AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Solstício - Capítulo 26

O final de um ciclo é o começo de outro


~~ Sete anos depois... ~~

– Rá Jad, foi fatalite!!! Foi fatalite!!

– Apelando também... quem não consegue, Lilly?!

– Apelando?! Eu?! Cala boca, você é que não sabe perder!!

– Ai, tá certo, tá certo... Toma Seth, pega logo esse controle, antes que a criancinha aqui aumente o escândalo!

– Não, espere ai! Eu não ouvi você dizer...

– Dizer o quê?!

– Meninos, sem briga...

– Não Seth, eu quero ouvir ele dizer isso que está na mente dele... “Eu desisto Lilly, você é melhor do que eu”!! Vamos, eu quero ouvir você dizer em voz alta...

– Até parece... Mas tudo bem, você venceu Lilly, é melhor do que eu em tudo! Satisfeita?!

– Hmmm, nem precisava tanto... Mas eu gostei! Anda Seth, sua vez de perder agora!

– Credo! – Jared revirou os olhos para a irmã, o gesto característico da família, enquanto se levantava do sofá com sua tranqüilidade inabalada.

Peguei o desfecho da discussão ao entrar na sala, depois de uma longa sessão de fofocas com as garotas na cozinha da nossa casa. Meu filho não era do tipo que se deixava afetar por provocações, principalmente quando vindas da irmã... Ele preferia sempre ficar na dele, nunca perdia a cabeça com nada.

Veio de encontro a mim e eu o ofereci um abraço, que, por sorte minha, ele ainda aceitava de bom grado todas as vezes.

– Brigando de novo, meninos?! – perguntei retoricamente, aninhando meu Jad nos braços com a dificuldade de sempre... Meu alcance se estendia somente até seus ombros largos agora.

– É ele mãe, não sabe perder, parece um bebezão!!

– Mais respeito Lillian, eu sou seu irmão mais velho! – ele se impôs, gozador

– Por causa de menos de um minuto, Jared?! – ela cuspiu, fazendo deboche – Por favor, em um minuto você consegue perder 10 vezes pra mim, Sr. “Onii chan”!!

– Seth, deixei você de olho neles, a responsabilidade é sua! – chamei a atenção do marmanjo inerte sentado ao lado da minha filha, como se os dois ainda fossem bebês de colo.

Ele se concertou no acento e bateu continência pra mim, depois se retraiu com o tapa que Lilly estalou em seu braço.

Olha pro jogo Seth, você está enterrando! – ela o advertiu, rabugenta

– Desculpe princesa, não vai acontecer de novo! – ele disse, devotando toda a atenção de volta para ela, o que a fez imediatamente corar e perder toda a pose mandona. Tentou disfarçar, mas, em sua distração, acabou pressionando sem querer todos os botões do joystick ao mesmo tempo.

– Ai droga, perdi! – ela praguejou, ao ver o que tinha feito.

Aly veio do quarto, segurando uma caixa pequena nas mãos. Esteve tramando alguma surpresa para Lilly o dia todo, sobre algo que havia lhe prometido alguns dias antes...

– Muito bem, muito bem, chega desse vídeo-game estúpido por hoje! – ela ordenou impaciente, já arrancando os controles das mãos dos dois amigos – Desse jeito, seus cérebros vão derreter!

– Ah, tia Aly... – Lilly fez beicinho

– Sem “ah, tia Aly”, eu estou cuidando de vocês...

– Hunf, não por isso tia... – Jared sibilou do meu lado, com tom malicioso – Têm cérebros aqui nessa sala que já derreteram há muito tempo!

Ele se referia à recente transição de sentimentos no coração da irmã, sobre a qual ele não disfarçava o seu ciúme, naturalmente!

Sim... só agora ela estava começando a se interessar por Seth!

A informação que meu pai aparentemente havia dado a todos, sobre o fato de ela ter sofrido um imprinting com ele ainda recém nascida, era falsa! Quer dizer, não exatamente falsa, mas incompleta. Enquanto bebê, ela tinha sim uma consciência intensa a respeito do jovem Quilleute... Mas, exatamente como a teoria de Aly havia proposto, a bebê Lilly foi perdendo muitas de suas ciências inatas na medida em que o tempo se passou, sendo este seu suposto imprinting uma dessas consciências. A hipótese diluiu-se em um simples carinho e gratuita preferência... Nada mais, por um bom tempo. Até que Jared, de uns dias pra cá, começou a me confidenciar algumas “coisinhas” sobre o comportamento dela em relação a Seth. Daí, ficou óbvio que o momento da “virada” estava, finalmente, começando.

Lilly lançou um olhar mortal para o irmão, que deu uma risadinha satisfeita em resposta. Depois, ele intentou sair para a rua.

– Ei, aonde vai mocinho?! – eu questionei, só por garantia... Ele era o tipo de filho que dispensava essa super-proteção, o que não se aplicava tanto à irmã dele. Com ela, Jake e eu satisfazíamos toda essa nossa necessidade reprimida, mesmo que nem fosse algo assim, tão necessário também. Mas era afilha mulher... Jake não folgava as rédeas nunca.

– Vou dar uma volta pela reserva, enquanto o churrasco não sai! – ele me respondeu, radiante.

Aquele espírito dependente de ar livre e natureza era uma das melhores coisas que ele herdou do pai, sem contar boa parte da aparência, lógico. Ele e Jake, lado a lado, poderiam facilmente passar por irmãos agora... Os cabelos e a pele, alguns tons mais claros em Jared, e a cor e formato dos seus olhos ministravam quase que as únicas diferenças físicas entre os dois. Meu pai insistia em dizer que esse lado calmo dele havia vindo todo de mim... Mas eu não me achava assim, tão “zen” quanto ele era as vezes! Era adepto de caçar ao invés de comer comida convencional, embora gostasse de participar dessas refeições especiais que nós fazíamos quase que semanalmente.

Já Lilly não, preferia as refeições convencionais. Segundo ela, “comida crua era coisa de orientais e vampiros”! Isso porque ela preferia o seu lado humano mais do que aos outros dois.

Ela cresceu e virou uma espécie de cópia física da minha mãe, só que com cabelos ruivos e olhos púrpura na maior parte do tempo {se bem que eles agora viviam com um peculiar tom perolado durante as manhãs e as tardes especialmente...}! Já sobre seu temperamento, papai dizia que tinha herdado os nervos “à flor da pele” de Jake, a minha meiguice e a energia de Aly... o que era absolutamente verdade! Minha filha tinha um gênio muito forte, um senso de decisão que eu admirava muito até, e, não se poderia esquecer, uma competitividade que valia pela família inteira, não tinha pra ninguém! Ela e os tios Jasper e Emmett eram os três mosqueteiros no quesito apostas e torneios diversos... muito mais constantes agora do que já eram, antes dela nascer {ou mesmo, antes de eu nascer}!

– Tudo bem! – eu respondi, satisfeita – Mas antes, você poderia me fazer o favor de chamar o seu pai pra mim?!

– Claro, mãe! – ele então mudou seu destino da porta da frente para a porta que dava acesso à varanda

– O que tem na caixa, tia?! – Lilly perguntou, depois arregalou os olhos, esperançosa – É aquilo que você tinha ficado de me mostrar?!

– É sim, espertinha! – Aly respondeu, enquanto programava o canal da TV para vídeo – Deu um trabalhão encontrar, tinha ficado perdido no meio de outros 500... Mas eu consegui!

Fiquei curiosa a respeito do que se tratava, mas quando ia abrir minha boca para pronunciar a pergunta, Jake entrou e veio ter comigo. Era incrivelmente embaraçoso como, mesmo depois de tanto tempo juntos, sua presença ainda causava luminescência no ambiente {apenas dentro da minha imaginação fértil e eternamente apaixonada, claro}. Ele me entregou um beijo de leve, estava suado e com cheiro de carvão e sal grosso, misturado ao seu perfeito aroma amadeirado. Seus cabelos estavam úmidos devido à exposição ao calor da churrasqueira.

– Mandou me chamar, meu amor?! – ele disse, a uma proximidade maravilhosa

– Mandei sim... Nós já acabamos de cortar os temperos, estão na cozinha! Espero que sua família goste de cebolinha, acho que batemos um Record lá dentro!!

– Até que enfim, pensei que esse servicinho não fosse terminar nunca! Não sei como vocês mulheres conseguem arranjar tanto assunto... – ele fez graça, tocando a ponta do meu nariz como condão, depois virou-se para Seth – E você, “Sra. Babá”, trate de ir lá pra fora ajudar no almoço também... Eu não confio em Edward e Carlisle pra fazer churrasco de verdade!

– Ah pai, deixa ele aqui... – Lilly protestou, agarrando o garoto ao lado dela pelo braço, antes que ele conseguisse se levantar para seguir a orientação do amigo, como um cãozinho obediente

– Deixa ele ir Lilly – Aly ordenou – Agora é a hora das garotas!

Ela automaticamente libertou o garoto para sair, se lembrando do interesse maior pela promessa da tia.

– Então... qual é a ocasião especial, pode-se saber?! – questionei, por fim

– Sua despedida de solteira e o casamento, Nessie! – Aly me olhou com empolgação, ao que eu olhei de volta, sem entusiasmo nenhum

– Ah, isso... – mastiguei as palavras, inanimadamente

– Sério Alice?! – Jake, ao contrário, demonstrou um súbito interesse – Isso é ótimo, nunca vimos esse vídeo. Você filma as coisas, depois entoca tudo...

– Vem pai, senta aqui comigo pra assistir! – Lilly indicou o lugar já vazio ao seu lado. Jake então arrastou meu peso junto com ele para o sofá.

Meninas, venham pra cá! – Aly berrou para a cozinha.

Em seguida, entrou na sala o batalhão de mulheres formado por minha mãe, vovó Esme, Sue, Rachel, Claire, Emilly, Kim, Leah e Rebeca {recém chegada de seu pós-doutorado em Londres, com o marido havaiano Noah e os dois filhos, Morgana, de 6 anos e Billy Jr, de 4 }.

Leah e Zach Ortino, casados agora há 4 anos, tiveram TRI-gêmeos... Os engraçadíssimos Matthew, Harry e Quynton, ambos com 3 anos de muita energia e travessuras. As previsões otimistas sobre eles estavam mesmo corretas. Os três eram muito precoces no quesito “transformo”, transfigurando-se ainda com poucos dias de vida e também em formas distintas {um urso, um leopardo e um corcel negro, respectivamente}, assim como aconteceu com Lilly e Jared. A gestação de Leah, contudo, transcorreu convencionalmente, não transparecendo qualquer diferença. Foi somente a partir da primeira transfiguração dos bebês que o crescimento deles sofreu severa aceleração, deixando-os atualmente com aparências já de meninos de 7 para 8 anos.

Emilly e Sam também tiveram um filho, Jensen, que agora tinha 5 anos e, embora não tivesse manifestado nenhuma transfiguração ainda, demonstrava muito potencial com o seu temperamento de líder em meio aos amiguinhos. Além do garotinho, ela estava grávida de uma menina, Virgínia, que nasceria aproximadamente dentro de mais um mês. Uma curiosidade era que o pequeno Matthew Ortino estava sempre rondando e brincando com a barriga dela... com mais freqüência do que os outros! Ninguém queria arriscar muito ainda, mas palpites sobre “imprinting” eram praticamente inevitáveis.

Outra que estava grávida era Rachel, de um menininho que carregaria o nome do pai, Paul. Fora o futuro rebento, também já tinham uma menina de 2 anos, Monique, muito parecida com a finada mãe de Jake, Sarah, segundo Billy e as filhas.

Claire, hoje com 17 anos, alcançou ao longo do tempo o lugar de melhor amiga de Lilly {posto esse que costumava ser meu no coração de ambas... mas creio que, por questões de rotina, elas meio que conseguiram me inserir melhor no segundo lugar em suas escalas afetivas}! As duas basicamente estavam no mesmo degrau agora, o que as aproximava muito e me separava bastante delas, apesar de todas sermos aparentemente da mesma idade. Era engraçado relembrar a ocasião em que eu e Jake demos uma forcinha ao Quil para contar pra ela sobre imprinting, uns 3 anos atrás... A pobrezinha entrou em parafuso e por duas semanas inteiras não falou, nem permitiu a aproximação do garoto. Mas, depois da crise, os laços entre eles se fortaleceram ainda mais do que antes, o que de fato surpreendeu até o próprio Quil. Eu, porém, sabia bem o que ela estava sentindo e não estranhei esse acontecimento... É impossível resistir a um amor perfeito.

Nessa mesma ocasião, aproveitamos para contar à Lilly também. Às duas, demos as mesmas explicações a respeito do assunto, e fizemos referência a Quil e Seth exatamente do mesmo modo. Cada uma, porém, reagiu de acordo com o momento em que estavam vivendo. Nossa pequena, mesmo sendo intuitiva e indiscutivelmente madura para a própria idade, não compreendeu o que de tão horrível naquela história havia constrangido tanto a amiga, justamente por que ela ainda estava no período em que o termo “amor incondicional” não tinha um impacto tão romântico quanto fraternal em sua cabecinha. A candura da amizade era o que imperava, estava intacta e firme. Já ninguém poderia afirmar isso agora, quando a maturação dos sentimentos, e não mais só da mente, a levava a tirar conclusões um pouco mais específicas e óbvias a respeito da participação do garoto em sua vida...

Enfim, nossas famílias cresceram e se uniram, como bolhas de ar sobre a superfície de um líquido.

Rosie, rainha proclamada das nossas crianças, estava lá fora agora, organizando alguma brincadeira do tipo picula, que volta e meia arrancava gritinhos deliciosos delas ao redor da casa. Enquanto isso, nós daqui de dentro nos espremíamos diante da tv, a sala de repente parecendo pequena demais para abrigar tanta curiosidade.

– Ah, eu adoro essa parte que vai passar agora! – Aly, sentada no chão, fez questão de anunciar para todos o momento em que eu me jogava semi-nua na água congelante da piscina, gritando...

– EU TE AMO, JAAAAAAAAAKE!! – minha mãe, ela e minha avó reproduziram o grito junto com o vídeo, enquanto o restante se pôs a rir e suspirar

– Ai, que lindo mãe!! – Lilly me disse, contendo os pulos do coração sob o peito

– Tadinha da minha cunhadinha... – Rebeca me lançou um consolo carregado de ironia.

Diante da cena, Jake soltou um riso meio incrédulo paralelo ao meu estado de embaraço, o que me provocou interesse.

– O que foi?! – perguntei a ele, enquanto Aly voltava a gravação para o ponto da serenata de amor. Jake se virou ainda risonho e embasbacado pra mim.

– Os garotos também fizeram uma coisa parecida comigo, na minha despedida de solteiro!

– Você também teve uma?! – senti minha testa franzindo – Nossa, tudo aconteceu tão rápido e improvisado, que eu nem imaginei que houvesse tido tempo para eles aprontarem com você também!

– Pois é... Me forçaram a pular de barriga daquele penhasco gigante até o mar glacial, gritando “eu vou me casar!” a todo pulmão, como se aquilo fosse até uma condenação!

– Sério?! Porque você nunca me contou sobre isso?

– É que, bom... – ele fez cara de dor – não foi exatamente uma experiência lírica, sabe... Eu tive que pular umas 5 ou 6 vezes até que eles finalmente se convencessem que eu tinha pulado mesmo de barriga!

– Ai! – sussurrei um gemido teatral para ele, que assentiu com a cabeça.

Vovô Charlie chegou, carregando dois sacos desnecessários de carvão nos braços. O passar dos anos só contribuiu para tornar sua cabeleira grisalha em mais um aditivo ao seu charme imutável. No começo do verão passado, ele e Sue enfim oficializaram a união deles, com uma cerimônia discreta no jardim daqui de casa {sim, nós conseguimos garantir essa proeza aos dois}!! Desde então, Seth, Leah e minha mãe andavam por ai, se divertindo e tirando sarro da idéia de serem “irmãos”, tanto que os trigêmeos até tratavam minha mãe e meu pai por tios. Era cômica a disposição de nossos laços familiares agora. Por isso, preferíamos pensar em nós todos logo como uma só família. Nos poupava de preocupações com formalidades... todo mundo se metia uma na vida do outro o tempo todo!

– Charlie, não precisava se preocupar em comprar mais carvão, já está tudo pronto lá fora... – meu pai surgiu da varanda, reconhecendo os pensamentos exaustos do meu avô. Ele então se voltou chocado para a posição confortável de Jake, largado conosco no sofá – Eu não acredito no que eu estou vendo, Jacob Black!

– Desculpa, desculpa... – bastou só isso para fazê-lo se levantar e ir apressado até a cozinha para concretizar suas intenções iniciais ao vir pra dentro.

– Esse garoto não toma jeito nunca! – vovô resmungou, sem contudo perder o bom humor ferino, ao mesmo tempo em que entregava as duas cargas ao genro – Obrigada, Edward!

– De nada! Vamos lá pra fora, já não há muito o que fazer... Os garotos estão querendo armar uma corrida de Jet Skis no lago depois do almoço e estão dividindo as equipes!

– Genial, motos dentro d’água... – vovô disse, com um tom de frustração – Bem, pelo menos se alguém cair, não vai ter tanto estrago, não é?! – ele fez essa pergunta, lançando um olhar mordaz para minha mãe.

– Ok, vamos sair também meninas, o almoço já vai ser servido pra vocês! – ela interrompeu afoita a seção “túnel do tempo”, saltitando pernas e braços com perícia, até alcançar o limiar da varanda.

Graças a Deus, ninguém se opôs. Fome é uma coisa boa nessas horas...

– Por favor fliha, chame o seu irmão de volta! – pedi a Lilly, me preparando para eu própria seguir o comando da minha mãe na seqüência

– Certo! – ela disse, depois se concentrou e fechou os olhos. Alguns segundos depois, voltou à nossa dimensão – Ele está vindo! – anunciou em seguida.

Essa comunicação mental privada deles dois, deduzida por meu pai anos atrás, foi só um dos muitos atributos deles que foram confirmados pela visita de Eleazar, algumas semanas depois do nosso pequeno incidente na Europa. Aquilo que foi na ocasião a chave do nosso desfecho vitorioso contra o clã italiano ganhou dele a denominação de campo magnético inibidor de habilidades especiais, ou simplesmente escudo ofensivo. Segundo ele, quando sob ameaça, Lilly e Jared externavam uma força capaz de anular dons do oponente de maneira direcionada, ou seja, prejudicando somente a ação inimiga contra quem os dois quisessem proteger. A pequena amostra que Renata Volturi esperimentou foi suficiente para amedrontar Aro, ao ponto dele se ver obrigado a reconhecer que nossas forças se equiparavam uma a outra e, por tanto, eles teriam que fazer nomeações e blá blá blás, antes de, humildemente, “se retirarem”!

Outra particularidade revelada por Eleazar foi a de que a mudança da coloração nas íris dos meus filhos não era a única manifestação deles referentes a alterações de humor... Os dois, além de mudarem a cor de seus próprios olhos em reação aos sentimentos dentro de si mesmos, também conseguiam detectar os sentimentos e humores de qualquer um que estivesse nas proximidades, o que tinha relação direta com o campo magnético deles. Não era exatamente igual ao dom do tio Jasper, por que eles não podiam manejar o humor alheio... Mas servia como uma impressão digital de cada um dentro de suas mentes, facilitando suas capacidades de identificação. No final das contas, a transfiguração meio que se tornou como uma válvula de escape, diante de uma reunião tão poderosa de habilidades em apenas dois corpos. Nossos gêmeos eram, verdadeiramente, prodígios... resultado mais do que satisfatório perante o elo homem/animal/vampiro que representavam!

No tocante ao meu contra-veneno, meu pai como sempre tinha mesmo razão, quando sugeriu que Jared e Lilly também possuiriam a substância miraculosa correndo em suas veias. Exames posteriores feitos por meu avô comprovaram a veracidade do fato. Porém, graças a Deus, o antídoto não foi mais necessessário...

Os dois alcançaram a maturidade física pouco depois de completarem 5 anos, período que transcorreu como um foguete aos nossos olhos. Suas figuras, pantera e tigre branco, também amadureceram com eles, tornando-se animais adultos e de estatura semelhante aos lobos. O desenvolvimento balístico deles foi notadamente mais feroz do que o meu {ou seja, há dois anos que eles deixaram de se parecer meus irmãos caçulas e passaram a parecer meus irmãos mais velhos}.

– Certo, cadê o pedaço de carne que estava no meu prato, dois segundos atrás?! – Jared bradou aos ventos, levantando-se bruscamente da cadeira em que estava.

Algumas risadinhas infantis se denunciaram atrás de uma árvore próxima e ele se virou rabugento para pegá-las, o que arrancou um coral de gritos e uma correria louca na direção do deck.

– É Kim, pelo menos você já sabe que seu noivo tem jeito com crianças! – Rachel disse à garota, que quase sempre corava ao invés de falar. Mas dessa vez, ela sorriu radiante para a amiga.

– Tá legal – tio Emmett, que apenas ficou observando nosso almoço, assim como os demais vampiros presentes, se ergueu do tronco em que estava sentado – hora do embate!

Todos os exemplares do sexo masculino se levantaram em reação às suas palavras, como um estopim. Depois, abandonaram nosso círculo e foram todos ao deck também, na direção dos Jet skis.

– Hmmm, isso vai ser interessante! – Aly proclamou – Vou buscar a minha câmera.

– Não seria melhor vocês esperarem um pouco mais?! Estão de barriga cheia, meninos!! – Emilly gritou em vão para os garotos lobos, que já estavam longe demais para seguir qualquer orientação maternal. Sam foi o único que permaneceu conosco, aproveitando o solzinho que banhava suavemente o local onde estávamos.

– Papai! Papai! Eu posso ir também?! – o pequeno Jensen perguntou, sacudindo Sam pelo braço

– Pode filho... quando ficar mais velho e for grande o suficiente para responder pelos próprios atos. Por enquanto meu querido, você vai ser apenas espectador, junto com os seus amiguinhos!

Emburrado, o garoto voltou para onde as outras crianças estavam, chutando a terra debaixo dos pés. Aly retornou a tempo de arquivar a cena cômica antes da competição dos rapazes começar.

De início, pensamos que eles apenas fariam várias corridas pelo lago. Mas depois nos demos conta de que era uma competição apavorante de acrobacias radicais! Quase todos estávamos de platéia, assistindo às manobras suicidas que eles sincronizavam no ar e de volta à água. Mas então dei pela falta de Lilly, e Jad me disse que ela estava dentro de casa, incomodada com alguma coisa.

Foi procurá-la e a encontrei admirando o antigo painel de fotos e mensagens que Jake me presenteou no meu aniversário, 7 anos atrás. Ela se afetou um pouco quando notou minha presença, parecendo realmente em meio a um conflito mental. Massageou a fronte e forçou um sorriso tímido enquanto eu terminava de me aproximar dela. Segui a direção que seu olhar estava apontando antes e me satisfiz em dispensar alguma atenção aquele presente que na ocasião me trouxe tanta alegria, mas que eu já não parava para admirar a muito tempo. Era uma disposição maravilhosa de lembranças... Imagens alegres, misturadas com lindas declarações de amor e afeto escritas por Jake e minha família. A memória daqueles meus primeiros dias de “paixonite aguda” arrancou um risinho involuntário da minha garganta.

– Como... você soube que amava o papai, mãe?! – Lilly me trouxe de volta ao presente com a pergunta incomum e vacilante. Ela nunca gastava tempo conversando comigo sobre assuntos desse tipo... sempre guardava essas questões pra si mesma. Esse recato eu não sabia dizer se vinha mais de mim ou do próprio Jake. Aninhei-a nos braços e suspirei, saudosa.

Eu não soube logo de cara... apenas senti! – respondi, sabendo exatamente em que terreno estava pisando... A sensação ao fazer isso era estranha, mas boa. Tinha aval pra não deixar que minha filha repetisse as mesmas burradas que eu fiz...

– Apenas sentiu?! – ela estremeceu, depois me encarou franzindo o cenho

– Sim! Com o tempo é que veio a certeza, mas o simples “sentir” foi de grande importância no processo todo.

– Sei... – ela murmurou, seus olhos evidenciando que sabia, de fato, sobre o que eu estava falando

– Um conselho que eu te dou: – mirei firmemente seu semblante – Nunca, sob nenhuma circunstância, despreze os seus sentimentos... Eles estão na base da sua felicidade, filha.

Ela considerou minhas palavras por uns instantes, em seguida sorriu satisfeita.

– Entendi! Obrigada mãe!

Sorri de volta. “Renesmee 2” dificilmente seria uma possibilidade agora...

– De nada, meu amor! – beijei sua cabecinha cacheada – Agora vamos sair, nossa penúltima semana de férias está escorrendo pelo ralo lá fora, e nós duas aqui dentro, falando bobagens!

– Verdade! – ela exclamou e nós duas voltamos para junto dos nossos queridos.

As férias em questão se deviam ao fato de que, dentro de uma semana e meia, Lillian, Jared, Seth, minha mãe, Jake e eu estaríamos finalmente ingressando na Forks High School, após um longo jejum acadêmico em nossas famílias. Toda a documentação {tradução = falsificação} já havia sido providenciada com o tal do J Jenks, como sempre, nosso fiel servo em questões burocráticas. Históricos escolares, cursos, notas... tudo foi convenientemente apagado e refeito. Lilly, Jad {com o auxílio de lentes de contato de última geração} e Seth entrariam no 1º ano; E no 2º, entraríamos Eu, Jake e minha mãe {que dispensaria as lentes, já que sua íris era do mesmo e tolerável tom dourado dos meus familiares}. A experiência por si só já prometia ser uma aventura e tanto. Me deliciava imaginando o que nossos colegas pensariam, em face a um grupo tão “peculiar” como o nosso, passeando pelos corredores e almoçando juntos no refeitório. Seria cômico Lilly, eu e minha mãe passeando animadamente por entre eles, sem que desconfiassem que o trio de melhores amigas na verdade se tratava de filha, mãe e avó! A ansiedade extinguiu todas as minhas unhas de vez...

Mas não era só a nossa vida acadêmica que estava prestes a dar uma guinada. Algumas carreiras antigas voltariam também à ativa, como era o caso do meu avô Carlisle, que conseguiu uma vaga de chefe da equipe de neurologia no Olympic Memorial Hospital em Port Angeles... E novas carreiras também alçariam vôo, a exemplo do meu pai, o mais novo doutor da família. Ele passou os últimos meses envolvido no projeto de abrir uma clínica comunitária aqui em La Push, que ofereceria atendimento nas áreas de psicologia, psiquiatria e cardiologia. Agora que o empreendimento estava pronto para receber o público, ele e tio Jasper {recém formado em farmacologia e possuidor de um vasto conhecimento em medicina experimental} só estavam aguardando mais essas últimas semanas de férias para abrir as portas. Rosie e vovó Esme, que no ano passado graduaram-se juntas pela Duke University no curso de Bacharelado acelerado da ciência em Enfermagem, e Aly, formada há 2 anos em administração pela Dartmouth, também trabalhariam na clínica com eles, além de Emilly, Rachel e Rebeca. Tio Emmett se arranjou com uma vaga de professor de educação física no nosso colégio mesmo. Ia ser divertidíssimo tê-lo na escola e na família para praticar esportes conosco {sem contar que nossas notas seriam as melhores por conta disso}!

Os garotos lobos também conseguiram montar seu próprio negócio dentro da reserva Quilleute: Uma montadora de carros nacionais e importados {bem a cara deles}, nomeada, após uma longa reunião de consenso, Quillayute Wheels! Jake trabalharia lá junto com seus companheiros, assim como Seth e Jared {outro que era um apaixonado por carros}!

Enfim, todos já estávamos devidamente encaminhados na vida... pelo menos por mais alguns anos.

Antes da vida acadêmica começar, porém, para mim e para Jake ainda restava mais um marco pela frente: Meus pais e avós nos presentearam com uma “segunda lua-de-mel”, num retiro paradisíaco localizado na costa brasileira, que eles denominavam carinhosamente “Ilha de Esme”.

As referências sobre o local {deles próprios} eram encantadoras, a parte de alguns detalhes imprevistos, logicamente! Mas aquela uma semana e meia de isolamento nos prometia tudo aquilo que planejamos e não podemos cumprir da primeira vez. Viajaríamos amanhã cedinho... Esse churrasco de hoje foi praticamente nossa festa de despedidas!

O anoitecer chegou, encerrando os torneios aquáticos e trazendo consigo o lual maravilhoso que os garotos planejaram a semana inteira, com direito a fogueira, marshmallows, rodinha de violão e histórias, e “hulla-hulla” com Noah, Emmett, Jasper e companhia limitada. Coisas simples... Nossas prediletas!

Lá pra umas duas da madrugada, alguns de nós já não estávamos mais conseguindo manter as pálpebras abertas, então demos por encerrada a reunião de família, anunciando já uma próxima para encerrar as férias de vez, depois que eu e Jake voltássemos. Vampiros, lobos e humanos voltaram para seus respectivos lares, nos deixando com a bagunça e a saudade.

– Deixa a arrumação com a gente, mãe! Você e papai vão dormir, seu vôo está marcado para amanhã cedinho! – Jared nos ordenou, cheio de disposição – Além do mais, deu no noticiário que amanhã será o dia mais longo do ano, segundo os meteorologistas. É bom estarem bem descansados então, para aproveitarem melhor o tempo.

– É gente, boa noite pra vocês! – Lilly, por sua vez, estava quase despencando de sono no ombro do irmão, e as palavras saíram em meio a um bocejo largo.

Por sorte, nossas bagagens já estavam todas prontas desde ontem, então fizemos como pediram e fomos nos deitar. Esse havia sido um dia bastante reflexivo para mim... Creio que muita alegria junta provoca esse efeito mesmo!

– Boa noite, meu anjo! – Jake me disse, envolvendo minhas costas meditativas, como sempre fazia

– Até amanhã, meu amor! – respondi...

Logo depois, veio o apagão... em seguida, o brilho de sonhos felizes.

...

~~ Dias seguinte, Ilha de Esme, algum lugar remoto na costa do Brasil, 05:56pm ~~

Ondas quebrando, folhas se balançando umas nas outras, gaivotas cantando, brisa marítima.

Meus braços se espreguiçaram antes que eu abrisse meus olhos e tivesse a oportunidade de vislumbrar nossa imensa e iluminada suíte mais uma vez. A luz enfraquecida do finzinho de tarde irradiava em minha pele, coberta parcialmente apenas pelos lençóis de algodão. Nossa viagem internacional tinha sido bem agradável, sem atrasos, sem dificuldades. Jake seguiu a risca todas as orientações que meu pai deu a ele, enquanto nos levava ao aeroporto pela manhã {inclusive aquele velho “se cuidem” para nós dois, que agora sabíamos muito bem o que realmente queria dizer}!

Tateei de costas o outro lado da cama, procurando por um volume que identificasse a presença do meu Jake ao meu lado. Que bobagem a minha, claro que ele não estava mais dormindo a uma hora dessas. Já tínhamos passado uma boa parte do dia mais longo do ano juntos, dentro daquelas quatro paredes...

Quando me sentei no colchão macio, porém, notei um bilhete semi-dobrado sobre o criado mudo, a face de cima contendo o meu nome.

“Estou te esperando

na praia.

Venha ver o

pôr-do-sol

comigo quando acordar,

para depois valsarmos

juntos na areia, sob a

luz de luar,

minha Nessie!”

Próximo de onde o bilhete estava, encontrei duas fotografias que nunca tinha visto antes. Eram do meu polêmico aniversário de sete anos... Uma de nós dois em um abraço desengonçado e hilário, e a outra era um flagra nosso dançando, mergulhados no olhar um do outro. No verso da 1ª estava escrito “Minha Rosa branca”; no da 2ª, “O lugar onde sempre quero estar”!

Numa cadeira próxima à cômoda vi estendidos o meu biquíni branco com miçangas de coco e minha saída de praia rendada. Abandonei ansiosa a cama e arranquei a muda do assento, indo depressa me retocar e vestir no banheiro. Mesmo o dia sendo o mais extenso, a hora que já marcava no relógio indicava que eu estava perto de me atrasar... Aqui no hemisfério sul, 6 horas já seria noite, não fosse pelo fenômeno providencial de hoje, que adiou um pouco mais espetáculo que meu Jake me convidou para assistir.

Pronta em um tempo Record de 5 minutos, passei correndo com meu rabo de cavalo e a estréia dos meus trajes de veraneio para a sala, em direção à varanda. Ainda tive tempo, no meio da corrida, para admirar o manjar estupendo que Jake havia organizado pra o nosso jantar, nos esperando sobre a mesa da copa.

Freei no pé da escada exterior, que finalizava já dentro da areia branquinha... e avistei-o dentro das águas tranqüilas e espelhadas da nossa praia particular.

Sem fazer mais cera, fui de encontro a ele, que acenou ao me ver de longe. Suas sandálias estavam emborcadas uns 4 metros antes de onde a crista da onda batia. Abandonei a saída de praia junto a elas e adentrei o mar, saltitando as primeiras ondas, e mergulhando com tudo quando o nível da água já me permitia o prazer de me atirar de cabeça na água.

Jake me esperou na superfície sem aumentar ou diminuir a distância da praia, que eu converti em questão de segundos, me agarrando às suas costas firmes ao emergir.

– Boa tarde, bela adormecida! – ele me cumprimentou por sobre o ombro, segurando meus braços ao redor dele

– É, eu sei... Desculpe! – pedi, irremediavelmente

– Sem problemas. Já estava prevendo isso, depois do meio-dia maravilhoso que tivemos.

A temperatura da água estava morna por conta do horário, perfeita para embalar dois corações apaixonados em seu seio. Jake nadou um pouco mais para o fundo, me levando nas costas com perícia.

– Tá querendo alcançar o sol, meu amor?! – perguntei, ao perceber a distância que já estávamos da praia. Ele riu.

– Seu eu pudesse... puxaria ele de volta mais um pouco.

– Mas, já não basta ter sido o dia mais longo do ano?! O pobrezinho deve estar exausto...

– Bastaria... se eu não sentisse como se 24 horas não fossem suficientes para estar com você, Nessie!

– Hmmm, meu Romeu... – suspirei, imitando o jeito de Rosie, e ele riu outra vez – Por falar em tempo... Adorei as fotos, foram realmente as duas melhores daquele aniversário! Pena que você não as colocou no painel depois, junto com as outras...

– Elas eram especiais, queria guardá-las só pra mim!

Achei graça de sua siceridade.

– Você é sentimentalmente egoísta, sabia?! – belisquei o quadril submerso dele, fazendo-o me desequilibrar.

Fui então para o fundo, abraçando o refresco do oceano com prazer.

Quando voltei, Jake me ofereceu a mão para que eu me aproximasse.

– Aqui já está bom, vamos aproveitar o pôr-do-sol logo, antes que ele se acabe – ele pediu sereno, e eu recebi seu abraço.

Ficamos calados por um bom tempo, observando o momento em que o astro amarelo tocou o horizonte, depois entregou sua primeira metade ao mar.

– Jake?!

– Sim?!

– Você acha que Lilly e Seth vão se amar tanto quanto nós?!

Ele não me respondeu de imediato. Ficou alguns segundos meditando no meu questionamento.

– É difícil afirmar Ness... Cada caso é um caso.

– Você acha que ele não vai perceber quando a hora chegar?!

– Acredite em mim, esse risco nossa filha não corre.

– Mas então, o que você quer dizer com “cada caso é um caso”?! – comecei a me preocupar. Ele me tranqüilizou.

– Que a intensidade do amor entre eles vai depender unicamente do que estiver no coração dela. Por isso, não posso fazer afirmações sobre a força que o sentimento deles terá, entende?! – ele acariciou meu rosto – O que eu posso dizer com certeza é que ele vai amá-la do jeito que ela precisar ser amada e que, portanto, moverá céus e terra pela felicidade dela, acima de tudo! Isso, por si só, já me deixa satisfeito.

– Têm razão, vamos deixar o tempo dizer. Afinal, tempo é o que mais teremos daqui pra frente, não é?! – concordei, satisfeita também – Mas, tomara que sim, que ela realmente encontre nele o mesmo amor que encontrei em você... Completo! E que o mesmo também aconteça ao nosso Jared.

– Vai ser uma tremenda sortuda essa garota! – Jake disse, com tom orgulhoso

– Sem dúvida! Ele é um verdadeiro príncipe... igualzinho ao pai!

Jake me virou para que eu encontrasse seus olhos.

– Mas, meu bem, não foi para discutir sobre a relatividade do amor que eu te trouxe aqui! – ele galanteou, o olhar penetrante avançou todas as fronteiras da minha alma.

Seus lábios vieram então repousar na minha testa, depois aqueles braços quentes me envolveram em nosso universo. O amor emanava pelos meus poros...

Por sobre seus ombros, olhei de novo para a linha do horizonte, de onde o sol já lançava seus últimos raios daquele dia perfeito.

O Solstício chegava ao fim... A eternidade nos esperava na próxima página.

– Eu te amo, minha Nessie! – ele disse ao pé do meu ouvido

Fechei meus olhos...

... e sorri!

FIM


Fanfic escrita por Raffaella Costa.

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