AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

A Voz de um Anjo: Capítulo 8: Inimigos Perigosos

POV BELLA

Aos poucos fui parando de tremer, recuperando meu autocontrole. Eu estapeara Aro em meu local de trabalho! Isso era motivo suficiente de demissão, com razão ou não por te-lo feito, eu quebrara todas as regras da ética profissional quando trouxe meus problemas para meu local de serviço.
Encarei envergonhada o rosto do Dr. Jasper Hale que me olhava muito sério.
- Mais calma, Isabella? – perguntou com sua voz grave.
- Sim. – sussurrei, já sabendo que meu emprego estava com os segundos contados. – Jasper, eu...
- Não quero suas explicações, Isabella. – ele interrompeu e eu engoli em seco. Pronto! Jamais encontraria emprego em lugar nenhum, quem quereria uma enfermeira barraqueira que atacou o colega em plena UTI? Pois é, Bella, fim de carreira, amiga.
- Então estou demitida? – perguntei arrasada.
- Por hora, não. – ele disse enquanto me analisava com olhos profundamente críticos. – Vou analisar a situação e punir os culpados, disso tenha certeza. Pelo pouco que te conheço, não sairia por aí estapeando funcionários e desferindo calunias indevidas sem motivo algum. O que fez foi muito grave e será punida sim, não pode fugir a regra. Mas, por hora, volte a seu paciente.
Saí da sala de Jasper nas nuvens. Obrigada, Deus! Claro que ele não havia me absolvido da culpa pelo que eu fizera, mas pelo menos ganhara tempo para mostrar-lhe meu valor. E quanto a Victoria e Aro... eu não precisava fazer nada. Eles se afundariam na própria incompetência. Mas eles não me deixariam em paz agora. Aro ainda cuidava de Edward à noite. Victoria não sossegaria enquanto não me tirasse novamente da UTI, ou pior ainda, do Hospital.
Entrei no quarto de Edward e percebi surpresa que eu sorria. Estava ali alguém que me fazia muito bem, eu admirava sua coragem, sua luta pra viver, a força que tinha, que fazia com que melhorasse a cada dia. Há quase dois meses atrás ele deu entrada no Hospital desenganado pelos médicos e hoje estava a caminho da recuperação completa. Admirei-me ao constatar que almejava sua inteira cura mais do que desejara a cura de qualquer outro paciente que eu acompanhara. Já perdera muitos deles, mas sabia que jamais suportaria perder esse em especial. Edward Cullen, meu paciente, se tornara muito especial em minha vida.

POV EDWARD

Dias haviam se passado desde que eu ouvira o rebuliço no corredor. Passado um tempo de silencio, Bella voltou para meu quarto e começou a me cuidar. Queria perguntar-lhe o que acontecia, por que ela brigara com o tal de Aro, mas nada podia fazer incapaz como me encontrava. Ela agiu normalmente como se nada estivesse acontecendo, me tratou com o mesmo amor e carinho costumeiros, alimentando meu coração sedento por suas lindas palavras. Mesmo que fossem apenas frivolidades, as palavras de Bella me alimentavam e fortaleciam, o passado já esquecido, a dor já curada. Queria que nunca tivesse tomado aqueles remédios, queria te-la conhecido em outras circunstancias, e poder conquista-la, te-la em meus braços.
Mas o clima estava cada vez mais tenso. Todos os dias antes de Bella entrar em meu quarto, eu ouvi uma voz de homem falar asperamente com ela, ameaçando-a. Ela não retrucava, apenas pedia licença, que queria começar seu trabalho. Mas eu percebia que isso a perturbava. Por mais que ela mascarasse sua dor, eu sabia que sofria. Sofria pela perda da mãe e pela opressão dessas pessoas que eu nem conhecia. Mas eu os odiava. Os odiava pois feriam a minha razão de viver, a minha alma. Bella precisava de alguém que a defende-se e eu estava ali, entregue, precisando de seus cuidados ao invés de da-los.
Os dias eram o céu, com Bella ao meu lado e com as visitas freqüentes de Alice. Mas as noites me davam medo. Não pelo escuro. Mas pela solidão. Nenhuma voz humana para me fazer lembrar de que eu ainda vivia, de que haviam pessoas ali, próximas se eu precisasse de ajuda. Só o barulho dos aparelhos e aquele estranho que entrava em meu quarto as vezes pra mexer rudemente em meu corpo, me fazendo ficar mais desconfortável ainda ao invés de ajudar, saindo rapidamente. Mas eu não queria que ele ficasse. Preferia ficar sozinho e esperar pelo sono, dormindo até Bella voltar.
Mas tudo mudou numa noite. Ele entrou em meu quarto e ficou ao lado de minha cama e senti que por um momento que me observava. Minha mente alertou. Perigo! Ele não tinha boas intenções.
- Então você é o queridinho de Bella. – ele disse e reconheci aquela voz. Era o homem que todos os dias ameaçava Bella. Ele pretendia fazer algo a mim, mas eu não sabia o que. E tive medo. Estava ali, incapacitado de me defender, a mercê daquele ser cruel e asqueroso. Só uma pessoa poderia me ajudar mas ela não estava ali. Meu anjo, meu doce anjo.
Concentrei-me nas boas e fortes lembranças que eu tinha dela e gritei em pensamento: “Bella, me ajude! Ele vai me matar!”

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