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Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

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A Equipa do CBF

Fanfic (Im)Perfect Life - Capitulo 12

A dor para lá da morte

A morte nunca mais chegava, até que reparei que já não me encontrava no passeio. Estava ao colo de alguém que corria a uma velocidade desumana.
Essa pessoa levou-me para um quarto, numa casa que eu não conhecia, enquanto tratava de mim dizia para eu me acalmar, que ia ficar tudo bem, que eu ia ficar bem. A voz que dizia tais palavras não me era estranha, era a voz de Carlisle Cullen.
Foi então que senti algo a cortar-me a garganta, e a dor de quase morte foi substituída por fogo, fogo que ardia em todo o meu corpo. Eu gritei, gritei de medo e gritei de dor. Carlisle Cullen tinha-me levado para ali para me fazer sofrer ainda mais.
- Por… favor… mate-me – implorei, com a voz a falhar-me.
- Calma o sofrimento está a acabar, tens de ser paciente, em breve serás imortal
Imortal? Mas que raio é que aquele médico estava a dizer? Que livros andava ele a ler? Mas será que não tinha desculpa melhor? Ou estava mesmo a ficar louco?
O fogo continuava a arder dentro do meu corpo, parecia que ia convertendo os meus órgãos todos em cinzas, destruía tudo por onde passava, o que Royce me tinha feito não era nada comparado a isto. Aquela doe era muito “melhor” que esta.
Dei um grito de dor.
- Desculpa – dizia Carlisle – estás mesmo a tornar-te imortal, tens de acreditar em mim, estás a tornar-te vampira.
Cheguei a uma conclusão, aquele médico estava definitivamente a ficar louco. Eu queria que me deixassem morrer, que aquele fogo que estava dentro de mim extinguisse, que parasse com este sofrimento acho que não era pedir muito. Mas o fogo em vez de abrandar, aumentava a intensidade. E o meu coração, esse parecia louco, parecia que me ia saltar do peito a qualquer instante. Aquele bater não era um bater de cansaço, mas sim um bater louco, uma corrida para combater o fogo que teimava em queimar o meu corpo, em deixar cada órgão que existia dentro de mim em cinzas. “Eu só quero morrer” – pensei.
Voltei a gritar.
Carlisle agarrou-me a mão e repetiu:
- Desculpa.
Foi nesse momento que entrou alguém no quarto, pelos passos pesados e largos parecia ser homem. “Mas desde quando eu sabia distinguir os passos de um homem e de uma mulher?”- pensei
- Carlisle? – Perguntou essa voz que não me era desconhecida, era a voz de Edward Cullen – O que que foste fazer? – Perguntou em tom de reprovação
- Edward, ela estava a morrer, não a podia deixar ali…
Edward interrompeu-o.
- Oh, claro que não podias – disse com ironia – Carlisle morrem pessoas a toda a hora, e tu não estás lá para as salvares.
- Mas Edward era um enorme desperdício.
- Eu sei…
- Então faz o favor de te comportares bem e não a assustares – aquele tom, era um tom paternal que eu gostei de ouvir.
- Mas, a Rosalie Hale? – Não gostei do tom que ele usou no meu nome – não achas que ela é um bocadinho fácil de reconhecer?
- Quando a transformação acabar, nós vamos sair daqui.
- E se ela não quiser vir connosco? E se ela quiser seguir a própria vida? Se ela quiser ficar sozinha o que vais fazer?
Não suportava a ideia de ficar sozinha, mesmo que seja na companhia dos Cullen, sempre é melhor do que estar sozinha.
- Deixe-mos que seja ela a decidir quando acordar…
Carlisle calou-se e entrou mais alguém no quarto, desta vez era uma mulher, logo só podia ser Esme Cullen.
- Carlisle? Edward? – Chamou com uma voz muito doce – Ouvi vocês a falarem, qual era o motivo? – Ninguém lhe respondeu até que senti que estava a ser observada – Oh, ah já percebi.
- Esme, tu conheces-me melhor que ninguém, sabes como sou – disse Carlisle com uma voz suplicante – sabes que não a podia deixar ali sozinha.
- Eu sei amor, e compreendo se fosse eu fazia a mesma coisa – disse ela com a voz mais meiguinha e mais doce que eu já ouvi em toda a minha vida.
Nesse momento gritei de novo. Senti a mão que ainda segurar a minha a aperta-la e senti também alguém a segurar-me a outra mão.
- Calma querida, vai ficar tudo bem – dizia Esme com uma voz maternal que me fez sentir quente.
- Desculpa – repetia Carlisle vezes e vezes sem conta - É só mais algumas horas e tudo vai acabar.
- Carlisle sabes quem lhe fez isto? – Perguntou Esme.
- Foi Royce King II – respondeu Edward na vez de Carlisle.
“Como é que ele sabia? Edward tinha assistido àquela cena toda?”
- Mas como é obvio, nunca ninguém suspeitará dele, e não me admira nada que neste momento já andem atrás dela.
Quando ele disse isto, ninguém mais falou, apenas se ouvia o meu coração a lutar furiosamente com o fogo.
O fogo foi deixando o meu corpo, começando por libertar os meus pulsos e tornozelos, depois deixando as minhas pernas e braços, mas em contra partida o fogo lutava com o meu coração que batia para continuar vivo e não se deixar levar pelo fogo.
Foi então que o fogo começou a se extinguir e o meu coração diminuía a velocidade, abrandando a cada batimento que dava até que o fogo se extinguiu e o meu coração deu o ultimo sinal de vida.
O fogo tinha deixado todo o meu corpo excepto a minha garganta, abri os olhos, era tudo tão claro. Conseguia ver tudo, tudo para além do que via antes de entrar naquela sala, conseguia ver cada partícula de pó que circulava no ar. Estaria Carlisle a dizer a verdade?
Reparei que estavam três pares de olhos focados em mim, um deles com preocupação, outro com amor e carinho e o outro olhar era um olhar irritado e distante. Reparei também que não estava com as minhas roupas rasgadas mas sim com um vestido de seda azul-bebé, que supôs ser de Esme.
Levantei-me num movimento tão rápido que me perguntei como consegui fazer aquilo.
- Estás bem? – Perguntaram Esme e Carlisle ao mesmo tempo.
- Acho que sim – respondi, e ouvi a minha voz era uma voz de uma total desconhecida que tinha acabado de sair da minha boca, aquela não era a minha voz.

Fanfic escrita por Ana Magalhães

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