AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Doce Vingança - Capítulo 4

Como de costume Isabella acordou cedo, o sol mal tinha dado o ar da graça quando se viu de pé com a rosa nas mãos imaginando como ela fora parar em seu quarto.

Deu um suspiro resignado, colocou-a junto às outras em um jarro que se localizava em cima de uma cômoda de mogno, seguiu até o lavatório e verificou que lhe faltava água para seu banho matinal, entretanto a pequena quantidade que possuía lhe era útil para sua higiene bucal.

Lavou seu rosto e quando estava pronta para buscar por auxilio leve batidas na porta chamou sua atenção.

Abriu-a e se deparou com uma das colaboradoras de lorde Cullen.

– Bom dia milady, trouxe água para sua limpeza! – lhe disse com um sorriso nos lábios.

Isabella avistou mais uma senhorita aparentemente mais jovem que a outra e sem dizer uma só palavra afastou-se da porta.

A duas adentraram em seu leito e seguiram até o lavatório, segundos depois a mais jovem se retirou.

– Milady, gostaria de minha ajuda?

Isabella encarou-a.

– Certamente, senhorita....?

– Judith Mayes, midady


[...]


Não estranhou ao chegar à sala de jantar e descobrir a mesa transbordando de comida, incluídos rins assados, presunto, ovos, pães-doces, bolos e geléia. Havia um criado disposto a ajudá-la, e para seu grande alívio não encontrou Edward.
Assim que o mordomo fez sua aparição, sentou-se e começou a se servir, surpreendentemente estava faminta, talvez fosse pelo fato de não ter se alimentado bem durante o jantar.

 - Lorde Cullen já levantou-se? – perguntou Isabella tentando parecer indiferente.

– Sua senhoria saiu cedo, pediu-me para avisá-la que voltará assim que possível para lhe dá atenção.

Quase Isabella se engasga com o pedaço de pão em sua boca.

Doce ilusão. Pensou que estaria livre do libertino.

– Obrigada.

Assim que acabou seu desejum lady Swan seguiu até a biblioteca da residência, se encantando com a grandiosidade e elegância do local.

Decidiu-se por poesias encontrando autores famosíssimos, como Edmund Spenser, Sir Philip Sidney, Andrew Marvell, John Milton, etc. se perdendo no tempo e espaço, se questionando como seria se Damien estivesse apreciando tanto conhecimento com ela, que nem ao menos notou a presença de Sir Edward analisando-a.

– Ficas tão graciosa divagando!

Sua voz rouca e sedutora era quase como uma caricia intima, fazendo seu pulso acelerar e seu corpo ansiar por mais.

Fechou seus olhos com força, depois o encarou.

– Estas me olhando há muito tempo? – questionou Isabella

Um sorriso diabólico surgiu nos lábios de Edward.

– Saber que aprecio sua delicada beleza a encanta? – retrucou.

Isabella piscou os olhos diversas vezes para depois encará-lo firme.

– Estas me olhando há muito tempo? – repetiu sua pergunta.

– Tempo suficiente para apreciá-la. Isso lhe encanta?

– Não, me desconcerta!

Ambos travaram um duelo mental, ficaram se encarando por longos minutos até que Isabella enfim desistiu.

– Desisto, considera-se o vencedor!

– Oh! Já cedeu aos meus encantos?

Era nítido o tom divertido na voz de lorde Cullen.

– NÃO, Milorde entendera errado... Estava me referindo ao duelo de olhares... Não a nosso... Nosso... Acordo! – explicou-se visivelmente atordoada.

Aproximou-se de Lady Swan, colocou suas mãos em cada braço da poltrona, deixou sua face tão próxima a dela que podia sentir a sua respiração acelerada batendo de encontro a sua.

– Duelo de olhares? Acredito que você tenha entendido errado... – sua voz rouca deixou-a abobalhada – ...Estava somente apreciando cada detalhe de sua linda e delicada face...

Seus lábios roçaram-nos dela, deixando-a completamente rendida. Por puro instinto e desejo crescente, os abriu desejando um contado maior, um beijo mais profundo.

– ...És tão linda Isabella – Disse enquanto distribuía beijos por sua mandíbula, chegando ao lóbulo de sua orelha, mordiscando o local.

Um gemido baixo saiu dos lábios de lady Swan, ela necessitava mais, precisava de muito mais. Levantou seus braços para puxá-lo, desejava senti-lo junto de si, entretanto encontrou somente o vazio.

Lorde Cullen já caminhava à saída “Estarei lhe aguardando” disse altivo, deixando-a confusa na poltrona, desejosa por mais.

Isabella passou as mãos nervosamente pelos cabelos, seu pulso ainda estava acelerado, e sua respiração entrecortada.

Deixou que seu corpo amolecesse na poltrona, fechou os olhos e forçou-se a pensar em outra coisa que não fosse os lábios do libertino que decidira atormentar sua vida ou em como Damien agiria vendo-a entregar-se dessa maneira.

Com muito custo, após alguns longos minutos sentiu-se calma novamente.

Levantou-se, guardou o livro que segurava antes da aparição daquele ser diabólico, passou as mãos pelo vestido e pela face algumas vezes até sentir-se segura. Respirou fundo e retirou-se da elegante biblioteca.

Quando chegou a sala o avistou apoiado na janela, olhando para seu lindo e pequeno jardim, como uma estátua, lindíssimo com um smoking preto que ajudava a deixá-lo ainda mais formoso.

Ele não pareceu reparar sua presença de início, embora Isabella estivesse segura de que era muito consciente. Quando falou em voz baixa, deixou-a surpreendida.

– Adoraria que me acompanhasse ao Regent Street!

Isabella assustou-se com o convite.

– Gostaria que me auxiliasse em algumas compras... Alice está chegando no final da semana, gostaria de presenteá-la – lhe explicou quando Isabella permaneceu calada divagando por seu passado recente.

– Certamente, será uma honra auxiliá-lo milorde!

Sir Cullen virou-se e olhando em seus olhos sorriu fraco.

– Quando decidirá me chamar pelo nome?

Isabella nada disse, somente o encarou firme, e agradeceu internamente quando o mordomo adentrou ao salão, seria trágico perder a batalha mais uma vez.

– Milorde! A carruagem está ao seu dispor!

– Obrigado

Edward se aproximou de Isabella e olhou-a por inteiro.

– Apreciaria que aproveitasse a viagem e escolhesse algo a sua altura – Delicadamente acariciou a face de Lady Swan com as costas de sua mão para em seguida colocar um fio de cabelo solto trás de sua orelha - Algo que possa fazer justiça as suas preciosas curvas.

Isabella engoliu seco.

Edward lhe presenteou com um sorriso torto deixando-a ainda mais nervosa, para em seguida enlaçar seu pequeno e frágil braço ao seu, segurando-a firmemente, conduzindo-a até a carruagem que os aguardava.

O caminho foi silencioso, imagens do que ocorrerá na biblioteca passeavam pela cabeça de Isabella, e tê-lo tão perto dela fazia seu coração acelerar e seu cérebro puni-la.

Por que ele possuía o poder de desestruturá-la?

Antes que pudesse inventar qualquer resposta – pois tinha consciência que não encontraria argumento lógico para a questão – a carruagem parou e Edward com toda elegância a conduziu até a loja desejada.

Pararam em frente à Bernstock Speirs, a loja que produzia os chapéus mais elegantes de toda a Londres.

– Alice possui uma coleção de chapéus incríveis, certamente irá se encantar com as novidades. – comentou Edward segurando-a.

Quando pisaram na loja um jovem se prontificou a atendê-los, entretanto Isabella sentiu a primeira conseqüência do que se tornará sua vida. Os olhares em sua direção eram visíveis, assim como buchichos maldosos entre as senhoras, que propositalmente eram indiscretas.

Respirou fundo e ajudou Lorde Cullen em suas escolhas, tanto para a jovem Alice como para si.

Sentia-se constrangida, pois além de pagar por chapéus, vestidos e jóias, Edward não escondia seus comentários embaraçosos diante dos diversos espectadores.

Porém o momento mais delicado fora quando estavam no Fortnum & Mason, não soube dizer se Edward quisera adentrar o local propositalmente ou se fora uma simples coincidência.

Respirou nervosamente e abaixou a cabeça, era demais, dias antes estivera ali com seu pai a pedido de seu noivo, fora apresentada aos colaborados como futura dona do estabelecimento, e hoje não passava da amante de um libertino.

Sentiu que lágrimas traiçoeiras queriam sair por seus olhos, porém seu orgulho ajudou-a a resistir à tentação.

Edward parecia alheio a tudo, e como estava no local com o intuito de escolher perfumes, borrifava uma generosa quantidade em sua pele afim de escolher um que lhe agradasse.

– Hum... adorei este... misturado a sua essência natural... – sussurrou em seu ouvido após inspirar o cheiro doce que havia colocado em seu pescoço.

Sentiu seu rosto esquentar e em uma tentativa de se esconder dos olhares desviou sua face, para em seguida se arrepender.

Damien Mason os observava de longe, sua face parecia retorcida de ódio e Isabella sentiu-se suja e envergonhada.

Sem dizer uma palavra sairá em disparada para o carro de Edward, segurando-se para não chorar, entretanto seu orgulho próprio acabou sendo vencido, deixando que as lágrimas presas caíssem como enxurradas.

Edward com toda sua elegância comprou o perfume e ao longe cumprimentou o jovem Mason, para em seguida adentrar o carro e acalentar a jovem Isabella, que de tão fragilizada aceitou seu abraço de bom grado.

– Leve-nos para casa! – ordenou Cullen a Sebastian.


[...]


Havia acabado de passar as coordenadas de como gostaria que tudo estivesse para a chegada de Alice.

Quando se tratava de suas irmãs Edward era no mínimo exigente.

Isabella assistia a tudo com atenção. Por mais que ao longo dos dias Edward demonstrava-se um homem totalmente diferente do pervertido que imaginava, vê-lo preocupado com as acomodações de sua irmã mais nova a deixava intrigada.

– Quero muitas flores amarelas em seu leito. Alice as adora, e isso fará com que se sinta acolhida.

– Pode deixar Milorde. Cuidarei de tudo pessoalmente. E não esquecerei de abrir as janelas para deixar o aposento mais arejado. – lhe respondeu Esme.

Edward lhe passou mais algumas recomendações antes que a governanta pudesse enfim, fazer seu trabalho.

Um pouco agitado lhe serviu um vinho tinto, tomando um considerável gole para em seguida sentar-se de frente para Isabella, encarando-a com uma intensidade mortal.

– Não imaginava que o senhor fosse um irmão tão afetuoso! – comentou Isabella.

Ele lhe sorriu torto.

– Libertinos também tem sentimentos!

– Nunca achei que fosse diferente... Entretanto quais seriam os mais dominantes.

Isabella questionou-o sarcástica.

Edward se inclinou um pouco pra frente.

– Só há um jeito de descobrir...

Lorde Cullen levantou-se, tomou todo o vinho que continha em sua taça e voltou seu olhar para a jovem Isabella.

– ... Se quiser conhecê-los estarei em meu aposento!

Edward seguiu rumo ao seu leito, saiba que Isabella não iria procurá-lo, ainda havia uma enorme desconfiança dentro de si, ainda mais depois das compras que fizeram dias atrás, entretanto deixá-la intrigada fazia parte de seu jogo.

Seu jogo... Até quando agüentaria? Fazia dias que Isabella estava em sua propriedade, dias que não saciava seu desejo de homem, e podia jurar que a qualquer momento invadiria seu leito e iria lhe impor seu desejo.

Aos poucos começou a tirar cada peça de roupa até ficar completamente nu.

Ela era uma Swan.

Porque infernos ele não agia descortês e rude com ela?

Uma voz distante o fazia lembra de tudo o que lhe aconteceu. Tudo o que aconteceu a sua família... Alice...

Como seria quando ela chegasse? Será que conseguiria ser cortes com Isabella?

Suspirou pesadamente, desejando escolher um futuro digno para a caçula dos Cullens.

Isabella ainda não conseguia sair da poltrona, estava imóvel se perguntando quais sentimentos dominavam Lorde Cullen.

Os segundos se passaram, tornando-se longos minutos...

Não soube dizer ao certo quanto tempo ficou paralisada na poltrona, porém em um determinando momento seu corpo exausto pediu por descanso.

Isabella adentrou seu quarto, assim como todas as outras noites verificou a fechadura, certificando-se que estava devidamente trancada. Para em seguida avistar a flor branca que havia encontrado naquela manhã.

Desde que chegará sempre que despertava havia uma rosa no travesseiro ao lado.

Como ela iria parar ali ainda era um mistério, entretanto sempre que acordava e avistava a flor ao seu lado sentia algo enigmático e mágico dentro de si.

Poderia parecer estranho, mas as rosas a deixavam bem.

Retirou sua roupa, fez sua higiene e vestiu-se com sua camisola de seda.

Sorriu ao lembrar-se do dia quem fora com Edward às compras. Havia vestidos que jamais se imaginou dentro, eram tão justos e decotados que a deixava envergonhada.

Um nó se formou em sua garganta, Damien a vira ao lado do libertino, havia tanto ódio em sua face que a deixava amedontrada, do que ele seria capaz?

Antes mesmo de tentar imaginar algo acabou desistindo de entender seu ex-noivo ou seu futuro amante para se entregar aos braços do sono.

Quando finalmente despertou-se guardou mais uma flor depositada em seu leito, cuidou de sua higiene e com ajuda de Judith optou por um vestido rendado com um decote quadrado da cor verde, fez um coque simples e desceu para o desejum.

Hoje a jovem Alice chegaria, por isso não estranhou encontrar a condensa sentada a mesa do café junto ao Lorde Cullen.

– Bom dia!

Isabella os cumprimentou e sentou-se a mesa, Edward retribuiu o cumprimento e lhe presenteou com um belo sorriso nos lábios, entretanto Rosálie nada lhe disse e continuou agindo como se não a tivesse visto.

A manhã passou lenta, quase não falou e deixou-se vagar no que a chegada de Alice iria interferir em sua estadia forçada á propriedade de Edward.

Algo dentro de si temia a chegada da jovem...

Fora então que um barulho de cavalos chamou sua atenção, deixando Isabella em alerta.

Edward e Rosálie ansiosos apressaram-se em seguirem até a entrada, Isabella timidamente os seguiu analisando tudo o que ocorria. Avistou o mordomo junto ao cocheiro ajudarem a bela jovem a sair do carro.

Linda!

Não havia adjetivo melhor.

Mas o que poderia esperar?

Era uma Cullen, e pelo que já virá, a beleza se fazia presente em qualquer linhagem daquela curiosa família.

Usava um vestido rosa, simples e comportado, seu cabelo negro estava muito bem penteado com um coque feito por tranças e sua sutil maquiagem a deixava ainda mais bela.

Havia uma senhora bem vestida ao seu lado, segurava com certa delicadeza e pôde perceber que lhe sussurrava algo.

Após alguns segundos Alice chegara até a porta principal onde fora recebida com abraços calorosos de seus dois irmãos.

– Deixe-me vê-los! – pediu Alice.

Sua voz era tão delicada, que a tornou mais bela.

A jovem se afastou de seu irmão e com as pontas dos dedos tocava sua face, enquanto seus lindos olhos azuis vagam distantes...

Oh!

Ofegou Isabella internamente para o óbvio.

Era impressão sua ou a pequena Alice era cega?


Autora Vasquez

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