AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

You Make Me Hot: Capítulo 8: Querido Diário Otário

Quando acordei, Annie não estava mais na minha cama. Eu sentei passando a mão no cabelo diversas vezes e me segurando para não dar um puxão. Tudo que aconteceu ontem veio como uma explosão na minha cabeça..
Droga. O que eu vou fazer agora? Será que ele acordou? Tanto faz, sou eu que vou morrer mesmo.
Me levantei, tomei um banho e coloquei uma roupa leve. Um short jeans até a metade da coxa, e uma regata azul escura. Prendi meus cabelos num rabo bem alto, e coloquei a franja atrás da orelha.
Respirei fundo umas três vezes, e tomei coragem para sair do meu quarto. Fui descendo as escadas e me lembrei que tenho hoje e amanhã sem a Perua para me aporrinhar. E.. isso significa que ficarei muito perto do Robert. Droga. Ela não podia viajar outro dia? Quem sabe.. daqui uns anos? Não que eu goste dela (nunca!), mais não queria ficar sozinha com o Robert. Não depois daquele beijo cinematográfico..
Entrei no cozinha e vi um Robert, despenteado (pior que o de sempre), com olheiras e uma cara bem feia. Não feia, mais estranha. E para me torturar.. sem camisa.
— Bom dia.
Ele me olhou e sorriu.
— Bom dia, Kiki. — ele tomou um gole do café e fez uma careta. — Quão bêbado fiquei ontem?
— Bom vejamos.. — sentei do seu lado, tentando agir normalmente. Como se isso fosse possível, já comecei a suar. — Fez uma mulher grávida chorar a chamando de “rechonchudinha e bolota”, se jogou na piscina levando várias pessoas juntas, chamou o carro do taxista de cadilac e começou a cantar até chegar em casa.. e desmaiou no chão. A Stephenie me ajudou a te colocar no sofá.
Ele piscou várias vezes os olhos, e levou a caneca uma vez na boca, logo em seguida fazendo uma careta horrível.
— Hmm.. menos mal. E que grávida?
— A Ash, por isso ela fez aquela festa. — ele abriu a boca para falar, mais ficou quieto.
Que foi? Não menti, só omiti uma parte que ninguém precisa saber. Ele nem lembrou de nada, viu? Mais.. no fundo eu queria que ele lembrasse, foi um beijo.. o meu primeiro beijo. Mesmo não sendo experiente, foi muito bom. Ele com certeza é o homem mais gostoso que conheço.

NARRADO POR ROBERT

Ufa, foi apenas um sonho.. somente um sonho. Estava super nervoso quando vi a Kristen chegar na cozinha, e ter estragado tudo. Acreditam que eu sonhei que tinha dado um beijo nela? E não foi um comum, foi um ótimo. Eu também sonhei que estava voando entre as torres gêmeas, então.. é obvio que tudo foi um sonho louco que eu tive.
Ela teria me contado, certo? Porque eu estou com uma ligeira impressão que ela está mentindo? Fora que ela passa a mão no cabelo de cinco em cinco segundos, e está suando. Daria até para fazer um rio..
— Eu só fiz isso mesmo? — perguntei meio paranóico e a Kristen engasgou com o café. — Cuidado, tá quente e com pouco açúcar. É para minha ressaca.
Ela me olhou com pânico, e desviou o olhar para a caneca.
— Pouco açúcar? Isso tá horrível, é só água e pó. Credo.
— Tá, tá. Mais.. eu fiz só isso ontem? — insisti.
— Porque? Se lembrou de alguma coisa? — ela me encarou e eu também.
— Não.
— Hm. Que eu tenha visto.. só isso mesmo. Ah, sim.
— O QUE?
— Calma, Rob. Você só ficou se esfregando com uma tal de Megan na pista de dança.
— Isso eu me lembro. E eu tava só dançando.
— Aham.
Notei que ela falou com uma irritação na voz. Ela está com.. ciumes? De mim? Com licença, eu vou ali morrer e já volto.
Comemos em silêncio, e Annie se juntou depois.
— Papai.. eu dormi com a Kris ontem. — é tão bom ouvir a voz fina da minha pequena novamente, é uma canção para meus ouvidos.
— Sério?
— Sim.
Olhei para a Kristen e ela sorriu amarelo. Ela terminou de comer e saiu da cozinha. Eu joguei aquele troço horrível que eu fiz na pia, e fui procurar a Kristen. Não tem nada para fazer e eu não quero assistir Tv.
— ROB! — ouvi ela gritar, e depois chegar na porta da varanda. — Você me prometeu que em uma semana iria me ensinar a pilotar a moto!
— Ah, não. Eu to com dor de cabeça, Kris. Deixa para..
— Nada disso, Sr. Pattinson! — ela disse brava e saiu me puxando pelo pulso. — Trato é trato, oras! Você vai me ensinar hoje.. e está um lindo dia. Vamos, vamos, vamos!
Ela começou a saltitar e fazer carinha de cachorrinho perdido na mudança. Até assim.. ela fica gata. Droga, eu estou começando a pensar coisas, de novo.
— Tudo bem, Kris. Você venceu.
— Yeah!
— Eu vou pegar as chaves..

NARRADO PELA KRISTEN

AI, AI, AI.. tá, parei. EU VOU APRENDER A PILOTAR A MOTO COM O ROBERT! AHAHA. NINGUÉM RESISTE A UM BEICINHO + CARINHA DE CACHORRO PERDIDO.
Tá, agora parei.
O Robert não demorou muito e desceu as escadas com aqueles óculos escuros e agora com uma T-shit branca. Sabe que agora notei, que ele fica com uma cara de safado usando esses óculos? Ainda mais quando.. ele dá aquele sorriso fenomenal. Ai, eu vou derreter..
— Vamos?
— Aham.
Coloquei meus óculos escuros também, e fomos para a garagem. Será que eu vou cair na primeira tentativa? Acho que o Robert não vai deixar eu me machucar. Eu acho. Pois ele é meio lerdinho.
Ao chegarmos na garagem, Robert tirou a capa da MINHA moto e eu fiquei olhando ela toda brilhante.. novinha. Robert pegou dois capacetes e jogou um em mim. Pow, isso doi! Ele sabe que eu estou com dor ou esqueceu TUDO que aconteceu ontem? Merd*.
— Sem capacete, Rob.
— Porque?
— Sem chance. Não vou usar isso, vai deformar meu cabelo.
— Ah, Kris. Isso se chama proteção, deixa de frescura.
— Cuidar do meu cabelo não é frescura.. — disse devolvendo o capacete.
— Você está andando demais com a Ashley, está parecendo o mini-mi dela.
— Vou fazer de conta que você nem disse isso.

***

— E então, Kris?
— Não se preocupa, eu sei ligar e tal. — disse revirando os olhos.
— Prove. — ele disse desconfiando. Há, fala sério. Até parece que eu ia vir para cá sem saber fazer nada
Liguei a moto e ele sorriu. TOMA NA CARA. Tá.. parei.
— Não solte a embreagem, Kris.
— Eu sei, eu sei. Só tenho que soltar um pouco para a moto andar, depois de colocar na primeira marcha e acelerar devagar. Certo, Rob?
— Muito bem. Parece que alguém aqui fez o dever de casa.
— Bobo.
— Bem, vamos logo. — ele subiu na moto, sem encostar muito em mim. Engoli seco e fiquei um pouco nervosa. Ele está atrás de mim! Momento tenso, aqui?
— Você.. vai comigo?
— Claro, Kris. Você ainda não tem carteira e é a primeira vez que vai pilotar. Seria muito irresponsável da minha parte se não fosse junto.
— Arg.
— E outra coisa.
— Claro, tava demorando.. — resmunguei.
— Só ira dirigir a moto quando tiver carteira, entendido?
— O QUE? — gritei e acabei soltando a embreagem um pouco. — AHHHHH.. — a moto começou a andar e eu tremia mais que vara verde.
— Calma, Kris. Assim você vai infartar e.. — ele segurou em mim, apertando minha barriga (ui!), quando dei uma freada brusca, matando a moto. — .. o freio era da mão, não do pé.
— To aprendendo, tá? — respirei fundo. Com você aqui me agarrando não dá certo, ROB! — E porque só com a carteira, Rob? Eu bem que podia já ir andando..
— Não.
— Porque?
— Porque sim. — ele disse dando uma cutucada em mim. — Não se preocupe, sua prova é daqui uma semana. Por isso estamos treinando.
— Tá bom. Mais uma semana.. — murmurei.
— Vamos treinar ou não?
— Cala boca, Rob!

***

Robert Pattinson é ser mais irritante do mundo. Até que eu fui bem, para a minha primeira vez. A moto só morreu umas cinco vezes depois. Tá.. foram sete mais a da garagem não conta! Mais é claro que o Sr. Sabe-tudo ficou me dizendo o que fazer o tempo todo como se eu fosse uma debimental. Dai-me paciência!!
O dia foi uma sauna grátis, era só ficar parado que você começava a suar. De noite, até que melhorou um pouco. Eu consegui dormir direito essa noite, fiquei cansada de tanto ouvir o Robert e andar um pouco de moto. Porque ele é um SACO.
Segunda-feira, meu ultimo dia de paz. Robert avisou hoje no café-da-manhã que a Perua está de volta amanhã, e que só chegará de noite em casa. Tá, não querendo admitir eu senti um nózinho na garganta e perdi completamente a fome. Ele não se lembra do beijo, mais eu lembro. E de uma coisa eu tenho certeza.. vai ser pior ainda quando ela vier para cá e o ficar agarrando na minha frente.
Ele me deixou no colégio e logo que entrei, encontrei Avril com a Miley. Acenei para as duas, e fomos juntas para a primeira aula. Decidi me fazer de difícil, e ignorar o Taylor. Mesmo que fosse só uma vendedora como Robert falou, com a fama que ele tem não é possível que esteja sozinho. Então, se ele quiser algo.. ele que venha pegar. Haha.
No intervalo algo sinistro aconteceu, Taylor veio até a mesa dos excluídos (leia-se: eu, Avril e Miley) para falar comigo. OMG! Deu certo? Eu sou demais. Tá.. parei.
— Não quer dar uma volta comigo? Aqui está abafado.
— Claro.
Fomos andando lado a lado, com nossos corpos se tocando as vezes. O mais sinistro de tudo, era o colégio que parou. Parecia que nós eramos algum tipo de Aliens chegando no planeta terra e todos queriam observar. O pior eram as patricinhas lideradas pela Ana-invejosa que não paravam de olhar com nojo, e ela com raiva. Esqueceram de avisar a ela: olhar não mata, fofa.
Eu e Taylor fomos para o pátio de fora do colégio, mais eu ainda sentia o olhar deles na minha costa. Credo, to me sentindo ser vigiada.
— Kris?
— Oi.
Boa, Kris. Agora você ficou parecendo a retardada do ano. Ele riu.
— Naquele dia.. não pode fazer uma coisa.
— Hmm.. o que?
— Isso.. — e então, eu fiquei ouvindo um coro de aleluia na minha cabeça. Taylor inclinou sua cabeça e estava vindo na minha direção, em câmera lenta. Eu ia fechar meus olhos mais.. uma coisa me fez parar. A cara do Taylor começou a se transformar.. NA DO ROBERT. OMFG!
— Cof Cof. — o Taylor se afastou e eu fui salva pelo.. Negão? Ah, que ótimo. — O sinal já bateu crianças! Para suas salas, AGORA!
Nós assentimos (eu me cagando de medo pelo seu grito mortal) e fomos correndo para dentro. Taylor me acompanhou até minha sala, e deu um beijo na minha bochecha. Eu entrei na sala mexendo no meu cabelo meio nervosa, e sentei em qualquer lugar. OK.. vamos pensar com sanidade. Porque eu vi a cabeça do Taylor virar a do Robert? Eu sou esquizofrênica? Nem sei o que é isso direito.. mais é algo com imagens, né? Droga, eu sou louca? Ótimo Kris, você acabou de pensar com muita sanidade.
O professor pediu atenção e a aula começou. Avril entrou atrasada junto com a Miley, como sempre. E me deu minha mochila. Nossa.. tinha até esquecido disso. O que esses caras não fazem comigo.. eu to ficando louca!
As aulas foram um tédio total, não que eu estivesse desenvolvendo um interesse pela escola. Era apenas para me distrair. Não conseguia achar uma resposta COM NOÇÃO para o que aconteceu. Então.. eu decidi escrever tudo que o professor passou no quadro e pela primeira vez ouvir as baboseiras que ele falou.

***

Miley foi para a aula de Biologia, enquanto eu e Avril estávamos indo para a droga de Educação física. Porque isso existe? Para nos humilhar na frente de todo o colégio porque não sabemos sacar uma bola no volei, ou então porque não temos um corpo bonitão para ser usado no uniforme colado que mostra TUDO? Arg, não estou bem ainda.
O professor Willians deu um tempo para que pudéssemos beber água e descansar. Estamos na temporada de futebol. Nem sei porque jogamos isso aqui nos EUA. Não é o esporte que o Brasil pratica? Resposta dele: Também temos um time e blá blá.. temos que treinar.. e mais blá blá. Eu não estou com nenhuma paciência hoje, fato!
— Não acredito que o Taylor saiu com aquela garota, e ainda sentou na mesma mesa.
Avril me cutucou para que saíssemos do banheiro, mais eu continuei ouvindo.
— Arg! Nem me lembre disso. — disse a loira dos olhos esbugalhados, mais conhecida como Ana. — Como ele pode sair com ela? O que ele viu naquela favelada?
— Mais Ana, agora ela não é uma favelada qualquer. É a favelada com roupas de grife, tentando entrar no nosso mundo.
— Coitada, como se pudesse. — ela bufou e vieram para a saída. — Eu vou dar um jeito nisso..
Ela parou de falar me vendo com minha melhor cara assassina na porta do banheiro. A amiga dela, olhou para ela e para mim, e continuou fazendo isso. Que foi? Tá brincando de cara crachá?
— Você vai dar um jeito em quem? — perguntei, cruzando os braços e usando minha voz pesada. Vi Ana ficar tensa, e ajeitar sua bolsa empinando o nariz. A como eu odeio patricinhas..
— Fique longe do meu Taylor.
— Pera i, — disse rindo, junto com a Avril. — Eu ouvi bem? Seu Taylor? Bom, ele não me parecia nada seu quando estávamos sozinhos no pátio hoje.. e ele me beijou.
— Viu? Eu disse que eles estavam se beijando.. — a garota murmurou para Ana, e levou um olhar ameaçador. Como eu disse, olhar não mata, fofa.
— Fique longe dele, entendeu?
— Ou o que? — perguntei dando um passo ameaçador. Ana tentou não dar para trás e continuar sua pouse de patricinha. Ah, Lady Gaga vendo sua sósia aqui fazendo a famosa Poker Face.
— Eu vou.. espalhar para todo mundo que seu pai é um criminoso e que está na cadeia por ter matado várias pessoas e ainda é um traficante.
— Cala a porr* da sua boca!
— Não gosta da verdade? Eu sei tudo sobre você, favelada. Tal pai, tal filha.
Meu sangue já estava fervendo horrores por causa do “favelada” do começo, e ela ainda mexe com meu pai? Não agüentei e parti pros socos na cara da patricinha. Ela deu um grito quando puxei seu cabelo, e ela começou a agarrar meu braço cravando suas unhas rosas. Filha da put*!
— Aprende a bater direito franguinha! — dei um belo soco na sua cara, que o rosto dela virou. Há, ponto para mim.
— MEU ROSTO! — ela berrou com a mão no queixo, e quando fui ver recebi um soco em baixo do olho. Merd*, como isso dói!
— AAAAAAH! — gritei meio que um grito de guerra, e começamos a rolar no chão. Depois de muitos tapas, chutes, e puxões de cabelos.. Ouvimos o apito do Negão. Quem disse que paramos?
— Separem essas duas!
E então, senti braços fortes me puxando. A vadia segurou meu cabelo e porr* como isso doeu. Eu mordi com força a sua mão, até que ela soltou e gritou de dor. HAHA, mexe comigo de novo franguinha! Tcha, Tcha!
— ELA ME MORDEU! SOCORRO EU TO CONTAMINADA! EU VOU MORRER! — ela fez o maior drama enquanto levavam ela para a enfermaria. Me levaram também, mais quem estava me segurando não veio comigo, quem veio foi o Negão que me puxou pelo braço.
— Pode soltar? — falei ríspida olhando sua mão imensa esmagar meu braço fino. Ele se tocou e me soltou, mais continuou me guiando até a enfermaria. Vi a vadia deitada na maca e tive uma idéia.
— Vou beber água. — ele deu de ombros e foi entrando na outra parte, aonde eu iria ficar. Olhei para os lados e vi que não tinha ninguém. — Agora você me paga por ter marcado meu rosto..
Ela nem me viu, mais sentiu quando empurrei sua maca com toda força que consegui. O mulher pesada, hein? Fiquei vendo a maca deslizar pelo corredor e descer as escadas.. Uau! Vai dar um estrago.. nem quero ver. Na verdade, quero sim!
Voltei para a sala e fiquei lá com o Negão, até que chamaram ele pelo radio.
— Fique aqui, Stewart!
Ele saiu correndo e tenho certeza que acharam a Ana no primeiro andar. Pena, remorso ou arrependimento? Ainda não cheguei lá.

***

Pensei que agora ia ferrar, já que chamaram até o Robert. Que diga de passagem, estava com sua melhor cara assassina. Droga, agora que fico sem minha moto.
— Você está em sérios apuros mocinha..
— Mocinha? — bufei. — Francamente, Rob.
Fomos chamados para entrar na sala e eu empaquei na porta. Estava escrito certo mesmo? Psicólogo Jim Carrey. Nossa, até eles tão me achando louca?
Robert me empurrou para dentro da sala, fechando a porta e me mandando sentar. Ótimo, vamos para o divã. Ah, aqui não tem. Escola pobre..
— Senhorita Stewart! — apareceu um cara magricelo, com um sorriso maior que a cara e roupas estranhas na sala. — Me disseram que você estava vindo e.. Olá Sr. Pattinson.
Eles apertaram a mão, e depois foi minha vez. É obvio que não apertei a mão dele. O cara tava no banheiro! E se ele não lavou a mão? Ugh! Nem quero pensar.
— Bom, vamos ver. Agrediu uma das alunas.. típico seu, não?
— Na verdade, não. Ela mereceu.
— Claro, claro. — ele fez uma cara estranha de suspiro, e depois se inclinou para pegar minhas mãos que estavam no MEU colo, para por na mesa junto das dele. Socorro, que homem esquisito!
Ele olhou no fundo dos meus olhos com uma cara de psicopata. Sabe? Arregalando os olhos, mais sem expressão. SOCORRO! Juro que senti um arrepio na espinha..
— Querida, vamos falar abertamente, OK? Você tem um sério problema de raiva.. você não consegue controla-la. — ele falava tudo devagar, frisando cada palavra.
— Mas eu..
— Shh! — ele colocou um dedo nos meus lábios, deixando eles tortos. ECA! — Tente aprender a ouvir, e depois falar. Nós vamos fazer um programa legal para você, tudo para que você fique boa disso..
— Não to doente, e sei me controlar!
Robert deu um tossida disfarçada e se o cara sinistro não estivesse segurando minhas mãos, juro que daria um bom soco nele.
— Vamos começar com algo simples. Você tem em alguma coisa para descarregar sua raiva?
— O Robert. — ele me olhou com os olhos arregalados. Falei merd* né? — Sabe.. eu do uns socos nele ou então grito, só isso.
— Ah, sim. — ele deu um suspiro de alivio, e finalmente soltou minhas mãos. — Então.. esse.. será.. — ele teve dificuldade em abrir sua gaveta, mais conseguiu pegar um caderno ROSA e depois passou a mão no cabelo com muito gel “tentando” arrumar um fio. — Será.. seu novo melhor inimigo. Você irá descarregar toda sua raiva nele.. pode começar!
Ele me empurrou o caderno, e notei que era um diário. Ah, que ótimo.
— Quer mesmo que eu use isso para descontar minha raiva e agora?
— Aham, isso mesmo!
Ninguém avisou a ele como sou em dias de TPM? E pior.. ele não devia ter dito isso..
— Com prazer.. — peguei o diário e taquei na cara do retardado que ficou com a cara congelada, com o lugar aonde acertei. Robert segurou um riso, e começou a pedir desculpa. Foi ele que mandou! Eu hein..
— Está tudo bem, tudo bem. Você pode começar a escrever nele hoje.. em CASA.. sozinha e me mostre no final da semana. Se quiser é claro. Mais quero que escreva, Kristen!
— Arg. Eu não vou escrever nada num diário. Eu tenho 16, OK? Não 13!
— Ela vai escrever, Sr. Carrey. — Robert respondeu, e podemos ir embora. — Chegando em casa quero saber tudo que aconteceu ouviu?
Entramos no carro, e ele logo ligou.
— Simples. A vadia começou falando mal de mim porque no intervalo rolou um beijo..
— Um beijo?
— Longa história.. resumo: eu e o Taylor. — ele ficou me encarando de boca aberta, mais depois fechou. — E então.. ela falou de meu pai. — disse séria, mais logo me recuperei. — Não agüentei e voei na garota! Agora.. eu to errada?
— CLARO! Não podia ter brigado com ela, Kris!
— Arg. Você não entende nada..

***

Ah, que lindo. To de castigo de novo, e ele me mandou para o quarto escrever no diário. Ó VIDA!
Joguei minha mochila na cama e depois me joguei. Após um suspiro longo, peguei a droga do diário para escrever. E pensar que tudo é culpa daquela patricinha idiota. Tomara que tenha aproveitado o passeio pela escada. Haha. Mexe comigo, mexe!
Bom lá vai minha letra estranha. Mais espera.. o que eu vou escrever? As patricinhas sempre começam com aquilo de “Querido diário..” e bom, eu não sou uma patricinha. Eu sou Kristen Stewart. Nada melhor que começar com o meu estilo.

“Querido diário otário..
Eu ganhei você hoje por causa de uma idiota sem noção que veio procurar fumaça no fogo. Não sei se ela sobreviveu, mais pouco me importa. Menos uma patricinha no mundo. Viu? Fiz uma boa ação para a humanidade, e ainda querem me punir. Arg!
Nenhuma boa ação fica sem punição. Até rimou, mais não tem graça. Acho que o Robert nem vai em deixar mais ver o brilho da moto, quanto mais pilotar de novo. Droga, isso que dar querer ser boazinha.
Bom, é isso. Odeio você e não me ligue, Kristen.”

Tá, tá. Não foi tão ruim assim é como se eu apenas tivesse pensando, mais estava guardando aquilo ali. Grande merd*, me ajudou muito a acabar com minha raiva. Se quer saber, eu ainda estou com vontade de dar uns puxões no cabelo oxigenado dela.
Falando em puxão, eu to parecendo uma mendiga que acabou de vir de um furacão. Meu cabelo tá super embolado e todo revirado, minhas roupas estão rasgadas e.. OMG! Será que alguém viu minha calcinha? Agora a saia curta não ajuda muito..
Tomei um banho e penteei meu cabelo. Foi difícil, mais consegui tirar todos os nó e depois fiz um rabo. Coloquei um short preto, uma regata cinza com uma flor rosa em baixo, e fui para a sala. Lembrei de trazer o diário e joguei no Robert antes que ele perguntasse.
— Está de condicional, hein!
— Eba? — perguntei. Ele revirou os olhos e abriu. — Ei, cadê aquele negócio de privacidade? Diário não é privado?
— Não o seu. — ele disse normal, e começou a ler. — Diário otário? Boa ação? Kris.. você é completamente louca, garota. Mais.. foi bom entrar na sua mente durante alguns segundos.
— Humpf. O que é uma condicional para você?
— Sem tocar na moto, sem computador e nada de sair durante três dias.
— Mara.
— Que?
— Nada, não. — ele me olhou confuso, mais esqueceu. Qual é? Ele parou em que século? 1700 e alguma coisa? Quem não sabe o que é Mara? Arg. E acreditar que eu beijei esse mala.. mais eu gostei e como gostei. Eu podia embebedar ele de novo, né? Tá.. parei.

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