Esme aproximou-se de mim e meteu-me as mãos nos ombros.
- Calma querida, agora tens de nos ouvir e ser forte, vais ouvir não vais? – Perguntou-me Esme.
Acenei com a cabeça, tinha medo de ouvir a minha voz outra vez.
- Bem, tu agora és vampira, mas não és uma vampira daquelas que se desfazem à luz, isso é mito o sol a nós não nos faz mal mas é verdade que não podemos sair à luz do sol e verás porque. És imortal e precisas de sangue para te alimentares. – Disse Carlisle.
- O que? Sangue? Mas sangue humano? – Perguntei escandalizada voltando a assustar-me com a minha nova voz.
- Não obrigatoriamente, nós somos vegetarianos ou seja alimentamo-nos de sangue de animais, por isso é que temos os olhos dourados, se nos alimentássemos de sangue humano os nossos olhos seriam vermelhos. Bem – continuou depois da minha interrupção - somos muito mais fortes e rápidos que os humanos, temos os sentidos muito mais apurados, a escuridão não nos afecta.
Eu não acreditava no que me tinha tornado, eu era uma vampira, ainda ontem não acreditava em nada disto e hoje eu era uma criatura mítica.
- Então eu sou uma…uma…uma vampira.
- Sim, és – disse Carlisle calmamente.
“Isto não é verdade, é só um sonho”-pensei para comigo mesma.
- Acredita, é a mais pura das verdades – disse Edward, “eu tinha dito aquilo alto?”
- Não, não disseste.
- Então como é que me respondeste? Oh espera não me digas que lês pensamentos?
- Sim, leio.
- E isso é um super poder vampírico?
- Sim, mas só eu é que leio pensamentos.
- Posso continuar? – Interrompeu Carlisle, ambos acenamos com a cabeça e ele prosseguiu – Como qualquer outra coisa há leis, e uma espécie de realeza, o nome deles é Volturi cuidam do nosso mundo, não deixando ninguém nos expor.
Pensei em tudo o que ele tinha acabado de dizer.
- E a minha família, eu vou poder voltar a vela?
- Hum… querida receio que não! – Foi Esme quem me respondeu.
Eu não iria voltar a ver a minha família. Não iria voltar a ver o meu Peter, nem iria nunca mais rir-me com o Edwin, nunca mais ia ver a Vera e o Henry. Porque não me deixaram morrer? Porque não me deixaram ali no meio daquela estrada, porque porque?
Não aguentei ficar ali, apenas me queria matar, desatei a correr e fui para o meio da floresta. Seria possível aquilo ser real? Seria possível?
Reparei também à velocidade que ia, e como era impressionante eu não bater em nenhuma arvore.
Quando achei que tinha corrido o suficiente, parei e subi para uma arvore, já que não podia nunca mais ver a minha família agarrei-me às memorias enquanto elas ainda estavam lá pois eu sentia, não sei como mas sentia, que elas iam desaparecer a qualquer instante.
Foi então que ouvi algo em baixo da arvore onde eu estava, era um volto, era uma mulher, era Esme…
Fanfic escrita por Ana Magalhães
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