Estava a caminho da casa da Vera para a visitar e ver o meu afilhado, o pequeno Henry.
Royce já não dava noticias à dois dias e eu estava a começar a preocupar-me, mas o meu pai disse-me que ele estava ocupado com a chegada de um amigo de Atlanta, por isso decidi não ligar.
Cheguei a casa da Vera e toquei à campainha, Vera veio abrir com o meu afilhado ao colo, ele era um miúdo lindo.
- Olá Rose.
- Olá Vera, posso pegar nele? – Pedi
- Claro – disse entregando-me o bebe.
Recebi-o nos meus braços e ele sorriu, quando ele sorria fazia covinhas.
Passei a noite a falar com a Vera e a brincar com o pequeno Henry. Quando chegou a altura de me ir embora, Vera acompanhou-me com o bebe nos braços e o marido com a mão na sua cintura. Quando pensou que eu não estava a ver beijou-lhe a face. Não sei porque mas aquele pequeno gesto incomodou-me, quando Royce me beijava não era a mesma coisa, não o fazia com tanto carinho. Mas deixei estes pensamentos para lá, ia-me casar com o meu príncipe dali a uma semana.
Fui para casa sozinha, o meu pai perguntou-me se eu queria que me viesse buscar, mas era uma estupidez, o caminho era tão curto.
Era estranho, estava demasiado frio para um dia de Abril, não queria que estivesse frio no meu casamento, tinha de ser perfeito.
Já estava quase a chegar a casa quando ouço risos, risos de homens e um deles era-me bastante familiar, até que ouço essa voz familiar a chamar-me.
- Rose? – Gritou, enquanto os outros soltavam gargalhadas
Caminhei, amedrontada para a beira de Royce.
- Aqui está a minha Princesa. – Disse, puxando-me para perto dele – Estás atrasada, estamos ao frio e tu fizeste-nos esperar.
Royce cheirava a álcool, tinha-me dito que não gostava de champanhe, mas parece que o mesmo não se aplica às restantes bebidas, às bebidas bem mais fortes.
- O que que te disse Jonh? Não é muito mais bonita do que todas aquelas tuas beldades da Geórgia?
- É difícil dizer. Está tapada até ao pescoço – disse ele analisando-me.
Eu estava cada vez mais amedrontada, não conseguia fugir parece que alguém me tinha colado ao chão.
- Mostra-lhes como és! – Exclamou Royce arrancando-me o casaco dos ombros – és mais bonita sem tanta roupa – dito isto arrancou-me o chapéu, o chapéu estava preso com ganchos, estes arrancaram-me o cabelo pela raiz fazendo-me chorar de dor.
Jonh quis entrar na “festa” e a rasgou-me o vestido fazendo-me chorar ainda mais.
- Rose, não chores – disse Royce, aproximando-se de mim e encostando-me à parede, beijou-me mesmo contra a minha vontade – já devias saber que sendo minha tinhas de fazer o que eu quisesse – murmurou contra os meus lábios.
Royce, puxou a minha perna para o seu quadril, fez este movimento com tanta força que rasgou a minha meia calça, voltou a beijar-me empurrei-o com toda a força que me restava, não foi o suficiente, Royce era muito mais forte que eu, prendeu-me as duas mãos com uma das suas e eu gritei mas ele tapou-me a boca com a outra mão. Eu não conseguia fazer nada, já não tinha forças para resistir, o que me restava era chorar e chorar e chorar. Eu não podia acreditar, o homem que eu pensava ser o meu príncipe, o homem que eu pensava que amava estava a abusar de mim e eu não podia fazer nada. Quando achou que já chegava, largou-me e empurrou-me para o passeio, eu cai e bati com a cabeça.
Eles foram embora, deixando-me ali no meio da estrada quase morta.
Todos os meus sonhos, todos os meus planos, toda a minha vida tinha virado pó, graças ao homem que eu pensava que amava.
Sentia-me como se estivesse a cair, num buraco sem fundo, a dor já era tanta que eu não conseguia suportar. Não era só a dor física mas também a mental porque eu tinha sido morta por Royce, o homem que eu achava ser o homem da minha vida!
Antes de fechar os olhos reparei que estava a nevar…
Fanfic escrita por Ana Magalhães
Nossa, que coisa triste! :/
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