AVISO

Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

Obrigada pela atenção.

A Equipa do CBF

Amanhecer_Livro3: Bella: Capítulo 28: O Futuro

Capítulo 28 – O Futuro

Carlisle e Edward não conseguiram alcançar Irina antes de sua trilha desaparecer nas águas. Eles nadaram até o outro lado para ver se a trilha continuava, mas não havia traço dela por quilômetros em nenhuma direção.

Foi tudo minha culpa. Ela tinha vindo, como Alice havia visto, para fazer as pazes com os Cullen, só para se irritar com a minha camaradagem com Jacob. Eu queria a ter percebido mais cedo, antes de Jacob se transformar. Eu queria que tivéssemos ido caçar em algum outro lugar.

Não havia muito o que fazer. Tanya e Kate não viam Irina desde que eles decidiram vir ao meu casamento, e elas estavam desgostosas de Irina ter estado tão perto de casa e não ter voltado; não era fácil para elas perderem um irmão, por mais que a separação fosse temporária. Eu me perguntava se isso não trazia lembranças difíceis de quando elas perderam a mãe há muitos séculos atrás.

Alice foi capaz de pegar algumas cenas do futuro imediato de irina, nada muito concreto. Ela não ia voltar para Denali, pelo que ela via. As imagens estavam nebulosas. Tudo o que Alice podia ver era que Irina estava chateada; ela vagava em locais selvagens com muita neve - ao norte? Ao Leste? Com uma expressão devastada. Ela não tomava nenhuma decisão sobre o que fazer ou aonde ir.

Dias se passaram e, apesar de eu não ter esquecido, Irina e sua dor foram deixadas de lado em minha mente. Haviam coisas mais importantes para pensar. Eu iria para a Itália em alguns dias. Quando eu voltasse, nós todos iríamos para a América do Sul.

Cada detalhezinho já havia sido repassado mil vezes. Nós iríamos começar com os Ticunas, buscando suas lendas até a origem. Agora que estava determinado que Jacob ia conosco, ele se encaixava perfeitamente nos planos - era improvável que as pessoas que acreditavam em vampiros falariam conosco sobre suas histórias. Se não desse em nada com os Ticuna havia muitas tribos próximas na área para pesquisa. Carlisle tinha alguns amigos na Amazônia, se pudéssemos encontrá-las talvez elas tivessem mais informações para nós. Era improvável que as três vampiras do Amazonas tivessem alguma coisa a ver com as lendas de próprias vampiras híbridas, uma vez que eram todas mulheres. Não tinha como saber quanto tempo nossa procura levaria.

Eu ainda não havia contado ao Charlie sobre a viagem mais longa, e eu pensava sobre o que dizer a ele enquanto Edward e Carlisle discutiam. Como quebrar as notícias para ele agora?

Eu encarei Renesmee enquanto eu debatia internamente. Ela estava enroscada no sofá agora, sua respiração lenta no seu sono pesado, seus cachos estendidos desordenadamente pelo seu rosto. Normalmente, Edward e eu a levamos para a nossa cabana para colocá-la para dormir, mas esta noite nós nos demoramos com a família, ele e Carlisle em sua seção de planejamento.

Enquanto isso, Emmet e Jasper estavam mais excitados planejando as possibilidades de caçar. A Amazônia oferecia uma mudança na nossa caça habitual. Jaguares e panteras, por exemplo. Emmet tinha um capricho por lutar com uma anaconda. Esme e Rosalie planejavam o que elas iriam colocar nas malas. Jacob estava fora com o bando de Sam, arrumando as coisas para sua própria ausência.

Alice se moveu devagar - para ela - pela grande sala, arrumando desnecessariamente o espaço já imaculado, arrumando os perfeitos buquês enforcados de Esme. Ela estava colocando os vasos de Esme no centro da cômoda no momento. Eu podia ver pelo jeito que sua face flutuava - ciente, então vazia, depois ciente de novo - que ela estava procurando o futuro. Eu assumi que ela tentava ver, através dos pontos cegos que Jacob e Renesmee faziam em suas visões, o que esperava por nós na América do Sul até que Jasper disse, “Deixe pra lá, Alice; ela não é preocupação nossa.” E uma nuvem de serenidade infiltrou-se silenciosamente e invisível pela sala. Alice deveria estar preocupada com Irina de novo.

Ela deu a língua para Jasper e então levantou um vaso de cristal que estava cheio com rosas brancas e vermelhas e foi em direção à cozinha. Havia apenas um simples toque de definhamento em uma das flores brancas, mas Alice parecia aplicada na total perfeição como distração da sua carência de visões hoje à noite.

Encarando Renesmee de novo, eu não vi quando o vaso escorregou dos dedos de Alice. Eu apenas ouvi o som do ar assobiando pelo cristal, e meus olhos adejaram a tempo de ver o vaso quebrar-se em dez mil cacos de diamante contra a beira do chão de mármore da cozinha.

Nós estávamos perfeitamente parados enquanto o cristal fragmentado sacudia e se arremetia em todas as direções com um tinido nada musical, todos os olhos nas costas de Alice.

Meu primeiro pensamento ilógico foi que Alice estava fazendo alguma piada com a gente. Porque não tinha como a Alice derrubar um vaso por acidente. Eu poderia ter me lançado pela sala para eu mesma pegar o vaso a tempo, se eu presumisse que ela não pegaria. E como isso escapuliria de seus dedos em primeiro lugar? Seus perfeitos dedos certeiros…

Eu nunca havia visto um vampiro derrubar nada por acidente. Nunca.

E então Alice estava nos encarando, se girando num movimento tão rápido que não existiu.

Seus olhos estavam metade aqui, metade aprisionados no futuro, longe, fitando, preenchendo seu fino rosto até que eles pareceram transbordar. Olhar nos seus olhos era como olhar de dentro para fora de uma sepultura; eu estava enterrada no terror e desespero e agonia de seu semblante.

Eu ouvi Edward arfar; era um som quebrado, estrangulado.

“O que?”, Jasper rosnou, adiantando-se para o lado dela em um movimento apressado e indefinido, esmagando o cristal quebrado debaixo de seus pés. Ele agarrou seus ombros e a sacudiu sem delicadeza. Ela apenas se deixou sacudir silenciosamente nas mãos dele. “O que, Alice?”

Emett se moveu para dentro da minha visão periférica, seus dentes trincados enquanto seus olhos dispararam para a janela, antecipando um ataque.

Só Esme, Carlisle e Rose mantinha silencio, congelados do jeito que eu estava.

Jasper balançou Alice de novo. “O que é?”

“Eles estão vindo atrás de nós”, Alice e Edward suspiraram juntos, perfeitamente sincronizados. “Todos eles.”

Silêncio.

Primeiramente, eu fui a mais rápida para entender - porque algo em suas palavras despertou minha antiga visão. Era só a memória distante de um sonho - desaparecendo, transparente, indistinta, como se eu estivesse olhando através de uma grossa faze…

Na minha cabeça, eu vi uma linha negra avançando pra mim, os fantasmas do meu pesadelo meio-esquecido. Eu não podia ver o brilho de seus olhos de rubi na imagem borrada, ou o reluzir de seus dentes afiados, mas eu sabia para onde eles deviam brilhar…

Maior que a memória da visão, veio à memória do sentimento - a necessidade apelativa de proteger a coisa preciosa atrás de mim.

Eu queria puxar Renesmee para os meus braços, esconde-la debaixo da minha pele e do meu cabelo, faze-la invisível. Mas eu não podia nem virar meu olhar para ela. Eu não me sentia como uma pedra, mas como gelo. Pela primeira vez desde que eu renasci vampira, eu senti frio.

Eu quase não precisei ouvir a confirmação de meus receios.Eu não precisei dele. Eu já conhecia.

“Os Volturi”. Alice murmurou.

“Todos eles”.Edward rosnou ao mesmo tempo.

“Porque?” Alice sussurrou para ela mesma, “Como?”

“Quando?”.Edward sussurrou.

“Porque?” Esme ecoou.

Quando?” Jasper repetiu em uma voz gélida.

Os olhos de Alice não piscaram, era como se um véu tivesse coberto eles;eles se tornaram completamente brancos.

Então sua boca expressou horror.

- “Não muito longe”. Ela e Edward falaram juntos.

Então só ela falou.

- “Há neve nas florestas, neve na cidade. Pouco mais de um mês”

- “Porque” Carlisle era o único a falar agora.

Esme respondeu: “Eles têm muitas razões. Talvez para ver..”

“Isso não é sobre Bella”. Alice falou “Eles estão todos próximos- Aros, Caius, Marcus, todos membros da guarda, até mesmo suas esposas”

“Suas esposas nunca deixam a torre” Jasper a contradisse “Nunca. Nem durante a rebelião do meridional. Nem mesmo quando os romanos tentaram derruba-los.Nem mesmo quando eles caçaram as crianças imortais. Nunca”

“Eles estão vindo agora” Edward falou.

“Mas porque?” Carlisle disse de novo. “Nós não fizemos nada! Mesmo se tivéssemos feito, o que poderíamos fazer para trazer isso a nós?

“A tantos de nós” Edward respondeu devidamente “Eles devem ter certeza do que desejam…” ele não terminou.

“Isso não responde a pergunta Crucial! Por quê?!”

Eu senti que sabia a resposta pra pergunta de Carlisle, e ao mesmo tempo não sabia. Renesmee era a razão do porque, eu tinha certeza. De algum jeito eu sempre soube que eles viriam atrás dela. Meu subconsciente me avisou antes que eu a estivesse esperando. Eu me senti estranhamente esperando agora. Como se de algum jeito eu sempre soube que os Volturi viriam e levariam minha felicidade de mim.

Mas ainda assim não respondia a pergunta.

“Volte, Alice,” Jasper implorou. “Procure pelo gatilho. Procure.”

Alice balançou sua cabeça devagar, seus ombros tremendo. “Veio do nada, Jazz. Eu não estava procurando por eles, ou até por nós. Eu só estava procurando por Irina. Ela não estava onde eu esperava que ela estivesse…” Alice parou, seus olhos embaçando de novo. Ela encarou o nada por muito tempo.

Então sua cabeça levantou, seus olhos duros. Eu ouvi Edward tomar fôlego.

“Ela decidiu ir a eles,” Alice disse. “Irina decidiu ir até os Volturi. E então eles vão decidir… É como se eles estivessem esperando por ela. Como se a decisão deles já estivesse feita, só estão esperando ela…”

Ficou tudo silencioso de novo enquanto nós digeríamos. O que Irina contou aos Volturi, que teria o resultado da visão de Alice?

“Nós podemos pará-la?” Jasper perguntou.

“Não há jeito. Ela está quase lá.”

“O que ela está fazendo?” Carlisle estava perguntando, mas eu não estava prestando atenção na discussão agora. Toda a minha atenção estava na figura que vinha cheia de dor na minha cabeça.

Eu imaginei Irina equilibrada em um rochedo, observando O que ela tinha visto? Um vampiro e um lobisomem que eram melhores amigos. Eu fiquei focado na imagem, esperando por aquilo que explicaria a sua reação. Mas aquilo não era tudo que ela havia visto.

Ela também havia visto uma criança. Uma estranhamente bela criança, se exibindo na neve que caia, claramente mais do que humana…

Irina… As irmãs órfãs… Carlisle tinha dito que ter perdido a mãe para a justiça dos Volturi havia feito Tanya, Kate e Irina puras em relação à lei.

Há meio minuto a trás, Jasper repediu aquelas palavras:

Nem mesmo quando eles estavam caçando as crianças imortais… A criança imortal - o inominável veneno, o apavorante tabu…

Com o passado de Irina, como ela poderia se lembrar de qualquer outro “conto” ao ver o que ela havia visto aquele dia no estreito campo? Ela não chegou perto o bastante para ouvir o coração de Renesmee, para sentir o coração radiando de seu corpo. As bochechas rosadas de Renesmee só poderiam ser um truque, considerando tudo que ela sabia.

Depois de tudo, os Cullens estavam em uma parceria com os lobisomens. Pelo ponto de vista de Irina, talvez isso signifique que não havia além de nós (nada mais para se ver)…

Irina, apertando suas mãos contra selva nervosa - não lamentando por Laurent, mesmo depois de tudo, mas sabendo que era o seu dever de dar uma lição nos Cullens, sabendo o que lhes aconteceria se ela o fizesse. Aparentemente, sua consciência havia superado os séculos de amizade.

E a reação dos Volturi para esse tipo de infração era tão automática, que já estava praticamente tomada.

Eu me virei e me coloquei em cima do corpo adormecido de Renesmee, cobrindo-a com o meu cabelo, enterrando meu rosto em seus cachos.

“Pense no que ela viu essa tarde,” eu disse em voz baixa, interrompendo qualquer coisa que Emmett estava começando a falar. “Para alguém que perdeu a mãe por causa de uma criança imortal, o que Renesmee pareceria?”

Tudo estava silencioso de novo à medida que os outros vinham para onde eu estava.

“Uma criança imortal,” Carlisle sussurrou.

Eu senti Edward se ajoelhar ao meu lado, passando seus braços em volta de nós.

“Mas ela está errada,” eu continuei. “Renesmee não é como essas outras crianças. Elas tinham sua idade e corpos congelados, e ela cresce muito a cada dia. Elas estavam fora do controle, mas ela nunca machuca Charlie, ou Sue, e nem mesmo os mostra coisas que podem ser incomodas a eles. Ela pode se controlar. Ela já é mais inteligente do que muitos adultos. Não haveria nenhuma razão para…”

Eu balbuciei, esperando alguém para exalar com alívio, esperando a quebra da tensão fria que se instalara na sala, ao perceberam que eu estava certa. A sala somente pareceu ficar ainda mais fria. Conseqüentemente a minha pequena voz manteve-se em silêncio.

Ninguém falou nada por um longo tempo.

Então, Edward sussurrou no meu cabelo. “Não é o tipo de crime pelo qual eles procuram pistas, amor,” ele disse calmamente. “Aro viu a prova de Irina em seus pensamentos. Eles vêm para destruir, não para raciocinar.”

“Mas eles estão errados,” eu disse obstinadamente.

“Eles não vão esperar para que os provemos isso.”

A voz dele continuava baixa, gentil, aveludada… Mas ainda, a dor e a desolação no som eram indiscutíveis. Sua voz estava como os olhos de Alice antes - como o interior de um túmulo.

“O que nós podemos fazer?” Eu exigi.

Renesmee estava tão quente e perfeita em meus braços, sonhando pesadamente. Eu estava tão preocupada sobre a aceleração de idade de Renesmee - preocupada que ela podia ter apenas uma década de vida.. O terror parecia irônico agora.

Ela tinha pouco mais de um mês…

Qual era o limite, então? Eu havia tido a maior felicidade que poucas pessoas já experimentaram. Havia alguma lei natural que exigia partes iguais de felicidade e miséria no mundo? Minha alegria estava pesando na balança? Será que quatro meses era tudo o que eu podia ter?

Foi Emmett que respondeu a minha pergunta retórica.

“Vamos lutar” Ele disse calmamente.

“Nós não podemos ganhar.” Jasper rosnou. Eu podia imaginar qual era sua expressão e o quanto seu corpo estava curvado sobre Alice protetoramente.

“Bom, não podemos fugir. Não com Demetri por perto” Emmett fez um som de desgosto e eu sabia instintivamente que ele não estava chateado com a idéia do perseguidor dos Volturi e sim com a idéia de correr do perigo.”E eu não sei se agente não consegue ganhar”, ele disse. “Há poucas opções para considerar. Não precisamos lutar sozinhos”.

Quebrei a cabeça com aquilo “Nós não devemos sentenciar a morte dos Quileutes, também, Emmett.”

“Relaxe, Bella” Sua expressão estava diferente de quando ele estava contemplado lutar com as anacondas. Nem mesmo a ameaça de aniquilação podia mudar a perspectiva de Emmett, sua habilidade de emoção em frente a um desafio. “Eu não quis dizer o bando todo. Seja realista, pense - você acha que Jacob ou Sam vão ignorar a invasão? Mesmo que não fosse sobre Nessie? Para não mencionar isso, agradeça a Irina, Aro sabe demais sobre nossa aliança com o bando agora. Mas eu estava pensando em nossos outros amigos.”
Carlisle ecoou como um sussurro. “Os outros amigos nós não temos que sentenciar à morte.”

“Hey, nós vamos deixá-los decidir,” Emmett disse em um tom para tranqüilizar. “Eu não estou dizendo que eles têm que lutar conosco”. Eu podia ver o plano refinando-se em sua mente enquanto ele falava. “Se apenas estivessem ao nosso lado, para fazer o suficiente para os Volturi hesitarem. Bella está certa, apesar de tudo. Se nós pudéssemos os forçar a parar e escutar. Embora isso possa levar embora toda a razão para uma luta…”
Havia uma insinuação de um sorriso na cara de Emmett agora. Eu fiquei surpresa que ninguém tivesse batido nele ainda. Eu quis.
“Sim,” Esme disse ansiosamente. “Isso faz sentido, Emmett. Tudo que nós precisamos é que os Volturi parem por um momento. Apenas o suficiente para escutar.”
“Nós precisaríamos completamente de uma exibição das testemunhas,” (?) Rosalie disse áspera, sua voz frágil como o vidro.
Esme inclinou-se concordando, como se não tivesse ouvido o sarcasmo no tom de Rosalie. “Nós podemos pedir isso a muito de nossos amigos. Somente à testemunha.”
“Nós faríamos isso para eles” Emmett disse.
“Pediríamos a eles apenas nossos direitos,” Alice murmurou. Eu olhei para ver que seus olhos eram um vácuo escuro outra vez. “Teremos que demonstrar ter muito cuidado.”
“Demonstrar?” Jasper questionou.

Alice e Edward, ambos olharam para baixo, para Renesmee. Então os olhos dela se petrificaram.

“A família de Tanya,” ela disse “O bando de Siobhan. Amun’s. Alguns Nômades -Garrett e Maria certamente. Talvez Alistair.”
“E Peter e Charlotte?” Jasper perguntou um pouco timidamente, como se ele esperasse que a resposta fosse não, e seu irmão mais velho pudesse poupá-lo da carnificina.

“Talvez.”

“As Amazonas?” Carlisle perguntou. “Kachiri, Zafrina e Senna?”

Alice pareceu muito concentrada em sua visão para responder primeiro; finalmente ela estremeceu, seus olhos piscaram de volta ao presente. Ela observou a contemplação de Carlisle pela menor parte de um segundo, e então olhou para baixo.

“Eu não posso ver.”

“O que era?” Edward perguntou, murmurando com exigência. “A parte na selva. Nós iremos procurar por eles?”

“Eu não posso ver.” Alice repetiu, sem olhar em seus olhos. Um flash de confusão passou pelo rosto de Edward. “Nós teremos que partir logo - antes que a neve grude no chão. Nós temos de procurar por eles, quem quer que eles sejam, trazê-los aqui e mostrar a eles.” Ela avaliou de novo. “Pergunte a Eleazar. Tem mais nisso do que simplesmente uma criança imortal.”

O silêncio era sinistro por outro longo período de tempo enquanto Alice estava em seu transe. Ela piscou lentamente quando esse acabou, seus olhos peculiarmente opacos apontando para o fato de que ela estava claramente no presente.

“Tem tanta coisa. Nós temos de nos apressar,” ela sussurrou.

“Alice?” Edward perguntou. “Isso foi muito rápido - eu não entendi. O que era -?”

“Eu não posso ver!” ela explodiu com ele. “Jacob já está quase aqui.”

Rosalie deu um passo em direção a porta da frente. “Eu me encarrego disso -”

“Não, deixe que ele venha,” Alice disse rapidamente, sua voz causando mais tensão em cada palavra. Ela agarrou a mão de Jasper e começou a puxá-lo em direção a porta de trás. “Eu verei melhor se estiver longe de Nessie, também. Eu preciso ir. Vamos Jasper, não há tempo para desperdiçar!”

Nós todos podíamos ouvir Jacob nas escadas. Alice puxou com força, impaciente, a mão de Jasper. Ele a seguiu rapidamente, confusão em seus olhos assim como nos olhos de Edward. Eles lançaram-se de fora da porta para a noite prateada.

“Depressa!” ela gritou para nós. “Vocês têm de encontrar todos eles!”

“Encontrar o quê?” Jacob perguntou, fechando a porta da frente atrás dele. “Onde Alice foi?”

Ninguém respondeu; todos nós só encarando.

Jacob sacudiu o molhado de seus cabelos e arregaçou as mangas da blusa, seus olhos em Renesmee. “Oi, Bells! Eu pensei que vocês já teriam ido para casa essa hora…”

Ele me olhou finalmente, piscou e então me encarou. Eu vi sua expressão quando a atmosfera do quarto finalmente o tocou. Ele olhou para baixo, seus olhos bem abertos, para a mancha úmida no chão, as rosas espalhadas, os cacos de cristal. Seus dedos tremeram.

“O quê?” ele perguntou de maneira direta. “O que aconteceu?”

Eu não podia pensar por onde começar. Ninguém encontrou as palavras, também.

Jacob atravessou o quarto em três longos passos e caiu de joelhos ao meu lado e de Renesmee. Eu podia sentir o calor emanando de seu corpo enquanto os tremores passavam por seus braços, por suas mãos trêmulas.

“Ela ‘tá bem?” ele exigiu, tocando a testa dela, inclinando sua cabeça enquanto escutava seu coração. “Não brinque comigo, Bella, por favor!”

“Não há nada errado com Renesmee,” eu sufoquei, as palavras quebrando em lugares estranhos.

“Quem então?”

“Todos nós, Jacob.” Eu suspirei. E isso estava na minha voz, também - o som de dentro de um túmulo. “Está acabado. Todos nós fomos sentenciados a morte.”

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