Ladrão Que Rouba Ladrão...: Capítulo 10

- Não queria mais acordar Belinha? – o brutamonte perguntou zombeteiro enquanto Bella sentava-se na mesa para tomar o café da manhã. Estavam na cozinha somente Emmett, Rosalie, Alice e Bella.

Detalhe: ela era a única que ainda não havia tomado café.

- Já disse que para vocês é Isabella. – a morena o corrigiu e começou a se servir.

- Ta legal Isabella. – Emmett ironizou o nome de Bella.

- Idiota. – a morena praguejou baixinho, mas não o suficiente, pois ele escutou e riu da cara da morena – Então Rose o que descobriu sobre aquele babaca? – perguntou mudando de assunto.

- O nome dele é Laurent Gathegi, têm 26 anos, uma casa e um apartamento em seu nome, ele vive no apartamento e na casa mora sua avó que é a única parenta viva que ele tem. Segundo o que eu pesquisei: ele é gerente de uma corretora de imóveis, ganha 15 mil por ano, mas... – Rose estendeu para a morena um papel que estava sobre a mesa -... Na conta bancaria dele tem depósitos de 2 milhões no começo deste ano, 5 milhões e meio no ano passado, e ontem as 23 horas foram depositados 6 MILHÕES na conta dele.

- Um matador de aluguel. – conclui Bella analisando a conta bancaria de Laurent que Rose conseguiu – Realmente estão tentando nos matar. – disse Bella.

- Alguém deve ter descoberto sobre alguns dos roubos que vocês fizeram. – disse Jasper entrando na cozinha.

- É talvez. – disse Alice pensativa sabendo que sua lista de crimes ia além de roubos.

- Bom. Meninas é melhor irmos, temos que resolver esse problema rapidamente. – Rose disse levantando-se da mesa e pegando alguns papeis.

- Vamos. – Bella e Alice disseram juntas e se levantaram.

- Até mais. – Bella foi a primeira a se despedir e seguiu para a porta mais uma parede de músculos a impediu de seguir em frente.

- Já vão? Esta cedo. – a voz de Edward ecoou pela cozinha. Bella levantou a cabeça para olhá-lo e o viu mais lindo do que antes, mas lindo do que na noite anterior quando o viu sem camisa, quando o admirou sem... Pudor? Ok, não vamos exagerar ele não estava mais lindo do que na noite anterior, mas estava divinamente de deixar qualquer uma mulher sem ar.

- Problemas. – Bella lhe disse lentamente, se puxando de dentro daqueles olhos verdes onde se afogou na noite anterior – Vamos meninas – virou chamando as primas.

- Ok! – Rose disse dando de ombros, despediu-se dos Cullens e saiu. Alice mantinha seu olhar em Bella temendo perder alguma coisa caso desvia-se seu olhar.

- E então Alice vai ficar ai? – Bella questionou ao ver que a pequena prima não moveu um músculo.

- Não. – Alice murmurou incerta enquanto seguia para fora da cozinha sem desviar o olhar de Bella. Os olhos da pequena Swan eram repletos de desconfiança, ela sabia que tinha algo errado com Bella.

- Nem se despediu – Emmett lamentou fazendo bico que nem criança e seguindo atrás de Alice.

- IDIOTA! – Jasper gritou e foi atrás dele. Deixando um Cullen e uma Swan sozinhos na cozinha da mansão Cullen.

- Ia embora sem se despedir? – questionou Edward por trás de Bella, fazendo um tremor involuntário passar pelo corpo da morena.

Mas ela não ia dar a vista que estava encantada com os talentos daquele homem. Interprete, orientou a si mesma em pensamentos.

Virou para ele tão rápida quanto seus pensamentos e lhe lançou um olhar de desdém. Sorriu. Um sorriso presunçoso, pretensioso e superior pintava seu rosto. E saiu.

Deu a volta por Edward e foi-se e ele virou para onde ela ia, mas antes de a morena atravessar a porta da cozinha virou-se para ele.

Moveu os lábios e quando Edward tentou lê-los perdeu-se naquele instrumento de tortura que Bella possua: os lábios.

A gargalhada de Bella o despertou.

- Desculpe o que disse? – o advogadozinho perguntou quando teve condições para tal ação.

- Eu disse: adeus! – a morena disse ainda entre risos e foi-se.

Definitivamente: Edward estava perdido.



...........



- Hey Belinha pensei que você e meu primo iam começar a se agarrar lá mesmo na cozinha! – Emmett expôs seus pensamentos enquanto Bella se dirigia para a saída da casa.

- Eu já disse que pra vocês é Isabella. – a morena o corrigiu novamente – Quando é que você vai aprender? – perguntou levemente irritada. Não era porque eles não tinham se matado até agora que poderiam se tratar como amigos.

- Às vezes a lentidão é parte do cotidiano dele. – Jasper explicou.

- Vejam quem chegou. – Rose disse apontando para o grande portão de entrada automático dos Cullens. Elas puderam avistar uma bela limusine preta entrando pelos portões.

- Vocês têm uma limusine? – o brutamonte perguntou incrédulo.

- Você acha que a gente é pobre a ponto de não ter uma? – ironizou Alice.

- Eu queria uma, mas Edward não deixou. – o amassador de lábios reclamou.

- Por quê? – a morena perguntou confusa.

- Porque não precisamos daquilo que não iremos usar! – o amassador de lábios tentou imitar a voz do advogadozinho.

- Isso é besteira! – Bella desdenhou.

- Porque é besteira? – Edward perguntou aparecendo na porta segurando a bolsa de Bella que continha a submetralhadora.

- Porque precisamos estar preparados para tudo. – a morena respondeu simplesmente. A limusine estacionou em frente à escadaria, do carro desceu Suzy.

- Oi meus amores. Estão bem? – a governanta perguntou para as Swans muito preocupada.

- Sim estamos. – Alice respondeu.

- Então vamos meninas. Precisam de um longo descanso. – Suzy nem deu tempo para alguém questionar já foi descendo a escadaria.

O mordomo já tinha colocado as bolsas das Swans no porta-malas da limusine. Bella, Rose e Alice se despediram dos Cullens quando se viraram para descer as escadas Bella paralisou com a cena horrenda que viu.

- Jesus.Maria.e.José! – a morena sussurrou enquanto olhava as latarias destroçadas e queimadas de um carro que só podia ser o seu – MEU BEBE! – gritou enquanto corria para aquela pilha de metal destruído. Quem a visse gritando a chamaria de retardada, mas ela não tinha cachorro, gato, filhos ou namorado. Então ela colocava toda a sua devoção e paixão naquele carro, que agora não existia mais.

Ao chegar perto do carro colocou os dedos entre os cabelos em sinal de desespero. Direcionou a mão para as engrenagens do carro, mas antes de tocá-lo se reteve com medo de fazê-lo desmanchar-se de vez.

- Oh meu filho o que fizeram com você?! – Bella perguntou, ou melhor, lamentou.

- Dramática! – constatou Emmett que via aquela cena de perto assim como Rose, Alice, Edward, Jasper e Suzy.

- Bella precisamos ir. – relembrou Rosalie.

- Mas... E o meu bebe? – a morena perguntou sem desviar os olhos dos destroços.

- Se não formos agora não vamos pegar quem fez isso. – Alice, a voz da razão, lhe alertou. Os olhos de Bella se tingiram de raiva.

- Quando eu pegar o ser que fez isso com meu carro farei picadinho dele! – Bella disse entre dentes e virou-se indo para a limusine deixando os outros para trás que logo a seguiram.

- Eu tenho uma pergunta pra fazer Bella. – Emmett disse enquanto Bella parava na em frente à porta do carro aberta.

- É Isabella! Pergunte. – encorajou Bella enquanto suas primas entravam no carro.

- Vocês são assassinas? – ele perguntou desconfiado. Bella soltou um sorrisinho pensando que ele demorou tempo demais pra perceber.

- O que você acha? – respondeu com uma pergunta olhando de forma sugestiva para ele. Quando o rosto dele demonstrou clareza com uma pitada de espanto Bella entrou no carro fechando a porta e logo o carro deu partida.

Emmett ainda espantado pela descoberta virou-se para seus primos.

- Vocês sabiam? – perguntou.

- É claro né Emmett. Se você fosse mais atento nas coisas também teria percebido! – Jasper o repreendeu entrando na casa sendo seguido por Edward que ria insanamente de Emmett que por sua vez ficou olhando a limusine das Swans sair doas territórios de sua luxuosa mansão.



*Na casa das Swans...



- LAR DOCE LAR! – Alice gritou abrindo os braços enquanto subia a escada com suas primas – Não vejo a hora em cair na minha cama e dormir até não querer mais.

- Desculpe interromper seu sonho de consumo Alice. Mas iremos resolver esse problema ainda hoje. Só assim poderemos dormir em paz. – Rose lhe informou e nem lhe deu chance de retrucar.

- Se vamos fazer isso vamos fazer logo, já temos o endereço dele e da avó dele. Vou pegar nossas armas e podemos ir! – Alice disse a última frase num sussurro para não correr nenhum risco, afinal naquele horário ainda tinha empregados. Ela saiu em direção há biblioteca para pegar o elevador para o subterrâneo.

- Vamos assim mesmo? – Bella perguntou descrente enquanto aponta para si e para Rose. Elas estavam vestindo as roupas da irmã de Jasper: Kate. Eram roupas comuns como aquelas que elas usavam no dia a dia, mas o fato de ser de outra pessoa incomodava Bella, ela gostava de suas próprias roupas.

- Vamos! Não podemos demorar, a gente só coloca o sobretudo preto e estaremos prontas. A gente pega as mascaras e estaremos irreconhecíveis. – Rose concluiu seu plano.

- Que plano maluco! – Bella disse rindo.

- E tem algo normal na nossa vida? – Rose perguntou sarcástica.

- Eu acho que não – Bella respondeu.

- Vamos! – Alice disse aparecendo do nada e já descendo as escadas.

- Foi rápida hein? – zombou Bella.

- O que eu não faço para ter milhares de horas de sono em paz! – ironizou Alice.

As três entraram no carro e se dirigiram para fora da mansão numa Mercedes, ignorando o olhar curioso de alguns empregados que trabalhavam por fora da casa.

Rose que ia dirigindo parou no meio da estrada que ligava a casa das Swans com NY.

- O que você tem ai pra gente? – a loira perguntou para Alice. A pequena mulher abriu uma bolsa preta que ela trazia desde que havia saído do elevador, e de dentro tirou três armas.

- Uma pra você... – entregou uma para Rose – Outra para Bella e mais uma para mim. Aqui esta o sobretudo e nossas mascaras. – entregou tudo para suas primas que ali mesmo vestiram o sobretudo e colocaram a arma na parte de trás do cós da calça. As mascaras eram pretas e tradicionais idênticas as do baile de mascaras americanos que inúmeras vezes receberam as Swans.

Alice colocou a mascara e pareceu se transformar.

- AQUI VAMOS NÓS! TORTURADORAS DE VELHINHAS! – gritou enquanto fazia varias poses com sua mascara.

- Bipolar! – disse Rosalie para Bella.

- Com certeza! – a morena concordou.

- Vocês são sem criatividade. – Alice reclamou enquanto tirava a mascara e jogava no banco ao seu lado – Põe logo esse troço pra andar – ordenou e prontamente Rose lhe obedeceu.

- Vocês perceberam que ninguém falou nada sobre essa noite? – Rose perguntou.

- É melhor deixar par lá. Não temos o que falar! – Bella tentou desconversar.

- Não temos o que falar? Vamos falar sobre essa noite! – Alice disse num tom falso de seriedade ignorando o olhar repreendedor de Bella – Sinto que essa noite foi muito importante para Bella!

- Como assim? – a loira perguntou não sabendo o rumo para onde Alice queria levar aquela conversa.

- É o que eu quero que ela me responda – disse Alice que se pôs a encarar Bella.

- Por quê? – Bella perguntou de volta. Estava se fazendo de desentendida para Alice.

- Bella faça-me o favor! – ironizou a pequena Swan – Você acordou de bom-humor: o que é algo extremamente raro e que acontece somente quando você tem uma tórrida noite de sexo selvagem! – Alice explicou seu ponto de vista. Bella virou-se para trás e pôs-se a encarar Alice, Rose olhava Alice pelo retrovisor provavelmente pensando que aquele ali tinha sofrido algum tipo de dano cerebral.

- Qual o seu problema? – Bella perguntou lentamente para Alice.

- Alice isso não tem cabimento! Ela não poderia ter feito sexo com ninguém ontem a não ser que ela tenha se masturbado ou transado com o Jasper ou o Edward o que não tem lógica – Rose expôs sua opinião.

- Obrigada por me defender Rosalie – Bella agradeceu mesmo sem querer – Eu acho! – disse a ultima parte baixinho para que ela não ouvisse.

- A questão é: tem algo errado com a Bella e eu vou descobrir o que é! – Alice disse por fim encerrando o assunto.

Bella inconformada com a situação virou-se para frente e procurou afastar sua mente daquela conversa. Rose estava confusa com os pensamentos de Alice em relação a Bella. E Alice estava certa de que descobriria o que tinha de errado com sua prima, afinal Bella nunca iria sugerir uma parceria entre as duas famílias.

A casa de avó de Laurent Gathegi era situada numa área nobre de Nova York, era simples e ao mesmo tempo sofisticada. Antes de estacionarem em frente a casa, Rose acionou um botão no painel do carro que cobria a placa do carro impedindo-as de serem pegas.

- Não se esqueçam das mascaras! – Rose relembrou-as. Com casacos e máscaras postas saíram do carro andaram até a porta e Bella apertou a campainha. O bairro era de família, numa região nobre.

A porta da casa foi aberta por uma senhora com aparentemente 65 anos que usava um avental por cima da roupa de grife.

- Em que posso ajudá-las? – perguntou a idosa com uma voz de anjo – Creio que não estamos na época do Hallowenn – afirmou a velhinha desconfiada.

- Você tem senso de humor – constatou Bella com um sorriso sarcástico – Mas estamos sem tempo para brincadeiras. – disse tirando a arma do cós da calça e apontando para idosa por dentro do sobretudo.

- O que vocês querem? – perguntou a idosa já demonstrando pavor.

- Vamos conversar lá dentro – orientou Bella. A idosa deu passagem e Bella entrou, Rose entrou logo em seguida orientando a velhinha a se sentar, Alice entrou por ultimo e fechou a porta verificando se alguém as observava.

- O que querem? – a idosa perguntou de novo olhando para as três mulheres mascaradas a sua frente.

- Qual o seu nome? – Bella perguntou.

- Luisa! Por favor, digam o que querem. Eu não tenho muito dinheiro, mas pode ser o suficiente. – suplicou a vovó Luisa.

- Não queremos seu dinheiro. Pegue o telefone e ligue para o seu neto – orientou Bella.

- Meu neto? Por favor, não o envolvam nisso – suplicou.

- Ele se envolveu nisso sozinho. Se não tivesse tentado me matar não estaríamos aqui agora – informou-lhe Bella.

- Meu neto não é um assassino. – provocou a idosa.

- Se ele é inocente não haverá nenhum mal ele vir aqui. E se a senhora não ligar irá ter um encontro grátis com Elvis Presley! – ironizou Bella fazendo os olhos da idosa quererem sair das orbitas. Por que de uma coisa a dina Luisa tinha certeza: Elvis estava morto e BEM morto.

- Por favor, meu neto é inocente! – suplicou Luisa de novo.

- Então diga para ele vir provar – desafiou Bella – Ligue agora – ordenou com uma voz ameaçadora.

Mesmo relutante a idosa pegou o telefone e discou o numero de seu neto. Antes de colocar o telefone no ouvido Bella tomou o aparelho de sua mão.

Diga vovó! A voz de Laurent soou no outro lado da linha.

- Não é sua avó Laurent! Creio que você se lembra de mim, tentou me matar ontem! Escute bem se não chegar à casa de sua avó em meia hora ela morre – disse e por fim desligou o telefone, nem deu chance dele disser alguma coisa.

- Agora vamos vendá-la! – orientou Rose.

Vendaram a idosa e lhe colocaram na poltrona que tinha na sala de estar, Bella e Rose ficaram na sala enquanto Alice ia cuidar da comida que a vovó deixou no fogo. Após Luisa estar vendada as Swans tiraram as mascaras, afinal não precisavam esconder-se do suposto assassino de Bella.



*25 minutos depois...



- VÓ! – Laurent entrou gritando na casa e quando viu sua avó sentada no sofá com Bella de um lado e Alice do outro se desesperou e ficou parado no mesmo lugar temendo que sua aproximação machuca-se sua avó.

Bella era a que mais estava odiando aquela situação, mas ainda assim mantinha no rosto um sorriso cheio de ironia. Para Alice era um trabalho como outro qualquer ela só queria que acabasse logo e pudesse voltar rapidamente para sua cama. Rosalie trocou de lugar com Alice e foi para a cozinha terminar o almoço que a idosa estava preparando.

Para esclarecer curiosidades as Swans sabiam cozinhar, lavar, passar; perfeitas donas de casa.

- Olá Laurent! – Bella o cumprimentou – Surpreso por eu não ter morrido?

- Pra dizer a verdade não – disse sem tirar os olhos da avó.

- Você é matador de aluguel. Quem te contratou?

- Você sabe que eu não posso dizer – Laurent respondeu olhando para Bella.

- A vida de sua avó vale menos que a de seu contratante? – Bella questionou aquele absurdo – Dona Luisa quer perguntar algo a seu neto?

- Meu filho diga que elas estão enganadas – suplicou a velhinha.

- Vocês não deveriam tê-la envolvido. – rebateu o assassino.

- Por favor, diga que é um engano! – ela suplicou de novo.

- Anda! Diga que é um engano – Bella apoiou a idosa. Laurent a fuzilou percebendo o que ela queria fazer.

- Vovó. Eu sinto muito! – ele lamentou tentando olhar a avó através da venda.

- Por que meu filho? – a avozinha perguntou com a voz embargada. Seu coração estava sendo arrancado, pois ela descobriu algo sobre seu neto que preferia nem saber.

- Eu precisava te dar tudo do melhor. – justificou-se.

- Mas meu anjo eu nunca pedi isso – retrucou a velhinha.

- Adoro dramas familiares, mas estamos com pressa! Nós dê o nome e deixamos você e sua avó vivos – Bella começou a negociar antes de Laurent falar algo.

- Não!

- Ora! Vamos lá! – Bella levantou-se – É a vida da sua avó! – disse indignada – Nós vamos matar o cara e ele não poderá ameaçá-la – o acordo que Bella propunha era bom, mas...

- Como podem me garantir isso! Se vocês não conseguiram matar o mandante do seu assassinato – desafiou Laurent.

- Você esta dizendo que fracassamos em uma missão? – perguntou Bella confusa, olhando para sua prima e olhando para ele novamente.

- Exatamente!

- Impossível – Bella disse séria – O nome! – exigiu.

- Não!

- Alice! – Bella falou saindo da frente de Laurent.

- As melhores comidas são preparadas pelas avós... – começou Alice – O que aconteceria se a sua avó ficasse sem um dos dedos? – questionou enquanto mexia nos dedos da mão esquerda da avó Luisa e olhava para Laurent com ar de prepotência.

- Ela é uma senhora não tem nada a ver com isso – ele tentou retrucar.

- Opa já vai começar a diversão? – Rosalie perguntou enquanto voltava da cozinha.

- Legal, mas uma maluca! Vamos fazer assim: nós quatro vamos conversar e deixamos minha avó fora disso! Trato feito? – questionou Laurent.

- Não! Porque o beneficio seria só pra você. Alice prossiga – ordenou Bella.

Alice não disse nada. Somente mexeu em um dos dedos da idosa e dona Luisa soltou um grito que espantou Laurent.

- Por favor, dona Luisa não vamos fazer escândalos se não seus vizinhos vão acabar com a nossa diversão mais cedo! – Rosalie lhe advertiu.

- VOCÊS SÃO LOUCAS OU O QUÊ? ELA É UMA SENHORA DE IDADE! – Laurent gritou sem ainda sair de seu lugar, pois sabia que assim seria pior.

- Em primeiro lugar para de gritar... – Bella disse entre dentes – E segundo lugar nos dê o nome só queremos o nome.

- Eu não posso!

- DROGA – gritou Bella – São os dedos de sua avó!

- Eu não posso! – repetiu Laurent.

- Se gritar vai ser pior dona Luisa – Alice lhe advertiu mexendo em um dos dedos. O rosto de dona Luisa se contorceu pela dor, mas ela não gritou.

- Conte! – ordenou Bella.

- Não!

Alice mexeu em mais um dedo e um gemido de dor escapou da idosa.

- Conte! – ordenou Bella entre dentes.

Laurent somente negou com a cabeça olhando desesperado para sua avó. Mas um dedo.

- Conte! – insistiu Bella.

- Eu não posso! Juro que não posso! – Laurent dizia pesaroso.

Alice mexeu em mais um dedo e dessa vez dona Luisa não se conteve e gritou mais forte que a primeira vez.

- OK EU CONTO! Só... Por favor... A deixem em paz! – pediu Laurent e Bella fez um sinal para que ele continuasse – O nome dele é Caius D’lamarc vocês devem conhecer ele é chefe de uma rede de trafico de mulheres. Vocês foram contratadas pelo pai de uma das meninas que havia sido seqüestrada por ele. Ele sobreviveu a explosão e me contratou, foi difícil descobrir quem o havia tentado matar e assim que descobri sobre vocês não perdi tempo. Eu sabia que vocês sobreviveriam, esse era o plano. Caius queria vocês com vida. Ele mesmo queria se vingar. – finalizou Laurent.

- Você quer mesmo que a gente acredite que ele esta vivo? Que falhamos? – perguntou Bella desacreditada.

- Bombas não dão garantias – retrucou Laurent.

- Por isso colocou a bomba no meu carro? – questionou Bella e ele assentiu – Ele continua trabalhando como traficante de mulheres? – questionou Bella.

- Não. Ele quer garantias de que vocês estão mortas para voltar ao trabalho.

- Nós dê o endereço! – ordenou Bella. Laurent pegou um bloco de papel na mesinha de centro e uma caneta que tinha perto do telefone e anotou algo no papel e entregou para Bella – Ótimo! Alice traga os dedos dela de volta. – pediu Bella. Alice mexeu mais uma vez nos dedos de dona Luisa e a idosa teve a mobilidade de seus dedos novamente.

- Como fazem isso?! – questionou Laurent embasbacado com aquela técnica.

- Aprendemos com um médico chinês. É tudo questão de junção! – disse-lhe Alice.

- Vamos embora, e é bom que este endereço esteja certo! – advertiu-lhe Bella.

As Swans colocaram suas mascaras e saíram da casa o mais rápido possível deixando para trás a idosa ainda amarrada e a ameaça para o assassino. Quando estavam longe o suficiente apertaram o botão que recolocaria as placas no lugar.

- Agora posso ir para casa ter meu sono de beleza? – perguntou Alice desconfiando que a resposta fosse um belo:

- Não! Vamos verificar o local. E ver como entraremos o resto é o de sempre: entrar e meter bala! Nada mais de usar bombas para matar alguém. – Rosalie disse a ultima frase mais como uma suplica.

- Acho que seu sono de beleza terá que ser adiantado Alice! – lamentou Bella, afinal ela também precisava dormir.

Estava exausta seu corpo estava doído, quase foi morta e ainda teve uma noite pra lá de longa. É claro que havia transado com o Cullen, mas teria que ter muita coragem para admitir para Alice. Aquela havia sido sua melhor transa e duvidava que algum dia tivesse uma melhor e se Alice estava desconfiando era porque ela tinha dado muita bandeira. Bella sabe que ninguém brinca de “enganar a Alice”, ela é muito esperta e pega informações no ar, antes mesmo de algo ter acontecido. Ela era completamente imprevisível, claro que mais cedo ou mais tarde ela ia saber a verdade, mas Bella esperava que fosse mais tarde. BEM mais tarde. Mais isso era assunto para outra hora.

O plano de Bella era simples: iriam matar Caius e depois pegar o dinheiro dele para comprar um novo carro que de preferência fosse igual ao outro. Aquele carro era como um filho para ela, Bella depositou tempo dinheiro e amor para deixá-lo perfeito. E Caius ia pagar caro. Ahhh se ia, aquele carro valia uma fortuna tanto material quanto sentimental para Bella.