? – A Loren falou olhando a Mirella
- Claro! Pode ser... Divertido?. – Isso soou mais como uma pergunta.
- Não sei não, pode ter confusões... – Imagine os comentários e sem falar que Loren pode se empolgar muito e acabar...
- Eu prometo me comportar, vai, vai ser ótimo. – Disse Lóren. Ah, ta! Como se fosse possível. Mas...
- Tudo bem, mas no primeiro problema acaba a brincadeira ok? – falei, cedendo. Já sabia que ia ter algum problema.
- Bom. Então está resolvido, podem ir! Felix pode chamar Santiago e Corin? – Perguntou Aro enquanto nos retirávamos Felix só assentiu e saiu mais rápido que nos. Nem tinha percebido que Santiago tinha saído.
Separei-me das outras e fiquei correndo sem rumo, entrei numa porta e tinha uma escada. Subi. Quando abrir a porta era maravilhoso a paisagem. Linda, Volterra, ou a parte linda dela. Tinha uma gárgula e eu sentei lá. Equilibrando meu peso para a pedra não soltar do lugar. O vento no cabelo, apesar de não sentir, era uma sensação boa. Imaginar que estar voando e que você pode alcançar tudo. Levantei de braços abertos e rodopiei de olhos fechados, quando abri, eu o vi. Alec. Andei mais leve que o normal, claro, pra não cair, e sorri.
- Olá. Eu não sabia que você gostava de paisagens. – Falei, ele parecia enxergar através de minha alma e agora só havia tristeza. Não era mais livre, e isso é péssimo.
- Gosto. São espontâneas, e é uma bela vista de Volterra. - Falou ele. Murmurei um Ah, e dei o assunto como encerrado.
– Por que você virou uma Volturi? – Perguntou ele hesitante. Será que eu falo que foi porque o miserável do Aro me ameaçou e a todos que amo para me ter?
Passei do seu lado, resolvi ir embora, mas eu queria responder.
- Algumas escolhas têm conseqüências, Alec. – Dizendo isso fui embora. Não deixava de ser verdade. Escolhi a vida e isso me trouxe uma prisão. Mas não ia ser fraca a ponto de me lamentar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Expresse sua opinião e incentive a autora! O que achou deste capítulo?