AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Scorpius - Mata-Me De Prazer: Capítulo 10: Paixão...Desejo...Amor?

Bella guardava um profundo silêncio desde que tinham saído da boate, a cabeça baixa, os olhos fixos nas mãos entrelaçadas pelo nervosismo enquanto o carro de Edward seguia velozmente pelas ruas da cidade.

Edward tinha o maxilar trancado, as feições endurecidas, o olhar fixo a frente mas sem na verdade prestar muita atenção no que via. Uma mão apertava o volante com firmeza enquanto a outra remexia em algumas mechas de seus cabelos, o cotovelo apoiado na porta que tinha o vidro baixado.

Em dado momento, ele mordeu o lábio inferior e olhou a jovem mulher sentada ao seu lado, muda e imóvel, engolindo em seco pra depois voltar a olhar em frente.

Era fato que ele precisava urgentemente recobrar o juízo.

Era fato que Bel não passava de uma prostituta.

Era fato de que ele era totalmente contra tal tipo de relação.

Era fato de que o que ele mais prezava no mundo era o nome da família Cullen.

Mas era fato que ele não conseguia de forma alguma parar de pensar em Isabella Swan.

"Isabella Swan não!", ele se repreendeu em pensamento, "É Bel! Fora da boate ela é Isabella, mas fora da boate você não a conhece."

Sexo nunca fora problema pra ele. Sempre tivera o que quisera e quando quisera.

Se desejava uma mulher, persistia no jogo da conquista até ganhá-la e com ela ficava até que perdesse a graça. E elas geralmente perdiam a graça já depois da primeira noite, da primeira transa.

Mas Bel não.

A raiva que o dominou ao vê-la dançar naquele pole, aqueles homens nojentos a assediando daquela forma, era inexplicável. Passou por cima de todos pra tê-la antes de qualquer um, crente de que aquilo que sentia com tamanha intensidade fosse apenas simples desejo.

E passaria com uma transa.

Mas como se enganara.

A tratara com tanta frieza ao vê-la entrar em sua sala. Ficara possesso ao ver a roupa de vagabunda que ela vestia, a roupa com a qual dançara e se mostrara aos outros, e por isso perdera a cabeça tratando-a como a vagabunda que ela não era.

Por que, por mais que soubesse que Bel era apenas mais uma, não queria acreditar nisso.

Na verdade, não podia acreditar nisso.

E ela se entregara a ele. Sua virgindade... que mulher de vinte e tantos anos, virgem, entraria em tal negócio? Vender seu corpo, sua dignidade? Morrer aos poucos?

Contradizendo suas crenças, não a conseguiu esquecer depois daquela noite.

Lutou contra si mesmo, chamou-se de burro e inconscequente, mas não tinha jeito: seu corpo todo gritava por ela. Não suportava a idéia de que outros a tocassem, que outros a despissem, que outros transassem com ela.

E por isso estava realmente confuso.

A última chance, a última tentativa.

Uma noite de sexo... e pronto. Nunca mais tocaria em Isabella Swan.

"Bel, droga!", xingou-se mentalmente, "Você nunca conheceu Isabella Swan. Ela é a Bel!"

Os portões bem guardados de seu condomínio se abriram automaticamente ao reconhecer o sinal que o aparelho instalado no carro lhe mandava, ele diminuindo a velocidade ao entrar no espaço residencial.

Apesar de ser noite, Isabella se admirou com a beleza do lugar. Tudo tão organizado, tão bem decorado, tão limpo e agradável de se olhar!

Era isso que o dinheiro podia comprar: beleza, conforto e segurança.



"O dinheiro é bom, Bella. É um trabalho como outro qualquer, e dá muito dinheiro. Agora que já sabe, posso pegar o dinheiro que economizei e nos mudarmos para um novo apartamento, nossa vida pode ser muito melhor e..."



O som da bofetada ecoou nos ouvidos de Bella ao mesmo tempo em que Edward estacionava o carro. Seu rosto se moveu como se aquele tapa dado na irmã atingisse sua própria face.

Como ela sofrera... ela rejeitara a única coisa que realmente amava nesse mundo. E agora não havia oportunidade pra pedir perdão.

Por que ela estava morta.

Sem poder se conter, Bella rompeu em um choro sofrido, dolorido, culpado, as mãos indo apertar os olhos que se debulhavam em lágrimas, a boca aberta a procura de ar enquanto os soluços, teimosos, escapavam em gritos de histeria.

– Bel? - Edward se sobressaltou com o choro repentino. - Bel! - ele chamou num sussurro, um estranho aperto no peito dominando seus pensamentos, deixando-os de lado em sua mente: tudo o que importava agora era a mulher que tanto chorava ao seu lado. - Bel, o que houve?

– Eu fui... cruel! - ela disse com voz engasgada pelo choro, o rosto ainda baixo, oculto pelos cabelos, as mãos nos olhos. - Eu a esbofeteei! A chamei de coisas horríveis!

– Quem, Bel? - ele chegou mais perto tocando delicadamente seu ombro, puxando-a mais pra perto de si. Bella sentiu o calor aconchegante do corpo de Edward, o braço dele deslizando de um ombro pro outro pra puxá-la de encontro ao seu peito, ela levantando o rosto pra olha-lo nos olhos.

– Alice. - ela soluçou escondendo seu rosto no peito dele, suas mãos agarrando a camisa cara com força. - Minha irmã! Ela morreu por minha culpa!

– Bella... Bel, não diga isso. - Edward engoliu em seco enquanto fazia um cafuné desajeitado em Bella. Não conseguia olhar aqueles lindos olhos, aqueles olhos castanhos tão vermelhos e úmidos pelo choro. Isso... doía. - Não foi culpa sua.

– Edward... - ela sussurrou afastando pra olhá-lo nos olhos, as mãos agarrando-o com ainda mais força, com desespero. - Me diz, me diz, por favor, que não foi você.

– O que? - ele estava abismado com aquela frase. Ele... matar... matar a Alice? A Alice?

– Eu preciso saber. - ela sussurrou escorregando suas mãos, totalmente sem forças, o cansaço emocional dominando-a. - Preciso saber que não foi você. Eu não... iria aguentar.

– Você acha que fui eu? - ele perguntou com voz dura, o maxilar tenso. Bella desviou os olhos, chorando de mansinho. - Bel! Olha pra mim! - ele pegou o queixo da moça e levantou seu rosto ao nível do dele, os olhos verdes sondando os olhos castanhos. - Você.acredita.que.fui eu? - ele disse pausamente, uma estranha sensação torturando-o apenas em imaginar que Bella o achasse capaz de tal coisa.

Bella engoliu em seco. Ela não devia confiar. Ele era apenas mais um suspeito.

Mas... não conseguia acreditar, não queria acreditar que ele... que as mesmas mãos que a acariciavam, que lhe davam esse prazer indescritível, que elas fossem as mesmas mãos que apertaram o pescoço de sua irmã até a morte. Que esses mesmos olhos intensos que agora a fitavam cheios de ira tivessem observado segundo a segundo a vida de sua irmã se esvair aos poucos... sem nada fazer pra ajudar, ao contrário, sempre apertando com mais força, com mais força, com mais força...

– Não. - ela soluçou fechando os olhos. - Não consigo acreditar que foi você. - abriu-os novamente voltando a olhar em seus olhos. - Mas me diz que não foi você. Por favor, apenas me diz.

– Não fui eu, Bella. - ele disse num sussurro sofrido fazendo-a ofegar de alívio. - Eu a amava. Não do jeito que imaginou agora - ele viu a dúvida nos olhos de Bella quanto ao que acabara de dizer e riu de leve, seus olhos perdendo-se em algum ponto da rua semi escura a frente deles. - Era como uma irmã. Sei que tenho uma, a Rosalie, mas ela sempre foi muito masculina, sabe, criada entre meninos. Alice era... - o sorriso se alargou quando voltou a olhar pra Bella. - Doce. Muito doce. Os olhos dela... me cativaram. Ela me disse certa vez que os seus olhos eram iguais aos dela - ele engoliu em seco quando sua mão subiu até o rosto de Bella, acariciando de leve sua pele. - Mas estava enganada. Os seus são incrivelmente mais intensos.

– Edward... - ela começou mas um dedo dele deslizou por seus lábios, silenciando-a.

– Não me diga novamente que eu posso te-la matado, Bella. - sua voz era um sussurro dolorido. - Não sabe como doeu perdê-la. Fui tão estúpido com ela... acho que nós dois devíamos a ela um pedido de desculpas.

– Não. Não apenas desculpas. - Bella balançou a cabeça, pesarosa. - Eu fui muito cruel, uma tirana sem coração. Não me perdoarei nunca, a menos que...

– A menos que... - Edward encorajou-a vendo-a morder o lábio, indecisa. Não confiava nele, por mais que não conseguisse vê-lo como um assassino, ainda não conseguia confiar nele. - Me diga, Bella. - ele pediu chegando ainda mais perto, os rostos a centímetros de distância, os hálitos se misturando.

– Tenho que encontrar o assassino. - ela disse de uma vez fazendo os olhos de Edward se arregalarem pela surpresa. - Encontrá-lo, pois a polícia nunca conseguirá.

– Está louca? Procurar sozinha o assassino? - ele bradou segurando-a pelos ombros com força, sacudindo-a de leve. - Tire essa idiotice da cabeça, Bella! Isso é perigoso!

– E fazer o que? Ficar sentada enquanto o assassino de minha irmã anda por aí livremente? Não, muito obrigada! - ela disse, furiosa, afastando as mãos de Edward de seus ombros. - Pra polícia, é apenas mais uma prostituta que morre, meu caro. Eles não estão nem aí pra esse caso, ainda mais que vocês não querem publicidade ruim, ou seja, por medo de espalhar a verdade e manchar o nome da família Cullen, eles abafam o caso e pouco trabalham nele, apenas esperando a hora de encerrá-lo sem ter encontrado o culpado.

– Olhe pra mim! - Edward disse assim que pegou-a pelos ombros novamente, olhando dentro de seus olhos, o maxilar trancado. - Estou pouco me fudendo pro nome da família, Bella. O assassino vai ser encontrado, mas não vai ser você que sairá por aí a procura dele.

– Edward...

– Não. Você não vai... - ele estava ofegando agora, o nó em sua garganta dificultando sua fala, os olhos ardendo. - Você não vai morrer também. Não mesmo.

– Edward... - mas ele já atacara seus lábios com os dele, silenciando qualquer tipo de protesto. Bella correspondeu ao beijo ávido, sentindo que ele a puxava pro seu colo. Logo estava sentada a cavalo sobre as pernas dele, o pouco espaço do carro sendo incômodo a princípio mas, quando as carícias começaram a se intensificar, o pouco espaço apenas serviu pra aumentar o desejo deles, tornando a distância entre os dois mínima.

– Diga que não vai. - ele sussurrava descendo seus lábios pela pele dela que tinha os olhos fechados, aproveitando ao máximo o momento. - Diga que não vai se expor.

– Edward... - ela sussurrou em um gemido ao sentir suas mãos subirem por suas pernas, levando o vestido consigo. - Eu tenho que...

– Tem porra nenhuma. - ele resmungou mordendo seu pescoço com mais força, fazendo-a gemer. - Você tem que ficar viva... e vai ficar.

– Edward...

– Cala a boca. Fica quieta enquanto... enquanto eu faço amor com você. - ele engoliu em seco depois de tais palavras, mas não deu tempo pra que ela pudesse raciocinar, beijando seus lábios novamente ao mesmo tempo em que liberava seu membro e se enterrava dentro dela.

Ambos gemeram com o contato prazeroso. Edward nunca imaginara que prová-la sem o preservativo seria assim, tão mais prazeroso: mais quente, mais úmida, mais convidativa. Bella o sentia tocar cada pequeno ponto de si, seu membro quente e pulsante misturando-se a sua própria quentura, maciez e pulsação... muito mais gostoso do que antes.

As mãos de Edward seguravam suas nádegas, ajudando-a no movimento de subir e descer em seu colo, obrigando-se a ser delicado enquanto o que mais queria era enterrar-se até o fundo dela, ouvir seus gritos e gemidos, copulando como animais. Mas agora era hora de ser delicado, ele bem sabia, era hora de... ser carinhoso.

Ela precisava disso.

– Edward... Edward e-eu... - ela tentou avisar, apertando os dentes ao sentir os espasmos do orgasmo se anunciar. Como se ele precisasse de algum aviso que não fosse a vagina quente e macia apertando-o cada vez mais, o canal já tão estreito praticamente espremendo-o, fazendo-o ver estrelas.

– Comigo, Bella. Comigo. - ele disse num sussurro, tomando seus lábios doces e macios nos seus mais uma vez, acelerando os movimentos junto a ela que tinhas as mãos apoiadas em seus ombros, apertando-os por cima do terno.

E o climax chegou, intenso, arrebatador, os sentidos falhando por um momento pra dar espaço a um prazer indescritível. Os músculos relacharam depois da longa série de espasmos e ela apoiou a cabeça no ombro dele, tentando recuperar o fôlego, enquanto ele acariciava de leve os cabelos macios e cheirosos.

Edward sabia que algo muito errado estava acontecendo ali.

Chamara-a de Bella vezes sem conta, o nome Bel se tornara sujo e vulgar a seus olhos, de repente, não combinando com a pureza dela.

E tinham transado sem preservativo. Ele nunca fizera isso antes, nem mesmo na adolescência. Mas com ela... ele queria saber como era, e o tinha feito.

E o pior de tudo, não se arrependia de nada.

Um desejo intenso crescia em seu peito e ele não sabia o que fazer pra refreá-lo: o desejo de ajudar, cuidar e proteger Isabella Swan.
Fanfic escrita por Ana Paula F.

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