AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de Um Anjo: Capitulo 4: Alice Cullen

POV BELLA

Sim, ela realmente se parecia com Edward. Claro que ela era muito pequena, cabelos negros e tals, mas sua pele era alva como a dele e alguns traços de seus rosto lembravam o rosto dele.

Ouvi um sonoro bipe e virei-me para os aparelhos, verificando-os e constatando que o coração de Edward tinha tido uma pequena variação de número batidas, estava mais acelerado.

- Parece que ele sente que você está aqui. – eu murmurei e ela me olhou surpresa, aproximando-se do leito do irmão e pegando sua mão.

- Você acha? – ela perguntou esperançosa.

- Sim, é possível. – eu confirmei.

- Como ele está? – ela perguntou olhando para o rosto do irmão.

- Bem, está estável. – eu disse cautelosa. Não podia entrar em detalhes perto de Edward, ele podia estar ouvindo. – Depois pode procurar o médico que ele lhe informará os detalhes.

- Claro, claro. – ela concordou, passando a acariciar o rosto dele. – Ele está com uma aparência tão boa. Seu rosto estava mais pálido quando eu o vi ontem.

- É? – perguntei tentando parecer despreocupada. Também, coitadinho, com os cuidados incompletos que Aro estava lhe dando... Tinha até pena de passar o plantão e deixa-lo correr o risco de encontrar Aro novamente. – Sinal de que está melhorando, então.

- Espero que sim, Isabella. Aliás, meu nome é Alice, Alice Cullen. – ela disse, olhando meu nome em meu jaleco e estendendo-me a mão, que eu apertei. – Meu irmão é minha vida agora que perdi todo o resto. Pobrezinho, não agüentou perder nosso pai e agora nossa mãe. – Lágrimas desciam pelo seu rosto e ela procurava enxuga-las com as mãos pequenas. – Ele sentiu tudo ainda mais do que eu, faz tempo que deixei minha família pra estudar fora, mas ele sempre foi mais chegado a meus pais. – ela aproximou seu rosto do dele e beijou-o de leve. – Ed, não morra! Preciso muito de você.

Aquela cena me comoveu. Nessa hora eu soube que tinha gente em situação igual ou pior do que a minha. Ver ali aquela moça debruçada sobre aquele paciente, fez-me lembrar de minha mãe.

- Bom, pode ficar a vontade que irei sair pra deixá-los conversando um pouco. – eu ri e disse ao paciente – Aproveite a visita de sua irmã, Edward. Já volto. Qualquer coisa estarei no corredor, ta bom?

- Tudo bem. – ela murmurou e voltou a concentrar-se em seu irmão.

Saí apressadamente e dirigi-me direto ao quarto de minha mãe. Ela estava na área comum e tive rápido acesso a seu leito. Ângela estava ao seu lado, verificando sua temperatura.

- Como ela está, Ang? – perguntei baixinho.

Ângela levantou os olhos e balançou a cabeça para os lados, sua expressão séria. Como sempre, sem melhoras.

- Ela está bem, Bella! – Ângela tagarelou para que se ela estivesse ouvindo, não recebesse notícias ruins, isso só pioraria seu estado. – Sua mãe é uma mulher forte. Vou deixá-las um pouquinho a sós.

Passou por mim e apertou de leve meu braço me encorajando. Suspirei e encostei-me ao leito, pegando a mão inerte de minha adorada mãe.

- Mãe. – eu murmurei e beijei sua mão. – Mãe, volta logo. Não posso viver sem você. Não me deixe ainda, mãe, eu preciso de você.

Não pude controlar, grossas lágrimas desceram por meu rosto e enxuguei-as rapidamente, tentando me recompor. Não podia chorar agora, estava em horário de serviço ainda. Passei de leve a mão por seu rosto imóvel e pensei na mulher tão cheia de vida que ela fora até que aquele maldito AVC a derrubou. Ela se orgulhara tanto de mim quando me formei. “Agora estou tranqüila. Quando ficar velhinha, já tenho alguém pra cuidar de mim. E prepare-se: viverei até cem anos!”, ela brincou rindo gostosamente.

Sorri ao me recordar de sua juventude. Ela parecia ser ainda mais nova do que eu, me dizia sempre que eu era muito careta, que eu tinha a mente de uma pessoa de cinqüenta anos e recriminava até a morte meu namoro com Jacob.

Jake... Ele estava cada vez mais distante de mim. Não consegui entender meus loucos horários de serviço, minha rotina exaustiva, queria mais atenção, queria que eu estivesse sempre disponível pra suas vontades. Chegou a me dizer que largasse dessa bobagem de cuidar de doentes. “Não sei como suporta ficar limpando a bunda desses doentes!”, ele disse com cara de asco. “Amo o que faço, Jake. Me sinto feliz e completa quando ajudo alguém, mesmo que seja simplesmente para trocar uma fralda.”, eu respondi calmamente pelo que ele me acusou de gostar mais do trabalho do que dele. Nossas discussões estavam cada vez mais freqüentes, cada vez piores. Nenhuma vez ele se propôs a visitar minha mãe depois do AVC. Nem me perguntava de seu estado, e já se fazia duas semanas que ela tinha sido internada.

Apertei e beijei sua mão mais uma vez quando ouvi Ângela se aproximar.

- Obrigada por cuidá-la tão bem, Ang! – agradeci afagando-lhe o braço.

- Que isso, Bella! Faço com todo o prazer. Além de minha paciente, ela é sua mãe. – ela disse docemente.

Apenas acenei com a cabeça e afastei-me em direção ao quarto do meu paciente. Minha vontade era estar ao lado de minha mãe, mas não podia. Tinha um paciente me esperando, precisando de meus cuidados. E eu os daria, com todo o prazer do mundo.

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