AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Umbra - Capítulo 01 : A Família



Meu nome é Renesmee Carlie Cullen.

Sou filha de Edward e Bella Cullen. Sobrinha de Alice, Jasper, Emmett, Rosalie e neta de Carlisle, Esme e Charlie e Reneé.

Excluindo meus avôs Charlie e Reneé (de quem, junto com Esme, herdei o nome) meus outros parentes são vampiros. Eles são diferentes dos vampiros normais por que não matam humanos e sim animais para se alimentarem. E eu sou meio humana e meio vampira, já que Bella me teve antes de se transformar.

Eu tenho a sorte de ter uma família muito grande e de todos serem extremamente amorosos. Essa consideração pela vida humana como “lema” é o que une a minha família e os tornam tão particulares: vampiros normalmente não têm casa, ou costumam viver bem com outros de sua espécie, em harmonia.

Carlisle é o vampiro mais velho, o mentor, apesar de aparentar não ter mais idade que os outros; nada comparado com o vovô Charlie pelo menos (pai de Bella); Esme é sua esposa, ela é doce e maternal; tia Rosalie e tio Emmett: ela linda e ele grandalhão; tia Alice e tio Jasper ela é meio avoada e totalmente alegre e, bem ele é meio fechadão; e meus pais Edward e Bella. Esses são os Cullen.

Eu nasci em uma cidadezinha chuvosa no estado de Washington chamada Forks que apesar de ser pequena tem também suas particularidades (não estou falando de minha família estar instalada aqui há anos se passando por mortais), por exemplo, existe uma tribo indígena na região chamada Quileutes e esses, por motivos que alguns poderiam chamar de mágicos, tiveram uma transformação devido à presença de vampiros em suas terras: eles podem se transformar em lobos. Na verdade Super-Lobos. Bella me disse que quando o bando começou a aumentar houve um boato de ursos descontrolados à solta.

Ei, eu ri um bocado da cara de Jacob quando ouvi isso.

Ah, Jacob é meu melhor amigo. Ele é um dos chamados Alphas (isso quer dizer líderes) das duas matilhas de Lobos de Forks. O outro é Sam. Eu nunca falei muito com ele, mas Jacob o respeita bastante, assim como minha família.

Em falar em magia nós somos também cheios de “talento”, por assim dizer. Alguns têm poderes especiais (como os X-Men), como tia Alice que pode ver algumas cenas do futuro (apesar de eu e os Lobos darmos “interferência” em seu poder); tio Jasper que “sente” as emoções das pessoas e pode interferir nelas e, finalmente, meus pais.

Edward pode ler mentes. De todo o mundo, tá menos de Bella por que ela tem um incrível escudo que era extremamente forte mesmo quando era humana, na verdade foi isso que atraiu os dois, além de outros fatos... mas Edward também pode ler minha mente.

Bella recentemente conseguiu extrair esse escudo para poder utiliza-lo como proteção em uma situação recente totalmente assustadora para todos aqueles que eu amo. Deixe-me tentar explicar:

Por eu ser mestiça todo mundo ficou meio assustado quando Bella engravidou por que ninguém sabia o que poderia sair de lá.

Tio Emmett me disse que a situação quase ficou feia com os Lobos por que eles tinham medo de eu machucar as pessoas de Forks, de ser incontrolável. Eu não sei muito bem como tudo se resolveu por que no meio da conversa Bella apareceu e ficou muito brava com tio Emmett que parou de falar. Eu só sei que depois que eu nasci tudo ficou bem com os Lobos.

De qualquer forma um dia uma vampira que era conhecida da família veio nos visitar, só que antes que conseguisse conversar com alguém ela me viu e achou que eu fosse outra coisa. É que certa vez alguns vampiros transformaram crianças humanas, algumas delas viraram um tipo de monstro e isso foi errado, então houve uma guerra para poder controlar os danos causados por isso. E essa vampira chamada Irina pensou que eu fosse uma dessas crianças.

Eu sei disso por que ouvi um pouco quando Carlisle explicou pra Jacob do por que dos Volturi estarem vindo atrás de nós.

Os Volturi são os chefões dos vampiros (como eu penso neles). Eles têm aparência empoeirada (são muito antigos mesmo e a pele deles é branquíssima) e imponente, já que governam todos os vampiros e cuidam para que nada saia dos trilhos, e Irina contou a eles sobre mim. Sobre o que pensou que eu fosse, então eles vieram punir por Justiça.

Alice previu a vinda deles e todo mundo ficou com medo. Só que eu sou diferente por que eu cresço bem rápido e meu coração bate, então alguém teve a idéia de reunir muitos amigos pra testemunharem para os Volturi que eu não era uma criança imortal. Muitos vampiros vieram para casa então, algumas também com talentos especiais. Então quando os Volturi vieram eles testemunharam que me viram crescer, que tinha sangue correndo em minhas veias.

Os líderes – Marcus, Aro e Caius – tiveram que acreditar nelas. Só que mesmo assim eles arrumaram um motivo para atacarem a todos nós: o fato de eu crescer muito rápido e sem perspectiva de parar fez com que eles dissessem que eu era uma ameaça. No entanto Alice, que tinha sumido desde que teve a visão da vinda deles, voltou com sua própria testemunha: Nahuel.

Ele era mestiço como eu e ainda tinha irmãs mestiças. Ele relatou que também cresceu rápido – atingiu a maturidade física com 7 anos de vida - e desde então (um século e meio depois) estava igual.

Então os Volturi não tinham mais desculpas para nos atacar e foram embora.

Nessa época eu tinha sete meses de vida, mas aparentava ter 3 anos e meio fisicamente. Intelectualmente eu era bem mais avançada.

De qualquer forma, no dia seguinte ao de termos nos livrado dessa ameaça, todos tinham ido embora menos Nahuel e sua tia Huilen que estavam hospedados conosco. Vale falar que vampiros não dormem, mas eu sim. E os Lobos também.

Quando acordei na próxima manhã o nível de alegria e tranqüilidade era extremamente relaxante em comparação com todos os meses de tensão apenas aguardando os Volturi.

Meus pais me saudaram quando acordei, me ladeando.

– Tudo bem Nessie? – minha mãe não gostava desse apelido no começo.

Eu sorri para ela, para eles, tão felizes e bonitos e de repente perguntei, ou melhor demonstrei por meio do meu “talento” (Eu podia mostrar lembranças visuais, ou pensamentos através do toque - totalmente sem graça, se me perguntarem) como eles se conheceram.

Eu não sei de onde a pergunta veio, sinceramente.

Bella ergueu as sombrancelhas surpresa e Edward sorriu abertamente. Então eles se entreolharam totalmente envolvidos antes de Bella rir e se voltar para mim.

– Essa foi surpreendente.

Eu sorri.

Depois de algum tempo ouvir embevecida meus apaixonados pais contarem como tinham se
conhecido, o relato deles finalmente foi interrompido por meu estômago que exigia ser preenchido e anunciou o fato com um ronco extremamente embaraçoso. Eles então decidiram que era hora de eu me vestir para irmos à Casa Grande (como eu chamava).

Nós três ficávamos durante a noite em uma casa separada que estava construída no meio da vegetação à noroeste da casa onde os outros viviam.

Nós ganhamos esta particularidade para que meus pais, recém casados, pudessem ter alguma privacidade. De qualquer forma, no meio do caminho reparei na quantidade inabitual de vozes dentro da casa.

Quando cheguei e pude visualizar o motivo dei palmas e pulos de alegria.

Além dos Cullen a casa estava tomada pelos Quileutes.

Todos me olhavam quando entrei. Eu acenei para eles enquanto Edward me colocava de pé no chão.

– Eles estão aqui para comemorar – ele me explicou

Percorri a maré de rostos, ainda sorrindo. Muitos dos Quileutes eu ainda não conhecia ou não tinha tido muito contato.
Então, depois de percorrer grande parte dos presentes, vi Jacob com os braços cruzados no meio de Quil e Embry sorrindo de volta pra mim. Eu me voltei para meus pais de forma pedinte e Edward assentiu permitindo. Um segundo depois já estava correndo em sua direção.

Jacob provavelmente era a pessoa mais alta do local (tirando tio Emmet), mas como estava abaixado e encostado na parede eu tinha justificativa por não tê-lo notado de imediato.

Quando me viu correndo para ele sorriu, como sempre sorria, e então se abaixou abrindo os braços para me acolher. Eu abracei seu pescoço feliz e ele me envolveu com seus braços me levantando enquanto se erguia da posição baixa. Sua risada rouca em minha orelha.

– E aí baixinha? Eu já estava ficando cansado de te esperar. – ele disse, enquanto me ajeitava em seus braços.

Eu coloquei minha mão em seu rosto e mostrei como meus pais me contaram sobre eles naquela manhã. Ele franziu as sobrancelhas por um instante e depois voltou a sua expressão normal.

– Foi uma manhã cheia, então? – eu assenti com a cabeça

Enquanto conversávamos as pessoas ao redor pararam de prestar atenção ao que fazíamos e retomaram suas conversas interrompidas com nossa chegada.

Jacob se virou para mim, então.

– Quer conhecer meus irmãos?

Eu chacoalhei a cabeça em concordância e quando reparei Bella e Edward me ladeavam pelo lado esquerdo.

– Teria como nos apresentar também? Ainda não tivemos a oportunidade de conhecermos seus... novos irmãos – ele disse, franzindo levemente o cenho.

Jacob deu uma risada como se fosse para si mesmo e respondeu

– Verdade, acho que Sam quis esconder eles um pouco.

Eles sorriram levemente uns para os outros e eu sorri para eles de volta sem entender totalmente o comentário.

Eu cumprimentei Embry, Quill e Seth que estavam à sua volta (Seth tinha acabado de chegar com uma bandeja de salgados) e levei novamente minha mão ao seu rosto para perguntar sobre Leah.

Ele sacudiu a cabeça e me respondeu de maneira séria:

– Ela não estava se sentindo a vontade e resolveu não participar da festa.

Eu considerei a resposta. Apesar de Leah se manter afastada eu gostava dela.

Jacob se dirigiu para o lado esquerdo onde Sam estava conversando com Jasper, me surpreendi como pareciam amigáveis. Atrás deles, mais próximos à janela, estavam três rapazes que enquanto nos aproximávamos reparei serem completamente idênticos.

– Nessie, Edward, Bella. Esses são os Redsun. Billie, Rich e River, os trigêmeos.

Eu não poderia compara-los ou identifica-los. Os três pareciam ser bastante jovens, todos com músculos aparentes apesar de magros. Tinham um rosto bastante afilado em relação aos Quileutes que eu conhecia, seus narizes aquilinos. Os olhos, no entanto, pareciam maiores do que os do restante. A pele luzidia de seus braços tremeu quase uniformemente quando nos aproximamos.

– Por que eles são iguais? – não pude deixar de perguntar quando percebi suas faces semelhantes.

– Eles são irmãos que compartilharam coisas dentro da barriga da mãe. Todos eles nasceram quase ao mesmo tempo – me explicou Edward – Isso pode acontecer às vezes.

Eu, bastante curiosa, me ergui ante os braços que me seguravam.

– Posso tocar vocês, por favor? – pedi

Os três, que até então apenas alternavam olhares de meus pais para Sam, me encararam.

– É que eu nunca vi isso! – tentei me justificar, pensando que talvez tivesse machucado eles pelo modo como me expressei. Edward havia me explicado há muito tempo que algumas pessoas poderiam se ofender com perguntas curiosas.

Naquela época eu tinha perguntado para Zafrina se não existiam homens no Brasil, país em que tinha nascido. Eu não sabia da existência de Nahuel ainda.

De qualquer forma eles pareceram não se importar.

– Como assim, eu sou o mais bonito! – Fez o mais próximo à janela, enquanto o que estava mais rente a nós girou os olhos.

– Por favor, desculpe nosso irmão. – fez ele – River gosta muuuito dele mesmo. – Reparei que o timbre de sua voz parecia um pouco mais grave do que o que tinha se pronunciado antes.

O do meio riu.

– Como se o Billie não fosse mais convencido – fez ele para River, cutucando-o com o ombro.

Eu gargalhei. E então algo me ocorreu.

– Deve ser bom ter irmãos! – exclamei, alegre por estarem alegres.

Senti Jacob se endurecer.

– Não se você tiver duas irmãs... – respondeu ele, dando de ombros.

– Eu queria conhecer Rachel e Rebecca – respondi.

– Não sei Nessie, elas são chatas.

– O que quer dizer “chatas”?

Todos riram.

– São pessoas que a que nos aborrece ficar junto. – Respondeu Bella.

– Eu não sei o que isso quer dizer – respondi

Todos riram novamente.

– É que você acabou de conhecer os Redsun. – respondeu Jacob, sentenciando.

Depois fomos apresentados aos quatro outros novos membros dos bandos: Peter, que era o mais baixo de todos, apesar de encorpado; Jeremy que tinha um rosto redondo e dentes ligeiramente encavalados; Hawik e Joseph, que também eram irmãos. Hawik – o mais velho - tinha uma mecha branca tingindo o lado esquerdo de seus cabelos curtos; e finalmente Joseph que parecia ser extremamente sério em seu rosto moreno e anguloso.

Emmett e Rosalie estavam acompanhados de Paul e Jared; Carlisle conversava com Esme, Collin e Nahuel e Alice estava no que parecia uma explicação sobre sentimentos femininos com Brady. Huilen estava sozinha sentada em um dos degraus da escada, parecendo se sentir muito desconfortável.

Em determinado momento Sam foi até Carlisle, atravessando a sala. Era impossível não perceber sua importância quando todos os dezesseis Quileutes pararam automaticamente para prestar atenção aos seus movimentos. Inclusive Jacob que naquele momento estava em uma conversa com meus pais sobre as lendas de sua tribo.

Após alguns segundos Carlisle surpreendentemente abraçou Sam.

– Ouçam todos! – disse, assim que se separaram – Sam acabou de me informar que marcou a data de seu casamento com Emily!

Todas deram vivas.

– Apesar de não podermos comparecer nesta oportunidade, estamos honrados em sermos informados e gostaria de desejar o melhor para os noivos!

Alguns aplaudiram e outros gritaram em felicidade ao acontecimento.

Jacob então se virou para meus pais.

– Eu queria levar Nessie. – disse.

Senti a tensão emanar por eles.

– Não sei. – Bella respondeu – Nessie nunca foi a nenhum lugar fora daqui além da casa de Charlie.

– Vamos lá, Bella. Você ia deixar eu cuidar dela se acontecesse alguma coisa com vocês, eu devo servir pra cuidar dela nessa festa !

– Isso foi golpe baixo, cachorro – Edward respondeu, transformando seus olhos em fendas

Bella chacoalhou a cabeça

– Não, ele está certo. É que eu não fico confortável com a idéia em estar longe dela em um ambiente tão diferente.

Os três ficaram em silêncio um momento.

– De eu ficar com humanos sem vocês, você quer dizer. – Ponderei

Um arrepio percorreu o braço que me segurava.

– Não se preocupem. Eu sei que machucar eles é errado. – tentei convencer

Minha mãe suspirou. Reflexo psicológico involuntário.

– Renesmee você sabe o quanto isso é assustador?

– O que? – perguntei curiosa

– Você não saber o que significa a expressão “chato” mas conseguir entender exatamente o que eu estou pensando?

Edward esfregou seu braço carinhosamente, sorrindo.

– Acho que vamos ter que deixar ela ir.

– É. Eu acho que sim. – respondeu Bella com uma expressão inconformada e orgulhosa ao mesmo tempo.

Jacob sorriu e eu devolvi toda a felicidade para ele batendo palmas de satisfação.



– Por que vocês não foram convidados? – consegui perguntar finalmente aos meus pais, enquanto me colocavam para dormir após horas de festa e a saída dos Lobos (que terminou com um após o outro se transformando em nosso gramado enquanto partiam – Jacob ficando por último, é claro).

– Houve um acordo há muito tempo atrás que nos proibia de passar certo território por que poderíamos machucar alguém. – Começou Edward

Eu fechei a cara. Isso não parecia justo.

– Se fosse por Sam ou Jacob nós seríamos convidados, mas muitas das pessoas da tribo ainda tem medo de nós. – continuou ele.

– Por que?

Meus pais se entreolharam

– Algumas pessoas têm medo do que não entendem, Renesmee – fez minha mãe – elas ficam assustadas, precisam de uma explicação para aquilo estar acontecendo. Além disso são poucos os vampiros que respeitam a vida humana, eles têm motivos para terem medo de nós.

Eu chacoalhei minha cabeça, como tinha aprendido com Bella. Eu não entendia direito.

– Agora durma, preciosa – falou meu pai.

Ele começou a cantarolar a minha cação de ninar e eu pisquei lentamente e peguei no sono logo depois.


Autora: Nina

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