AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de Um Anjo: Capitulo 2: Perdida

POV Bella

Sentia-me tão perdida, tão confusa, tão sozinha. Meu coração parecia que não suportaria tanto sofrimento, às vezes parecia que a qualquer momento iria explodir, tamanha minha dor.

Lavei o rosto com a água gelada do vestiário e tateei as cegas em busca da toalha. Não podia mais chorar, não tinha mais esse direito. Estava no meu local de trabalho agora, não podia me dar o direito de me entregar às emoções que me consumiam.

Respirei profundamente várias vezes, liberando o ar aos poucos, buscando a calma. Olhei-me no espelho e o que vi me hipnotizou. A tristeza era palpável no meu sofrido semblante. Meus olhos castanhos estavam repletos de dor, não dor física, nenhuma dor que medicamentos pudessem amenizar. Era dor no coração, dor de uma vida fracassada, de um namoro a deriva, de uma família que estava prestes a morrer naquele quarto de UTI, a família que se resumia a minha adorada mãe. Não, se ela morresse, estaria tudo acabado. Não poderia sobreviver estando sozinha no mundo. Não suportaria mais essa perda.

Respirei profundamente mais uma vez e saí do vestiário atravessando o corredor a caminho do Posto de Enfermagem da UTI do Hospital principal de Seattle. Queria com toda minha vida poder cuidar de minha mãe que estava entre a vida e a morte mas tudo dependeria da divisão de tarefas dada pela enfermeira chefe Victoria.

Aproximei-me do pequeno aglomerado de pessoas que se reuniam na grande sala que servia de Posto, localizada no centro da UTI.

- Bom Dia, Isabella. Estava quase mandando o resgate pra te buscar. – Victoria disse sarcástica, me encarando com antipatia.

- Desculpe, Victoria. Eu... não estava sentindo-me bem. – murmurei.

- Bom, agora que já estão todos aqui, vamos a divisão do trabalho que o turno da noite está quase acabando. Sara, leito 1 e 2; Francesco, 3 e 4; James, 5, 6 e 7; Caius, 8; Ângela, 9 e Isabella, 10. – ela disse rapidamente e foi entregando as fichas dos respectivos pacientes. Olhei pra minha: Edward Masen Cullen.

- Victoria... – chamei em uma voz tímida.

- Sim? – ela perguntou nada agradável. Ela me odiava.

- Pensei... que talvez pudesse... sabe, cuidar de minha mãe. – eu disse meio sem graça, sentindo meu rosto arder. Todos me encaravam, desviando os olhos de minha expressão somente pra analisar o rosto indiferente de Victoria.

- Aqui dentro você não tem parentes, Swan. Todos os pacientes são iguais, merecem o mesmo tratamento e atenção. Foi por isso que não te dei a ficha de sua mãe, seus sentimentos influenciariam no tratamento. Agora, pegue sua ficha e vá cuidar desse paciente que está num estado delicado, entendeu? – ela disse friamente.

Engoli em seco e procurei me acalmar.

- Sim. – virei-me e saí pelo corredor, dirigindo-me ao quarto de meu paciente que se encontrava isolado dos outros em um quarto particular. Ângela me lançou um olhar significativo mas nada disse, sabia que queria se desculpar, embora não tivesse culpa da idiota da Victoria ter-lhe incumbido de cuidar de minha mãe, mas não podíamos ter nenhum tipo de conversa paralela na UTI, o silêncio devia ser o máximo possível.

Balancei a cabeça pra acalma-la e segui até o quarto. Franzi minha testa ao ver Aro, que deveria estar dentro do quarto cuidando do paciente, encostado na parede, compenetrado em uma empolgada conversa com a servente.

- Aro? – murmurei.

- Oh, Bom Dia, Bella! – ele cumprimentou, sua voz imprudentemente alta demais.

- Shiiiii! – eu reclamei levando meu dedo indicador aos lábios – Fale baixo! Por que não está dentro do quarto?

- Ah, ele está na mesma. Não precisava ficar o tempo todo aí dentro. Esse aí, sei não hein. – ele balançou a cabeça. – Acho que não agüenta muito tempo não.

- Não diga bobagem! – eu disse nervosa. Aro era um profissional totalmente anti-ético, não respeitava nenhuma norma ou rotina, era incrível que nunca tivesse deixado nenhum paciente morrer. Isso lhe dava confiança pra continuar, cada vez mais imprudente. – Pode ir, eu tomo os cuidados agora.

Ele balançou a cabeça e se foi pelo corredor, assoviando. Victoria deixava que ele fizesse o que queria por ali, afinal, eram amantes. Nem me dei ao trabalho de perguntar-lhe pelo paciente, ele nunca soube passar um plantão de maneira decente. Preferi ir pelo prontuário e pela ficha de internação. Pelas informações que consegui reunir, Edward tinha tomado uma quantidade alta de Diazepan, tinha sido realizada lavagem e drenagem estomacal, mas seu corpo absorveu boa parte do medicamento levando-o ao coma profundo. As chances de recuperação eram mínimas, mas existiam. Isso é o que importava.

Entrei no quarto e aproximei-me do leito. Seu rosto era perfeito emoldurado por um bagunçado cabelo de um tom acobreado que eu nunca antes havia visto. Eu amava a vida, por isso escolhi tal profissão que é de grandes responsabilidades, muita cobrança e quase nenhum reconhecimento. Mas eu amava o que fazia.

- Bom Dia, Edward! Sou Isabella Swan e cuidarei de você daqui até o dia que você receberá alta! – eu disse alegremente mesmo sabendo que provavelmente ele não pudesse me ouvir.

Um mosquito passou por seu rosto e eu enxotei-o, passando meu dedos de leve por sua pele. Tive que toca-la outra vez, era tão macia mas estava tão fria... Ele estava realmente muito mal.

Comecei os procedimentos por uma mudança de decúbito, provavelmente o pobre estivera deitado a noite toda na mesma posição. Enquanto o colocava em uma poisção mais confortável e arrumava seu travesseiro, conversava com ele.

- Está um lindo dia lá fora, Edward. Enfim a chuva cedeu e temos um lindo dia de sol. Tomara que você sare a tempo de aproveitar a estiada, ótimo para um passeio no parque. – tagarelei. Tinha que camuflar minha tristeza, engolir minha dor e concentrar-me nos problemas do paciente. Cuidar apesar de que no momento eu estivesse precisando de cuidados.


4 comentários:

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