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Querido leitores de momento o Cold Blood Fanfics encontra-se em manutenção.

Voltaremos em princípio ainda este mês com mais novidades, colunas novas, entrevistas com autores de fanfics, etc..., provavelmente também com uma nova cara.

Por isso, se virem novos conteúdos no blog, não se "assustem" nem pensem que voltamos ao ativo.

Quando estivermos terminando postaremos uma mensagem.

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A Equipa do CBF

A Voz de um Anjo: Capítulo 1: A Voz de um Anjo

Queria morrer mas até esse direito me fora tirado.

Meus pais se foram, meu pai há dois meses em um estúpido acidente de carro e minha mãe a dois dias, morreu de tristeza. Eu nem sabia que podia-se morrer de tristeza...

Minha namorada Irina não me apoiou no momento que mais precisei dela e foi embora sem se despedir. Apenas um bilhete: "Não agüento mais te ver chorando. Isso é patético. Fui, não me procure mais."

Mesmo que eu quisesse procurá-la, não tinha mais forças pra nada, meu peito era um grande buraco negro que consumia aos poucos toda a energia e força de vontade que eu tinha.

Foi aí que me veio a idéia. Morrer. Essa era a solução. Não suportaria encarar mais uma vez o pequeno e delicado rosto de Alice e ver a pena estampada em seus olhos. Eu era fraco, ela era forte. Ela podia resistir e viver mas eu... já não suportava mais.

Os remédios que o médico me havia receitado pra que eu pudesse dormir estavam no armário do banheiro. Tomei o frasco todo. Não demorou muito e tudo escureceu.

Flutuando. Eu sentia como se meu corpo estivesse suspenso no ar, repousando em alguma nuvem, flutuando pelo infinito do céu.

Será que eu tinha conseguido morrer? Havia acabado tudo, então?

Não, a dor ainda continuava lá, o buraco maior do que antes. Meu corpo todo doía e eu quis me mover, mas não consegui. Quis gritar mas a voz não saiu. O que estava acontecendo?

"Alguém me ajude!", pensei deseperado, sentindo um grosso tubo saindo de minha boca e descendo por minha garganta. Ao longe eu ouvia o som dos bipes de aparelhos. Eu estava internado. E sozinho, mais sozinho do que nunca. Abandonado, quem se importaria com alguém que tentara se matar e estava em coma profundo? Se pelo menos eu pudesse pedir por ajuda...

Foi aí que eu ouvi a voz suave, que afastou todos os meus maiores medos, que me tirou da solidão, do silêncio.

- Bom dia, Edward! Sou Isabella Swan e cuidarei de você daqui até o dia que você receberá alta!

Só podia ser um anjo! Acho que enfim estava conseguindo meu principal objetivo, enfim estava morrendo. Senti uma mosca passar voando por perto de meu rosto e ficar zumbindo em meu ouvido. Senti um desespero por perceber que não podia enxotá-la, eu não podia me mover.

Senti dedos leves passarem pelo meu rosto suavemente, espantando o inseto. Depois esses mesmos dedos fizeram um carinho no meu rosto. Era tão bom saber que tinha alguém ali do meu lado, mesmo que eu não pudesse ver nem lhe falar que eu sabia que ela estava ali, mas eu sentia sua presença e ouvia sua voz e isso me confortava, me deixava mais seguro.

- Está um lindo dia lá fora, Edward. Enfim a chuva cedeu e temos um lindo dia de sol. Tomara que você sare a tempo de aproveitar a estiada, ótimo para um passeio no parque. - ela tagarelava enquanto arrumava meu cobertor e meu travesseiro, mudando meu corpo inerte de posição.

Foi um alívio, minhas costas já formigavam pelo atrito com o colchão. Seu toque era firme e suave, me traziam paz e segurança. Mesmo que ela fosse uma simples humana, para mim ela era um anjo, um anjo que Deus mandou pra cuidar de mim.

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