Já tinha passado um ano desde a minha transformação, e como é óbvio mudamos de cidade, esta cidade chamava-se Cyter, mas eu tinha algo há muito tempo na minha cabeça, algo que tinha a ver com a minha terra natal, algo que tinha a ver com a minha ultima noite como humana , algo que tentava ao máximo esconder de Edward, algo que evitava pensar quando estava perto dele.
Chegou o dia que tomei uma decisão, ia-lhes contar o que queria fazer, eles podiam não concordar, principalmente Carlisle, mas achei que fosse o melhor.
- Podem chegar aqui um minuto? – pedi em voz baixa, mas sabia que eles me conseguiam ouvir. Todos vieram e em menos de um segundo estavam todos à minha volta.
Edward olhava para mim, eu não conseguia decifrar aquele olhar, era um olhar de compreensão e aceitação e ao mesmo tempo de raiva.
- Eu tomei uma decisão, e não vou mudar de ideias mas quero que vocês saibam o que pretendo fazer.
- Eu estou de acordo – disse Edward. Ai como eu odiava quando ele lia os meus pensamentos, assim sabia de tudo primeiro que os outros.
Ignorei-o e continuei.
- Eu quero me vingar dos culpados da minha quase morte, quero-me vingar principalmente de Royce, quero que ele sofra tudo o que eu sofri mas ele não vai ter uma segunda oportunidade de viver, mesmo que não seja como humana eu continuo viva mas ele não, eu quero ver Royce sofrer e morrer aos meus pés. – Terminei de falar com os punhos serrados, tinha raiva dele, tinha raiva do que ele me tinha feito e chegou a altura de me vingar, ele não podia continuar vivo, simplesmente não podia.
Esme e Carlisle estavam com o olhar fixo em mim, Esme era um olhar amoroso e de compreensão, eu sabia que ela estava do meu lado tal como a minha mãe sempre estava e Carlisle era um olhar de preocupação, eu sabia que ele odiava matar pessoas, mesmo que essas pessoas mereçam morrer.
- Rose – disse Esme pondo-me as mãos nos ombros – eu compreendo o que queres fazer, e estou do teu lado só não quero que faças algo que te venhas a arrepender no futuro.
- Eu tenho certeza que é isto que eu quero fazer.
- Então tens todo o direito – disse Carlisle.
- Obrigada – sorri-lhe – obrigada a vocês dois também – disse para Esme e para Edward – Obrigada por o apoio.
Parti nessa noite, Edward foi comigo ainda contra a minha vontade, mas era difícil separar a Esme do Carlisle tanto tempo por isso teve de ser ele.
Decidi deixar Royce para ultimo, e decidi também que não ia derramar sangue nenhum deles, não queria parte daquilo dentro de mim. Os primeiros foram os que menos se envolveram na história mas tinham estado a assistir e não fizeram nada, não sabia os nomes deles nem me dei ao trabalho de saber, lembrava-me da cara deles e era o suficiente. Eu encontrei-os num lugar onde não passava ninguém, quando me viram gritaram como loucos, eu gostava daquilo sabia bem ver a dor daqueles três rapazes, agora eles sentiam o que eu senti, não demorei muito com eles.
Na noite a seguir foi a vez de John, ele estava em casa dele, quando me viu chegar gritou como louco, ele sentia medo, chorou e pediu para não o matar então eu disse:
- Não me tivesses feito aquilo – quando acabei de falar empurrei-o contra um móvel ele já não tinha forças, bateu com a cabeça e ficou inconsciente tinha certeza que nunca mais iria acordar.
A última noite naquela cidade foi dedicada inteiramente a Royce. Para dramatizar a cena comprei um vestido de noiva, quando vi os pais dele saírem de casa entrei pela janela do quarto dele, ele não estava no quarto então sentei-me no cadeirão que estava perto da cama dele. Ele entrou, quando me viu paralisou e começou a gritar.
- Mas…tu…morres-te – disse com dificuldade.
- Isso querias tu – respondi-lhe com raiva – mas eu não sou quem era, estou mudada – aproximei-me dele e empurrei-o contra a parede, ele gritou de medo e de dor, eu gostava daquilo a dor dele fazia-me sentir bem.
Mais uma vez não derramei sangue nenhum, tinha motivos de sobra para não querer parte daquilo dentro de mim.
Quando acabei voltei para casa, Edward estava à minha espera, eu estava em baixo mas não o queria transmitir.
- Rosalie sabes que eu sei que estás mal – disse Edward.
- Pois está bem, só quero sair daqui, isto traz-me memorias que não quero, podemos ir embora?
- Sim vamos.
Então saímos da minha terra natal, onde eu não queria voltar a por os pés, doía de mais pensar no que a minha família humana sofreu e ainda sofre por isso não voltarei a entrar naquela cidade.
Ps: O nome da cidade Cyter foi uma ideia da Bruna, muito obrigada querida :D
Fanfic escrita por Ana Magalhães
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