POV de Bella
Edward não falava nada durante o percurso até o tal restaurante, ele só me olhava de canto e eu, coitada de mim, só morria internamente, sentindo aquele perfume que contaminava cada poro do meu corpo. Tentando quebrar o silêncio, apertei o botão que ligava o player do carro, estava numa rádio qualquer.
Comecei a cantarolar, acompanhando a música.
– Pelo jeito gosta dessa música. – Ele disse rindo.
– É, acho que... combino com ela. – Eu ri.
Ele parou o carro. Nós estávamos em um lugar onde eu podia ver perfeitamente a estátua da liberdade. Era uma casa, parecia ser do tipo rústica, mas conforme fomos entrando, eu percebia que ali era bem aconchegante. O garçom nos levou em direção á uma mesa num lugar mais reservado, perto de grandes paredes de vidro, que davam visão para um jardim iluminado por lamparinas e enfeitado por flores e um pequeno chafariz.
– Então... – murmurei. – Me liga e simplesmente avisa que vai passar para me pegar?
– Se prefere, podemos ir embora.
– Não, agora já estamos aqui. – Retruquei. – Só gostaria que avisasse antes, eu não posso ficar saindo assim, do nada...
– Tudo bem, na próxima.. eu aviso. – Ele bebericou um pouco do vinho em sua taça. – Como vai seu namoro com o Mike? – Ah, qual é... ele não veio aqui, do outro lado da cidade para falar do meu namoro-fachada com o Mike, né?
– Vamos falar do Mike? – Ele ergueu uma sombrancelha. – Ok, Mike vai bem. Mandou lembranças. – Eu ri.
– O que quer dizer?
– Bem, só para constar... Mike e eu meio que... terminamos, mas não terminamos. Estamos apenas num... namoro de fachada. – Murmurei.
– Resolvendo sair da linha, senhorita Swan?
– Cansei de pisarem em mim... eu não... eu não estou afim de seguir algumas regras. – Sorri maliciosamente.
Edward aproximou-se de mim e me deu um beijo. Cara, se no carro, longe dele eu estava morrendo por causa daquele perfume, daquela camisa colada e daquele corpo... aqui, eu não vivo mais. A língua dele explorava minha boca inteira, me deixando sem ar, uma de suas mãos segurava minha nuca e a outra estava em minha cintura. Depois de um tempo, ele finalmente nos separou. Eu arfei. Deus, isso é castigo ou alguma benção?!
– Pensando besteiras, Bella? –Voccê nem imagina...
– Não. – Menti.
– Mente muito mal. – Ele riu. – Pensando em quê?
– Em nada. – Nesse seu corpinho digníssimo de um deus grego e se isso é algum tipo de castigo que eu estou pagando.
– Ok. – Ele resmungou.
– Pensando em quê? – Perguntei. Edward mantinha os olhos fixos em mim.
– Em você.
– Como assim? – Omg, porque raios ele estaria pensando em mim?
– Pensando em quando é que eu vou poder ficar a sós com você, sem que hajam pessoas por perto. – OMG.
– Bella? Você está bem?
Não, não estou bem. Você acaba de dizer que está pensando em quando é que vai poder ficar a sós comigo e ainda pergunta se estou bem? Engasguei com o refrigerante, afinal, ressaca em plena segunda-feira não seria nadinha agradável. Edward me olhava, atendo a cada gesto meu e, ainda por cima, rindo. Omg, aquele sorriso de meu-dentista-tem-orgulho-de-mim, junto com os olhos verdes.
– Respira, Bella. – Ele me tirou do transe. – passando mal, aí? – Ele riu de novo.
– Não tem graça. – Eu disse emburrada. – Ah, qual é, nós dois sabemos que você sabe muito bem o efeito que causa nas mulheres.
– Efeito? – Ele me olhou revirando os olhos.
– Você as deixa deslumbrada.
– EU deixo você deslumbrada?
– Sempre. – Murmurei. – Ainda diz que está pensando em quando é que vai ficar sozinho comigo... depois pergunta se estou bem? É LÓGICO que NÃO estou bem.
– Humm... Estava pensando mesmo. – Ele falou calmamente.
– E eu estava pensando em porque eu?
– Cansei dos tipinhos bronzeadas, altas, loiras e populares. Você é diferente. Interessante.
– Aham, sei.
– Sabe onde você ficaria bem?
– Hum...
– No meu apartamento. Na minha cama, junto comigo.
OMG. PARA TUDO E CHAMA A NASA!!! Ele disse aquilo? Ele disse aquilo mesmo? Sim, agora eu sei que isso é castigo né? Só pode. Isso é castigo porque eu não fui uma boa pessoa. Eu. Na. Cama. Dele. E. Com. Ele? Omg, isso não ia prestar...
– Você é pensativa demais, quer compartilhar o que se passa na sua cabecinha?
– Na verdade, prefiro não comentar. – Senti meu rosto arder. Ótimo, agora ele sabia que eu estava pensando mais besteiras. – Você ta de brincadeira com a minha cara, né?
– Não. Falei sério.
Jesus, me chicoteia.
– Na quarta-feira, depois do seu treino, me espere no jardim. De lá, vamos para minha casa.
– Ah, como se fosse simples, quer que eu diga o quê? – Falei irritada. Esse cara acha que é fácil dobrar minha mãe... – Mãe, vou passar a tarde na casa do meu professor. Ah, eu te contei que estou de casinho com ele? Não. Bom, está sabendo agora. Tchau!
– Você vai dizer que vai dormir na casa de alguma amiga sua. – Ele respondeu. – Não dê detalhes, apenas fale isso.
– Olha, eu tenho duas primas que moram comigo, acha que isso ia colar? Elas normalmente vão junto. Clube da luluzinha, sabe como é.
– Então eu te levo á noite. – Ele sorriu.
– Ei, espera aí! Você me disse que morava perto da minha casa...
– É, mas disse só para encher o saco mesmo. – Ele riu. – Eu moro mais no centro, num edifício. O... Vall’s Boulevar.
P.Q.P. Ele morava no prédio mais caro, mais bonito, mais... mais mais de NY. O Vall’s Boulevar é o sonho de consumo de todo mundo. A nata da cidade tem apartamentos lá, fiquei sabendo que é raro quando alguém resolve se mudar. Ca-ram-ba.
– Ta, ok.
– Olhe, por mais que eu pareça um maníaco sexual, ou um professor pervertido... – um professor maníaco sexual gostoso, MUITO gostoso. Foco, Bella. FOCO. – E, por mais que eu pareça meio...
– Frio?
– É. Frio... Eu... eu não sou assim, Bella. – Pela primeira vez, bem, não primeira, mas, hoje Edward aprecia incrivelmente sincero com o que dizia.
– Hum. – Murmurei. – Mas ainda sou a garota que você acha interessante. – Me pergunto se isso seria um bom sinal.
– Sim, você é interessante. – Ele sorriu. – Me diz, o que seus amigos acham disso?
– Bem, minhas primas sabem o que eu já passei, o Mike me entende... bem, ele e eu apenas nos confundimos um pouco. Somos melhores amigos, estamos no mesmo barco e... bom, as outras, acham que isso não passa de uma diversão. – E eu estava acreditando piamente nisso.
Ah, qual é Bella? Quando é que você vai cair na real? Eu perguntava a mim mesma, numa batalha árdua e interna, onde uma Bella-Anjinha dizia que eu tinha que eu tinha que sair desse rolo em que me meti. E, onde uma Bella-Diabinha dizia que eu tinha que continuar. Eu não podia estar ficando louca.
– Você acredita que isso tudo é alguma diversão, né? – Ele me tirou do transe. Cara, ele quase lê mentes. Deus, iria me ferrar se isso acontecesse.
– Acredito sim. Afinal, Edward, eu sou a garota de terceiro ano do ensino médio, que é uma líder de torcida, tem sua turminha, sai, bebe, fica com caras e namora em casa. – Me descrevi. – Sou a garota que as vezes é muito infantil e que alguma vez tem um lapso de sensatez. E você?
– EU?
– É, você. O cara prodígio. Jovem professor, inteligente, gostoso, bonito, pode ter quem você quiser a seus pés. Porque iria querer alguém como eu?
– Acho que está na hora de encararmos os fatos. – Ele disse mais sério.
– Pois é. Você cansou de mim e me trouxe aqui para dizer que vamos cortar relações. – Eu disse um pouco seca.
– Não. –Ele riu um pouco, depois me encarou. Me perdi no mar verde esmeralda. – Eu ia dizer que está na hora de eu assumir que acho que podemos ser mais do que um casal diversão, Bella.
– Aham. Sei. – Duvidei.
– É difícil acreditar, eu sei. Mas podemos apenas ser amigos... intimos, claro. – Ele riu.
POV do Edward
Depois que conversei com Mandy, pude clarear um pouco minha cabeça. Sim, eu não podia negar que eu estava me deixando levar e estava começando a gostar da Bella. Eu estava começando a gostar dela não só fisicamente. Eu já não sabia o que achar mais de tudo. Os fatos eram claros, claros como cristais. Bella era bonita, inteligente, popular – não que eu ligasse para isso – e cativante. E, era deliciosamente perfeita.
Coloquei minha mão em seu queixo e o virei delicadamente para mim. Eu me perdia nos olhos cor de chocolate de Bella toda vez que os olhava. Sua pele pálida, suas bochechas coradas e sua boca rosada. Ela mordeu o lábio, umedecendo. Aproximei nossos lábios e a beijei. Era como se ela fosse feita especialmente para mim, nossas bocas se encaixavam de uma forma incrível e, eu nem queria imaginar o resto.
Nina Xaubet

A-do-rei tem cada fanfic linda e essa ta pegando fogo. continue escrevendo q eu continuarei vidrada e espalharei pras minhas amigas;^)
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