Cheguei a Volterra, mas não queria ir pro meu quarto. Fui até o jardim. Fiquei lá pensando em como contar a elas que tinham uma missão. Resolvi falar com a Makailla e ela fala com Loren, ou ao contrario sei lá.
Subi pro meu quarto e senti o cheiro de Makailla nele. O que ela estaria fazendo ali? Não me importei. Peguei um livro e comecei a ler, não era interessante, mas prendia bem a leitura. Falava de uma sereia, e sua jornada até a adolescência onde permaneceria para sempre. Era legal, mas muito dramática. Levantei e sai indo até o salão principal. Quando cheguei lá, só estavam Makailla, Loren, Renata, Felix e Demetri. Aro, Caius e Marcus não estavam ali. Sentei no sofá onde estava Rê.
- Olá, como esta? – Perguntou.
- Bem. - Respondi.
A Loren olhava pra mim e depois respirava fundo, não sei por que estava com má impressão. A Makailla tinha um sorriso, angelical demais. Ouvi passos e a porta se abriu.
- ALEC VOLTURI POSSO SABER O QUE ESSA REVISTA PORNÔ ESTAVA FAZENDO NO SEU QUARTO? – Perguntou Jane gritando, e pra variar todos olharam pra mim, atônitos. Mas é claro, Loren não se conteve e começou a rir acompanhada pela sua amiga.
- HAHAHAHAHAHA. – Estavam rindo histericamente, mas o resto estava olhando pra mim como se vissem o sobrenatural passando.
- Aí em Alec? E eu pensando que você era GAY. Garanhão. – Falou Makailla. Se eu pudesse corar, viraria pimenta do reino.
- O pior é que ele não deixou de ser... A revista é de HOMEM. Hahahahaahaha. – Falou a amiga da... Makailla. Aposto que ela e a amiga dela inventaram essa historia isso não vai ficar assim, mas não vai mesmo.
Sai correndo e empurrei Makailla, que atravessou a parede. Pude ver claramente que tinha um corte, minúsculo, no braço dela. Mas rapidamente fechou. Ela veio pra cima de mim e eu corri pra outro lado, mas ela me chutou, e eu que não sou idiota, puxei o pé dela, a trazendo comigo. Foi um estrondo, pior que trovão. Estávamos nessa de empurrar, quando eu peguei seu pescoço e a imprensei na parede com meu corpo. Ela se debatia.
- FOI VOCÊ NÃO FOI? – perguntei gritando, nessa hora não enxerguei mais ninguém, alem dela. Ela ficou calada. – FALA!
- FOI IDAI, VINGANÇA É VINGANÇA, E EU NUNCA FUJO DE UMA! – berrou parando de se debater. Eu não entendi, ia apertar seu pescoço, mas recuperei a consciência e a larguei, ela caiu no chão. – Você estava armando pra mim, é justo. Eu sabia que ia fazer só me antecipei.
Quer dizer... Como ela soube? Que droga, eu desisti! Não é justo...
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou Aro, nunca vi sua foz nesse tom, se ele não consegue esconder imagina? Ninguem falou nada. – Andem, Responda. Alec, o que está acontecendo?
- Foi que eu peguei Alec de surpresa Aro, lutando, ele só se defendeu. – Falou Makailla, e Loren assentiu. – Sabe com é. Instinto.
Não consegui acreditar, ela me defendeu? Porque será que ela se sentiu arrependida. Olhei em seus olhos mais uma vez, e vi que mesmo no vermelho, havia uma raiva. Então porque ela me defende?
- Bom, querida, espero que não faça novamente. – Falou Aro, não sei como ela o deixou não querer mais saber de nada... Será que ele está fazendo vistas grossas em torno de Makailla? – Quem quiser pode se retirar.
Makailla saiu e Loren foi atrás, Renata veio de cara fechada, olhou pra mim e saiu. Sabia que ela queria falar alguma coisa. Depois de um tempo comecei a andar, sentido e seguindo o cheiro de Renata. Ela estava no jardim.
- Precisava? E você sabe que está proibido de toca-lá né? Aro te mataria... – Falou ela. – Alec, eu só tenho você. Você é o único que me considera como alguém de verdade, o único que faria tudo por mim, e é recíproco, não saberia o que fazer se não tivesse você. – Falou. Boa parte era verdade, mas o resto puro drama, mesmo eu sabendo disso eu não deixava de estar envergonhado, Renata era a única que sabia meu verdadeiro eu.
- Desculpe. – Era fácil pedir isso a Renata, pois ela não acharia que estou rebaixando-me a ela. Como eu disse só Rê sabia do meu verdadeiro eu.
- Tudo bem. Já falou com ela que tem uma missão? – Perguntou, balancei a cabeça. Não sabia como falar, ainda mais agora, aposto que ela vai querer que eu peça desculpas, mas não é uma coisa fácil de fazer. – Quer que eu fale?
- Não precisa. – Não vou fugir de minhas responsabilidades, mesmo mudado ainda sou um Volturi. Ela saiu e eu subi.
Lá encima, eu quase, quase, entrei no meu quarto, mas... Sou homem. Empurrei a porta que estava semi-aberta e entrei.
- Anh... Makailla? È, Aro mandou avisar que você e Loren terão uma missão em breve, então se organize. Iremos daqui a quatro dias. – Falei receoso, do nada ela caiu no chão, em pé, na minha frente.
- Tudo bem... Acho. – Falou, eu assenti e abri a porta. – Alec! Eu... È... Quero pedir desculpa. Sua irmã me falou que você não fez nada, e que talvez nem fizesse. – Foi ai que eu reparei que ela não estava com o colar. Era eu quem devia pedir desculpas.
- Tudo bem. – Falei e sai. Não tinha nada que parasse na minha cabeça, estava confuso. Estava com uma flor de metal na minha mão. Era uma das lembranças que guardo de minha vida humana.
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