AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de um Anjo: Capítulo 7: Dor No Coração!!!

POV BELLA

Tudo ficou sem graça, a vida do mundo perdeu a beleza, a música da vida se calou. Minha mãe, minha doce mãe havia falecido. Estava em um torpor profundo, não sentia mais nada, só sabia que alguém me conduzia para fora do Hospital. Surpreendi-me ao ouvir minha própria voz dizer.
- Diga a Alice pra ficar com Edward. Ele tem que saber que não volto mais hoje.
- Fique tranqüila, Bella. Cuidaremos do paciente. – a voz de Caius, um colega enfermeiro, chegou a mim, parecendo vir de milhas e milhas de distância.
Tudo era muito vago. Mal percebi que Ângela me encaminhou ao banho, me ajudou a me vestir, tomou todas as providências para o velório que seria nessa mesma tarde. Não tinha forças pra absorver tudo que me acontecia, tudo passava vagamente pela minha consciência como se tudo aquilo fosse um sonho, um pesadelo.
As pessoas passavam por mim e me davam os pêsames. Por que elas faziam isso? Minha mãe não morrera ainda e tampouco morreria tão cedo, ela só estava internada na UTI, mas logo estaria melhor, tinha certeza disso. Então... de quem era aquele velório? O que eu estava fazendo ali? Tinha que contar a eles que era um terrível engano, que não era minha mãe que estava sendo velada, mas antes tinha que constatar quem estava naquele caixão branco, adornado de flores. Aproximei-me lentamente do caixão e olhei o rosto da mulher pela qual todos choravam.
Um grito de horror e angústia escapou de meus lábios. Era minha mãe! Minha mãe havia morrido! Lágrimas e incontroláveis soluços brotavam de dentro de mim, sacudindo todo meu abalado corpo. Logo fui controlada e sedada, voltando ao meu estado de torpor.
E de repente estava em meu apartamento, sentada na sala, sozinha. Não me recordava de ter assistido ao enterro de minha mãe. Acho que bloqueei essas imagens, tentando defender-me da enorme dor que me rasgava por dentro. Lágrimas silenciosas desciam por meu rosto, sentia-me mais sozinha do que nunca.
Jacob estava diante de mim, muito furioso. Tentei lembrar-me por que. Espere, minha mãe morrera e eu não o vira nem no velório, nem no enterro, embora não me lembra-se de nada desse período, tinha a vaga impressão de que ele não estivera em nenhum momento ao meu lado.
- Por que... você não foi? – as palavras saíram com dificuldade por entre meus lábios.
- Ir pra que? – ele desdenhou, furioso. Ultimamente ele sempre estava furioso. – Não gosto de ver gente morta.
- Não era gente morta. – eu disse indignada. – Era minha mãe, Jake.
- Tanto faz. – ele disse, insensível.
- Saia da minha casa, Jacob. – eu disse sem forças. A dose de remédio que haviam me dado fora muito grande e minha cabeça estava pesada e zonza.
- Por que? – ele perguntou, franzindo o cenho.
- Não te suporto mais. Você é frio, insensível, cruel e não me ama mais. Sei que me trai a muito tempo, só agora estou tendo a coragem suficiente de te mandar pra onde você merece ir. Vá pro inferno, Jacob Black. – eu disse minha visão começando a nublar.
- Você é insuportável. Bem feito, muito bem feito o que lhe aconteceu. Cuidou e salvou tanta gente, mas não pôde salvar a própria mãe. Deprimente, muito deprimente.
Eu queria matá-lo naquele momento. Mas o mundo começou a girar cada vez mais depressa e eu desmaiei antes de poder responder sua cruel ofensa.
Acordei horas depois, o efeito do remédio havia passado, mas minha cabeça ainda estava zonza e doía horrores. Cambaleei até o banheiro e abri o chuveiro, arrancando as roupas de qualquer jeito e entrando embaixo da água morna. Aos poucos fui despertando e a dor voltando muito intensa. As lágrimas e os soluços saíram livremente e eu chorei, chorei pela perda de minha melhor amiga, de meu maior exemplo, de minha tão adorada mãe. E Jacob... foi mais insensível e cruel do que eu realmente poderia imaginar!
“Cuidou e salvou tanta gente, mas não pôde salvar a própria mãe.”. Ele não deixava de ter razão no que dizia. Enquanto eu cuidava de Edward, minha mãe morria tão próxima a mim e eu não fiz nada para ajudar. Aos poucos as lembranças foram clareando e lembrei-me de algo que não reparara na hora. Vozes confusas foram tornando-se claras e fazendo sentido.
- Quem estava com ela? – Ângela perguntou aflita.
- Aro. Ele se descuidou, desligou o som dos aparelhos como sempre e quando ela deixou de respirar, o aparelho não emitiu aviso nenhum, e ele tão pouco viu. Sabia que aconteceria alguma coisa como essa em breve. – a voz de Caius chegou ao meu ouvido tão clara como se ele estivesse dizendo tudo isso naquele momento.
Aro. A culpa era dele. Todos sabiam que um dia isso aconteceria, eu sabia que um dia isso acabaria acontecendo. Só não imaginava que aconteceria com minha mãe.
Desliguei o chuveiro, minhas lágrimas pararam de correr, minha expressão endureceu.
Eu tinha contas a acertar com Aro.

POV EDWARD

Bella sofria. Eu tinha certeza disso.
Logo depois de ela salvar minha vida, trazendo-me de volta a consciência, Alice contou-me que a mãe dela havia morrido.
Pobrezinha, ela não merecia isso...
Dedicou-se tanto a mim, me ajudou tanto. E não pode ajudar a própria mãe.
Queria que ela estivesse ali pra que eu pudesse consola-la, pra que eu pudesse faze-la enxergar que ela era especial, que poderia superar a dor dessa perda. Ela me trouxe de volta quando a escuridão e a dor angustiante da morte me cercaram. Senti seu calor, seu cheiro e ouvi sua voz.
- - Edward. – ouvi sua linda voz distante - Estamos todos ansiosos por sua melhora. Estamos todos aqui torcendo pra que você volte. – aos poucos, ela foi-se tornando mais próxima e clara, e fui tomando cosciencia de sua proximidade, de seu cheiro. – Ontem eu estava saindo do hospital e vi o por do sol, o crepúsculo da tarde. Era tão lindo, Edward! Lembrei-me de você, o céu estava de uma cor muito parecida com seus cabelos. O bom tempo ainda está durando, queremos que você melhore a tempo de aproveita-lo, rapaz. Chega de dar sustos na gente que nosso coração é fraco.
E voltei. Lutei pra voltar. Pra que pudesse melhorar e estar ao seu lado pra sempre. Isso me deu forças pra melhorar ainda mais um pouquinho, consegui pela primeira vez apertar seus delicados dedos, mesmo que de leve. Aconteceu por que eu ouvi-a dizer que sentia um carinho imenso por mim. Isso foi o céu.
Mas agora ela precisava de mim e eu nada podia fazer pra ajuda-la. Perdia as esperanças de que ela viesse me cuidar naquela manhã, sua mãe morrera ontem, deveria estar chorando em sua casa, talvez sozinha. Que vontade de ir ao seu encontro, de consola-la. Senti-me mais impossibilitado e limitado do que nunca.
Estava mergulhado nas boas lembranças que ela me deixara ansiando para que o tempo passasse depressa e que ela voltasse pra mim.
Foi aí que eu ouvi. Barulho de passos apressados no corredor.
- Aro! – a voz de Bella gritou – Você vai me pagar pela morte de minha mãe, seu monstro!
O barulho absurdamente alto de um tapa. Confusão, vozes agitadas, correria.
- Largue-me! Quero mata-lo! Ele a deixou morrer, ele a deixou morrer! – Bella chorava desesperada.
Fiquei confuso. O que estava havendo? Quem Bella acusava de ter deixado sua mãe morrer e por que o acusava? Bella descontrolada? Só podia ser algo muito, muito sério.

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