POV BELLA
- Não! – gritei, acordando assustada, meu coração galopando no peito. Isso era horrível, eu tivera um pesadelo com Edward. Mas fora tão real... ele me pedia ajuda, alguém queria mata-lo. Mas quem iria querer... fiquei em choque ao lembrar da última ameaça de Aro.
“Vou te tirar o que mais preza.”
Oh, Edward! Oh, Deus, não! Levantei-me de um pulo e peguei um sobretudo, colocando-o sobre o pijama sem me preocupar com minha aparência desgrenhada, saí do meu apartamento para a madrugada fria.
- Alice! – gritei no celular depois que ela atendeu.
- Bella? – ela disse alarmada. – O que há?
- Edward corre perigo! Aro tentara mata-lo!
- Como... como pode saber de uma coisa dessas? – ela gritou desesperada.
- Sem tempo para explicar agora, Alice. Estou correndo para o Hospital. – buzinei para um motoqueiro que quase me fechou. – Preciso de ajuda, Alice. Confie em mim!
Ouvi um clique e o aparelho ficou mudo em minhas mãos. Será que Alice me deixaria na mão? Não, não era hora de pensar! Edward, a vida de Edward corria perigo!
Não sabia como nem por que eu sabia e acreditava nisso mas não podia ficar parada enquanto aquela certeza corroia meu coração.
Só espero que não seja tarde demais.
POV EDWARD
Então... tudo estava perdido. Aquele monstro divertia-se prolongando o tempo até finalmente acabar comigo. Ouvia seu riso maligno, sentia seu cheiro asqueroso. E nada podia fazer para evitar o fim que se aproximava com tamanha rapidez.
Há pouco tempo atrás, eu mesmo tentei acabar com minha vida. Mas agora não queria mais morrer. Não antes de poder ver o rosto de meu anjo.
Meu anjo. Ela não podia me ajudar. Não tinha como ela saber do que se passava no hospital.
- Não queria morrer se dopando, Playboy? – a voz maldosa soou a meu lado. – Então só estarei cumprindo seu desejo e de quebra, me vingando da puta da Bella.
Ela não era uma puta! Ela era pura, mais pura do que ele jamais poderia compreender. Mas eu jamais veria seu rosto, jamais...
A morte estava próxima, muito próxima. E agora não havia ninguém que pudesse salvar-me.
Adeus, Bella, meu doce anjo. Quem sabe Deus não permita e me deixe continuar a te acompanhar depois de morto? Talvez...
- Não, Aro! Largue essa seringa! – a voz zangada de Bella vociferou de repente.
Bella? Mas como?
Meu anjo! Meu anjo veio me salvar!
POV BELLA
E lá estava ele. E tinha uma seringa na mão, já pronto para administrar alguma coisa em Edward. Pela quantidade e cor do líquido, percebi que boa coisa não podia ser.
Quando gritei com ele, me encarou e um riso sarcástico preencheu seu maldoso rosto.
- Ou o que? – ele perguntou ainda empunhando a seringa, sem afastar-se. Engoli em seco. Não podia impedir que ele aplicasse aquilo em Edward, não daria tempo de chegar até ele e impedi-lo.
- Aro, pense bem! Você é um enfermeiro!
- A merda com o enfermeiro! – ele disse, rude. Olhei para Edward, ali deitado, indefeso e meu coração doeu. Não, ele não podia morrer. Simplesmente eu não suportaria perde-lo. – Estou cansado desse emprego medíocre. Cuidar, cuidar, cuidar e nunca ser reconhecido. O que ganho não o matando agora? Você merece uma lição do que fez. Colocou o emprego da Vick em perigo, nos expôs com seu pequeno show. Agora tão investigando a gente! E a culpa é toda sua!
- Se a culpa é minha, deixe ele em paz! – supliquei – Desconte em mim sua raiva, mas deixei-o.
Seu sorriso se alargou.
- Tem melhor maneira de te atingir do que matando mais uma pessoa que ama?
- Co... como assim, matando? – gaguejei sem entender.
- Eu não apenas deixei sua mãe morrer, Bella. – ele ergueu aquela seringa que carregava até a altura dos olhos e riu – Esse é um pequeno preparado inventado por mim. Quando aplicado, a parada cardíaca é instantânea. Mas não é reconhecível em nenhuma espécie de exame. Sua mãe foi minha cobaia.
Apertei minhas mãos em punhos. Não podia ser verdade aquilo que eu ouvia, não podia.
- Você... matou... – eu disse, incrédula.
- Sim. Mas cometi o erro de deixar os aparelhos com o som desligado. Ficou parecendo que foi falha minha, não? E sua denuncia não me ajudou em nada. – ele vociferou – Agora Edward vai pagar pelos seus erros.
- Parado, mãos na cabeça ou estouro seus miolos, desgraçado! – a voz de Jasper gritou atrás de mim de repente.
Virei-me assustada e vi Jasper empunhando uma arma e Alice logo atrás dele, uma expressão apavorada.
- Eu disse mãos na cabeça, desgraçado! – ele rosnou e Aro levou as mãos a cabeça, visivelmente abobado. – Ouvi tudo que eu precisava ouvir. Isso e outras coisinhas servirão para sua condenação, seu monstro!
Logo o quarto estava cheio de funcionários, um burburinho atípico enchia a UTI, mas eu estava aérea a tudo.
Minha mãe havia sido assassinada por Aro. Enquanto eu cuidava de Edward, minha mãe tinha ficado a mercê daquele maníaco. Maldito dia que ele tenha decidido fazer plantão duplo. Maldito dia que Victoria tenha impedido-me de cuidar dela. Maldito seja Aro!
Todos saíram, só estávamos eu, Edward e Alice. Senti a pequena mão de Alice em meu braço.
- Bella... – ela sussurrou.
- Tudo bem, Alice. Pode ir, logo irei também. Só quero um tempo sozinha, ok?
Ela me olhou, compreensiva, e saiu do quarto. Um choro desesperado saiu de meu peito e fiquei ali um momento, entregue a minha dor.
Mãe... minha mãe. Edward eu conseguira salvar mas... ela morrera. Assassinada. Pra me atingir.
Depois de um tempo, dirigi-me lentamente para a porta. Mas ouvi algo que me fez congelar no mesmo lugar.
Não! Isso não era possível!
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