AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Doce Vingança: 2ª Fase: Capítulo 18

http://www.youtube.com/watch?v=FHh80clBQp8







Não passavam das três da manhã, as nuvens carregadas ecoavam sua fúria pelo céu, escurecendo ainda mais a cidade, deixando-a bem mais fúnebre e fria que de costume.



Com um copo carregado de uma quantidade considerável de whisky nas mãos, Lorde Cullen não parecia notar o vento gélido de encontro ao seu corpo nu, continuava olhando para a rua, com pensamentos conflituosos e distantes.



Ele forçava-se a pensar nos problemas políticos e econômicos que o país vivenciava, chegou até mesmo a se oferecer para os pequenos confrontos que ocorreram para defender os países amigos, entretanto sua amizade com Jorge III acabou por atrapalhar seus planos de suicídio ocasional.



Fechou os olhos enquanto engolia o gosto amargo da bebida, sem ao menos se importar com o olhar cravado em suas costas, somente tentando encontrar uma maneira de esquecê-la.



– Sabes o que acho?



Uma voz feminina o questionou.



Ele nada disse, continuou imóvel sem nem ao menos olhá-la, ele tinha total ciência de sua opinião, e embora ficasse inclinado a aceitá-la como verdade os fatos eram provas mais que suficientes para suas palavras serem ignoradas.



Com passos lentos aproximou-se de Lorde Cullen, abraçou-o por trás e depositou um beijo casto em seu ombro!



– Sofrer sem provas válidas não é uma atitude inteligente!



Edward retorceu sua face, e acabou tomando uma quantidade ainda maior do whisky, deixando o copo completamente vazio.



– Havia provas, eu mesmo comprovei!



– Às vezes enxergamos coisas demais, pelo que sei nem ao menos questionou sua irmã sobre o ocorrido, e ainda pior, nem ao menos esperou que ela lhe explicar-se.



Uma risada irônica saiu pelos lábios de Lorde Cullen.



– Certamente o seu encontro com Rosálie não fora construtivo!



Ela pegou o copo de sua mão e se afastou, devido às varias noites que passaram juntos sabia que quando ele ficava imóvel e pensativo necessitava de varias doses de álcool em seu organismo para adormecer.



– A condessa é muito peculiar... Digamos bem diferente das senhoras distintas que a sociedade vangloria!



Edward virou-se e arqueou as sobrancelhas olhando-a de costa enquanto lhe servia mais uma dose, coberta com um robe fino de seda, bege claro a ponto de ser transparente, deixando amostra cada curva de seu corpo feminino.



– Assim como a belíssima baronesa a minha frente! – comentou.



Nathalia Crosewski era uma jovem viúva, possuía uma herança invejável, definitivamente casar-se como o Barão Crosewski além de prazeroso – pois ela o amava – estava lhe sendo muito útil, afinal, não precisaria casar-se novamente para se manter, e seu titulo lhe assegurava uma confortável posição social, mesmo tendo escancarado seus encontros com Lorde Cullen, que aconteciam há pouco menos de 1 ano.



Além do que, sua beleza era fascinante, seus olhos verdes eram tão intensos que junto ao seu cabelo castanho que sobressaia em sua pele clara como neve, deixava sua aparência doce e angelical, seus lábios avermelhados eram tão chamativos que lordes de toda a Londres sonhavam com eles, seu corpo pequeno junto a sua fina cintura deixava-a lindamente bem com ou sem vestimenta alguma.



Uma verdadeira encarnação do pecado.



Delicadamente aproximou-se de Edward, lhe entregou o copo e deu-lhe um beijo delicado em seus lábios.



– Etiqueta de conduta... Hum... Odeio! – disse risonha.



Ele elevou sua mão para a face da baronesa e acariciou-a.



– Em seu caso, seguir qualquer norma de etiquete seria um ultraje a sua perfeição!



Lady Crosewski gargalhou divertida, nem mesmo seu marido apreciava sua atitude um tanto quanto libertária, só mesmo um pervertido seria capaz de aceitá-la desta maneira.



– Creio que estas cansado, precisas dormir!



Seu olhar tornou-se divertido, definitivamente ele não precisa dormir, ele precisava esquecê-la, e iria para mais uma tentativa nos braços e na cama da baronesa.



Sem lhe dizer uma só palavra puxou-a para um beijo selvagem e dominador, roubando-lhe o ar, deixando-a arfando, naquele momento tudo o que importava era que iria afundar-se nela para enfim entregar seu corpo ao cansaço.



Uma bela e rotineira maneira de ambos esquecerem as cicatrizes do amor.







{...}







Antes mesmo das oito, Lorde Cullen já havia chegado a sua residência, passou no aposento da irmã e lhe falou rapidamente como nos últimos tempos, se trancou em seu leito e permitiu-se relaxar em sua cama.



Não sabia ao certo porque desde esta madrugada sentia-se mais melancólico do que de costume.



Tomou um banho demorado e chamou por Esme, necessitava de ajuda com suas roupas, logo teria uma reunião importante com o rei e deveria estar bem arrumado.



Esme estava ajudando-o a se vestir quando seu leito fora invadido por um trovão loiro.



– Deixe-nos a sós! – gritou Rosálie para a governanta.



– Fique! – retrucou Lorde Cullen para Esme.



– Estas me desafiando meu irmão?



– Que eu sabia estas em meu aposento, adentrou cheia de si, a desafiadora aqui és tu!



– Jura! Então o que me diz do fato de ter induzido o meu marido a me trancafiar em minha casa? Desde quando tens o direito de interferir em minha vida?



– Desde o dia em que começou a interferir na minha!



O silencio se instalou entre eles, Esme sorria internamente, de certa forma para ela seria melhor que a relação dos dois ficasse estremecida.



– O papai ficaria envergonhado do homem que você se tornou! – gritou Rosálie quebrando o silencio. – Eu tenho vergonha de você!



– Melhor ter me tornando um homem duro, do que uma mulher vendida! – retrucou.



A baronesa estagnou, definitivamente essas foram as piores palavras que seu irmão havia lhe dito.



Atordoada virou-se e decidiu que não havia outra coisa a fazer a não ser se afastar de Lorde Cullen.



– Rose... – chamou pela irmã, com a voz demonstrando arrependimento.



– Você nunca vai entender não é mesmo? E sabe por que você nunca vai entender? Por que você meu irmão não sabes o que é o amor, e pelo jeito jogou fora a única chance de descobrir!



Falou retirando-se do aposento as presas, querendo com toda força sumir, desaparecer!



Edward ouviu suas passadas diminuírem, se afastarem e por fim ouviu o coche indo embora.



Esme o analisou calmamente para em seguida continuar com seu serviço.



– Pare! – pediu, mas sua governanta não o atendeu – Eu já disse para parar! – gritou a segurando pelo braço e jogando-a para fora de seu aposento.



Desnorteado esfregou suas mãos por sua face, ele jamais deveria ter dito o que disse a sua irmã!



Atordoado começou a jogar contra a parede e no chão, vários objetos de decoração de seu quarto, gritando feito um louco, desejando fugir de sua realidade, de seu passado.





–--



Sua casa estava uma verdadeira confusão, a chuva mesmo estando relativamente calma deixava rastro por todos os cômodos.



Definitivamente as telhas não estavam ajudando-os a se protegerem.



Alice chorava jogada na cama feita de palha, há dias que sua irmã de cinco anos passava mal deixando Rosálie e ele bem preocupados, seu corpo quente era um sinal de que as coisas não estavam indo bem, e pra deixar tudo ainda pior não possuíam dinheiro para se alimentarem, imagina chamar um medico!



Com sua roupa rosa encardida e com remendos, Rosálie tentava ajudá-la sempre passando um pano úmido na testa de sua irmã, tentando abaixar a febre.



Edward como todos os dias, saiu pela cidade em busca de qualquer trabalho, em busca de algo que lhe pudesse ser útil para ajudá-la. Mas nada conseguiu.



O silencio dominou a residência por alguns segundos.



– Ficas com ela? Creio ter a solução! – disse Rose com o olhar distante.



– O que queres dizer? Como assim tens a solução?



[i]Ela caminhou até seu irmão e beijou seu bochecha, sem dizer mais nada retirou-se.



Sumiu por um dia inteiro, ele ficou preocupado, jamais ela havia sumido por tanto tempo, e a febre de Alice não abaixava de modo algum.



Ele pensou em sair à procura de Rosálie. A forte ligação que possuía com sua irmã mais velha era tão intensa que sentia seu coração apertado, sentia que ela estava sofrendo.



Alice adormeceu, sua febre era tão forte que ela delirava diante de tanto sofrimento.



Edward desesperado encheu uma bacia com água e mergulhou dentro dela com sua irmã, a pequena Cullen se debatia em seus braços enquanto clamava por sua mãe.



A noite fora longa e sofrida, mas logo nas primeiras horas da manhã Rosálie apareceu.



Ela mal encarou seu irmão, adentrou junto de um homem que fez várias perguntas sobre Alice, apresentando-se como um médico.



– Sua febre parece esta controlada por hora – disse examinando-a – Acredito que seja uma forte infecção que vem matando a muitos pela região.



Edward temeu ao ouvi-lo, ele prometera para sua mãe, ele prometera cuidar de suas irmãs, ele não poderia falhar.



– Mas há um modo de salvá-la? – perguntou temeroso.



– Sim.... Já havia imaginado que pudesse ser isso ao... – Olhou sorrindo para Rosálie – Sua irmã ir me procurar e descrever a situação.



Pegou sua maleta e remexeu por alguns segundos, retirando 3 vidros de remédio.



– Ela precisa tomar uma colher de cada um desses pela manhã e pela noite. – entregou a remédio a Edward – Se quando a medicação acabar ela não tiver melhora, peça para Rosálie me procurar.



Nesse momento Edward descobrira o que havia acontecido.



Rosálie vendeu-se para o Doutor Laurent Willard por uma noite, um famoso médico de Londres, em troca ele conseguiu salvar a vida de Alice, embora os remédios fortes demais tenham prejudicado a visão de sua irmã de forma permanente.





–---







As lágrimas silenciosas desciam por sua face, sempre que se lembrava destes momentos de sua vida uma dor esmagadora rasgava seu peito.



Soluçou com uma criança que dia já fora.



Desejou como há muito tempo não desejava o colo de sua mãe, seu doce cantar quando as coisas não iam bem.



E adormeceu encolhido no chão, entre os cacos de vidro, mergulhado na dor da saudade, saudade de sua mãe, saudade de suas irmãs e principalmente saudade da única mulher que amou.







{...}







– Vamos, Edward acorde! – pedia uma voz feminina. – Venham me ajudem!



Ele pode sentir seu corpo sendo levantado, pode sentir-se sendo colocado no colchão macio e acolhedor, assim como sentiu suas roupas sendo retiradas.



– Confesso que não é nada agradável retirar roupa masculina! – murmurou uma voz conhecida fazendo-o por fim despertar.



– O que inferno estas fazendo Jasper? – comentou ainda com a vista turva.



– Enfim resolvertes despertar!



Fora então que começou a sentir varias pontadas em seu corpo, fechou os olhos e depois de alguns segundos o abriu, para encontrar seu corpo ensangüentado, com vários objetos cortantes em sua pele.



– Oh inferno! Inferno! Inferno!...



– Se repetires essa horrível palavra mais uma vez irá se arrepender Edward! – lhe disse a voz feminina outra vez.



Nathalia!



– Oh eu adoro quando me fazes arrepender! – disse com a voz cortando, afinal Jasper estava retirando vários pedaços de vidro e porcelana de seu corpo.



A baronesa não se importou que as pessoas no aposento tivessem escutado seu comentário deselegante, entretanto estava terrivelmente preocupada com seu incidente, afinal, ninguém deita num mar de vidros porque é agradável.



Caminhou lentamente, aproximando-se dos dois e apertou sem piedade o braço do Lorde que gritou de dor.



– Definitivamente não irá gostar do modo que lhe tratarei se não lhe comportar Milorde!



Jasper sorriu, certamente Lady Crosewski era uma dama que sabia como impor respeito!



Lorde Cullen resmungou algumas vezes, mas deixou-se ser cuidado sem qualquer empecilho.



– Ele precisa de um banho, é necessário colocar um pouco de permaganato! – disse para Esme, porém que respondeu fora a baronesa.



– Por favor, providencie a água e tudo que Lorde Whitlock pedir, quem cuidara desses ferimentos serei eu! – disse olhando para Esme que estremeceu amedrontada.



Certamente essa seria bem mais difícil de manusear que Isabella.



Irritada Esme fizera o que lhe fora pedido.



Assim que todos os deixaram a sós, a baronesa com uma toalha limpava Lorde Cullen que reclamava das dores agudas por seu corpo.



Mais tarde quando Esme encheu a banheira com água morna, Nathalia fizera a mistura com o permaganato e ajudou Edward, lavando todas as feridas.



Quando ele estava vestido e deitado na cama ela enfim quebrou o silencio.



– Se queres dar cabo a sua vida, encontre uma maneira mais eficaz, infelizmente essa não fora bem sucedida!



Ele nada disse, olhou para ela e sem qualquer explicação abraçou-a forte, querendo somente sentir-se querido, sem qualquer apelo sexual, somente sentir-se querido!



– Diga-me, diga-me como posso ajudá-lo meu amigo! – pediu visivelmente preocupada.



– Cante, somente, cante pra mim!

Fanfic escrita por Vasquez

2 comentários:

  1. Muito interessante a historia dessa fik, espero que continue qdo sai o proximo capitulo

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  2. Olá
    O próximo capítulo sai Segunda.

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