AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Doce Vingança: Capítulo

A cama macia e os lençóis acolhedores não amenizavam em nada seu sofrimento.



Já haviam se passado quase uma semana que havia deixando a residência de Lorde Cullen, e ainda era desconhecido para ela o que realmente acontecera.



As lágrimas silenciosas ainda lhe faziam companhia, as duas bofetadas que levara ainda ardiam em sua pele, porém o olhar acusatório que ele lhe lançava fora mais doloroso, ao menos a dor de cabeça e a febre haviam desaparecido.



– Com licença Milady, trago seu desejum!



Uma mocinha com olhos grandes e azuis, com a pele levemente rosada e um sorriso gracioso a fizera voltar para sua realidade.



Quando ela poderia imaginar que após sua retirada da vida de Edward estaria neste lugar, sendo acolhida como uma hospede ilustre?



A jovem colocara uma bandeja media de prata em seu colo, contendo um copo com suco, uma fatia de mamão e um prato fundo com algum mingau qualquer.



Isabella sentia seu estomago pesar, era como se ele estivesse cheio e nada que lhe trouxessem serviria. Tentou afastar a bandeja, porém a jovem na permitiu.



– Perdoe-me, mas tenho ordens para lhe fazer comer – pegou a colher mergulhou no liquido branco e encarou Isabella com uma determinação invejável – Posso ser pequena milady, porém sei meios de lhe alimentar, e posso lhe garantir que não será nada agradável!



– Não tenho fome!



– Imagino, depois de sua doença é natural que ainda esteja debilitada e sem fome, porém para se curar totalmente é necessário que se alimente!



Doença?



É poderia dizer que estava doente, seu coração sangrava como nunca antes, mas o que poderia dizer a essa menina? Que dificilmente se curaria com qualquer comida que lhe obrigassem ingerir?



Não, definitivamente não era o começo, pois quem melhor que as garotas de Kate para saber sobre o mal que os homens são capazes de fazer?



Sem questionar aceitou o alimento que recebia, forçou seu organismo a aceitá-lo e assim que deixou a jovem satisfeita conseguira ficar sozinha com seus pensamentos melancólicos.



O tempo passou rapidamente, sem que ela desse conta fora incomodada novamente por mais uma das garotas de Kate, desta vez lhe trazendo seu almoço, tentou esquiva-se por mais uma vez, porém não teve sucesso.



A tarde também passara rapidamente e antes que a noite caísse sua amiga lhe cedeu à honra de sua companhia.



– Soube que se alimentou bem! – comentou Kate sentando-se na beira da cama, segurando as mãos de Isabella.



– Que opção tinha, suas garotas sabem amedrontar... – disse com a voz morta e o olhar distante.



Kate segurou sua mão com mais força, fazendo com que Isabella a encarasse.



– Não vou enganá-la, sempre existirá cicatrizes, mas aos pouco conseguirá suportar e ludibriar essa dor.



– Ele me batera Kate, disse coisas vis sobres mim... Tão de repente que não consigo compreender... Tudo estava indo tão encantadoramente bem...



Com delicadeza a jovem cortesã limpou as lagrimas da amiga.



– Alice Cullen fora enganada pelo falso medico que lhe prometera a cura, lhe fornecia ervas prejudiciais a saúde, tendo base crenças infundadas, em troca de dinheiro ou sei lá o que. Edward com ajuda de seu amigo descobrira tudo, e como carregava a erva fora fácil deduzir que serias a culpada.



A verdade parecia tão inaceitável para Isabella que a deixara sem palavras.



– Isabella?



– Como soube disso tudo?



– Quando a encontrei jogada no meio da rua, graças ao meu cocheiro que a reconheceu, soube que tinha algo errado nesta historia, procurei investigar, conseguir que Billy Balck me contasse o que havia acontecido.



– Ele me odeia... Eu o amo desesperadamente ele me odeia!



Kate gostaria de lhe dizer que estava enganada, porém devido os acontecimentos preferiu por ficar calada.



– Isabella eu confio em você, acredito que sejas realmente inocente, entretanto ficaria mais confiante se me garantisse que és inocente como seus olhos me gritam!



– Eu não sabia... Alice me pedira ajuda e eu ajudei... Rezei tanto para que ela conseguisse...



Com as palmas das mãos Isabella escondera sua face chorando copiosamente, sendo abraçada por Kate de forma tão materna que a assustou.



– Obrigada... És tão minha amiga que me deixa sem opção a não ser agradecer...



– Não é nada, só to retribuindo o que um dia fizeram por mim!



Isabella olhou-a confusa.



– Minha inocente amiga, o que pensas-te? Minha vida nunca fora fácil, não fora escolha seguir por estes caminhos, fora minha única opção...



O olhar de Kate ficara distante, como se o passado voltasse, abraçando-a fortemente.



– Meu pai não tinha posição ou dinheiro, morávamos na casa destinada aos empregados, minha mãe falecera em meu nascimento. Apesar das dificuldades éramos felizes e possuía o melhor pai de toda Itália... Entretanto quando completei 13 anos ele viera a falecer... Sem qualquer pessoa para me proteger o patrão de meu pai abusou-me para em seguida jogar-me na rua... Quase morri sem comida ou vestimenta para aquecer-me, porém uma senhora com uma bondade impar me ajudou...



Kate olhou para Isabella e sorriu.



– Ela era linda, a mais procurada cortesã de Gênova, deu abrigo e ensinou-me a lhe dar com o destino que fora me imposto. Por isso, levou-me a Paris, fora onde aprendi a ser o que sou, assim que consegui seguir com minhas próprias pernas ela se fora e eu decidir-me por conhecer Londres, conseguindo arrancar dos Lordes ingleses o máximo de conforto possível...



Uma única lagrima caíra pela face de Kate, que logo disfarçou, limpando o vestígio e levantando.



– Não fazia idéia que és Italiana! – comentou Isabella assombrada.



– Preciso me arrumar, logo estaremos lotados, amanhã conversaremos mais! – Disse Kate querendo fugir o mais rápido possível da presença de sua amiga.



A última coisa que Isabella precisava no momento era vê-la desabar, sempre era assim que agia quando seu passado vinha à tona, foi como disse à lady Swan, conseguira ludibriar a dor, mas jamais conseguiu esquecer.



Deu um beijo carinhoso na bochecha de Isabella e se retirou.







{...}







Durante toda noite Isabella não dormira, a sua história e a de Kate tinham tanto em comum....



Será que ela seria capaz de agir com sua amiga e aceitar a única opção que lhe fora dada?



Abraçou seu corpo e olhou para a janela, apesar de ser manhã o sol não dera o ar da graça, o clima natural de sua cidade parecia seu interior, nublado e escuro.



Como de costume chorou, silenciosamente e sozinha!



Estava tão mergulhada em sua própria infelicidade que nem ao mesmo se deu conta da presença de Kate, só notando a presença da cortesã quando ela a envolveu em seus braços.



– Acredites, não és o fim do mundo!



– Certamente, mas provavelmente seja o meu!



Denali a abraçou ainda mais forte e permitiu que ela afundasse em sua tristeza o máximo que poderia, pois somente assim seria capaz de ajudá-la a erguer sua cabeça novamente.



– Estive pensando... O que achas de fazermos uma viagem?



Lady Swan assustou-se, será que Kate queria tão cedo introduzi-la a vida que vivia?



– Kate, eu aprecio sua ajuda, mas temo que talvez ainda não esteja preparada pra dá esse passo...



A cortesã arregalou seus olhos surpresa.



– Certamente não endentara nada do que lhe disse, estou lhe convidando para ir comigo a uma propriedade que me pertence, nada de festas ou homens... Somente duas amigas com seus pensamentos e suas tormentas!



Isabella abaixou a cabeça envergonhada.



– Perdoe-me!



– Tudo bem. – Levantou o rosto de Isabella e lhe lançou um sorriso amigo – O que me diz da idéia?



– Com ficará sua... Casa?



– Não há com que se preocupar, tenho uma pessoa de confiança que cuidara do estabelecimento com tanto cuidado como eu! Então o que me diz?



Swan pesou as palavras da amiga e suas dores, talvez ficar longe a ajudasse.



– Digo que... – olhou para sua amiga e lhe sorriu tristemente – Aceito sua oferta!







{...}









Isabella jamais imaginou que a propriedade de Kate ficara tão longe.



A viagem fora feita de navio, quando embargou e olhou-se distanciando de sua cidade, do local que possuía todas as lembranças de sua vida sentiu-se em migalhas, partir definitivamente mudaria seu interior, somente não poderia afirmar se mudaria para o seu bem ou para seu mal.



Sentiu lágrimas descendo por seus olhos até o momento em que o oceano fora sua única vista.



– Venha, deixe-me levá-la até seu camarote! – disse Kate abraçando-a.



Ela se deixou guiar e fora para seu camarote, à viagem duraria alguns dias e tinha esperanças que quanto mais longe estivesse do libertino sua dor iria amenizar.



No navio os dias eram praticamente os mesmo, todos olhavam pra ela e pra Kate como se fossem alguma doença contagiosa, entretanto nem ela ou sua amiga se importavam.



Como estavam na primeira classe desfrutavam da rotina como todos os outros, missa, passeios ao convés, aulas de artes, chá das cinco e lindíssimos bailes.



Isabella forçava-se a participar de tudo, era o mínimo que poderia fazer a Kate, dar-lhe um pouco de companhia. Com isso os dias acabaram passando rapidamente, e nem mesmo as tropas napoleônicas que ameaçavam um provável ataque aos ingleses deram o ar da graça.



Ao descer do navio vendo um mar de pessoas a espera de entes queridos Isabella se viu procurando por ele, desejando que ele estivesse ali, a sua espera!



Triste ilusão que somente a fizera sofrer ainda mais.



Caminhando lentamente com ajuda de Kate se dirigiram ao carro que estava à espera das duas.



Enfim haviam chegado a território italiano.



O sol estava forte comparado com o londrino, Isabella jamais vira sol mais belo que aquele.



– Nem dá pra acreditar que o sol está nos recebendo desta maneira nesta época do ano! – comentou Kate.



– Por quê?



– Apesar de estarmos no mediterrâneo, ainda esta um pouco longe do verão, com certeza é um dia atípico, talvez as terras italianas estejam lhe dando as boas vindas!



Isabella sorriu, quem sabe, não seria um pressagio do que poderia estar por vim?







{...}







A residência italiana de Kate não era tão luxuosa e chamativa como a sua em Londres.



Os tijolos amostrada davam um ar de simplicidade e charme ao local que fizera como que Isabella se sentisse muito bem. Todos os cômodos eram claros e espaçosos sem objetos chamativos e glamorosos, e diferentemente dos jardins londrinos, todos os canteiros e hordas eram devidamente separados.



Kate fabricava vinhos, seu vinhedo era lindo e extenso, surpreendeu-se quando soube de sua amiga que ela estava preparando-se para abandonar a vida que lhe deu o sustento por tanto tempo.



“Não terei curvas belas pela eternidade, prefiro me retirar estando em alta, mantendo-me de outra forma e quem sabe conseguir constituir uma família, do que viver até definhar nesta vida que além de cruel é injusta!”



Definitivamente Denali era uma criatura surpreendente!



Pena que ela não merecesse nem um pouco desta amizade, uma vez que, apesar de todo o esforço de sua amiga, sua tristeza só aumentava.



O que aconteceria com ela afinal?



Seria ela capaz de esquecê-lo? Ou quem sabe ludibriar a dor que sentia?



Ainda deitada na cama, num quarto que era como mergulhar no oceano de tão azul, Isabella chorou silenciosamente, implorando a Deus por alguma solução inesperada.



Na sala principal Kate estava atarantada, como ele soubera que estavam ali?



– Por favor, Kate, necessito lhe falar!



– Creio que não sejas o momento, ainda esta dolorida!



– Por isso mesmo, sinto, ela precisa de mim, precisa me ouvir!



O silencio se instalou.



O que afinal ela faria?



Indecisa fechou os olhos ponderando os fatos.



– A muito que necessitamos desta conversa, lhe imploro que não me negues isto!



Kate suspirou altivamente.



– No andar superior, segundo aposento a esquerda! – disse por fim.



O homem visivelmente atormentado, porém muito bem alinhado aproximou-se da cortesã e beijou-lhe a mão delicadamente.



Com uma pressa visível não demorou muito para que chegasse ao aposento desejado.



Isabella havia acabado de levantar-se, envolveu seu corpo com um robe branco, pensando como poderia fazer para tornar seu dia menos sofrido, quando uma leve batida na porta chamara sou atenção.



Helena... Com sempre a criada que fora destinada para ela vinha lhe ajudar todas as manhãs.



– Entre!



Ela pode ouvir o ranger da porta se abrindo, ouviu quando fora trancada e mesmo de costa um medo lhe afligiu, sabia que não era Helena.



Um perfume conhecido invadiu seus sentidos rapidamente, seu coração acelerou, e mesmo relutante virou-se para encará-lo.



– Oh...!



O silencio se instalou no aposento, Isabella sentiu-se ainda mais perdida.



O que faria agora?



Nem ao menos conseguia encontrar palavras para serem ditas.



– Como me encontrou.... O que estas fazendo aqui? – disse ofegante, estava tremendo!



Ele nada disse seus olhos inchados a delatavam, ela esteve chorando, esteve sofrendo.



Lady Swan balançou a cabeça atordoada, engoliu seco e retirou uma força inexistente dentro de si, caminhou em direção a porta, se necessário iria expulsá-lo. Entretanto mãos fortes a detiveram.





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– Não faças isso, sabes que me deve esta conversa!



Ela fechou os olhos, ele estava certo, mas o que ela poderia lhe dizer?



– Perdoe-me, mas o que queres que lhe diga? Sabes tão bem quanto eu como tudo acontecera...



Delicadamente, com a ponta dos dedos ele tocou sua face, acariciando-a levemente.



– Eu deveria ter lutado!



– O que poderias fazer?



– Ter levado-a para longe daquele maldito libertino!



Ela abriu os olhos encarando-o, ele possuía o mesmo tom apaixonante e acinzentado de sempre, podia sentir sua respiração forte de encontro a sua face e pode ver perfeitamente cada traço de sua face já esquecida por sua memória.



– Oh Damien... Um belo sonho, que não nos serviria de nada... Não seriamos felizes, jamais conseguiria sabendo as conseqüências que meu pai sofreria!



Ele mordeu seus lábios com força e fechou os olhos.



– Que seja, não poderemos saber jamais.... Mas ainda há uma chance...



Isabella olhou-o triste.



– Chance?... – sorriu fraco – Creio que devo lhe informar que além de me tornar sua amante, o libertino levou embora meu coração... Não há mais chances para mim.



Uma lágrima solitária descera por sua face.



– Minha cara sempre soube que assim seria!



Isabella assustou-se.



– Lorde Cullen és bom no assunto, sabes seduzir como ninguém, quando lhe vi em Fortnum & Mason soube que com você não seria diferente!



– Então o que queres de mim? Rir?



– Jamais! Quero apenas que sejas minha como me fora prometido!



Um choque passou por seu corpo ao ouvir o que seu ex noivo havia lhe dito.



– Não quero mais correr contra a verdade de meu coração, posso ser rodeado de pessoas, mais em minha alma tive e tenho somente você!



Antes que ela ao menos pudesse colocar seus pensamentos em ordem, lábios famintos tomaram os seus!



Seria esta a ajuda divina que estava recebendo?



Ela não sentira seu corpo queimar, nem ao menos sentira a ponto de desfalecer, entretanto abrira sua boca, recebendo a sedenta língua de Damien, fazendo o que se esperava que fizesse, segurou o cinto de seda de seu robe e pediu aos céus ajuda para fazer o que fora ensinada!
Fanfic escrita por Vasquez

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